sexta-feira, 5 de outubro de 2012

MARIA, "BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES". LUCAS 1.42


Maria, “Bendita és tu entre as mulheres”. Lucas 1.42



Maria,  Bendita és tu entre as mulheres. Lucas 1.42



De boas palavras transborda o meu coração. Ao Rei consagro o que compus; a minha língua é como a pena de habilidoso escritor.
Tu és o mais formoso dos filhos dos homens; nos teus lábios se extravasou a graça; por isso, Deus te abençoou para sempre.
Cinge a espada no teu flanco, herói; cinge a tua glória e a tua majestade! E nessa majestade cavalga prosperamente, pela causa da verdade e da justiça; e a tua destra te ensinará proezas.

As tuas setas são agudas, penetram o coração dos inimigos do Rei; os povos caem submissos a ti. O teu nome, eu o farei celebrado de geração a geração, e, assim, os povos te louvarão para todo o sempre1Salmo 45.1-5,17


Dedicatória

Em nome do meu SENHOR e Salvador JESUS CRISTO, com a bênção de DEUS PAI, dedico e consagro este trabalho Aquele que convence do pecado, da justiça e do juízo: o ESPÍRITO SANTO. Presenteio com este estudo a Igreja Católica Apostólica Romana, o Papa Bento XVI, seus clérigos e a toda membresia daquela Instituição Eclesiástica que crê no dogma mariano, além de todos quantos seja-lhes útil para edificação espiritual. Ainda o dedico a Nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO, ao seu e nosso DEUS PAI e também ao ESPÍRITO SANTO, o poderoso e benigno guia da Igreja de CRISTO na Terra.








Prólogo

Objectando uma análise verossímil acredito que seja relevante exibir os princípios norteadores do presente estudo. Por esta razão, inicio afirmando que neste estudo utilizei uma Bíblia não-protestante, da qual, em virtude de sua grande riqueza acerca dos assuntos que serão discutidos, extraí os princípios condutores desta pesquisa. Abaixo seguem os dados bibliográficos da referida Bíblia:

Bíblia Sagrada. Trad. FIGUEIREDO, Padre Antônio Pereira de. “Notas” e “Dicionário da Bíblia” PINTO, Dom José Alberto L. de Castro. Para as “Introduções Ecumênicas” desta Bíblia SCHOEL, Luis Alonso. Texto bíblico, dicionário e seções suplementares ZBIK, Padre Francisco; PINTO, Mons. Francisco F. Nova edição da Bíblia publicada com a aprovação do Cardeal D. Jaime de Barros CÂMARA. Para o texto dos “Salmos” foi usada a versão portuguesa do R. Pe. Leonel FRANCA por permissão especial do Provincial da Companhia de Jesus no Brasil Central a quem pertencem todos os direitos. “Dicionário da Bíblia”, copright 1974 de Delkair Publishing Co. Inc. Ed. Ecumênica. Barsa: s/cidade, 1972.

Desta Bíblia, mais especificamente em “A Igreja e a Bíblia2” foi de onde tomei os referidos princípios, a saber:

1.Uma vez que as S. Escrituras foram inspiradas por Deus, não contêm erro algum, assim pois, qualquer interpretação que aceite um erro ou contradição entre passagens bíblicas, não pode ser verdadeira.
2.Uma vez que a Igreja recebeu a promessa de contar com a ajuda do Espírito Santo (Jo 14, 16), não se pode aceitar uma interpretação que seja contrária a alguma de suas definições.

No que diz respeito ao próximo princípio cumpre afirmar que ele é facultativo, pois será aplicado sob a condicional de que a opinião unânime dos Padres e Doutores da Igreja primitiva não torçam o sentido das S. Escrituras criando uma interpretação que aceite um erro ou contradição entre passagens bíblicas e que, por esse motivo, vá contra alguma das definições do Espírito Santo (violando assim os princípios 1 e 2).

3.Sendo a tradição parte integrante da revelação divina, não se pode admitir nenhuma interpretação que vá contra a opinião unânime dos Santos Padres ou Doutores da Igreja primitiva.

            Afirmo que forneci todos os dados possíveis das fontes pesquisadas na realização deste estudo, isto com o fim de garantir ao máximo a fidedignidade e verossimilhança deste trabalho aos que desejarem consultar de onde foram obtidas as informações citadas; além disso, acredito que os desejosos em persistirem num maior aprofundamento das questões aqui abordadas terão na bibliografia deste trabalho um sólido e mui relevante ponto de partida.

Introdução

Diz a teologia mariana, através do concílio Vaticano II, que Os fiéis devem venerar a memória primeiramente da gloriosa sempre virgem Maria, mãe de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo3. Esse escrito corresponde a alguns dos utilizados pela Igreja Católica Apostólica Romana para a manutenção dos vários pontos dogmáticos acerca de Maria.
Muito prático seria logo refutar a proposição mariana citada apenas com o excerto de Marcos 12.29-30:

E Jesus lhe respondeu: que de todos o primeiro mandamento era este: Ouve, Israel, o Senhor teu Deus é só o que é Deus: e amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forcas. Este é o primeiro mandamento.

No entanto, acredito que seja melhor expor e explicitar, de maneira mais ampla, outros textos que forneçam elementos a favor da doutrina mariana para que fiquem claras quais as bases que sustentam o edifício dessa fé. Porém, feito isso, pretendo, em nome do SENHOR JESUS CRISTO, com a ajuda do ESPÍRITO SANTO e com a bênção de DEUS PAI, mostrar aos respeitosos fiéis e clérigos da Igreja Católica Apostólica Romana quais são as bases que fundamentam essa doutrina através de exaustiva e concisa fundamentação bíblica e histórica.
Ao fim deste estudo espero que  o ESPÍRITO SANTO conceda aos leitores conhecer e entender qual seja a realidade do dogma mariano a partir dos subsídios  aqui fornecidos, para então, com coração obediente à Palavra de DEUS, experimentarem a boa, perfeita e agradável vontade de DEUS no que diz respeito a doutrina em questão.


Maria, “Bendita és tu entre as mulheres”. Lucas 1.42

Maria: Doutrina Católica

De acordo com o Dicionário da Bíblia4 Maria teria sido predita no Velho Testamento pelas seguintes profecias: Gênesis 3.15, Jeremias 31.22, além de ser relacionada a outras figuras bíblicas, tal como o Paraíso, o velo de Gedeão e a Arca da Aliança.
Seu nascimento teria sido no ano 20 a.C. durante a festa dos Tabernáculos5, entre o mês de Etanin e de Bul(setembro/outubro). Segundo os documentos pesquisados, chegada à idade núbil de Maria os sacerdotes do Templo teriam-lhe procurado, entre os viúvos de Israel, um guardião para sua virgindade. Havendo vários candidatos José teria sido indicado para este encargo por um sinal divino.
Outro ponto a ser tratado sobre o dogma mariano é no que diz respeito à Maria e ao pecado. Segundo a BulaIneffabilis Deus (1854) o Papa Pio IX6 chamou Maria de “Virgem Mãe de Deus” e naquela Bula declarou, proclamou e definiu que ela foi

preservada imune de toda culpa original no primeiro instante de sua concepção por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em atenção aos méritos de Jesus Cristo o Salvador do gênero humano. Foi revelada por Deus e deve ser portanto, firme e constantemente acreditada por todos os fiéis”

...da fé Católica.
Já no que diz respeito a ser chamada de “Mãe de Deus”, isto é resultado de uma questão debatida no concílio de Éfeso em 431 d.C. A importância de citar este concílio reside no fato de que foi nele que surgiu a oração que completa a “Ave Maria”: “Santa Maria, mãe de Deus” e após a admissão desse atributo é que teria se admitido o poder intercessório de Maria junto a Deus em favor dos homens, daí posteriormente ter sido cognominada de “onipotência suplicante”.
No que tange ao “arrebatamento de Maria”, de acordo com a Enciclopédia BARSA7 teria o Papa Pio XII, em 1o de novembro de 1950, definido o dogma da Assunção de Maria nos seguintes termos:

A imaculada mãe de Deus a sempre Virgem Maria, no término do curso de sua vida terrena, foi elevada à glória celeste, em corpo e alma.

            Deste arcabouço de escritos, dentre tantos outros de teor igual (ou inferior), é que estaria, portanto, fundamentado e justificado o ato da Igreja romana e de seus clérigos e seguidores respeitosamente se prostarem ante Maria venerando-a através dos atributos cognominais de salvadora, nascida sem pecado, Virgem Perpétua, fonte de santidade, intercessora, advogada, auxiliadora, protetora, mediadora, recipiente de preces, rainha de todas as coisas, porta dos céus, etc.


 A doutrina mariana à luz da Bíblia

            Iniciemos esta análise debruçando-nos sobre uma passagem muito utilizada por católicos para a manutenção deste dogma: Gênesis 3.15.

Eu porei inimizades entre ti, e a mulher; entre a tua posteridade e a dela. Ela te pisará a cabeça e tu procurarás morde-la no calcanhar.

            Muitos católicos, dentre os quais estão fiéis e clérigos, argumentam que neste versículo a palavra “Ela”, pronome pessoal do caso reto, aludiria à Maria. Entretanto, vejamos o que realmente a gramática diz sobre essa passagem e seus respectivos constituintes. Para tanto, detamo-nos, inicialmente, na questão dos pronomes. A função dos pronomes é referenciar os participantes da interlocução (quem fala, para quem fala e de quem fala – 1a pessoa, 2a pessoa, 3a pessoa) indicando também traços de gênero, número e pessoa.
            Na parte “b” do verso 15 temos o pronome pessoal “Ela” funcionando anafóricamente dentro do contexto sintagmático como relativo da palavra “dela” na oração anterior, ou em outras palavras: “ela” compartilha índices semânticos com o pronome “dela”. “dela”, por sua vez, é palavra formada pela soma da preposição “de” ligada ao pronome “ela”, palavra que tem por traço fundamental indicar posse, restrição e distinção entre algo que é e tudo que não é. Destarte, “dela” acena para o termo anterior com quem se relaciona  semântica e formalmente, termo que deverá possuir irrevogáveis semelhanças de gênero, número e pessoa: no sintagma esse termo é o artigo “a”, o qual tem valor semântico de “posteridade”. Isto é: “dela” faz referência a uma posteridade distinta da que viria da serpente e o termo “Ela”, da oração “b”, assume os índices semânticos contidos na palavra “dela” que, por sua vez assume os índices semânticos presentes no artigo com função pronominal “a” e que,  correspondem ao antecedente implícito, a saber: “posteridade” – e cabe aqui uma ressalva: expressões referenciais não compartilham índices ambíguos, o que significa que as duas palavras “posteridade” (representadas formalmente como “posteridade” e “a”) mantém entre si relação extremamente distintiva. Assim, poderíamos ler Gênesis 3.15 da seguinte forma: “Eu porei inimizades entre ti (serpente), e a mulher; entre a tua posteridade (serpente) e a posteridade da mulher. A posteridade da mulher te pisará a cabeça e tu procurarás morder a posteridade da mulher no calcanhar”. Ou em curtas palavras: em termos gramaticais, sintáticos, semânticos e teológicos a disposição pronominal de “Ela” dentro da construção sintagmática demonstra que a pessoa que esmagará a cabeça da serpente e terá o calcanhar ferido é o descendente, a posteridade da mulher, isto é: única e exclusivamente Jesus Cristo. Essa conclusão, aliás, é apoiada por Dom José Alberto L. de Castro Pinto que acerca do comentário do Pe. Francisco Zibik sobre essa mesma passagem afirma:

V.15. Ela te pisará: i.e. a posteridade, não a mulher, como se vê mais claramente pelo hebraico. […] Como este versículo alude ao Redentor é chamado o proto-evangelho8.

Como tal observação é oriunda de um clérigo católico, do qual espera-se conhecer muito bem o ensino dos Padres e Doutores da Igreja primitiva, e como dois dos princípios aqui adotados são:

1. […] qualquer interpretação que aceite um erro ou contradição entre passagens bíblicas, não pode ser verdadeira.
3. […] não se pode admitir nenhuma interpretação que vá contra a opinião unânime dos Santos Padres e Doutores da Igreja Primitiva.

Poderíamos já finalizar a discussão apenas pela resolução do problema a respeito do significado do pronome “Ela”, dado o fato que, dentro da semântica escriturística, o mesmo possui valor de JESUS CRISTO; todavia, consideremos ainda a possibilidade de erro ou contradição entre passagens bíblicas para averiguarmos se é correta ou não a interpretação proposta não apenas nesta resolução ou mesmo naquela explicitação feita pelo Padre Zbik. Para isso, leiamos detidamente o Salmo 90.13-16:

v.13 Andarás sobre o áspide e a víbora, calcarás aos pés o leão e o dragão. Quem andará sobre a áspide? Ler isoladamente esta passagem e não refletir sobre as implicações semânticas dos vocábulos “dela” e “Ela” em Gênesis 3.15 (em que existe a presença dos sufixos feminino singular finais “a”) – como feito anteriormente – poderia criar leituras muito equivocadas como aquela que atribuía valor semântico feminino ao pronome “Ela” dentro do contexto escriturístico de Gênesis 3.15 . Por isso, prossigamos com o Salmo depois estudá-mo-lo.

v.14 Porque a mim se uniu Eu o preservarei; Protege-lo-ei porque conheceu o meu nome. Agora perguntamos: “o” é artigo masculino ou feminino? E quanto ao pronome oblíquo “lo”, ele é masculino ou feminino? E quanto a flexão do verbo “proteger”, será “Protege-lo-ei” uma forma flexional nominal no masculino ou feminino? E quanto aos sentido do gênero da pessoa evocada: é masculino ou feminino? Evidentemente que é masculino e não no feminino. E já que é masculino constatamos que protegido que se uniu a Deus, que é preservado, que andará sobre a áspide e a víbora e que calcará aos pés o leão e o dragão é homem e não mulher. Afirmar o contrário é: 1. incorrer em heresia, visto ir contra uma consideração muito relevante feita pela Igreja Católica quanto a unicidade não contraditória dos sentidos bíblicos: A Bíblia, como qualquer escrito humano, tem em suas passagens um sentido literal, aquele que flui diretamente do texto e que só pode ser um9, que neste caso é de Maria, ou qualquer outra mulher, não ser a pessoa que esmagaria a cabeça da serpente. 2. é pecar contra as S. Escrituras e cair em maldição divina, pois esta escrito:

Eu me espanto de que deixando aquele que vos chamou à graça de Cristo, passásseis assim tão depressa a outro evangelho: porque não há outro, senão é que alguns que vos perturbam, e querem transtornar o Evangelho de Cristo. Mas ainda quando nós mesmos, ou um anjo do céu vos anuncie um evangelho diferente do que nós vos temos anunciado, seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: Se algum vos anunciar um evangelho diferente daquele que recebestes seja anátema. Gálatas 1.6-9
Porque eu protesto a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: que se algum lhe ajuntar alguma coisa, Deus o castigará com as pragas que estão escritas neste livro10. Apocalipse 22.18

E 3. é incorrer em dois erros gramaticais muito básicos: de concordância e de recursividade semântica.
Acabada a discussão de Gênesis 3.15, passemos agora a fazer algumas considerações sobre as seguintes passagens:


Pois por isso o mesmo Senhor vos dará à luz um filho, e será chamado o seu nome Emanuel. Isaías 7.14

Quanto ao fato desta passagem aludir a virgindade de Maria até que Jesus Cristo houvesse nascido não há dúvidas, pois isso está em perfeita consonância com Mateus 1.18 e Lucas 1.26-38. Além disso, Jeremias 31.22 diz:

Até quando te debilitarão as delícias, filha vagabunda? porque o Senhor criou um novo prodígio sobre a terra: Uma mulher cercará a um varão.

São Jerônimo interpreta esta passagem como referencia a conceição virginal de Jesus11. De fato ela realmente alude a concepção de um filho por intermédio da vontade de Deus sem que um homem seja instrumento da fecundação. Nesse sentido, os versículos utilizados apenas, e não mais que apenas, reforçam que a única missão profética de Maria foi APENAS dar a luz a Jesus Cristo, salvo isto sua missão era cumprir, como todos aqueles que crêem em Cristo Jesus, a grande comissão ordenada em Marcos 16.15-1612.
            Analisemos agora a história de Maria. Inicialmente em “Maria: a doutrina católica” mostramos que segundo documentos Maria teria nascido no ano 20 a.C. durante as festividades dos Tabernáculos. Porém, o documento do qual extraímos essa informação prossegue versando sobre seu casamento e faz algumas considerações grandemente relevantes para os seguidores do dogma mariano. Convém reproduzir esse texto:

Para inteirarmo-nos das origens de Nossa Senhora, seu casamento com José e outros detalhes semelhantes, nós precisamos recorrer às anedotas que começaram a circular entre as primeiras comunidades cristãs e que se tornaram, por dezenas e centenas de anos, uma fonte de inspiração para escritores e artistas cristãos. Essas anedotas finalmente cristalizaram-se em coleções escritas (apócrifas) e naturalmente muito do que contêm é òbviamente imaginário13.

A conseqüência das afirmações deste documento é: a doutrina de Maria não é oriunda das S. Escrituras, mas de anedotas e de escritos apócrifos jamais aceitos pelos Padres e Doutores da Igreja primitiva no cânon oficializado pela tradição da Igreja romana. O que se verifica, portanto, é que essas anedotas, já que são a fonte original de tais informações a respeito de Maria, foram o único documento/fundamento escrito que o Papa Pio IX teve como base, em 1854, para dizer que a doutrina da “imaculabilidade” de Maria foi revelada por Deus. Em vista disso cumpre afirmarmos que tal doutrina apresenta dubilidade herética e blasfema, pois não tem respaldo no cânon oficial e por isso não pode ser atribuída a qualquer revelação divina, em outras palavras: Pio IX errou, pois violou os três princípios católicos – e já que a tradição é uma das marcas da igreja Católica, Pio IX não poderia ser justificado nem mesmo sob o argumento de que esta reflexão seja anacrônica. Além disso a Encyclopaedia Britannica afirma que este dogma católico não faz parte da tradição cristã primitiva, e mais: diz que os Padres e Doutores da Igreja Primitiva, Santo Agostinho (De natura et gratia, cap. 36) e Santo Anselmo (Cur Deus homo, II, 16), não reconheceram a pureza da mãe de Jesus Cristo, antes, afirmaram que ela nasceu com o pecado original14 presente em toda raça adâmica (exceto em Jesus Cristo). E quanto à questão de seu estado virginal (antes e após dar à luz ao Filho do Altíssimo) alguns exegetas sustentam, baseados em Mateus 12.4615, que ela teria sim tido filhos16 – portanto deixando de ser virgem após manter relações intimas com José e isso apenas e tão somente depois do nascimento de Jesus Cristo.
Aliás, o Padre Francisco Zbik e o Monsenhor Francisco F. Pinto afirmam (p. 12 N.T) que de acordo com o valor da palavra na língua semita o termo adequado para o vocábulo “irmãos” seria “primos”, no entanto tal afirmação é uma grave contradição e uma incoerente afirmação em vista do fato de que tal falha já deveria ter sido a muito tempo sanada, por exemplo, quando o Padre Antonio Pereira de Figueiredo traduziu a referida Bíblia (e não só ele, mas tantos outros tradutores católicos). Entretanto,  isso não aconteceu. O vocábulo permanece teimosamente nas traduções e isso visivelmente pelas seguintes razões: 1. Porque o verdadeiro significado da palavra “filhos” é realmente “filhos” e não “primos”; 2. Porque qualquer interpretação que aceite um erro ou contradição deve ser desprezada, e sabendo disso, o Pe. Figueiredo considerou melhor não incorrer em erro herético. 3. Porque Deus é o responsável pela manutenção da verdadeira tradução e das verdadeiras palavras e sentidos correspondentes às S. Escrituras na língua original, pois, se não fosse assim, a muito os Padres e Doutores da Igreja Primitiva ou Contemporânea já teriam traduzido de forma diferente tal palavra – além disso, se, realmente, o significado da palavra “filhos” fosse “primos”, então em todas as passagens onde é empregado tal termo deveríamos ler “primos”; disto decorreria um grave sofisma teológico: de que todos os que crêem em Jesus não serem filhos de Deus, mas “primos de Deus”. Por esta razão e de acordo com o primeiro princípio católico adotado neste trabalho, não é bíblica e católicamente verdadeiro o dogma da perpétua virgindade de Maria após ter dado a luz a Jesus Cristo e também deste não ter irmãos concebidos pelas relações íntimas mantidas entre José e Maria.

Problemas semânticos para o tradutor da Bíblia: Mulher ou senhora?

Alguns católicos argumentam acerca de “senhora” como sendo o pretenso significado para a palavra “Mulher”, empregada em João 2.4, no entanto tal valor semântico é absolutamente dúbil, pois se chamar Maria de “senhora” fosse realmente o propósito de Jesus Cristo, contido nas S. Escrituras na língua original, o vocábulo “Mulher”, usado por João, não teria sido empregado, mas sim teria também sido o termo “senhora”, como se encontra registrado em II João 1.117. Afirmamos isso por ocasião de um princípio que deve nortear qualquer tradução: aproximar ao máximo os significados contidos na língua mãe aos existentes na língua da tradução através de palavras/construções que, aos leitores, chamem a memória sentidos ao máximo próximos daqueles transmitidos no texto original. Por isso não é possível dizer que está correto atribuir o significado de “senhora” à palavra “Mulher”; na verdade a passagem em seu contexto original e geral não permite tal interpretação que, evidentemente, é resultado da influencia ideológica e emocional que norteou o comentarista, e não dos princípios lingüísticos e teológicos que devem ser ferreamente respeitados em qualquer tradução cientifica e, principalmente, teologicamente séria. Assim, visando expor uma interpretação mais adequada, faremos algumas considerações sobre a passagem de João 2.4.
Observando a referida passagem alguém, influenciado por uma leitura romantizada, anacrônica, escriturística e históricamente decontextualizadas, levaria em conta os comportamentos que, contemporaneamente, se esperariam de um filho em relação a sua mãe e, por isso, de Jesus por em relação à Maria. Isto é, se esperaria que ele ao dizer “Mulher” teria usado este termo como uma forma carinhosa e respeitosa empregada por um filho no trato a sua mãe, forma que teria o valor semântico de “senhora” ou “mamãe” – principalmente em uma festa onde se espera que as pessoas, como Jesus, estivessem com bom ânimo -. No entanto, não foi isso que ocorreu. A forma abrupta como Jesus responde à Maria, chamando-a de “Mulher” e não de “mamãe” – e muito menos “senhora” -, e a repentina saída dela sem continuar a conversa nos mostra um conflito em que Jesus estava “colocando cada coisa no seu devido lugar”, isto é: Jesus estava lembrando à Maria quem era a criatura e quem era o Criador. Maria foi repreendida naquela ocasião não pelo Jesus Cristo filho de Maria, mas pelo Jesus Cristo integralmente guiado pelo Espírito Santo e não pelos caprichos de uma mulher numa festa, o Jesus que é DEUS. Ele estava agindo como aquele que deve ser obedecido pelos homens e não obedecer aos homens. Isso ficou evidente na fala de Maria presente no versículo 5: Fazei tudo que ele vos disser. A fala de Maria prova que ela entendeu quem mandava e deveria ser obedecido, venerado e reverenciado, e o fato de Jesus, ainda assim, ter transformado a água em vinho nada tem haver com o “atender ao pedido de uma mãe”, mas tem haver com o Deus cujas misericórdias duram para sempre. Além disso, o modo abrupto e imperativo da fala posterior dela (“fazei tudo que ele vos disser”) demonstra uma atitude dela, ainda que irritada, se despojando do papel de mediadora entre Jesus Cristo e os homens – principalmente de tal papel quando fundamentado na relação mãe e filho no que dizia respeito a Jesus Cristo e Maria.



Mãe de Deus

            Ironicamente poderíamos começar encerrando apenas com as perguntas: “E por acaso onde as S. Escrituras dizem que Deus tem mãe*? E se não dizem por que algumas pessoas falam que tem? E, posto que não esta na Bíblia, de onde tiraram tal idéia?”. Iremos para além destas irônicas, porém relevantes, questões até uma reflexão ainda mais aprofundada.
            Em verdade o título “mãe de Deus” não tem apoio nos escritos da Bíblia, não tem apoio nos evangelhos apócrifos e também não tem apoio nas anedotas que provamos ser a origem do mito da condição imaculada de Maria, antes, esse epíteto, esta arraigado a uma herética crendice popular do século III d.C., que foi violentamente refutada por Nestório - o qual afirmou que tal proposição era atentatória a dignidade de Deus. Todavia, no círculo eclesiástico, o título “mãe de Deus” foi, pela primeira vez, usado por teólogos de Alexandria no século IV e recebido pela Igreja romana no concílio de Éfeso no ano 431. Nesse concílio se decidiu que, por causa da fé popular, e não das S. Escrituras, se deveria manter a alcunha herética de “mãe de Deus”. É neste contexto que aconteceu o aumento que é a invenção da segunda parte da oração Ave Maria, profanada com os seguintes dizeres: “Santa Maria mãe de Deus18. No entanto, onde o povo teria arrumado a idéia de chamar Maria de “Mãe de Deus”? E ainda mais, cumpre-nos perguntar quais os valores espirituais que permeiam a sociedade e boa parte da cristandade católica – e até protestante – contemporânea levando-a à aceitar a manutenção desse equivoco doutrinário?
Para responder tais perguntas teremos que, ao menos, pincelar um outro assunto: feitiçaria, mais especificamente o ramo da magia conhecido como Wicca19.
Segundo a citada religião pagã o universo seria fruto de duas grandes polaridades denominadas “Princípio feminino ou Grande Mãe” e o “Princípio Masculino ou Deus Cornífero”. A grande Mãe que no catolicismo é Maria e que na Wicca representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação, possui três faces: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia. O Princípio Masculino, Deus, é o responsável por mostrar os mistérios da morte e do Renascimento. Aliás, na Wicca Deus nasce da Mãe, doutrina que trás graves implicações para o catolicismo, pois quando este chama Maria de mãe de Deus acaba por fazê-la dogmaticamente a semelhança de uma entidade demoníaca de uma religião pagã que ensina a feitiçaria, o que implica no fato de que seus clérigos e fiéis, direta ou indiretamente, fazendo isso, deixam, isto sem saber, de ser fiéis a Jesus Cristo e se tornam praticantes 1.devotos de um demônio, 2.praticantes de ritos de feitiçaria, e por isso condenáveis por terem incorrido em pecado por ocasião do exercício do dogma mariano que foi institucionalizado para agradar pessoas cuja mentalidade e costumes eram corrompidos e anticristãos. Leiamos um excerto que trata sobre a relação entre a Grande Mãe e Deus para que isso fique mais claro:

Na Wicca, o Deus nasce da Grande Mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa Virgem, eles fazem amor, a Deusa fica grávida. [...] Deus é o filho e amante da Deusa, mas é preciso perceber o verdadeiro simbolismo do mito, pois do útero da Deusa todas as coisas vieram, e, para ele, tudo retornará20.

Em outras palavras, é o mesmo que dizer que a pretensa Mãe de Deus é o Alfa e o Omega, uma espécie de co-redentora por ter gerado o redentor. A periculosidade de alguém crer em fé tão anátema, entre outras coisas, vem do fato de que:
-Isso não é ensinado e nem tem respaldo na Bíblia, mas é ensinado e respaldado pela feitiçaria presente na Wicca.
-Isso não é uma doutrina revelada por Deus, pois Ele abomina quem pratica a feitiçaria ( como prova Levíticos 20.620, Deuteronômio 18.10-1421, Êxodo 22.1823, etc.). Vejamos também o que Padre Zbik afirmou sobre o quinhão que cabe aos feiticeiros e encantadores – e recomendo que os leitores depois verifiquem o fundamento bíblico de sua afirmação:

Feiticeiro, Encantador. Pessoa que invoca a ajuda do demônio para fazer maravilhas. Os encantadores atribuem amais poder ao demônio do que a Deus, e desta maneira indiretamente negam a Santidade, Onipotência e Sabedoria de Deus24.

            -Aceitar que Maria é mãe de Deus é pecar contra Maria, pois ela, na Bíblia, nunca afirmou ser mãe de Deus e também nunca pediu qualquer tipo de culto ou veneração, antes ordenou que seu filho fosse obedecido (João 2.525), e, aliás, em seu cântico reconheceu carecer, como todos nós, da salvação de Deus (Lucas 1.4726) a qual lhe foi dada única e exclusivamente através de Jesus Cristo, o que refuta a doutrina de que ela tenho sido “isenta de pecado”.
            -O anjo que apareceu a Maria e trouxe a palavra de Deus não disse da parte de Deus que ela deveria ser chamada de Mãe de Deus, não ordenou a ninguém chamar Jesus de “Jesus filho de Maria” ou de “Deus filho de Maria”, mas de “Filho do Altíssimo” (Lucas 1.3227).

            É compreensível que seja difícil aceitar tão potentes luzes após anos de tão negras nuvens, porém, ainda assim, rica e sincera em dedicada e amorosa fé devota à Maria. Talvez, por isso, alguém ainda argumente que sua fé em Maria, apesar de não ser bíblica, é boa, pois não prejudica ninguém e por isso deve e pode ser seguida. No entanto, aos que partilham dessa obscura visão apenas lembramos que tal modo de pensar é oriundo da feitiçaria – isto é, você poderá, talvez até sem querer, ter a mentalidade não de uma pessoa cristã, mas de um adepto da bruxaria -, pois a Wicca diz:

faça o que você quiser, desde que não prejudique a ninguém’. Porém este prejudicar é relativo. Fazer o mal varia de pessoa para pessoa. O que é mal para um pode não ser para outro28

Portanto, sua forma de pensar é prejudicial sim, inicialmente para você, pois Deus diz em Êxodo 22.18Tu castigarás de morte aqueles que usarem de sortilégios e de encantamentos. Ainda é importante salientar que tal mentalidade presente na profissão de fé aqui estudada é fundamental para quem devota-se à prática de sortilégios e encantamentos.

Maria: casada na Bíblia, solteira no mito

            Discorramos agora a respeito do que o dogma mariano diz sobre o casamento de Maria para identificarmos qual seja sua verdade se iluminado pela luz da Bíblia.

Os fiéis devem venerar a memória primeiramente da gloriosa sempre virgem Maria, mãe de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo. – Concílio Vaticano II29

Faremos a seguir uma análise detida em alguns versículos para o estudo da questão do casamento.
Princípio básico

            Diferente do que hoje é largamente difundido em nossa sociedade, o casamento bíblico, diante de Deus, não é formalizada por um ritual cheio de aparatos “ocidentalecos”, mas sim tem as seguintes características:

Por isso deixará o homem seu pai e a sua mãe, e se unirá a sua mulher e serão os dois numa mesma carne. Gênesis 2.24

Carne: em hebraico significa corpo de um indivíduo ou também a pessoa (corpo e alma). A união dos cônjuges deve ser tal que eles formem como que uma só pessoa.30

E em Mateus 19.6 Jesus alerta: Não separe logo o homem o que Deus ajuntou.
De acordo com a tradição judaica o matrimonio possuía dois atos: o primeiro era o desposório onde os nubentes ficavam casados, mas residiam cada um em sua própria casa, e o segundo era a festa das bodas onde a esposa era conduzida à casa do esposo para, depois, consumarem a união carnal através de relações sexuais – que não haviam acontecido na primeira parte do desposório. Todavia, se Maria foi perpetuamente virgem, como anuncia o dogma mariano, então nunca jamais foi efetivamente casada com José. Vejamos o que diz a Bíblia em Mateus 1.18:

Ora a conceição de Jesus Cristo foi desta maneira: Estando Maria, sua mãe, desposada com José antes de coabitarem, se achou ter ela concebido por obra do Espírito Santo.

Maria e José estavam no meio do ano desposório, estavam “casados pela metade” e deveriam continuar assim até o fim do ano. Não poderiam manter relações sexuais, e por isto de ocorrer nesse período a concepção de Jesus Cristo, isto é: antes do momento de selar/consumar o casamento definitivamente através do ato sexual31 para, então, virem a se tornar uma só carne.
            Relevante notar que a passagem é enfática ao dizer “antes de coabitarem”, o que aponta não só para a conceição virginal de Jesus Cristo, mas também nos revela a existência de um momento posterior a concepção e que era, com justiça, esperado por ambos e relevante para/como prova da concepção virginal de Jesus. Maria e José estavam no desposório, entretanto ela se achava grávida. Diante desse imprevisto José se vê obrigado a observar na Lei judaica mecanismos legais, porém utilizados de forma atípica, para que fosse possível consumar o casamento com Maria de forma que isso não represente incorrer em pecado. Após o final do desposório, antes de coabitarem, são tomadas duas medidas: 1. Jesus é apresentado, conforme a Lei exige (Lucas 2.2132) no Templo oito dias após seu nascimento e 2. Maria inicia sua purificação conforme a Lei exigia que as mulheres fizessem após a menstruação ou após um parto (Lucas 2.2233). Findados estes dois ritos José e Maria vieram a manter relações sexuais conforme está escrito em Mateus 1.25E ele não a conheceu, enquanto ela não deu à luz ao seu primogênito: e lhe pôs por nome Jesus. Note: José não a conheceu enquanto não deu à luz Jesus Cristo. A passagem restringe bem a circunstancia em que José e Maria não coabitaram: até ela dar a luz ao primogênito (subentendendo aqui o cumprimento de todos os ritos posteriores exigidos pelo judaísmo – ritos, anteriormente explicados). Aliás: o fato de um casamento ser consumado com sexo e possuir a prática do mesmo entre os conjujes é tão importante que o apóstolo Paulo escreveu em I Coríntios 7.5Não vos defraudeis um ao outro, senão talvez de comum acordo por algum tempo, para vos aplicardes à oração: e de novo tornai a coabitar, porque não vos tente Satanás, por vossa incontinência”. Paulo chama de incontinentes, isto é: de libidinosos, voluptuosos, sensuais, lúbricos, lascivos, impudicos, crápulas, carnais os casais que se privam por muito tempo das relações sexuais e isto mesmo que sob uma justificativa aparentemente religiosa como, por exemplo, a aplicação de ambos à oração. Dizer que Maria se manteve virgem após ter Jesus e, ainda assim, estar casada com José equivale a chamá-la de libidinosa, voluptuosa (uma Heloísa de Abelardo), sensual, lúbrica, lasciva, impudica, crápula e carnal. E o mesmo vale para José. Assim, perguntamos: serão os dois existências que resumem em si tais adjetivos? Respondam os que blasfemam afirmando que ambos eram casados e Maria virgem; aliás – como já foi colocado em nota de rodapé – como dizer que Maria concebeu Jesus enquanto ainda era virgem se não há lençol manchado de sangue?
            É um absurdo qualquer doutrina e dogma que ensine ou estabeleça, proclame e afirme que Maria e José consumaram o casamento sem coabitar, ou que Maria foi “sempre Virgem” conforme disse o concílio Vaticano II, pois tal afirmação é absolutamente desarmônica com as S. Escrituras do Cânon sacralizado pela Igreja Católica Apostólica Romana, e justamente por ser um dogma tortuoso deve (e já deveria a muito tempo) ter o destino estabelecido por um principio básico de interpretação estabelecido pelo catolicismo: “[...] qualquer interpretação que aceite um erro ou contradição entre passagens bíblicas, não pode ser verdadeira”. Isto é: já deveria ter sido considerado um dogma mentiroso e, portanto, doutrina de demônios.
Crer e afirmar a virgindade de Maria após o nascimento de Jesus (e após os dias da purificação dela) é uma apostasia, uma heresia contra as Sagradas Escrituras e contra a Igreja Católica Apostólica Romana. Tal doutrina é doutrina infundada, um acréscimo ao livro da profecia cujo galardão, por conta do erro, é somente maldição.
            Vejamos agora trechos de três documentos que tratam do casamento de Maria e que são o fundamento do dogma mariano – documentos, aliás, que chamados de lendas:.


Para satisfazer a curiosidade cristã a respeito de Maria, certos autores primitivos escreveram livros imaginosos como o Líber de infantia Mariae et Christi Salvatoris (Livro da infância de Maria e de Cristo Salvador) e o Evangelium de nativitate Mariae (Evangelho do nascimento de Maria). Nesses trabalhos afirma-se que ela era filha de Joaquim, pastor da tribo de Judá, casado com Ana. Quando chegou à idade núbil, os sacerdotes do Templo procuraram-lhe não um esposo, mas um guardião para a sua virgindade, dentre os viúvos de Israel. Havendo vários candidatos, José foi indicado para este encargo por um sinal divino, sendo igualmente um dos mais velhos dentre estes34.

            É bem clara a passagem que diz “nesses escritos” e não nas S. Escrituras, só isto em si basta para intensificar o descrédito que merecem as histórias apócrifas, isto é, as lendas nas quais a Igreja romana sustenta o dogma de Maria. É algo, no mínimo de uma grande e ridícula incoerência/inocência, afirmar que José era guardião da virgindade de Maria. A Bíblia é muito enfática ao dizer que Maria e José estavam desposados antes da concepção de Jesus e que só depois vieram a coabitar. Não há, em nenhum lugar na Bíblia, espaço para dizer ou interpretar que José seria o “cinto de castidade” de Maria. Isto é incoerente e absurdo, porque no mundo judaico seria pouco decoroso que uma jovem tivesse um homem como guardião de sua virgindade. Era tão esperado que um homem com uma mulher coabitassem que em III Reis 1.1-435foi necessário até esclarecer que Davi não coabitou com a jovem com quem ele dormiu em sua velhice – e como se esclareceu isso se não depois que ela perdeu a virgindade e mostrou o lençol como prova? Portanto, os dogmas e doutrinas marianas que se baseiam nesse mito de “José, cinto de castidade”, assim como os próximos mitos, só podem ter uma única fonte: a pura e deliberada invenção humana que só visava satisfazer a curiosidade de alguns incautos. Passemos à segunda estória:

São Jerônimo confessa que, num escrito da adolescência (383), aventara a hipótese da virgindade perpétua por ocasião de uma veemente disputa com Helvídio, reunida depois num longo tratado apologético. Afirma que, depois disso, a doutrina ganhou terreno rapidamente. Chega também a dizer que os irmãos de Jesus nem eram filhos de Maria com José, nem de José em casamento anterior, mas de uma outra Maria, irmã da Virgem e esposa de um Cleofas ou Alfeu. Essa doutrina foi aceita oficialmente pela Igreja no concílio de Calcedônia (451). Encontra-se, desse modo, incorporada à dos ortodoxos e católicos romanos. É também defendida por muitos anglicanos, alguns luteranos e ainda certos teólogos protestantes36.

Esta é outra proposição tão absurda quanto a anterior, pois a fonte de inspiração de São Jerônimo para sua hipótese foi um escrito (Protevangelium Jacobi – Proto-Evangelho de Jacó) proibido pelos primeiros Papas, sobretudo Gelásio I no século II. Desse escrito proibido surgiram outros pseudo-evangelhos, apócrifos, como de São Jerônimo e Helvídio, que teriam distorcido as idéias de Tertuliano e Orígenes, os quais defendiam que Maria estaria virgem quando concebeu Jesus. A estória de Maria inventada por Jerônimo é tão absurda e cheia de contradições que bem vale uma consideração feita pela Enciclopédia BARSA, a saber: que a perpétua virgindade de Maria Não é explanada nem pelos quatro evangelistas, nem por nenhum escrito importante dos primeiros três séculos37. Isto é, se algum escrito explanava essa questão era, no mínimo, as anedotas anteriormente referidas. Apesar de tantas aberrações passemos ao terceiro mito (e talvez, se não o mais absurdo, o mais blasfemo).

Quando Maria atingiu a idade para matrimônio, casou-se com José, que era um carpinteiro de Nazaré, e que como ela, pertencia à família de Davi. José aceitou Maria como esposa, sabendo que Maria havia dedicado sua virgindade a Deus. Assistem as bodas os demais pretendentes à mão de Maria, levando cada um uma vara pois, segundo a crença, aquele cuja vara florescesse seria o esposo de Maria38.

A imagem que fica é de Maria como uma mulher lasciva e de seus pais como pessoas levianas, pois é ABSURDO conceber um desposório com vários pretendentes! Seria o mesmo que afirmar hoje que uma jovem noivou com dois, três, cinco, vinte homens!  É tão absurda esta hipótese, que se torna licito perguntar o que havia na cabeça de Joaquim e Ana para desposarem sua filha com vários homens simultaneamente? Tal mito não tem nenhuma base na Bíblia ou na conjuntura judaica daquela época (ou mesmo da atual época, seja judaica, ou seja cristã), portanto só pode ser uma sátira, aliás, muito pobre que grosseiramente retomou um rito que só foi utilizado debaixo de um comando de Deus quando se escolheu, nos dias de Moisés, o sumo-sacerdote do Tabernáculo, que no caso foi Arão irmão de Moisés. No entanto, que seria se a vara de José não florescesse? Maria teria no mínimo dois esposos! Seria a emancipação feminina em pleno mundo judaico!           
Já estudamos que o casamento é consumado através da ligação de alma, o sentimento amoroso, e pela cópula. Portanto, se José casou com Maria sabendo que Maria tinha feito voto de castidade então eles não poderiam estar de fato nem casados e nem desposados. A Bíblia não dá espaço para o tipo de leitura absurda proposto pelos mitos anteriormente citados, aceitar, portanto, tais escritos como base de fé equivale a ir contra a Bíblia, contra a Igreja Católica Apostólica Romana e ainda criar motivos para se escarnecer de Maria e José. Em síntese: é impossível bíblica e catolicamente (aceitar) o dogma de que José e Maria não mantiveram relações sexuais após Jesus nascer, pois tal dogma é a negação (das evidências milagrosas) de que Jesus tenha nascido quando Maria ainda estava virgem, e mais: é a própria negação daquela virgindade que se crê que Maria possuía.

Quinto mistério glorioso

O transcreverei na integra antes de discutir sobre ele:

No quinto mistério glorioso contemplamos a Coroação da Santíssima Virgem no céu, proclamada pelos coros dos anjos e santos Rainha e Imperatriz da criação, Medianeira de todas as graças e Corredentora do gênero humano. Nossa Senhora nos espera no céu para nos oferecer a coroa da vitória, quando tivermos lutado o bom combate e merecido nosso premio espiritual. 2 Tm 4,7-839. Também nós podemos oferecer uma coroa a Maria, uma coroa de orações, i.e., o Santo Rosário, com que enaltecemos suas glórias e invocamos sua intercessão. Rezemo-lo, pois, com devoção para que nossa coroa seja digna da Santíssima Virgem. Fruto do quinto mistério glorioso é fé na salvação40.

            Vejamos se tais afirmações podem ou não ser fundamentadas pela Bíblia.
No excerto citado é dito que Maria é coroada no céu, proclamada pelos coros de anjos e santos, Rainha e imperatriz da criação; paremos aqui. Então Maria é Coroada como Rainha no céu, logo, se é coroada, se torna Rainha do céu; pois bem, vejamos o que é dito na Bíblia sobre a Rainha do céu e sobre seus fiéis em Jeremias 7.16-20, 44.15-19 e 23-29. Antes, porém, de transcrever estas passagens imagino que alguns fiéis e clérigos poderão dizer: “Nós não queimamos incenso, mas apenas oramos à Maria”. Aos tais, apenas esclareço que em Apocalipse 5.841 nos é dito que o incenso, diante de Deus, são as orações. Agora, dito isso, passemos às citações do livro do profeta Jeremias:

Tu pois não rogues por este povo, nem empreendas por ele louvor nem oração, e não te me oponhas: porque te não escutarei. Acaso não vês tu o que estes fazem nas cidades de Judá e nas praças de Jerusalém? Os filhos ajuntam a lenha e os pais acendem o fogo, e as mulheres misturam a manteiga com os mais adjuntos necessários para fazerem tortas à rainha do céu, e para sacrificarem a deuses estranhos, e para me provocarem a ira. Acaso eles a mim é que me provocam a ira? diz o Senhor, ou não é antes a si mesmos que fazem mal para confusão do seu rosto? Portanto isto diz o Senhor Deus: Eis aí está que o meu furor, e a minha indignação se anda forjando sobre este lugar, sobre os homens, e sobre os animais, e sobre as árvores do campo, e sobre os frutos da terra, e se acenderá, e não se apagará. (Jeremias 7.16-20).
E responderam a Jeremias todos os varões, que sabiam que sacrificavam suas mulheres a deuses estranhos: e todas as mulheres, de que havia ali grande multidão, e todo o povo dos que moravam na terra do Egito em Fatures, dizendo: Não escutaremos de ti a palavra que nos disseste em nome do Senhor. Mas pontualmente cumpriremos toda a palavra, que sair da nossa boca, de sacrificarmos à Rainha do céu, e de lhe oferecermos libações, como nós o temos feito, e nossos pais, nossos reis, e nossos príncipes nas cidades de Judá, e nas praças de Jerusalém: e tivemos fartura de pão, e nos ia bem, e não vimos mal algum. Porém desde aquele tempo em que nós cessamos de sacrificar à Rainha do céu, e de lhe oferecer libações, estamos necessitados de tudo, e temos sido consumidos pela espada, e pela fome. Assim é que nós sacrificamos à Rainha do céu, e lhe oferecemos libações. Mas acaso fizemos-lhe nós as tortas para a honrar, e oferecemos-lhe as libações sem os nossos maridos? (Jeremias 44.15-19).
Pelo motivo de que sacrificastes aos ídolos, e pecastes contra o Senhor: e não ouvistes a voz do Senhor, e não andastes na sua lei, e nos seus mandamentos, e testemunhos. Por isso vos vieram estes males, como se vêem neste dia. E disse Jeremias a todo o povo, e a todas as mulheres: Ouvi a palavra do Senhor todos os de Judá, que estais na terra do Egito: Isto fala o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Vós, e vossas mulheres falastes por vossa boca, e cumpristes com vossas mãos, dizendo: Cumpramos os nossos votos, que fizemos, de sacrificar à Rainha do céu, e de lhe oferecer libações. Cumpristes os vossos votos, e os pusestes por obra. Portanto ouvi a palavra do Senhor todos os de Judá, que habitais na terra do Egito: Eis aqui estou eu que jurei pelo meu grande nome, diz o Senhor: que de nenhum modo será pronunciado mais o meu nome por boca de nenhum homem judeu, dizendo: Vive o Senhor Deus em toda a terra do Egito. Eis aqui eu que vigiarei sobre vós para mal, e não para bem: todos os varões de Judá, que há na terra do Egito, voltarão à terra de Judá em curto número. E todas as relíquias de Judá dos que entram na terra do Egito para morarem nela, saberão que palavra será cumprida, se a minha, ou a deles. Portanto ouvi a palavra do Senhor todos os de Judá, que habitais na terra do Egito: Eis aqui estou eu que jurei pelo meu grande nome, diz o Senhor: que de nenhum modo será pronunciado mais o meu nome por boca de nenhum homem judeu, dizendo: Vive o Senhor Deus em toda a terra do Egito. (Jeremias 44.23-29).

            Na verdade a única coisa que fica claro acerca da Rainha do céu - agora se leia “Maria” - é que Deus rejeita até a oração dos verdadeiros santos em favor dos fiéis à Maria e, pelo contrário de se agradar dos devotos dela, Deus sente nojo e ira por quem cultua esse demônio – que nada tem com aquela Maria que recebeu a semente divina e que nunca foi designada para receber qualquer culto e também que nunca pediu isso. No verso 19 do capítulo 44 fica evidente que orar para a tal Rainha do céu – Maria - irrita Deus e o motiva a manifestar sua ira sobre e contra quem ora para ela, e essa ira se consuma pela violência e fome – cabe aqui um rápido comentário: se o Brasil e tantas outras nações estão como estão é também por culpa do culto prestado a Maria que atrai essa maldição de Deus manifesta na forma da violência e da fome que tem assolado tantas nações.
            Também é dito que Maria foi coroada, no entanto em Apocalipse 14.4 nos é dito que Jesus é quem tinha na cabeça uma coroa de ouro (e não Maria). Em Apocalipse 19.12 João nos conta que a coroa de Jesus Cristo é ricamente incrustada de diademas; no verso 16 não é Maria chamada de Rainha, mas Jesus Cristo é chamado de Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. No transcorrer de todo livro de Apocalipse é Jesus adorado por anjos, por santos, querubins, serafins e nunca jamais Maria recebia qualquer louvor/adoração/veneração. A única pessoa que além dele é aclamada e adorada é a Besta. A Bíblia também nunca se refere à Maria ou mesmo a Jesus como imperador, por isso tal termo não cabe no contexto cristão. No mais, quanto a Maria ser chamada de Mediadora de todas as graças, as afirmações realmente bíblicas são bem contrárias a tal invenção de fé, como melhor se verifica em:


II Timóteo 2.5
Porque só há um Deus, e só há um Mediador entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo homem:.

João 14.16
Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco.

E quanto a ser mediadora da graça, o que temos na Bíblia é:

II Coríntios 12.9
e então me disse: Basta-te a minha graça: porque a virtude se aperfeiçoa na enfermidade. Portanto de boa vontade me gloriarei nas minhas enfermidades, para que habite em mim a virtude de Cristo. – Cristo fala a Paulo acerca da Sua graça e virtude, e Paulo confirma dizendo que espera que habite nele a virtude de Cristo (e não de Maria).

II Coríntios 13.13
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, e a caridade de Deus, e a comunicação do Espírito Santo seja com todos vós. Amém. (grifos meu). O trecho deixa bem claro quem é a fonte da graça e quem nos comunica a graça: o Senhor Jesus Cristo e não Maria.

I Timóteo 1.14
Mas a graça de nosso Senhor Jesus Cristo abundou em grande maneira com a fé e caridade, que é em Jesus Cristo. – e não em Maria.

Isto é, se alguém é mediador é Jesus e se alguém possui a graça esse alguém é Jesus. Maria nunca foi e nunca será mediadora de qualquer pessoa e nem fonte de todas as graças, pois Jesus deixou bem claro: (João 16.23-24E naquele dia nada mais me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo: Se vós pedirdes a meu Pai alguma coisa em meu nome, ele vo-la-á de dar. Vós até agora não pedistes nada em meu nome. Pedi, e recebereis, para que o vosso gozo seja completo. E finalmente, quanto à “Nossa Senhora” (aliás, corrijo, nem é nossa e nem é senhora) estar no céu nos aguardando com uma coroa, tal doutrina é no mínimo distraída, pois na passagem em que se fundamenta (2 Timóteo 4.7-8) citada no texto doQuinto mistério glorioso nos é dito que o Senhor (pronome pessoal de tratamento masculino) nos dará a coroa e não Maria.

Aparições

            Salva as de Jesus e as dos anjos, a Bíblia nos fala apenas de três aparições: de Samuel, Elias e Moisés. Muito se afirma acerca das parições de Maria, entretanto devemos ter claros os princípios bíblicos que fundamentam as aparições daquelas três personagens e vermos se podem ou não ser aplicados às aparições de Maria, para então afirmarmos com certeza e respaldo bíblico se as aparições de Maria são realmente de Maria ou não. I Samuel 28.5-19:

5 E vendo Saul o exército dos filisteus, penetrou-se de medo, e seu coração se intimidou sobremaneira. 6 E consultou ao Senhor, e não lhe respondeu nem por sonhos, nem por sacerdotes, nem por profetas. 7 E disse Saul para os seus servos: Buscai-me uma mulher que tenha o espírito de Píton, e eu irei ter com ela, e a consultarei. E os seus servos lhe disseram: Em Endor há uma mulher que tem o espírito de Píton. 8 Mudou pois Saul seus hábitos: e tomou outros vestidos, e partiu ele, e dois homens o acompanhavam, e chegaram de noite a casa da mulher, e disse-lhe: Adivinha-me pelo espírito de Píton, e faze-me aparecer quem eu te disser. 9 E a mulher lhe respondeu: Tu bem sabes tudo o que fez Saul, e como ele exterminou da terra os mágicos e os adivinhos: por que me armas tu logo um laço à minha vida, para me matarem? 10 E Saul lhe jurou pelo Senhor, dizendo: Viva o Senhor, que disto não te virá mal algum. 11 E disse-lhe a mulher: Quem queres tu que te apareça? Disse Saul: Faze-me aparecer a Samuel. 12 E a mulher tendo visto Samuel aparecer deu um grande grito: e disse a Saul: Por que me enganaste tu? Tu pois és Saul. 13 E o rei lhe disse: Não temas: que viste tu? E disse a mulher a Saul: Vi deuses que subiam da terra. 14 E disse-lhe Saul: Como é sal figura? Respondeu a mulher: Subiu um homem ancião e esse coberto com uma capa. E entendeu Saul que era Samuel, e fez-lhe uma profunda reverencia, e prostrou-se por terra. 15 Disse pois Samuel a Saul: Por que me inquietaste fazendo-me vir cá? E Saul lhe respondeu: Eu acho-me no último aperto: porque os filisteus me fazem guerra, e Deus se retirou de mim, e não me quis ouvir nem por profetas, nem por sonhos: por essa razão te chamei, para que me declarasses o que devo fazer. 16 E disse Samuel: Para que me perguntas, quando o Senhor te tem desamparado, e se passou para o teu rival? 17 Porque o Senhor te tratará, como eu to disse da sua parte, e dividirá o teu reino da tua mão, e o dará a Davi teu parente mais próximo. 18 Já que não obedeceste à lei do Senhor, nem executaste o decreto da sua ira contra os amalecitas: por isso te fez hoje o Senhor isso que padeces. 19 E o Senhor até te entregará contigo Israel nas mãos dos filisteus. Amanha pois tu, e teus filhos sereis comigo: e até o Senhor entregará também nas mãos dos filisteus o campo de Israel.

Lembrando: Deus não é contraditório e interpretações que dão momento a contradições devem ser jogadas para fora pela porta do montouro. Agora nos detamos na análise de alguns versículos e de outros a eles relacionados. Versículo 8:Adivinha-me pelo espírito de Píton, e faze-me aparecer quem eu te disser. Deste verso sorvemos pelo menos três aspectos:
1.A mulher consultada tinha a capacidade de Adivinhar, era uma adivinho;
2.A mulher consultava pelo espírito de Píton, que é um demônio;
3.A mulher exercia práticas que podiam fazer aparecer um morto, isto é: ela era um “mágico”.
Agora convém constatar o que Bíblia diz sobre os que consultam mágicos, adivinhos e o espírito de Píton:
Levíticos 19.31:
Não vos dirijais aos mágicos, nem consulteis os adivinhos, para que não suceda que este comércio vos corrompa. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
Levíticos 20.6:
Se algum homem declinar para os mágicos, e adivinhos, e se der a eles por uma espécie de fornicação; eu porei sobre ele o olho da minha ira, e o exterminarei do meio do seu povo.
Deuteronômios 13.1-5:
Se se levantar no meio de ti um profeta ou qualquer que diga que teve uma visão em sonhos, e predisser algum sinal ou prodígio, e suceder assim como ele falou, e te disser: Vamos, e sigamos os deuses estranhos que não conheces e sirvamo-los: não ouvirás as palavras do tal profeta ou sonhador: porque o Senhor vosso Deus vos tenta, para se fazer manifesto, se o amais ou não, de todo o vosso coração, e de toda a vossa alma. Segui o Senhor vosso Deus, e temi-o, e guardai os seus mandamentos, e ouvi a sua voz: a Ele servireis, e a Ele vos unireis. Aquele profeta porém ou aquele inventor de sonhos será entregue à morte: porque vos falou com o fim de vos apartar do Senhor vosso Deus, que vos tirou do Egito, e vos resgatou da casa da escravidão: para te desviar do caminho, que o Senhor teu Deus te apontou: e tirarás o mal do meio de ti.
Deuteronômio 18.10-12:
Nem se ache entre vós quem pretenda purificar seu filho, ou filha, fazendo-os passar pelo fogo: nem quem consulte adivinhos, ou observe sonhos e agouros, nem quem seja feiticeiro, ou encantador, nem quem seja feiticeiro, ou encantador, nem quem consulte a Píton ou adivinhos, nem quem indague dos mortos a verdade. Porque todas estas coisas abomina o Senhor, e por semelhantes maldades exterminará Ele estes povos à tua entrada.
Hebreus 9.27:
E assim como está decretado aos homens que morram uma só vez, e que depois disto se siga o juízo.
Lucas 16.27-31:
E disse o rico: Pois eu te rogo, pai, que o mandes ã casa de meu pai: pois que tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, que não suceda virem também eles parar a este lugar de tormentos. E Abraão lhe disse: Eles lá têm a Moisés, e aos profetas: ouçam-nos. Disse pois o rico: Não, pai Abraão: mas se for a eles algum dos mortos, hão de fazer penitencia. Porém Abraão lhe respondeu: Se eles não dão ouvidos a Moisés, e aos profetas, tão pouco se deixarão persuadir, ainda quando haja de ressuscitar algum dos mortos.

Agora vejamos o comentário do Padre Francisco Zbik: permitiu Deus que aparecesse a alma de Samuel para anunciar a Saul os castigos que lhe enviará (Eclo 46.23)42. Consideramos os seguintes fatos:
1.Inicialmente se percebe que Deus considera execrável a consulta a adivinhos, mágicos, pitonistas e a invocação de mortos.
2.Depois temos que após morte não há retorno (Hb 9.2743), salvo em caso de ressurreição (Lc 8.54-5544). Assim, aparições e coisas semelhantes por parte dos mortos são absolutamente descartadas na Bíblia.
3.Deus não faz exceções, mas age conforme sua palavra.
Observando os versículos apontados por nós e estes três princípios deles extraídos concluímos que a alma de Samuel não poderia voltar do reino dos mortos conforme comentou o Padre Zbik e mesmo como Eclesiástico 46.23 afirma. Então surgem as perguntas: seria ou não a alma de Samuel que teria aparecido? Estariam certos ou não os escritos do comentário de Zbik e de Eclesiástico 46.23? Para nos aprofundarmos na resposta adequada precisamos ter em mente, acerca de I Samuel 28, algo muito relevante: que o escritor deste livro narrou estes fatos depois de ocorridos.
            Diz o verso 12 que a mulher viu Samuel aparecer, no entanto o verso 14 nos apresenta o real momento da aparição no qual nos é informado que a mulher não reconheceu o espírito de Samuel. Ela disse que subiu um homem ancião, e esse coberto com uma capa, ela não disse de início: “É Samuel”, mas disse “subiu um homem ancião”. No mesmo versículo está escrito que entendeu Saul que o espírito era Samuel. Saul não o viu, Saul não o ouviu – senão por intermédio da pitonista -, Saul nem sabia realmente o que a pitonista estava vendo, mas Saul apenas entendeu, isto é: achou que era Samuel e daí em diante, não porque fosse Samuel, mas porque Saul assim entendeu, o escritor de I Samuel 28 passa a referir-se ao espírito como sendo Samuel.
            Abaixo apresentamos algumas razões do emprego sistemático do nome Samuel em referência ao espírito e a forma invertida dos versículos 11-12 e 14:
1.Trata-se de economia escriturística, isto é: seria demasiado exaustivo em todas as ocorrências da palavra Samuel escrever “e o espírito que Saul entendeu ser Samuel disse”; assim o escritor sabiamente optou pela forma Samuel, entendendo que o leitor já teria subentendido se tratar do espírito que Saul imaginou ser Samuel. Em termos lingüísticos: o nome Samuel acaba adquirindo valor pronominal de “o espírito que Saul entendeu ser Samuel”.
2. Em “A Igreja e a Bíblia” 45 nos é introduzido um breve estudo sobre hebraísmos, uma das considerações feita pelo estudioso católico é: I. A mentalidade hebraica não era tão analítica e precisa como a dos escritores modernos. A implicação disso é a aceitação de que, em termos de linearidade temporal, o versículo 14 esteja localizado entre os versos 1112 do mesmo capítulo.
Posto isso, perguntamos: terá ou não o verdadeiro Samuel aparecido? Para respondermos essa pergunta lançamos outra: pode um espírito demoníaco tomar a forma de algum outro espírito ou pessoa? Vejamos o que a Bíblia diz: II Coríntios 11.14-15 E não é de se espantar: porque o mesmo Satanás se transforma em anjo de luz: não é logo muito que seus ministros se transformem como em ministros de justiças. Satanás pode se disfarçar de anjo de luz e seus demônios podem se disfarçar de ministros de justiça. Agora pensamos: a pitonista consultada por Saul era possessa por um demônio chamado Piton (I Samuel 28.7), demônio este que não era Satanás, mas que era demônio, isto é: um ministro de Satanás e por isso podia se transformar em ministro de justiça. Vale lembrar que Samuel foi “ministro de justiça” em Israel (I Samuel 7.1546). Logo, Piton estava executando sua função demoníaca: se passar por Samuel, pois, conforme lemos nos versículos anteriores, só quem for ressurreto pode voltar da morte e passar pela terra dos viventes, e esse não era o caso de Samuel. Disso se esclarecem quatro coisas:
1.Que Piton sabia o que aconteceria. Sabia que Deus puniria quem consultasse adivinhos ou mágicos, então simplesmente não profetizou nada, mas parafraseou, da sua forma, para Saul o que Deus já havia estabelecido em Levíticos 20.6.
2.Que Deus jamais permitiu o retorno da alma de Samuel, antes o demônio Piton se passou por Samuel e enganou Saul. Disto decorre que a nota do Padre Zbik é errada, e mais que isso: disso decorrem três coisas:
a)Que o versículo 23 de Eclesiástico 46, ou até todo livro, esta mal traduzido;
b)Que o versículo 23 de Eclesiástico 46, ou até todo livro é apócrifo e deve ser totalmente enxotado do cânon oficial.
3.Que a única intervenção que houve por parte de Deus é a expressa em I Paralipômenos 10.13-14:

Morreu pois Saul por causa das suas iniqüidades, porque tinha prevaricado o mandamento que o Senhor lhe tinha posto, e o não tinha observado: mas até também consultara uma pitonisa, e não pusera a sua esperança no Senhor: pelo que o matou, e transferiu o seu reino para Davi filho de Isai.

4.Finalmente concluímos que se houve alguma aparição da alma de Maria, tal aparição e todos os ensinos deixados por tal espírito devem ser rejeitados, pois se trata do mesmo demônio que apareceu a pitonista consultada por Saul e, portanto, não era/é/será Maria. Dizemos isso fundamentados no fato de até aqui termos verificado que almas de mortos não voltam, salvo se eles forem ressurretos.  Todavia, até a volta de Cristo, mesmo os ressurretos podem experimentar novamente a morte. A Bíblia não nos fala de Maria sendo ressuscitada, antes se alguma informação existe sobre isso está nas anedotas e nos escritos apócrifos.

            Vejamos agora as aparições de Elias e Moisés e analisemos se os princípios que regeram tais aparições podem ser aplicados à Maria para então averiguarmos se podemos admitir que ela realmente tenha se manifestado desse modo.
            Começamos falando de Elias. De acordo com a Bíblia Elias era um homem semelhante a nós (Tiago 5.1747), sujeito a padecer. Apesar disto, diferente – até o presente momento – de qualquer um de nós Elias não morreu, antes foi arrebatado conforme o Quarto livro de Reis (ou Segundo dos Reis) 2.1148. Outro fato interessante é que ouve outro homem que – até o presente momento – não passou pela morte: Enoc; vejamos o que dizem sobre ele as S. Escrituras. Diz Gênesis 5.22-24:

E Enoc andou com Deus, e viveu trezentos anos depois do nascimento de Matusalém, e gerou filhos , e filhas. E todo o tempo de Enoc foram trezentos e sessenta e cinco anos. E ele andou com Deus, e não apareceu mais porque o Senhor o levou.

            Tanto Elias como Enoc foram arrebatados por Deus, isto é, foram trasladados sem que experimentassem a morte. Nas Sagradas Escrituras nenhuma outra referência é feita sobre outros seres humanos que tenham sido tomados por Deus desta forma, salvo Jesus em sua ascensão narrada em Atos 1.949 – se bem que isto após ter morrido e ressuscito. No entanto, como poderão eles não morrer se em Hebreus 9.27 Paulo nos adverte ao dizer que esta decretado aos homens que morram? Além disso, como poderão permanecer arrebatados e sem experimentar a morte se em I Tessalonicenses 4.15-1650 está escrito que os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro e depois nós os que vivemos, os que ficamos aqui, seremos arrebatados juntamente com eles? O que será de Enoc e Elias? Nem morreram em Cristo e nem vivem entre nós? Qual será o papel destes dois homens? Por que a Bíblia apenas os cita como os dois únicos humanos arrebatados? E, finalmente, por que não podemos também admitir que Maria foi assunta ao céu? Em I Coríntios 15.5251 Paulo trata do mesmo assunto que discorre em I Tessalonicenses 4.15-16, fala que o arrebatamento será após o toque da sétima trombeta, e no livro Apocalipse de S. João, no capítulo 11, nos são contados dois momentos críticos do desenrolar das profecias: o segundo momento é o toque da 7a trombeta (Apocalipse 11.15-1852) e o primeiro, aqui de interesse central, o do aparecimento das duas testemunhas mártires. Nenhuma destas testemunhas poderiam ser Maria mãe de Jesus por pelo menos três motivos.
1.Apocalipse 11.453 chama-os de duas oliveiras, aludindo assim a Zacarias 4.11-1454 onde é dito:

Então respondi eu, e lhe disse: Que significam estas duas oliveiras, uma à direita do candeeiro, e outra à direita do candeeiro, e outra à sua esquerda? E falei segunda vez, e lhe disse: Que significam estas duas espigas das oliveiras, que estão ao pé dos dois bicos de ouro, nos quais estão os canudos de ouro por onde corre o azeite? E ele me respondeu, dizendo: Tu não sabes o que isto significa? E eu lhe respondi: Não, meu Senhor. E ele me disse: Estas duas oliveiras são os dois filhos do óleo, que assistem diante do Dominador de toda a terra.

É interessante notar que tanto em Zacarias como em Apocalipse as pessoas apresentadas são “os dois filhos do óleo”, depois se diz que “eles” – e não ela ou elas -, “vestidos de pano de saco”, “Estes são”, e não “este e esta” ou “estas”; isto é, todas as palavras utilizadas referenciam as duas testemunhas como sendo do sexo masculino. E mais que isso, em Apocalipse 11.7-1455 nos é narrada a morte e ressurreição dessas testemunhas. Oras, isto só poderia suceder a Enoc e Elias para que se cumprisse também neles a palavra decreto de Hebreus 9.27.
2. Maria não poderia ser nenhuma das testemunhas visto, e isto com base em lendas apócrifas sem nenhum fundamento bíblico – quem discordar leia a Bíblia quantas vezes quiser e constate -, ser dito que ela foi assunta depois de morta conforme consta em “Morte e Assumpção de Maria” (e mesmo não sendo assunta, ela não poderia ter aparecido):

A crença tradicional é que Maria morreu sem experimentar dor e foi levada ao céu em corpo e alma, sem sofrer corrupção alguma. A Assunção de Maria, sustentada pela tradição, teologia, liturgia e Escritura56, foi definida como dogma pelo Papa Pio XII em 1950... “definimos seu dogma divinamente revelado: que a Imaculada Mãe de Deus, cumpriu o curso de sua vida terrestre, ascendendo em corpo e alma à glória celestial”.


Assim, tal dogma é digno de rejeição por ser errado, apóstata e herético em razão da assunção dos mortos só dar-se após o toque da 7a trombeta e não antes, como consta nas passagens anteriores. Disso se tem que é inverossímil dizer que Maria voltará se nem mesmo foi assunta, quando, muito pelo contrário, esta morta.
3. Aos que argumentarem que na verdade Maria é a “Mulher vestida de sol” em Apocalipse 12.157, dizemos que essa interpretação é equivocada e absolutamente inverossímil, pois Maria aceitou Jesus como seu salvador (Lucas 1.4758) e por isso só após o toque da 7a trombeta será ressuscitada e arrebatada para junto de Jesus Cristo. Muitos católicos obstinam-se em dizer que tal Mulher é Maria, no entanto o comentarista católico, acerca do capítulo 12.1 de Apocalipse diz:

Cap 12, V.I. Uma mulher: não é o símbolo da SS. Virgem, mas sim do povo de Deus, primeiro Israel, que deu ao mundo Jesus Cristo segundo a carne e depois “Israel de Deus”, i.e. a Igreja que enfrentaria as perseguições do Dragão. O sol, a luz e as estrelas são apenas figuras para expressar seu esplendor. Por acomodação a Igreja aplica este v. à SS. Virgem59.

Passemos agora a pensar se é possível associar as possíveis aparições de Maria a aparição de Moisés. Trata-se de um assunto pouco posto as claras, mas ousaremos perguntar: por que, biblicamente, teria Moisés aparecido para Jesus? Qual seria o predicado do seu caso? Para responder iremos a Êxodo 33.13-14 20:

Se eu pois achei graça diante de ti, mostra-me a tua face, para eu te conhecer e para achar graça diante dos teus olhos: olha benignamente para esta grande multidão, que é o teu povo. O senhor lhe disse: Eu irei em pessoa diante de ti, e eu te darei o descanso. [...] Disse mais o Senhor: Tu não poderás ver o meu rosto: porque nenhum homem me verá sem morrer.

            Agora nos detamos com mais cuidado sobre estes versículos: no verso 12 do capítulo 33 esta escrito que o Senhor havia dito conhecer Moisés pelo nome e ainda afirmar ter o Senhor achado graça nele. Moisés porem, pede uma prova disso, ele diz mostra-me a tua face e ainda pede que o Senhor a mostre também para o povo. No entanto o Senhor responde apenas a favor de Moisés, pois nada diz sobre o povo. O Senhor diz: Eu irei em pessoa diante de ti, porém naquele momento existia um problema: Moisés havia achado graça aos olhos de Deus e lhe pedira para Ele mostrar-lhe sua face. Deus responde que surgiria em pessoa diante dele, mas logo acrescenta que nenhum homem o verá sem morrer. Tratava-se de uma promessa especifica para Moisés. Deus, no verso 23, mostra suas costas, porem não era isso que Moisés havia pedido. Ele disse: mostra-me a sua face. Deus lhe apresenta uma condicional: nenhum homem me verá sem morrer. E de fato Moisés morre conforme consta em Deuteronômio 34.5-760. Mas, até então, Moisés não havia visto o Senhor face a face. No evangelho de João, Filipe faz o mesmo pedido de Moisés, porém com outras palavras. Ele diz em João 14.8-9Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me tendes conhecido? Filipe, quem me vê a mim, vê também o Pai.
            Moisés havia pedido: mostra-me a tua face e Jesus havia dito a Filipe: quem me vê a mim, vê também o Pai. Como então Deus poderia provar a Moisés que este tinha achado graça aos seus olhos? Como Moisés poderia ver Deus face a face? No início de Marcos 9 nos é dito que Jesus foi para um monte e seus vestidos se tornaram resplandecentes, e em extremo brancos como a neve, tanto que nenhum lavandeiro sobre a terra os poderia fazer tão brancos. E lhes apareceu Elias com Moisés e estavam falando com Jesus (v.2-3). Moisés só poderia ver Deus face a face depois de morrer, muitos anos depois, em Nazaré, através de Jesus. Em Marcos 9.2-3 Deus respondia a oração de Moisés: “mostra-me a tua face”.
            Quanto a Maria, esta nem tinha necessidade de fazer tal pedido, se pedisse ainda corria o risco de incorrer em pecado ou de ser novamente repreendida por Jesus, pois estava diante de Jesus e já havia o visto milhares de vezes. Por esta razão não há motivos para que ela apareça depois de morta para nós como Moisés apareceu para Jesus.
            Postos estes três apontamentos a ultima – e mais coerente e bíblica - hipótese, acerca das aparições de Maria, e de tantos outros santos, espíritos e almas de mortos etc, é que de forma alguma tais aparições são daquela Maria (ou de quaisquer outros santos, espíritos e almas de mortos etc), mas são de Satanás e seus demônios que se disfarçam de anjos e/ou ministros de luz, como afirma Paulo em II Coríntios 11.14-1561, nada mais e nada menos que isso. Mas, aos que ainda estiverem experimentando tais aparições e não crerem que essas aparições podem ser demônios se passando por Maria e por tantos outros – e até mesmo por Jesus! – desafiamos a aplicar o teste de I João 4.1-3:

1Caríssimos, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus: porque são muitos os falsos profetas, que se levantaram no mundo: 2nisto se conhece o espírito que é de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne, é de Deus: 3e todo o espírito que divide a Jesus, não é de Deus, mas este tal é o Anticristo, do qual vós tendes ouvido que vem, e ele agora está já no mundo.

Aqui temos duas características básicas: uma do que Satanás e os demônios não podem dizer e outra do que eles vão querer dizer:
1.Eles não dirão (poderão ficar em silêncio, desconversar ou ainda não concordar) que Jesus Cristo veio em carne – aliás, em nenhuma de suas aparições “Maria” afirmou isso 2.Tentarão dividir o Cristo, isto é dirão que Jesus é um e Cristo outro; dirão que Jesus não é Deus, e dirão tantas outras aberrações desconexas ou conexas (se possível com fundamentação bíblica, como em Lucas 4).
            Mas aos que ainda assim persistentemente teimarem que viram a tal Maria ou santos, ou espíritos ou anjos que testemunhando acerca de Jesus depois falaram da parte de Maria, a estes as Sagradas Escrituras chama de mentirosos e falsos profetas; vejamos algumas passagens que tratam sobre o assunto:
Deuteronômios 13.1-5:
Se se levantar no meio de ti um profeta ou qualquer que diga que teve uma visão em sonhos, e predisser algum sinal ou prodígio, e suceder assim como ele falou, e te disser: Vamos, e sigamos os deuses estranhos que não conheces e sirvamo-los: não ouvirás as palavras do tal profeta ou sonhador: porque o Senhor vosso Deus vos tenta, para se fazer manifesto, se o amais ou não, de todo o vosso coração, e de toda a vossa alma. Segui o Senhor vosso Deus, e temi-o, e guardai os seus mandamentos, e ouvi a sua voz: a Ele servireis, e a Ele vos unireis. Aquele profeta porém ou aquele inventor de sonhos será entregue à morte: porque vos falou com o fim de vos apartar do Senhor vosso Deus, que vos tirou do Egito, e vos resgatou da casa da escravidão: para te desviar do caminho, que o Senhor teu Deus te apontou: e tirarás o mal do meio de ti.
Jeremias 23.16:
Isto diz o Senhor dos exércitos: Não queirais ouvir as palavras dos profetas, que vos profetizam, e vos enganam: falam de visões do seu coração, não da boca do Senhor.
Ezequiel 13.6-9:
Eles vêem coisas vãs, e adivinham a mentira, dizendo: O Senhor assim o disse: sendo que o Senhor não os enviou. E eles perseveram em afirmar o que uma vez disseram. Porventura não é vã a visão que tivestes, e mentirosa a adivinhação que proferistes? e depois dizeis vós, assim o disse o Senhor: sendo que eu tal não falei. Por cuja causa isto diz o Senhor Deus: Porquanto haveis falado coisas vãs, e visto a mentira: por isso eu sou contra vós, diz o Senhor Deus. E a minha mão descarregará pesada sobre os profetas, que têm visões vãs, que adivinham a mentiras [...].

            Feita toda essa discussão desenvolvida até aqui perguntamos: haverá lugar para, biblicamente, fundamentar a manutenção dos dogmas sobre Maria assumidos pela Igreja Católica Apostólica Romana? Haverá como respeitar aqueles princípios iniciais sem que hajam argumentos bíblicos que parem de destoar uma doutrina tão contraditória? E finalmente, haverá como alguém que busca aprofundar-se no assunto ficar sem abandonar doutrina tão herética e apóstata?  A resposta para todas estas perguntas é não. Porém ainda assim, caso persistam mais duvidas, refutemos elas no que diz respeito aos pseudo-atributos aplicados à Maria:
1.      Maria salva: a Bíblia revela que Jesus é o único que pode prover salvação conforme Atos 4.1262, João 14.663, João 10.964 e Isaías 43.1165 (entre outras passagens).
2.      (Novamente) Maria nascida sem pecado: a Bíblia identifica que o único ser, salvo o Pai e o Espírito Santo, sem pecado é Jesus Cristo (II Coríntios 5.2166) sendo as demais pessoas consideradas pecadoras, conforme Romanos 3.1067 e Romanos 3.2368 – note que nenhum desses versículos (como tantos outros na Bíblia) excluem Maria da condição de pecadora.
3.      Maria fonte de santidade: quem ouse fazer tal afirmação incorre em enorme equivoco doutrinário, pois na oração de João 17 Jesus pede ao Pai para santificar seus discípulos; no verso 1269 Jesus chama Deus de Pai e santo e em Hebreus 10.1070 nos é contado que o modo que o Pai operou a santificação dos humanos foi mediante o corpo de Jesus Cristo oferecido como sacrifício. Em nenhum momento a Bíblia diz ser Maria fonte de santidade.
4.      Maria intercessora: muitos católicos oram fervorosamente à Maria crendo que ela é a mediadora que intercede em seu favor e por isso a chamam de advogada, auxiliadora, protetora, mediadora e intercessora. Pois bem, vejamos se biblicamente Maria é isso mesmo:
a)      Advogada: A única pessoa chamada de advogado na Bíblia é Jesus, para comprovar isso basta ler I João 2.171, quanto a Maria a Bíblia jamais a chama de Advogada.
b)     Auxiliadora: Tal palavra não é encontrada uma única vez na Bíblia, exceto em algumas edições, como a João Ferreira de Almeida, em que o vocábulo aparece uma única vez e faz reverência à Eva (Gênesis 2.1872). Nem mesmo Jesus é chamado de auxiliador.
c)      Protetora: Outra palavra que em nenhum lugar na Bíblia se refere à Maria, porém em Zacarias 12.873 nos é profetizado que tal protetor é o Espírito Santo que haveria de vir sobre toda carne, conforme se verifica nos versículos seguintes da passagem em questão e depois no transcorrer de Atos dos Apóstolos.
d)     Mediadora: Mais uma vez outra palavra que nunca a Bíblia usou para fazer menção a Maria, mas se há alguém que executa o ofício de mediar entre nós e Deus é Jesus Cristo, como se pode examinar em I Timóteo 2.5 que diz:Porque só há um Deus, e só há um Mediador entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo homem. E depois em Hebreus 9.15*E por isso é mediador de um novo testamento. para que intervindo a morte, para expiação daquelas prevaricações que havia debaixo do primeiro testamento, recebam a promessa de herança eterna os que têm sido chamados.
e)      Intercessora: Somente Jesus é quem vive intercedendo por nós (Hebreus 7.2574).
f)       Porta do céu: Acerca deste epíteto, trata-se de mais uma teimosa heresia sem qualquer fundamento bíblico. Pois, a única pessoa que é e se apresenta como sendo a porta é Jesus Cristo. Ele diz em João 10.9Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo: e ele entrará, e sairá, e achará pastagens. Note: Jesus não disse que Maria é a porta, mas disse que Ele é a porta. Assim, fica provado que Maria jamais foi e jamais será a porta do céu.

As graças, sinais e milagres

Por graças, sinais e milagres compreende-se um conjunto de manifestações com o fim de beneficiar seres humanos (seja pela manifestação de uma cadeia de eventos naturais que numa leitura secular se denominaria “onda de sorte”; ou seja por manifestações de ordem sobrenatural expressas na forma de curas de doenças e vícios: aparições, transmutações, transubstanciações, etc). Evidentemente seria um absurdo tomar tais manifestações por charlatanismo, não que esse não exista o, mesma, porém aqui nos atemos aos casos verídicos. Pois bem, até aqui verificamos a impossibilidade de que a veneração (ou culto – são sinônimos) à Maria agrade a Deus, daí concluirmos que se tal engenho desagrada a Deus só pode ser de ordem satânica. Todavia, resta-nos o problema das graças, sinais e milagres que nos levam a seguinte questão: poderia uma outra pessoa, além de Deus, operar tais manifestações tão benéficas para a humanidade? Poderia ser Maria quem opera isso? E se são demônios que fazem isso, como podem fazer o bem se sabemos que são maus? Vejamos o que a Bíblia diz:

Apocalipse 13.11-15:
E vi outra Besta, que subia da terra, e que tinha dois cornos semelhantes aos do Cordeiro, e que falava como o Dragão. E ela exercitava todo o poder da primeira Besta na sua presença, e fez que a terra, e os que a habitam, adorassem a primeira Besta, cuja ferida mortal tinha sido curada. E obrou grandes prodígios, de sorte que até fazia descer fogo do céu sobre a terra à vista dos homens. E seduziu aos habitadores da terra com os prodígios, que se lhe permitiram fazer diante da Besta, dizendo aos habitantes da terra que fizessem uma imagem da Besta, que tinha recebido um golpe de espada, e ainda estava viva. E foi-lhe concedido que comunicasse espírito à imagem da Besta, e que falasse a tal imagem da mesma Besta: e que fizesse que fossem mortos todos aqueles que não tivessem adorado a imagem da Besta.

A passagem nos diz que a segunda Besta é semelhante ao Cordeiro. Isto é, a criatura chamada Besta é semelhante a Jesus Cristo e tal semelhança diz respeito a sua aparência externa, sua manifestação, e não com relação ao que lhe sai do interior, pois a Besta falava como o Dragão; no dizer de Paulo a Timóteo, em 2ª Timóteo 3.5tendo por certo uma aparência de piedade, porém negando a virtude dela. Segundo relata João, o único objetivo da segunda Besta é a adoração de todos os seres humanos canalizada para a primeira Besta75 cuja ferida mortal tinha sido curada. Mas para que isso ocorra, a segunda Besta faz uso de algumas artimanhas, ela exercitava todo o poder da primeira Besta, poder esse de tal magnitude que consegue grandes prodígios, de sorte que até fazia descer fogo do céu sobre a terra à vista dos homens que chegaram ao ponto de confundi-la com o próprio Jesus Cristo. E para operar tamanho engano que outro modo seria mais adequado para isso do que realizar curas, sinais, prodígios e graças para aqueles que lhe buscam o favor? Jesus não fazia a mesma coisa? Evidente que sim, e a segunda Besta também imitará isso dizendo aos habitantes da terra que fizessem uma imagem da Besta, que tinha recebido um golpe de espada. Ordenará que se faça uma imagem muito parecida com a de Jesus, uma imagem que o lembre, que o evoque, mas que não seja ele. Que pareça tão boa e tão pura como ele, com palavras tão boas como as dele, mas que não seja ele. E mais: essa imagem receberá um espírito e também falará (e isso explica algumas manifestações sobrenaturais que acontecem com certas estátuas...). Ainda assim, resta uma pergunta: que tipo de espírito habitará nessa imagem que a Besta mandou fazer? Vejamos:

Apocalipse 16.13-14:
Eu vi saírem da boca do Dragão, e da boca da Besta, e da boca do Falso Profeta, três espíritos imundos, semelhantes às rãs. Estes pois são uns espíritos de demônios, que fazem prodígios e que vão aos reis de toda a terra, para os ajuntar para a batalha no grande dia do Deus Todo-Poderoso.

O versículo já responde claramente: espíritos de demônios que fazem prodígios com o objetivo específico de seduzir e enganar para arregimentar pessoas com grande poder de influencia contra Deus. Assim, é normal que ocorram graças, sinais e prodígios que curam pessoas, concedem favores caros/raros e urgentes, livrando pessoas, enfim, aparentemente abençoando. O único objetivo de todas as suas “benévolas” operações sobrenaturais é desviar a adoração devida a Jesus Cristo para arregimentar um exército gigantesco contra Deus, exército que já esta fadado ao fracasso e ao inferno. Assim, se há algum espírito que opera sinais, milagres ou graças, tal espírito ou é o de Jesus Cristo ou é o de Satanás – e se com isso, mais uma vez, Maria não tem nada então temos até aqui provado que o diabo tem, mas se ainda assim dissermos que Maria fez isso, então, pela fundamentação bíblica, diremos que essa Maria é o próprio Satanás e não a mãe de Jesus.

 

Finalmente


Muitas passagens ainda poderiam ser usadas para reforçar tudo que já foi exaustivamente demonstrado, porém prefiro aqui deixar uma recomendação aos caríssimos católicos, evangélicos e quaisquer outros que por acaso sejam adeptos dessa doutrina contraditória, infundada, anti-bíblica e por isso anticristã, herética, apóstata, demoníaca e satânica: leiam a Bíblia e também estudem-na antes de aceitar qualquer profissão de fé! Confrontem tudo que seus respectivos líderes espirituais institucionalizarem como verdade. Confrontem tudo com as S. Escrituras e se por acaso não houver harmonia entre uma coisa e outra joguem fora a doutrina que tal líder inventar e, talvez, acidentalmente pregar! Aliás, confrontem até este estudo com vossa Bíblia, não o leiam sem tê-la ao lado. Melhor ainda: confrontem esse estudo lendo a Bíblia junto com seu padre, pastor e líder espiritual, pois será muito edificante (principalmente se o maior número possível de pessoas estiver presente com suas respectivas Bíblias e uma cópia deste estudo em mãos)!

Conclusão*


            Não resta dúvidas de que a doutrina e teologia mariana é definitivamente fraca, grosseira, herética, apóstata, abjeto, asca e totalmente satânica. Também não há duvidas de que o motivo da manutenção dessa doutrina se deve a um problema já pontuado desde os dias de Jesus, a saber, quando Ele advertiu aos saduceus dizendo: (Marcos 12.24“[...] Não vedes que por isso errais, porque não compreendeis as Escrituras, nem o poder de Deus? Mediante essas considerações e as conseqüências até aqui exaustivamente elencadas, convidamos os respeitáveis fiéis junto aos respeitáveis membros do clero, isto é: todos os padres, bispos, arcebispos, cardeais, etc., e também o Papa Bento XVI, assim como aqueles que virão – caso o SENHOR JESUS CRISTO se demore a voltar -, para abandonar essa doutrina diabólica que foi inventada em torno daquela que foi a mãe de Jesus, a qual jamais requisitou e jamais foi digna de qualquer veneração ou adoração. Espero ter-lhes dado subsídios para que compreendam qual seja a razão da postura de fé (I Pedro 3.15-1676) desta tese. Portanto exorto, especificamente, os fiéis da Igreja Romana a:
1.      Abandonarem qualquer pseudo-fato que propicie a manutenção do reino de Satanás mediante o dogma mariano.
2.      Entregarem uma cópia deste estudo aos seus amigos que abraçaram tal doutrina, assim como aos alunos de catequese e seus professores, aos crismandos e também aos seus padres, bispos, etc.
3.      Diligentemente enxotar essa ave de rapina – a doutrina mariana – que ao longo dos séculos tem enviado muitos católicos para o inferno em razão de prestarem culto a um demônio que se passa por Maria e que esta muito longe de ser aquela admirável mulher que foi a mãe de Jesus (a qual nunca solicitou culto). Vos lembro da exortação de Paulo em Gálatas 1.6-9:

Eu me espanto de que deixando aquele que vos chamou à graça de Cristo, passásseis assim tão depressa a outro evangelho: porque não há outro, senão é que há alguns que vos perturbam, e querem transtornar o Evangelho de Cristo. Mas ainda quanto a nós mesmos, ou um anjo do céu vos anuncie um evangelho diferente do que nós vos temos anunciado, seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: Se algum vos anunciar um evangelho diferente daquele que recebestes seja anátema.

Pouco me importo se me excomungarem pelo que escrevi. Aos que me excomungam eu, no poder do SENHOR, antes já vos tenho perdoado e pedido para que o SENHOR não vos impute este pecado e vos lembro que Paulo chamou de malditos os que pregam outro Evangelho (não sejais malditos!); mas se pretenderdes destruir/difamar este estudo saibais que DEUS é muito mais poderoso que isso e confio no SANTO ESPÍRITO para fazer prevalecer a verdade, pois não escrevi para me agradar ou agradar qualquer pessoa que não fosse ao SENHOR JESUS CRISTOPor que enfim desejo eu por acaso ser agora aprovado dos homens, ou de Deus? Ou é aos homens que eu pretendo agradar? Se agradasse ainda aos homens, não seria servo de Cristo. (Gálatas 1.10). Padres e demais clérigos, vos lembro Hebreus 13.1777: vocês prestarão contas diante de DEUS por cada católico de sua paróquia! Ensinem a verdade! Salvem as almas do inferno embaixo! Porque vos faço saber, irmãos, que o evangelho, que por mim vos tem sido pregado não é segundo homem: porque eu não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas sim por revelação de Jesus Cristo (Gálatas 1.11-12), por isso não retiro e nem nego uma única palavra das que escrevi, pois sei que foram todas inspiradas pelo ESPÍRITO SANTO.
            Sacudo minhas vestes e bato o pó dos meus sapatos em nome do meu SENHOR e Salvador JESUS CRISTO; sou inocente do vosso sangue e do sangue dos católicos e adeptos dessa doutrina. A paz do SENHOR JESUS CRISTO seja com vosso espírito. Guardai-vos dos ídolos.


Nosso Senhor Jesus Cristo Nazareno [...]. E não há salvação em nenhum outro: porque do céu abaixo nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual nós devamos ser salvos. (Atos 4.12).

Amém.

No amor e no temor de CRISTO JESUS, SENHOR nosso,

alm_grace@yahoo.com.br



Bibliografia

A Bíblia Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 2ª ed. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.

Bíblia Sagrada. Trad. FIGUEIREDO, Padre Antônio Pereira de. “Notas” e “Dicionário da Bíblia” PINTO, Dom José Alberto L. de Castro. Para as “Introduções Ecumênicas” desta Bíblia SCHOEL, Luis Alonso. Texto bíblico, dicionário e seções suplementares ZBIK, Padre Francisco; PINTO, Mons. Francisco F. Nova edição da Bíblia publicada com a aprovação do Cardeal D. Jaime de Barros CÂMARA. Para o texto dos “Salmos” foi usada a versão portuguesa do R. Pe. Leonel FRANCA por permissão especial do Provincial da Companhia de Jesus no Brasil Central a quem pertencem todos os direitos. “Dicionário da Bíblia”, copright 1974 de Delkair Publishing Co. Inc. Ed. Ecumênica. Barsa: s/cidade, 1972.

Enciclopédia BARSA. Elaborada com a assistência editorial da Encyclopaedia Britannica. Vol 10. Rio de Janeiro, São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda, 1982.

MARRA, Maria. http://www.guerreirosdaluz.com.br/wicca.html acesso às 10:56 em 08/03/2006.

MASTRAL, Daniel. http://www.guerreirosdaluz.com.br/catolicismo.html acesso 10:59 em 08/03/2006.

Um comentário:

  1. Olá meus amigos irmãos. Muita paz e graça do Senhor Jesus.
    Estive a ver e ler algumas coisas de seu blog,um pouco longo mas bem coseguido, sim não era possivel deixar pelo meio, bom texto bem esclarecido.Desejo que deia muito fruto.
    Continue a dar o seu melhor, a ser uma ferramenta nas mãos de Deus.
    Na nossa humildade, Deus nos exaltara quando chegar a hora dEle.
    Desejo-vos muito sucesso, não só para o blog, mas para toda a vossa vida.
    Ficarei feliz por vossa visita ao meu blog.
    Que Deus continue a abençoar-vos ricamente.
    António Batalha.
    PS. Se seguir meu blog, fique á vontade, pois vou retribuir se encontrar se blog.

    ResponderExcluir

A BÍBLIA E JESUS

A Bíblia e Jesus !                                      1. Em Gênesis Jesus é: O nosso Criador (Gn 1) e A Semente da mulher. (3:15)...