sábado, 9 de junho de 2012

NOVO TESTAMENTO - EPÍSTOLAS CATÓLICAS (UNIVERSAIS)



Tiago

Chave: A fé sem obras é morta. 2:26

Comentário:

Imitando o estilo da literatura de sabedoria do Antigo Testamento, com evidentes pressupostos cristãos. Tiago escolhe o tema da "religião pura" (1:27), a religião do amor divino experimentado no coração. Mostra que a religião pura é posta à prova pelas tentações e pelas dificuldades dos fiéis, e de si mesma põe à prova o carnal e o egoísta. Estas experiências positivas e negativas da religião pura revelam o contraste entre as qualidades espirituais, da sabedoria benéfica e da falsa, da fé verdadeira e da falsa, do eu espiritual e do eu carnal, e da confiança verdadeira e da falsa.
Inequivocadamente cristã em seu reconhecimento das reivindicações de Cristo (1:2; 2:1, 7), e em sua referência à segunda vinda (1:12; 5:7, 8) e à regeneração pessoal mediante a fé (1:18-21), a epístola lembra-nos os ensinos da assim chamada literatura de sabedoria do Antigo Testamento, como se observa em Jó, em alguns dos Salmos, em Provérbios e em Eclesiastes. Coloca o bem e o mal em justaposição e faz referência basicamente ao tema da religião pura e da religião falsa.
O autor tem em mente os crentes fiéis que constituem exemplos da "religião pura" nas provações e vicissitudes. A estes ele anima. Tiago leva em conta também os mais carnais e egoístas, cuja conduta demonstra que não saíram airosos da prova da "religião do coração, quer seja posta à prova na vida dos fiéis ou pondo a prova e julgando a vida das pessoas carnais.
Tiago emprega repetidas vezes o paradoxo ao afirmar a superioridade dos valores espirituais tão comumente descumpridos. Por isso fala-nos de dois tipos de eu. Observa-los-emos à medida que o assunto se desenvolve. Tiago é prático, e sua ênfase não é teológica. O primeiro capítulo, que nos fala do programa de Deus no que concerne à santificação do crente, apresenta em miniatura os temas que serão ventilados com maior amplitude nos capítulos restantes.

Autor:
A epístola diz ter sido escrita por Tiago. O Novo Testamento menciona três pessoas com este nome. Todavia, a igreja cristã atribui a Tiago, filho de José e Maria, e irmão do Senhor Jesus Cristo, a paternidade literária desta epístola. Tiago, em seus ensinos, apresenta notável semelhança com nosso Senhor. Uma comparação desta epístola com o sermão do Monte revela, pelo menos, doze paralelismos evidentes. Eleito moderador da igreja de Jerusalém, na época posterior ao Pentecoste, Tiago imprime a esta epístola uma nota de autoridade modesta. Sem desculpar-se em nenhum momento, os 108 versículos contém 54 mandamentos.
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Stephen W. Paine
Doutor em Filosofia e Letras



I Pedro

Comentário:

Esta bela carta foi escrita aos crentes da Ásia Menor, a fim de criar neles uma jubilosa esperança diante da perseguição que ameaçava cair sobre eles. Era intenção do apóstolo que esta carta circulasse entre os crentes de herança predominantemente gentia, em congregações localizadas nas províncias do Império Romano onde, provavelmente, o jugo imperial seria mais severo. A igreja não desconhecia a perseguição. Desde às primeiras perseguições no tempo de Estêvão e a dispersão que se seguiu, até à constante fustigação de que era alvo o apóstolo Paulo por onde quer que fosse, os crentes da igreja primitiva haviam experimentado na própria carne a fadiga e a tensão provocadas pelo antagonismo. E agora a ira do demente imperador Nero estava prestes a explodir em Roma, a expensas da igreja. Portanto, o apóstolo Pedro procurou preparar a igreja na Ásia Menor para o desastre iminente que se avizinhava nestas províncias orientais, onde a opressão se espalharia, sem dúvida, de sua origem em Roma. Inspirado de um espírito de pastor fiel e bispo das almas, o apóstolo Pedro envia esta carta pastoral para confirmar seu rebanho na esperança consoladora da vinda do Espírito Santo. Uma vez que estão arraigados em Cristo, devem abster-se dos desejos da carne. Caso se encontrem em uma sociedade hostil, seus sofrimentos por amor à justiça serão, em realidade, uma bênção.

Autor: Pedro 1:1
Esta carta de Pedro foi, provavelmente, enviada de Roma aos crentes da Ásia Menor, entre os anos 62 e 69 d.C. Existe uma extraordinária semelhança de pensamentos entre esta carta e a epístola de Paulo aos Romanos (ano 56 a 57 d.C.) e a epístola anônima aos Hebreus (provavelmente em derredor do ano 60 d.C.). Pode ser que o apóstolo Pedro possuisse ambas as cartas quando se encontrava em Roma.

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Robert Paul Roth
Doutor em Filosofia e Letras



II Pedro

Comentário:

Enquanto a primeira epístola de Pedro é uma carta de jubilosa esperança em face do sofrimento, a segunda epístola desse apóstolo é uma mensagem da verdade fiel diante do erro. A segunda carta começa por uma declaração direta da verdade de Deus, que se fundamenta tanto na palavra profética como na palavra do testemunho. Adverte contra falsos mestres que procurarão substituir a Palavra divina por palavras humanas. E termina com a afirmação de que a vinda de Cristo é uma realidade futura que destruirá o mundo e trará novos céus e nova terra.

Autor:
Há incerteza quanto ao autor, à data e ao destinatário da segunda epístola de Pedro. Contudo, a igreja tem suustentado tradicionalmente o ponto de vista de que o apóstolo Pedro foi o autor desta carta. A diferença de estilo entre as duas epístolas poderia ser explicada da seguinte maneira: Pedro teve diferentes ajudantes; escreveu a uma só congregação em vez de fazê-lo a um grupo; escreveu com menor urgência porque seu propósito e a situação eram diferentes. Quando, em sua segunda epístola, se refere a uma anterior, não devemos supor que faça alusão à primeira epístola de Pedro e, sim, a uma carta que se perdeu. Existe, inclusive, a possibilidade de que Pedro tenha escrito a segunda epístola antes da que conhecemos como primeira. As circunstâncias do escrito refletem uma situação na qual as heresias gnósticas contaminavam a igreja. Este falso ensino levava a um comportamento licencioso. Somente a correta compreensão da sabedoria de Deus à luz do retorno de nosso Senhor Jesus Cristo refutaria tais erros.

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Robert Paul Roth
Doutor em Filosofia e Letras



I João

I JOÃO, II JOÃO e III JOÃO

Comentário:

A primeira epístola de João foi escrita a uma coletividade cristã que tinha de enfrentar a heresia gnóstica do primeiro século. João procurava animar seus membros a viver uma vida conseqüente com a comunhão com Deus e com Cristo. Ventila assuntos tão vitais como a justiça, o amor, a verdade e o conhecimento. O autor não considera estes assuntos simplesmente como requisitos éticos, mas como realidades religiosas fundamentadas na revelação cristá de Deus e de seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Portanto, a doutrina cristã é parte integrante do livro e sentimos, às vezes a tentação de pensar nele como uma exposição doutrinal da realidade da encarnação de Deus em Cristo. Contudo, se quisermos seguir o pensamento do escrito, devemos evitar esta tentação, visto que o apóstolo João está interessado principalmente na qualidade da vida cristã de seus leitores.
A segunda epístola foi escrita para advertir uma mulher cristã contra a comunhão indiscriminada com os incrédulos. As idéias principais da epístola são o amor, a verdade e a obediência, que em parte se complementam entre si. A obediência sem amor é servil; o amor sem obediência é irreal; nenhum dos dois elementos pode florescer fora do ambiente da verdade.
A carta é dirigida "a senhora eleita", e este é, provavelmente, seu significado, embora muitos interpretem como expressão figurativa que designa a uma igreja. Ao que parece, a epístola é uma carta pessoal a uma mulher cristã que João conhece, talvez uma viúva, e o motivo foi o enncontro com alguns de seus filhos aos quais ele achou fiéis na fé em Cristo (ver. 4).
O propósito da terceira carta é elogiar a Gaio, leigo leal e ativo que tinha consideráveis bens, por sua hospitalidade cristã, dando acolhida a pregadores que viajavam de uma cidade para outra, e ajudando-os no caminho, participando assim em sua obra missionária. A carta refere-se também a determinada cinrcunstância interna da igreja, que envolve Gaio e Diótrefes.

AUTOR
As provas disponíveis indicam que João, o apóstolo, foi o autor não somente do evangelho do mesmo nome, mas também destas três epístolas. Estas cartas foram escritas, segundo se supõe, entre os anos 85 e 100 d.C.

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Fred L. Fisher
Doutor em Teologia



II João

I JOÃO, II JOÃO e III JOÃO

Comentário:

A primeira epístola de João foi escrita a uma coletividade cristã que tinha de enfrentar a heresia gnóstica do primeiro século. João procurava animar seus membros a viver uma vida conseqüente com a comunhão com Deus e com Cristo. Ventila assuntos tão vitais como a justiça, o amor, a verdade e o conhecimento. O autor não considera estes assuntos simplesmente como requisitos éticos, mas como realidades religiosas fundamentadas na revelação cristá de Deus e de seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Portanto, a doutrina cristã é parte integrante do livro e sentimos, às vezes a tentação de pensar nele como uma exposição doutrinal da realidade da encarnação de Deus em Cristo. Contudo, se quisermos seguir o pensamento do escrito, devemos evitar esta tentação, visto que o apóstolo João está interessado principalmente na qualidade da vida cristã de seus leitores.
A segunda epístola foi escrita para advertir uma mulher cristã contra a comunhão indiscriminada com os incrédulos. As idéias principais da epístola são o amor, a verdade e a obediência, que em parte se complementam entre si. A obediência sem amor é servil; o amor sem obediência é irreal; nenhum dos dois elementos pode florescer fora do ambiente da verdade.
A carta é dirigida "a senhora eleita", e este é, provavelmente, seu significado, embora muitos interpretem como expressão figurativa que designa a uma igreja. Ao que parece, a epístola é uma carta pessoal a uma mulher cristã que João conhece, talvez uma viúva, e o motivo foi o enncontro com alguns de seus filhos aos quais ele achou fiéis na fé em Cristo (ver. 4).
O propósito da terceira carta é elogiar a Gaio, leigo leal e ativo que tinha consideráveis bens, por sua hospitalidade cristã, dando acolhida a pregadores que viajavam de uma cidade para outra, e ajudando-os no caminho, participando assim em sua obra missionária. A carta refere-se também a determinada cinrcunstância interna da igreja, que envolve Gaio e Diótrefes.

AUTOR
As provas disponíveis indicam que João, o apóstolo, foi o autor não somente do evangelho do mesmo nome, mas também destas três epístolas. Estas cartas foram escritas, segundo se supõe, entre os anos 85 e 100 d.C.

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Fred L. Fisher
Doutor em Teologia



Judas

Comentário:

A epístola de Judas foi escrita como advertência contra certos cristãos nominais que ameaçavem solapar e destruir a comunhão dos crentes, mediante seu caráter e conduta imorais. Os que seguiam seus passos receberiam o justo castigo de Deus. Em realidade, o Antigo Testamento dá testemunho de cinco juízos de Deus contra tais pecados praticados por estas pessoas (vers. 5-11). Como se quisesse acentuar o fato de que tais pessoas estavam prestes a sofrer a ira de Deus, Judas acrescenta uma descrição de doze pontos acerta de sua culpa (ver. 12-16).
Em contraste com a atitude mundana e destruidora dos falsos mestres, o crente deve demonstrar amor espiritual e construtivo. Lembrando a misericórdia de Cristo para com eles, devem também demonstrar misericórdia para com os que estão afundados nestes males. Talvez sejam desse modo salvos (ver. 12-23).
A formosa doxologia (ver. 24, 25) é especialmente apropriada para os que estão passando por grandes tentações.
Além do uso que faz do Antigo Testamento, Judas demonstra conhecer a atual tradição judaica. (Referências em Judas 9, 14, embora nao se encontrem no Antigo Testamento, acham-se em outros escritos judeus da época). A epístola guarda relação particularmente íntima com a segunda epístola de Pedro, e é provável que ambas as cartas fossem dirigidas ao mesmo grupo de crentes. Muito embora alguns exegetas creiam que a segunda epístola de Pedro tenha empregado material de Judas, é mais provável que a segunda espístola de Pedro fosse a mais antiga das duas. Os males que II Pedro (2:1; 3:3) prediz são descritos em Judas (vers. 4, 8, 19) como se houvessem ocorrido de acordo com a profecia apostólica a esse respeito.

Autor:
Segunda a tradição, Judas é o irmão de Jesus (Mateus 13:55) que se tornou crente só depois da ressurreição (João 7:5; Atos 1:14), e cujo irmão, Tiago, foi o primeiro personagem dirigente da igreja primitiva (Atos 15:13; Gálatas 1:19). Isto concorda com a referência que Judas faz de Tiago (ver.1) como se este fosse amplamente conhecido. Em face de tudo isto, poder-se-ia sugerir uma data que oscilaria entre os anos 70 e 80 d.C., para a escritura desta carta.

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E. Earle Ellis
Doutor em Filosofia e Letras



















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