quinta-feira, 25 de junho de 2015

VIRTUDES



SUMÁRIO


1 - INTRODUÇÃO ............................................................................... 04
2- VIRTUDES TEOLOGAIS ................................................................ 05
3 – VIRTUDES MORAIS (OU CARDINAIS) .......................................  06
3.1 – As virtudes morais anexas à Prudência ....................................  06
3.2 - As virtudes morais anexas à Justiça ..........................................  07
3.3 – As virtudes morais anexas à Força ............................................ 07
4 - AS VIRTUDES HUMANAS ............................................................  08
5 – CONCLUSÃO ...............................................................................  11
6 – BIBILIOGRAFIA ............................................................................  12




1. INTRODUÇÃO
A palavra "virtude" é usada como um sinônimo para "bondade" ou "sobriedade" ou algo parecido com um traço de personalidade, mas a Igreja emprega esse termo de uma forma muito mais precisa. As virtudes são graças especiais dadas por Deus à alma para a realização de certos objetivos. Elas são inerentes à alma e estão sujeitas ao fortalecimento ou enfraquecimento. A Igreja distingue duas categorias gerais de virtudes: teologais e morais.
Fé, esperança e caridade são as chamadas "virtudes teologais" porque são as mais importantes características na vida cristã, como Paulo explica em Romanos 5.1-5 e 1Coríntios 13.13. Elas se referem (exclusivamente no caso da fé e esperança, e primariamente no caso da caridade) à relação de alguém com Deus.
Veremos nesse trabalho também as virtudes humanas, que são notadas no relacionamento entre o seres humanos em seu meio.


2. VIRTUDES TEOLOGAIS
As virtudes mais excelentes são as virtudes teologais (fé, esperança e caridade) que se referem diretamente a Deus.
A fé define-se como “a virtude pela qual cremos firmemente em todas as verdades que Deus revelou, baseados na autoridade do próprio Deus, que não pode enganar-se nem enganar-nos”.
"Fé" é a graça de crer no amor de Deus por nós e em suas verdades reveladas (Lucas 1.45; João 11.25-26; Efésios 2.8).
A esperança define-se como “a virtude sobrenatural pela qual confiamos que Deus, que é todo-poderoso e fiel às suas promessas, nos concederá a vida eterna e os meios necessários para alcançá-la”.
"Esperança" é a graça de confiar que Deus cumprirá com a sua promessa de nos salvar da morte eterna se nos voltarmos a Ele em arrependimento (Romanos 5.2; 8.25; Hebreus 6.17-20; 1Pedro 1.3-5).
A caridade, virtude implantada na nossa alma no Batismo, juntamente com a fé e a esperança, define-se como “a virtude pela qual amamos a Deus por Si mesmo, sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, por amor a Deus”. É chamada a rainha das virtudes, porque as outras, tantos as teologais como as morais, nos conduzem a Deus, mas a caridade é a que nos une a Ele. Onde houver caridade, estarão também as demais virtudes.
"Caridade" é uma graça de duplo-efeito: o efeito primário é o de mover a vontade de amar a Deus fervorosamente e acima de todas as coisas; o efeito secundário é o de intensificar o nosso amor ao próximo (Deuteronômio 6.4-6; Mateus 22.36-40; 25.31-46; Marcos 12.28-31; Romanos 13.8-10; 1Coríntios 13.1-13).




3. VIRTUDES MORAIS (OU CARDINAIS)
Mas também são importantes as virtudes morais, que aperfeiçoam o comportamento do individuo nos meios que conduzem a Deus. Se pensar-se no modo de adquiri-las, umas são virtudes naturais ou adquiridas, pois são conseguidas com as forças da natureza, através de atos bons realizados pelo ser humano. Por exemplo: a sinceridade, a laboriosidade, a discrição, a lealdade... outras são sobrenaturais, pois são concedidas por Deus, de modo gratuito. As virtudes teologais sempre são sobrenaturais ou infusas; mas virtudes morais podem ser adquiridas ou infundidas por Deus. As principais virtudes morais são o fundamento das demais virtudes.   
"Virtudes morais" são assim chamadas porque elas nos ajudam a viver dentro dos parâmetros morais estabelecidos pelo Evangelho. As principais delas são: a prudência, a justiça, a temperança e a fortaleza, também conhecidas como "virtudes cardeais" (derivado do latim "cardo", que significa "dobradiça", porque sobre elas dependem todas as outras virtudes morais).
A prudência é a virtude que dispõe a razão prática para discernir – em toda as circunstâncias – nosso verdadeiro bem, escolhendo os meios justos para realizá-lo.
A "prudência" é a graça de formar julgamentos corretos (Mateus 10.16; 1Pedro 4.7).
A justiça é a virtude que nos inclina a dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido, tanto individual como socialmente.
 A "justiça" nos ajuda a lidar de forma equitativa com os outros (Provérbios 21.21; 1Timóteo 6.11).
A fortaleza é a virtude que no meio das dificuldades assegura a firmeza e a constância para praticar o bem.
A "fortaleza" nos ajuda a perseverar [na fé e no bem] apesar das tentações do pecado e do desespero (Romanos 8.32-35; Tiago 5.10-11). Outras virtudes morais são: humildade (Mateus 18.1-5), paciência (Hebreus 10.36-37), obediência (Romanos 13.1-7),   piedade (Efésios 5.15-20) e veracidade (Efésios 4.15-25).
A temperança é a virtude que refreia o apetite dos prazeres sensíveis e impõe a moderação no uso dos bens criados. Além das virtudes cardeais, o ser humano deve praticar as outras virtudes morais, especialmente a da religião, a humildade, a obediência, a alegria, a paciência .
A "temperança" nos ajuda a subjugar os nossos apetites sensuais e fazer uso adequado das criaturas de Deus (1Coríntios 6.12; 10.23-24).
3.1. As virtudes morais anexas à Prudência são:
·         o bom conselho
·         o bom senso (sensatez)
·         o discernimento
O bom conselho é a virtude que nos leva a nunca agir (nas coisas sérias) sem seguir o conselho dos mais velhos, dos pais, dos mestres,  Quando estamos bem aconselhados, aproveitamos de toda a experiência que os mais velhos adquiriram ao longo da vida, e com isso evitamos tomar muitos caminhos errados. Praticamente todos os pecados poderiam ser evitados se tivéssemos ouvido um bom conselho.
O bom senso e o discernimento são virtudes que nos ajudam a julgar as coisas do modo certo. O bom senso é o juízo certo nas coisas comuns, do dia a dia. O discernimento é o juízo certo nas coisas mais importantes, mais elevadas. Por esse juízo vemos claramente toda a importância da coisa na sua realidade, como de fato ela é, e isso nos leva a agir corretamente.
 3.2. As virtudes morais anexas à Justiça
Religio => religar
 A virtude de Religião é o laço que religa o homem a Deus, fonte de todo bem.
Existem outros atos que são incluídos na virtude de Religião: a virtude de Religião tem a capacidade de assumir os atos de todas as outras virtudes orientando-os para Deus. Desse modo, o homem oferece a Deus sua coragem, sua humildade, sua castidade e todas as virtudes. Toda a sua vida passa a ser um ato de louvor a Deus. Isso se chama também santidade.
Esta característica faz da virtude de Religião a mais elevada virtude depois das virtudes teologais. Com efeito, ela é a única virtude moral cujos atos sejam voltados para Deus, como acontece com as virtudes teologais.
3.3. Virtudes morais anexas à Força
 A Magnanimidade ou grandeza
A grandeza é a virtude que nos dá maior esperança de conseguir realizar as grandes ações, principalmente as ações que trazem maior honra e glória. É a virtude própria dos grandes realizadores, dos bravos soldados, dos mártires e dos  santos. 


      
4. AS VIRTUDES HUMANAS
A estrutura da personalidade compreende, entre outros elementos psicológicos,  um conjunto de virtudes que  tornam o indivíduo mais elevado, íntegro, humanitário. Uma virtude representa retidão moral, probidade, excelência moral. As pessoas podem ser avaliadas pela riqueza de suas virtudes.
Benevolência. É uma qualidade que dispõe o indivíduo a praticar o bem, podendo acrescentar generosidade, gentileza e simpatia. Para tanto, é preciso renunciar a sentimentos de hostilidade e egoísmo.
Contentamento. É uma virtude que promove alegria e bem-estar. Proporciona o poder de enfrentar adversidades, sem aflição, com serenidade e jovialidade, porque capacita o ser humano a adaptar-se a tais situações, e a mudar suas atitudes diante delas.
Coragem. Trata-se de uma habilidade ímpar para enfrentar, com serenidade e domínio do medo,  os perigos que se apresentam do decurso da vida. Ela proporciona ao indivíduo a aptidão de avaliar uma gama de possibilidades para vencer as adversidades. A coragem inspira o indivíduo a agir com perseverança e determinação em  face de todas as situações e circunstâncias.
Desapego. É uma virtude que capacita o indivíduo a ver os fatos e situações com imparcialidade, com isenção de ânimo. A pessoa que consegue desapegar-se de suas próprias idéias e opiniões, livre de preconceitos, é capaz de agir com justiça. O desapego em relação a pessoas, bens materiais e imateriais, é outra faceta desta valiosa virtude, que possibilita uma vida mais rica e feliz.
Despreocupação. Ser despreocupado denota serenidade, confiança, paz. Significa viver a cada momento, com intensidade e prazer, permitindo ao amanhã cuidar de seus próprios interesses. No entanto, despreocupação não quer dizer descuido, imprudência, imprevidência. Muito pelo  contrário, pois esta virtude inspira o indivíduo a tornar-se responsável e cuidadoso com a administração de tudo que lhe compete.
Determinação. Firmeza e perseverança são duas aliadas desta virtude. Ela permite ao indivíduo progredir, a ter sucesso em todos os seus empreendimentos, pois não tolera preguiça, desalento, falta de ânimo. Não importam as circunstâncias ou obstáculos, a presença desta virtude capacita o ser humano a concluir sempre todas as tarefas a que se programou. Determinação é uma virtude necessária para assimilar as demais virtudes e para livrar-se de todas as negatividades.
Disciplina. É ordem, organização, aceitação de preceitos e normas. O próprio Universo é obediente a uma ordem implacável, caso contrário não poderia existir. Para assimilar e manter esta virtude, o indivíduo precisa corrigir, moldar e aperfeiçoar seu caráter. Para tanto, não poderá prescindir do concurso de outras virtudes, como paciência,  tolerância e perseverança.  Terá também que abominar hábitos nocivos, como rebeldia e inconformidade. Na ausência da disciplina,  a vida torna-se impossível.
Docilidade. Consiste em uma força magnética que atrai a todos. A vida torna-se mais encantadora quando as pessoas agem com docilidade, bom humor e gentileza.
Empatia.  Significa colocar-se no lugar do outro, em sua própria pele. Ver as coisas sob  sua perspectiva. Compreender seus motivos. E, então, poder aconselhar com acerto e coerência.
 Entusiasmo.  É a chama que provoca ação. É vida em movimento. É motivação. É o fogo interior que proporciona prazer e vitalidade para executar até o fim os planos traçados.  Graças ao entusiasmo, o mundo inteiro está em constante progresso.
Estabilidade. Significa coerência, responsabilidade, constância. Esta virtude não admite rigidez, mas requer flexibilidade e adaptabilidade.  Assim, a confiança é desenvolvida e a convivência humana torna-se harmônica e duradoura.
Flexibilidade. Esta virtude permite  constante adaptação às pessoas e circunstâncias. Ela promove a harmonia nos relacionamentos e proporciona condições para a necessária moldagem às permanentes mutações da vida. Tal como o salgueiro,  podemos nos  curvar, pela  força do vento, e, ao mesmo tempo, permanecer firmemente enraizados.
Generosidade. Significa desprendimento, liberalidade, altruísmo. A pessoa dotada desta virtude aprecia verdadeiramente os outros, e presta a ajuda necessária sem esperar nada em troca. Ela também promove o fortalecimento das relações, a paz no contexto social.
Honestidade. Este dom suscita a necessária confiança entre as pessoas. Em todos os atos da vida, a citada qualidade deve estar sempre presente. Por outro lado, sua carência provoca as mais nefastas conseqüências.
Humildade. Mesmo sendo possuidor de múltiplas virtudes,  o indivíduo pode ainda abarcar mais uma, a humildade. Significa modéstia, compostura, ausência de vaidade. Simplicidade na maneira de se apresentar. Comedimento na forma de referir-se a si próprio. A pessoa pode conhecer sua força e poder, e apesar disso, não precisa jactar-se perante os outros.
Introspecção.  É a pedra fundamental de todas as virtudes. Graças a ela, o ser humano torna-se capaz de avaliar e transformar sua personalidade. Mergulhar no interior de si mesmo é uma condição necessária para o auto-aperfeiçoamento. Esta virtude desperta os poderes pessoais e harmoniza todo o ser.
Jovialidade. O dom de ser alegre, bem-humorado, de rir e fazer rir, é uma qualidade indispensável para a existência da harmonia nos relacionamentos.  Proporciona bem-estar e leveza de espírito. Irradia simpatia, conquista a amizade, desenvolve o ânimo.
Longanimidade. Significa complacência, indulgência, benignidade, tolerância. Proporciona o desenvolvimento de uma natural disposição de ânimo para suportar, com serenidade e resignação, insultos, vexames, ofensas e contrariedades.
Maturidade. Esta virtude confere a habilidade de agir com coerência e acerto em todas as circunstâncias. Ela proporciona o desenvolvimento de outra fenomenal virtude, a sabedoria.
Misericórdia. É uma qualidade ímpar nos relacionamentos humanos. Esta virtude confere às pessoas o dom de perdoar as faltas dos outros, de compreender suas fraquezas, pois carrega em si a tolerância e a compaixão.
Paciência. Ser paciente significa ser calmo,  sereno  e equilibrado. Denota controle sobre desejos e emoções. Afasta o desespero e a aflição.  Possibilita pensamentos e julgamentos imparciais e objetivos.
Precisão. Esta qualidade proporciona clareza e perfeita definição. Na presença de exatidão, os pensamentos, palavras e ações serão apropriados a cada circunstância. A virtude em questão possibilita a habilidade de fazer as coisas de forma correta. Graças ao autocontrole, paciência, serenidade, conhecimento de causa, este dom pode prosperar, trazendo benefícios incalculáveis ao progresso e bem-estar.
Pureza.  Significa ausência de vícios de toda ordem. Presença de uma mente sã, plena de amor e justiça, isenta de máculas, livre de preconceitos e superstições.
Sabedoria. A conquista da maturidade proporciona  o surgimento da sabedoria. Esta virtude confere o  poder de controlar impulsos e reações, ter uma visão de águia,  reconhecer a verdadeira intuição, ser previdente.  A pessoa que conquistou o poder da sabedoria é capaz de agir de forma correta, em todas as circunstâncias, com base em  conhecimentos vastos, em sua longa experiência,   na  própria realidade. Pode-se observar o perfeito  equilíbrio de todos os poderes e talentos quando a sabedoria está presente.




5. CONCLUSÃO

Ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, tudo o que há de louvável, honroso, virtuoso ou de qualquer modo mereça louvor" (Fl 4,8). A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si. Com todas as suas forças sensíveis e espirituais, a pessoa virtuosa tende ao bem, procura-o e escolhe-o na prática. O objetivo da vida virtuosa é tornar-se semelhante a Deus.
Como também diz as escrituras sagradas “mulher virtuosa quem a achará ?”, pode-se estender a todos os seres humanos esse versículo bíblico, devido ao fato de muitas pessoas estarem se esquecendo, ou até se envergonhando de serem exemplos de honestidade e bondade.
O homem e a mulher, quando têm um encontro real com Jesus Cristo, pela atuação do Espírito Santo podem exercitar essas virtudes por estarem com suas vidas transformadas por Cristo.




6. BIBLIOGRAFIA

asvirtudescardeais.blogspot.com
asvirtudesteologais.blogspot.com
Bíblia de Estudo Pentecostal  Almeida Revista Atualizada
vilaclub.vilamulher.com.br/.../as-virtudes-humanas

Trabalho da disciplina Antigo Testamento II, feito por Maria de Fátima Santos Pereira. 

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