quinta-feira, 25 de junho de 2015

VIRTUDES



SUMÁRIO


1 - INTRODUÇÃO ............................................................................... 04
2- VIRTUDES TEOLOGAIS ................................................................ 05
3 – VIRTUDES MORAIS (OU CARDINAIS) .......................................  06
3.1 – As virtudes morais anexas à Prudência ....................................  06
3.2 - As virtudes morais anexas à Justiça ..........................................  07
3.3 – As virtudes morais anexas à Força ............................................ 07
4 - AS VIRTUDES HUMANAS ............................................................  08
5 – CONCLUSÃO ...............................................................................  11
6 – BIBILIOGRAFIA ............................................................................  12




1. INTRODUÇÃO
A palavra "virtude" é usada como um sinônimo para "bondade" ou "sobriedade" ou algo parecido com um traço de personalidade, mas a Igreja emprega esse termo de uma forma muito mais precisa. As virtudes são graças especiais dadas por Deus à alma para a realização de certos objetivos. Elas são inerentes à alma e estão sujeitas ao fortalecimento ou enfraquecimento. A Igreja distingue duas categorias gerais de virtudes: teologais e morais.
Fé, esperança e caridade são as chamadas "virtudes teologais" porque são as mais importantes características na vida cristã, como Paulo explica em Romanos 5.1-5 e 1Coríntios 13.13. Elas se referem (exclusivamente no caso da fé e esperança, e primariamente no caso da caridade) à relação de alguém com Deus.
Veremos nesse trabalho também as virtudes humanas, que são notadas no relacionamento entre o seres humanos em seu meio.


2. VIRTUDES TEOLOGAIS
As virtudes mais excelentes são as virtudes teologais (fé, esperança e caridade) que se referem diretamente a Deus.
A fé define-se como “a virtude pela qual cremos firmemente em todas as verdades que Deus revelou, baseados na autoridade do próprio Deus, que não pode enganar-se nem enganar-nos”.
"Fé" é a graça de crer no amor de Deus por nós e em suas verdades reveladas (Lucas 1.45; João 11.25-26; Efésios 2.8).
A esperança define-se como “a virtude sobrenatural pela qual confiamos que Deus, que é todo-poderoso e fiel às suas promessas, nos concederá a vida eterna e os meios necessários para alcançá-la”.
"Esperança" é a graça de confiar que Deus cumprirá com a sua promessa de nos salvar da morte eterna se nos voltarmos a Ele em arrependimento (Romanos 5.2; 8.25; Hebreus 6.17-20; 1Pedro 1.3-5).
A caridade, virtude implantada na nossa alma no Batismo, juntamente com a fé e a esperança, define-se como “a virtude pela qual amamos a Deus por Si mesmo, sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, por amor a Deus”. É chamada a rainha das virtudes, porque as outras, tantos as teologais como as morais, nos conduzem a Deus, mas a caridade é a que nos une a Ele. Onde houver caridade, estarão também as demais virtudes.
"Caridade" é uma graça de duplo-efeito: o efeito primário é o de mover a vontade de amar a Deus fervorosamente e acima de todas as coisas; o efeito secundário é o de intensificar o nosso amor ao próximo (Deuteronômio 6.4-6; Mateus 22.36-40; 25.31-46; Marcos 12.28-31; Romanos 13.8-10; 1Coríntios 13.1-13).




3. VIRTUDES MORAIS (OU CARDINAIS)
Mas também são importantes as virtudes morais, que aperfeiçoam o comportamento do individuo nos meios que conduzem a Deus. Se pensar-se no modo de adquiri-las, umas são virtudes naturais ou adquiridas, pois são conseguidas com as forças da natureza, através de atos bons realizados pelo ser humano. Por exemplo: a sinceridade, a laboriosidade, a discrição, a lealdade... outras são sobrenaturais, pois são concedidas por Deus, de modo gratuito. As virtudes teologais sempre são sobrenaturais ou infusas; mas virtudes morais podem ser adquiridas ou infundidas por Deus. As principais virtudes morais são o fundamento das demais virtudes.   
"Virtudes morais" são assim chamadas porque elas nos ajudam a viver dentro dos parâmetros morais estabelecidos pelo Evangelho. As principais delas são: a prudência, a justiça, a temperança e a fortaleza, também conhecidas como "virtudes cardeais" (derivado do latim "cardo", que significa "dobradiça", porque sobre elas dependem todas as outras virtudes morais).
A prudência é a virtude que dispõe a razão prática para discernir – em toda as circunstâncias – nosso verdadeiro bem, escolhendo os meios justos para realizá-lo.
A "prudência" é a graça de formar julgamentos corretos (Mateus 10.16; 1Pedro 4.7).
A justiça é a virtude que nos inclina a dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido, tanto individual como socialmente.
 A "justiça" nos ajuda a lidar de forma equitativa com os outros (Provérbios 21.21; 1Timóteo 6.11).
A fortaleza é a virtude que no meio das dificuldades assegura a firmeza e a constância para praticar o bem.
A "fortaleza" nos ajuda a perseverar [na fé e no bem] apesar das tentações do pecado e do desespero (Romanos 8.32-35; Tiago 5.10-11). Outras virtudes morais são: humildade (Mateus 18.1-5), paciência (Hebreus 10.36-37), obediência (Romanos 13.1-7),   piedade (Efésios 5.15-20) e veracidade (Efésios 4.15-25).
A temperança é a virtude que refreia o apetite dos prazeres sensíveis e impõe a moderação no uso dos bens criados. Além das virtudes cardeais, o ser humano deve praticar as outras virtudes morais, especialmente a da religião, a humildade, a obediência, a alegria, a paciência .
A "temperança" nos ajuda a subjugar os nossos apetites sensuais e fazer uso adequado das criaturas de Deus (1Coríntios 6.12; 10.23-24).
3.1. As virtudes morais anexas à Prudência são:
·         o bom conselho
·         o bom senso (sensatez)
·         o discernimento
O bom conselho é a virtude que nos leva a nunca agir (nas coisas sérias) sem seguir o conselho dos mais velhos, dos pais, dos mestres,  Quando estamos bem aconselhados, aproveitamos de toda a experiência que os mais velhos adquiriram ao longo da vida, e com isso evitamos tomar muitos caminhos errados. Praticamente todos os pecados poderiam ser evitados se tivéssemos ouvido um bom conselho.
O bom senso e o discernimento são virtudes que nos ajudam a julgar as coisas do modo certo. O bom senso é o juízo certo nas coisas comuns, do dia a dia. O discernimento é o juízo certo nas coisas mais importantes, mais elevadas. Por esse juízo vemos claramente toda a importância da coisa na sua realidade, como de fato ela é, e isso nos leva a agir corretamente.
 3.2. As virtudes morais anexas à Justiça
Religio => religar
 A virtude de Religião é o laço que religa o homem a Deus, fonte de todo bem.
Existem outros atos que são incluídos na virtude de Religião: a virtude de Religião tem a capacidade de assumir os atos de todas as outras virtudes orientando-os para Deus. Desse modo, o homem oferece a Deus sua coragem, sua humildade, sua castidade e todas as virtudes. Toda a sua vida passa a ser um ato de louvor a Deus. Isso se chama também santidade.
Esta característica faz da virtude de Religião a mais elevada virtude depois das virtudes teologais. Com efeito, ela é a única virtude moral cujos atos sejam voltados para Deus, como acontece com as virtudes teologais.
3.3. Virtudes morais anexas à Força
 A Magnanimidade ou grandeza
A grandeza é a virtude que nos dá maior esperança de conseguir realizar as grandes ações, principalmente as ações que trazem maior honra e glória. É a virtude própria dos grandes realizadores, dos bravos soldados, dos mártires e dos  santos. 


      
4. AS VIRTUDES HUMANAS
A estrutura da personalidade compreende, entre outros elementos psicológicos,  um conjunto de virtudes que  tornam o indivíduo mais elevado, íntegro, humanitário. Uma virtude representa retidão moral, probidade, excelência moral. As pessoas podem ser avaliadas pela riqueza de suas virtudes.
Benevolência. É uma qualidade que dispõe o indivíduo a praticar o bem, podendo acrescentar generosidade, gentileza e simpatia. Para tanto, é preciso renunciar a sentimentos de hostilidade e egoísmo.
Contentamento. É uma virtude que promove alegria e bem-estar. Proporciona o poder de enfrentar adversidades, sem aflição, com serenidade e jovialidade, porque capacita o ser humano a adaptar-se a tais situações, e a mudar suas atitudes diante delas.
Coragem. Trata-se de uma habilidade ímpar para enfrentar, com serenidade e domínio do medo,  os perigos que se apresentam do decurso da vida. Ela proporciona ao indivíduo a aptidão de avaliar uma gama de possibilidades para vencer as adversidades. A coragem inspira o indivíduo a agir com perseverança e determinação em  face de todas as situações e circunstâncias.
Desapego. É uma virtude que capacita o indivíduo a ver os fatos e situações com imparcialidade, com isenção de ânimo. A pessoa que consegue desapegar-se de suas próprias idéias e opiniões, livre de preconceitos, é capaz de agir com justiça. O desapego em relação a pessoas, bens materiais e imateriais, é outra faceta desta valiosa virtude, que possibilita uma vida mais rica e feliz.
Despreocupação. Ser despreocupado denota serenidade, confiança, paz. Significa viver a cada momento, com intensidade e prazer, permitindo ao amanhã cuidar de seus próprios interesses. No entanto, despreocupação não quer dizer descuido, imprudência, imprevidência. Muito pelo  contrário, pois esta virtude inspira o indivíduo a tornar-se responsável e cuidadoso com a administração de tudo que lhe compete.
Determinação. Firmeza e perseverança são duas aliadas desta virtude. Ela permite ao indivíduo progredir, a ter sucesso em todos os seus empreendimentos, pois não tolera preguiça, desalento, falta de ânimo. Não importam as circunstâncias ou obstáculos, a presença desta virtude capacita o ser humano a concluir sempre todas as tarefas a que se programou. Determinação é uma virtude necessária para assimilar as demais virtudes e para livrar-se de todas as negatividades.
Disciplina. É ordem, organização, aceitação de preceitos e normas. O próprio Universo é obediente a uma ordem implacável, caso contrário não poderia existir. Para assimilar e manter esta virtude, o indivíduo precisa corrigir, moldar e aperfeiçoar seu caráter. Para tanto, não poderá prescindir do concurso de outras virtudes, como paciência,  tolerância e perseverança.  Terá também que abominar hábitos nocivos, como rebeldia e inconformidade. Na ausência da disciplina,  a vida torna-se impossível.
Docilidade. Consiste em uma força magnética que atrai a todos. A vida torna-se mais encantadora quando as pessoas agem com docilidade, bom humor e gentileza.
Empatia.  Significa colocar-se no lugar do outro, em sua própria pele. Ver as coisas sob  sua perspectiva. Compreender seus motivos. E, então, poder aconselhar com acerto e coerência.
 Entusiasmo.  É a chama que provoca ação. É vida em movimento. É motivação. É o fogo interior que proporciona prazer e vitalidade para executar até o fim os planos traçados.  Graças ao entusiasmo, o mundo inteiro está em constante progresso.
Estabilidade. Significa coerência, responsabilidade, constância. Esta virtude não admite rigidez, mas requer flexibilidade e adaptabilidade.  Assim, a confiança é desenvolvida e a convivência humana torna-se harmônica e duradoura.
Flexibilidade. Esta virtude permite  constante adaptação às pessoas e circunstâncias. Ela promove a harmonia nos relacionamentos e proporciona condições para a necessária moldagem às permanentes mutações da vida. Tal como o salgueiro,  podemos nos  curvar, pela  força do vento, e, ao mesmo tempo, permanecer firmemente enraizados.
Generosidade. Significa desprendimento, liberalidade, altruísmo. A pessoa dotada desta virtude aprecia verdadeiramente os outros, e presta a ajuda necessária sem esperar nada em troca. Ela também promove o fortalecimento das relações, a paz no contexto social.
Honestidade. Este dom suscita a necessária confiança entre as pessoas. Em todos os atos da vida, a citada qualidade deve estar sempre presente. Por outro lado, sua carência provoca as mais nefastas conseqüências.
Humildade. Mesmo sendo possuidor de múltiplas virtudes,  o indivíduo pode ainda abarcar mais uma, a humildade. Significa modéstia, compostura, ausência de vaidade. Simplicidade na maneira de se apresentar. Comedimento na forma de referir-se a si próprio. A pessoa pode conhecer sua força e poder, e apesar disso, não precisa jactar-se perante os outros.
Introspecção.  É a pedra fundamental de todas as virtudes. Graças a ela, o ser humano torna-se capaz de avaliar e transformar sua personalidade. Mergulhar no interior de si mesmo é uma condição necessária para o auto-aperfeiçoamento. Esta virtude desperta os poderes pessoais e harmoniza todo o ser.
Jovialidade. O dom de ser alegre, bem-humorado, de rir e fazer rir, é uma qualidade indispensável para a existência da harmonia nos relacionamentos.  Proporciona bem-estar e leveza de espírito. Irradia simpatia, conquista a amizade, desenvolve o ânimo.
Longanimidade. Significa complacência, indulgência, benignidade, tolerância. Proporciona o desenvolvimento de uma natural disposição de ânimo para suportar, com serenidade e resignação, insultos, vexames, ofensas e contrariedades.
Maturidade. Esta virtude confere a habilidade de agir com coerência e acerto em todas as circunstâncias. Ela proporciona o desenvolvimento de outra fenomenal virtude, a sabedoria.
Misericórdia. É uma qualidade ímpar nos relacionamentos humanos. Esta virtude confere às pessoas o dom de perdoar as faltas dos outros, de compreender suas fraquezas, pois carrega em si a tolerância e a compaixão.
Paciência. Ser paciente significa ser calmo,  sereno  e equilibrado. Denota controle sobre desejos e emoções. Afasta o desespero e a aflição.  Possibilita pensamentos e julgamentos imparciais e objetivos.
Precisão. Esta qualidade proporciona clareza e perfeita definição. Na presença de exatidão, os pensamentos, palavras e ações serão apropriados a cada circunstância. A virtude em questão possibilita a habilidade de fazer as coisas de forma correta. Graças ao autocontrole, paciência, serenidade, conhecimento de causa, este dom pode prosperar, trazendo benefícios incalculáveis ao progresso e bem-estar.
Pureza.  Significa ausência de vícios de toda ordem. Presença de uma mente sã, plena de amor e justiça, isenta de máculas, livre de preconceitos e superstições.
Sabedoria. A conquista da maturidade proporciona  o surgimento da sabedoria. Esta virtude confere o  poder de controlar impulsos e reações, ter uma visão de águia,  reconhecer a verdadeira intuição, ser previdente.  A pessoa que conquistou o poder da sabedoria é capaz de agir de forma correta, em todas as circunstâncias, com base em  conhecimentos vastos, em sua longa experiência,   na  própria realidade. Pode-se observar o perfeito  equilíbrio de todos os poderes e talentos quando a sabedoria está presente.




5. CONCLUSÃO

Ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, tudo o que há de louvável, honroso, virtuoso ou de qualquer modo mereça louvor" (Fl 4,8). A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si. Com todas as suas forças sensíveis e espirituais, a pessoa virtuosa tende ao bem, procura-o e escolhe-o na prática. O objetivo da vida virtuosa é tornar-se semelhante a Deus.
Como também diz as escrituras sagradas “mulher virtuosa quem a achará ?”, pode-se estender a todos os seres humanos esse versículo bíblico, devido ao fato de muitas pessoas estarem se esquecendo, ou até se envergonhando de serem exemplos de honestidade e bondade.
O homem e a mulher, quando têm um encontro real com Jesus Cristo, pela atuação do Espírito Santo podem exercitar essas virtudes por estarem com suas vidas transformadas por Cristo.




6. BIBLIOGRAFIA

asvirtudescardeais.blogspot.com
asvirtudesteologais.blogspot.com
Bíblia de Estudo Pentecostal  Almeida Revista Atualizada
vilaclub.vilamulher.com.br/.../as-virtudes-humanas

Trabalho da disciplina Antigo Testamento II, feito por Maria de Fátima Santos Pereira. 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

DEUS CONTINUA OPERANDO

No dia de Pentecostes foi cumprida no meio dos discípulos de Jesus, a promessa de Deus Pai, com a intercessão de Jesus Cristo, o envio do Espírito Santo, o Consolador prometido.
O Espirito Santo nos consola e nos ajuda nas nossas fraquezas. Ele faz com que glorifiquemos ao Deus Pai Todo Poderoso e ao seu Filho amado Jesus Cristo, que nos arrependamos de nossos pecados, e que creiamos no salvador Jesus Cristo e o aceitemos como nosso salvador pessoal.
O Filho amado de Deus Pai, está conosco todos os dias, na pessoa do Espírito Santo.  Ele habita no coração de todo aquele que ouve a voz do Senhor e O obedece.
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, e sempre esteve presente desde a fundação do mundo.  Vemos no Antigo Testamento a sua atuação, e muito mais no Novo Testamento, principalmente no meio da igreja apostólica.
A Igreja do Senhor aqui na Terra, ainda hoje, recebe da parte de Deus Pai, com a intercessão de seu Filho Amado Jesus Cristo, o derramamento do Espírito Santo sobre todos aqueles que creiem na promessa de Deus, e faz com que a Igreja de Cristo, caminhe em passos firmes e faça a obra de Deus aqui na Terra.
Ainda hoje, muitos tem sido convencidos de seus pecados, e se voltado para Deus, mostrando-nos assim, que o Espírito Santo continua atuando, cumprindo assim, a sua missão, convencendo o pecador, do pecado,da justiça, e do juízo.
Os dons do Espírito Santo, concedidos por Deus, com a intercessão de Jesus à Igreja, continua presente na atualidade, e muitos tem sido agraciados com esses dons, e sendo capacitados pelo Santo Espírito a fazerem a obra do Senhor.
Deus continua abençoando o seu povo, e está chamando os pecadores ao arrependimento, pois Ele quer e está preparando para sí um povo especial, zeloso de boas obras, e que um dia irão morar para sempre com o Senhor no céu.

Edilberto Pereira

sexta-feira, 12 de junho de 2015

RELAÇÃO DO FILME DEUS NÃO ESTÁ MORTO COM A CRISE DE LEONARDO BOFF, TEORIA HUMANISTA, FREUD E ACONSELHAMENTO BÍBLICO


INTRODUÇÃO
Nesse trabalho percebe-se bem o relacionamento concreto das cenas vivenciadas pelos integrantes do filme com as ideias de Leonardo Boff, falando sobre a crise, que ela pode ser vista por um lado positivo, não somente pelo lado negativo, e isso é exposto pelo que foi vivenciado pelos atores, e também pelas ideias de Freud, que segundo ele a existência de Deus é uma ilusão criada pelas pessoas por se apegarem com um ser protetor e superior.
Pessoas que enfrentaram problemas com família devido a sua fé em Jesus, pessoas com enfermidades, e pessoa desafiada a provar o motivo de acreditar em Deus e ainda ter que enfrentar o abandono da pessoa que provavelmente gostava.
Percebe-se também nesse trabalho a ligação da atitude de um professor ateu, e também de um homem aparentemente próspero, com as ideias de Freud, da não existência de Deus.



COMPARAÇÃO DO FILME DEUS ESTÁ MORTO COM A CRISE DE LEONARDO BOFF E FREUD

Analisando o filme Deus não está morto segundo o que Leonardo Boff expoe sobre crise, percebe-se vários personagens do filme passando por difíceis situações, porém souberam enfrentar, pela fé a situação que estavam envolvidos e superaram a crise que viveram.
Um dos momentos mostrados no filme, um aluno do curso de Filosofia em seu primeiro dia de aula por nome Josh, precisou enfrentar uma difícil situação diante dos demais alunos presentes, pelo fato de não aceitar a afirmação de seu professor ateu cujo era Jeffery, que Deus está morto.  Tendo ele que provar diante de todos o porque não aceitava tal afirmação.  Em meio a situação, Josh procurou o Rev. David, pelo qual foi advertido que não se deve negar Jesus diante dos homens, assim,  o aluno mostrou coragem e convicção do seu ponto de vista a respeito da sua fé em Deus, conseguindo mostrar aos alunos e ao professor através de argumentos científicios e até mesmo pelas palavras do próprio professor dizendo que odeia Deus, lhe perguntando como poderia odiar algo que não existe.  Assim os alunos presentes que haviam obedecido o professor no primeiro dia de aula, escrevendo em uma folha que Deus está morto, um a um se levantando proclamaram diante do aluno e do professor que Deus não está morto.  Esse foi um dos momentos de superação de um momento difícil vivido por uma pessoa, que não se deixou abalar diante a ataques a sua fé, além de que foi rejeitado por sua namorada também.
Outros fatos do filme, como a expulsão de uma jovem muçulmana chamada Ayisha, de sua casa pelo seu próprio pai, devido a ela ter crido no evangelho, e ter permanecido na fé, mostra-nos também que essa jovem soube superar o momento de crise que passou diante dessa difícil situação.  Mina, a namorada do professor ateu, o qual  desafiou o jovem Josh em sala de aula, também se viu em situação que poderia abalar sua fé e seus sentimentos como mulher e pessoa, quando diante de vários outros professores, seu companheiro ridicularizou a sua fé,e também zombou da mesma por causa da não aceitação da qualidade do vinho que essa serviu para os presentes, e também a jovem Amy que depois de descobrir que estava com câncer, foi abandonada por seu companheiro por nome Mark, encontrando ela na fé em Jesus Cristo, sendo apoiada por músicos cristãos, encontrou forças para enfrentar o problema.  Esses são alguns fatos vivenciados no filme onde os que estavam envolvidos tiveram forças diante da crise para vencer esses obstáculos.
Segundo Leonardo Boff, crise não é algo a ser deplorado, mas a ser explorado.  Tudo depende de como enfrentamos a crise.  As atitudes em face da crise produzem bons ou maus frutos. Nesses casos descritos acima percebe-se que os envolvidos souberam explorar o que vivenciaram, produzindo assim, bons frutos tanto na vida de quem vivenciou os fatos, como dos que estavam ao redor deles. Um desses frutos podemos citar a conversão do professor ateu nos seus últimos momentos de vida, após um grave acidente, quando foi atropelado.
Relacionando o filme com o pensamento de Freud a respeito da não existência de Deus, que segundo ele, Deus é uma ilusão, algo que as pessoas desde crianças, buscam proteção em alguém poderoso ou superior, inventando assim a figura paterna de um ser superior, ou seja, Deus.
Vemos pelo menos dois fatos no filme, que nos mostram que pessoas deixaram de acreditar em Deus, porque nos momentos difíceis não viram solução para as situações que vivenciaram, como no caso do professor ateu que passou a odiar a Deus, pelo fato de que quando criança não obteve resposta para a cura de sua mãe, que veio a falecer.  Percebe-se nesse fato que o professor quando menino, se sentiu abandonado e essa figura de um ser protetor e poderoso, segundo ele não existia, tornando-se ele devido a essa situação um ateu.
Outro caso de descrença em Deus percebemos no fato da mãe do personagem Mark que estava com sério problema, e o seu filho mostrou-se arrogante diante da sua mãe, dizendo que enquanto ela acreditava em Deus era uma demente, enquanto ele uma pessoa saudável. O mesmo teve uma atitude diante de sua companheira, a abandonando diante da grave enfermidade que ela teria que superar.  Ele demonstrou claramente ser uma pessoa fria e e egoista, deixou claro a sua falta de fé em Deus, e provavelmente se encaixa no que disse  Freud  a respeito de ser uma ilusão o apego a religião.

ACONSELHAMENTO BÍBLICO

Em meio as dificuldades enfrentadas pelas pessoas nesse filme, poderiamos aconselhar o jovem aluno a perseverar na fé em Cristo Jesus, pois certamente o Senhor Jesus fecharia a boca do leão, como fez com Daniel e Paulo (Dn 6:22, 2 Tm 4:17).  E aos que estavam enfrentando problemas com saúde, lembrá-los que Jesus levou sobre sí todas as nossas enfermidades (Is 53:4), e que Ele é poderoso para curar seja qual for a enfermidade, e concedeu o dom de curar aos que nEle crêem (Mc 16:18;Tg 5:14-15).
As mulheres que foram rejeitadas como a jovem mulçumana e a companheira do professor Jeffery Radisson, o ateu, lembrá-las que Jesus foi rejeitado pela sua nação (Is 53:3; Jo 1:10-11), mas venceu todas as coisas por amor da humanidade, e que através da fé em Jesus, com o Espírito Santo atuando na vida delas, provavelmente elas seriam sempre vitoriosas.



CONCLUSÃO

O filme Deus não está morto, mostrou-nos que diante das crises, da descrença de alguns em Deus, das enfermidades, da rejeição sempre haverá uma saída, quando se volta para Deus. 
O fruto da escolha de um jovem em defender a sua fé em um Deus vivo, que levou universitários a proclamar que Deus está vivo e ainda levou uma pessoa a ter um encontro pessoal com Jesus, mostrou-nos o quanto Deus honra aquele que nEle confia, pois provavelmente o jovem universitário confiava no seu Deus.
Foi mostrado nesse filme a misericórdia e o amor de Deus para com todos.  Um fato marcante foi a conversão de um ateu que estava revoltado com o que aconteceu na sua infância, fato pelo qual que deixou de crer em Deus, por não ter obtido a resposta que queria na situação de sua mãe, o homem ateu teve a chance de ter um encontro pessoal com Jesus antes da sua morte, nos mostrando assim, como Deus é misericordioso, que preparou o Rev.  Dave e o missionário para estarem no lugar certo e na hora certa para aconselhar o professor Jeffery a aceitar a Jesus.
Esse filme mostrou bem que a crise não serve somente para nos deixar de cabeça baixa, mas também como uma forte experiência para se sair mais forte dos problemas e tentar solucioná-los, e não somente isso, percebe-se pelo ocorrido no filme que a ideia de Freud a respeito de Deus, não é uma realidade, e sim, fruto de rebelião contra o Altíssimo e Soberano Deus.




terça-feira, 9 de junho de 2015

A IGREJA ORTODOXA E A IMACULADA CONCEIÇÃO

A Igreja Ortodoxa e a Imaculada Conceição

Nesta entrevista, Bartolomeu I, Patriarca Ecumênico de Constantinopla, comenta o dogma latino da Imaculada Conceição.





Entrevistador:



A Igreja Católica celebra neste ano o aniversário de 150 anos da proclamação do dogma da Imaculada Conceição. Como a tradição cristã bizantina e oriental celebram a Concepção de Maria e sua completa e imaculada santidade?



Bartolomeu I:

A Igreja Católica considerou ser necessário instituir um novo dogma para a Cristandade mil e oitocentos anos depois da aparição do Cristianismo, porque ela aceitou um entendimento do pecado original – equivocada para nós Ortodoxos – segundo o qual o pecado original transmite uma mácula moral ou um responsabilidade legal aos descedentes de Adão, ao invés da abordagem reconhecida como correta pela fé Ortodoxa de que o pecado transmite a herança da corrupção, causada pela humanidade ter separado-se da graça incriada de Deus, o que o fez viver espiritualmente e na carne. A humanidade, moldada da imagem de Deus, com a possibilidade e o destino de ser semelhante a Deus ao escolher livremente o amor a Ele e a obediência aos Seus mandamentos, pode, mesmo depois da queda de Adão e Eva, tornar-se amiga de Deus em intenção; então Deus nos santifica, assim como santificou muitos dos progenitores antes de Cristo, mesmo que a plena realização do resgate da corrupção, isto é, sua salvação, tenha sido atingida depois da encarnação de Cristo e através dEle.

Consequentemente, de acordo com a fé ortodoxa, Maria, a Santíssima Mãe de Deus não foi concebida isenta da corrupção do pecado original, mas amou a Deus acima de todas as coisas e obedeceu a seus mandamentos, assim recebendo a santificação de Deus através de Jesus Cristo que encarnou-se a partir dela. Ela O obedeceu como uma dos fiéis e se dirigiu a Ele com a confiança de uma mãe. A santidade e a pureza dela não foram maculadas pela corrupção, que ela recebeu do pecado original como todo ser humano, precisamente porque ela renasceu em Cristo como todos os santos, santificada acima de todos os santos.

Sua restituição à condição anterior à da Queda não aconteceu necessariamente no momento da concepção. Acreditamos que aconteceu depois, como consequência nela do progresso da ação da graça divina incriada, na visitação do Espírito Santo, que causou a concepção do Senhor nela, purificando-a de toda mácula.

Como já dito, o pecado original manifesta-se nos descendentes de Adão e Eva como corrupção, e não como responsabilidade legal ou mácula moral. O pecado trouxe corrupção hereditária e não uma responsabilidade legal hereditária, ou uma mácula moral hereditária. Consequentemente, a Panaguia foi vítima da corrupção hereditária, como toda a humanidade, mas com seu amor por Deus e com sua pureza – compreendida como uma dedicação imperturbável e sem hesitação no amor por Deus – ela conseguiu, pela graça de Deus, santificar-se em Cristo e tornar-se digna de ser a casa de Deus, como Deus deseja que todos nós seres humanos sejamos. Portanto, nós na Igreja Ortodoxa honramos a Toda-Santa Mãe de Deus acima de todos os santos, embora não aceitemos o novo dogma da sua Imaculada Conceição.





Fonte :  Vida Ortodoxa - postado em 28 de setembro de 2012.

sábado, 6 de junho de 2015

IRMÃOS E IRMÃS DE JESUS

Os irmãos de Jesus são mencionados em vários versículos da Bíblia. Mateus 12:46, Lucas 8:19 e Marcos 3:31 dizem que a mãe de Jesus e seus irmãos vieram vê-lO. A Bíblia nos diz que Jesus tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Judas (Mateus 13:55). A Bíblia também nos diz que Jesus tinha irmãs, mas não sabemos seus nomes ou a quantidade (Mateus 13:56). Em João 7:1-10, Seus irmãos vão para o festival, mas Jesus não vai com eles. Atos 1:14 descreve Seus irmãos e mãe orando com os discípulos. Depois, Gálatas 1:19 menciona que Tiago era irmão de Jesus. A conclusão mais natural dessas passagens é interpretar que Jesus tinha irmãos e irmãs sanguíneos. Alguns Católicos Romanos acreditam que esses “irmãos” eram na verdade primos de Jesus. No entanto, em cada exemplo, a palavra grega específica para “irmão” é usada. Embora a palavra possa se referir a outros parentes, o seu significado normal e natural é irmão físico. Havia uma palavra grega para primo, mas ela nunca foi usada. Além disso, se eles fossem primos de Jesus, por que eles estariam tão frequentemente com Maria, a mãe de Jesus? Não há nada no contexto de Sua mãe e irmãos vindo visitá-lO que daria qualquer impressão de que não fossem os Seus meio-irmãos, de forma literal e do mesmo sangue. Um segundo argumento da igreja Católica Romana é que os irmãos e irmãs de Jesus eram filhos de José de um casamento anterior, antes de casar-se com Maria. Uma teoria sobre José tem sido inventada, mas ela não tem qualquer suporte bíblico. Essa teoria acredita que ele era significantemente mais velho que Maria, tinha se casado anteriormente, tido vários filhos e ficado viúvo antes de se casar com Maria. No entanto, novamente, o problema com essa teoria é que a Bíblia não dá nenhuma impressão de que José tivera uma outra esposa antes de casar-se com Maria. Se José já tivesse pelo menos seis filhos antes de se casar com Maria, por que eles não são mencionados na sua viagem com Maria a Belém (Lucas 2:4-7), ou na sua viagem ao Egito (Mateus 2:13-15), ou na sua viagem de volta para Nazaré (Mateus 2:20-23)? A Bíblia não nos dá nenhum motivo para acreditarmos que esses irmãos e irmãs não fossem verdadeiros filhos de José e Maria. Aqueles que se opõem à ideia de que Jesus tinha meio-irmãos e meio-irmãs fazem isso, não por sua leitura da Bíblia, mas por um conceito pré-concebido da virgindade perpétua de Maria, que é em si mesmo uma crença completamente contrária ao que a Bíblia ensina: "Contudo, não a conheceu, ENQUANTO ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus" (Mateus 1:25). Jesus tinha meio-irmãos e meio-irmãs que eram filhos de José e Maria. Esse é o ensinamento claro e firme da Palavra de Deus.

Fonte :    Pastor Cícero - Pregações e Meditações.
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sexta-feira, 5 de junho de 2015

JESUS CRISTO - O FILHO DE DEUS E O FILHO DO HOMEM

O Filho de Deus e o Filho do Homem. 

""É tão sublime – unanimemente O proclamamos – o Mistério da bondade divina manifestado na carne" (1 Tim. 3:16). "Estas palavras do Apóstolo atestam de que o milagre da encarnação do Filho de Deus excede a compreensão de nossa mente limitada". "Realmente nós podemos acreditar, mas não podemos explicar os acontecimentos que sucederam há dois mil anos atrás em Belém, quando na Pessoa de Jesus Cristo onde duas naturezas diferentes e opostas na essência foram unidas: a sobrenatural, eterna e infinita – Divina, e ao mesmo tempo a material, limitada e frágil – a natureza humana". "Não obstante, os Evangelhos e as epístolas Apostólicas, na extensão das nossas forças, nos revelam certos aspectos do milagre da encarnação do Filho de Deus. São João o Teólogo, no começo do seu Evangelho eleva nosso pensamento à pré-eterna existência da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, a Quem ele denomina de verbo dizendo: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus". "Tudo foi feito por Ele e sem Ele nada foi feito"... "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (João. 1:1-3,14)".  "A denominação de Verbo do Filho de Deus indica que o nascimento Dele do Pai não deve ser entendido no sentido de um nascimento comum: ele ocorreu impassível e sem desagregação". "O Filho de Deus nasceu do Pai assim como a palavra nasce do pensamento". "O pensamento e a palavra são diferentes um do outro e ao mesmo tempo são inseparáveis". "Não existe palavra sem o pensamento, e o pensamento infalivelmente é expresso na palavra". "A prédica Apostólica subsequente é mais completa ao revelar a verdade da Natureza Divina de Cristo, ou seja, que Ele é verdadeiramente o Unigênito (o único) Filho de Deus, o qual nasceu do Pai antes de todos os séculos, isto é, Ele é eterno, assim como Deus Pai é eterno". "O Filho de Deus tem a mesma natureza Divina que Deus Pai, e por esta razão – Ele é o Criador do mundo visível e invisível, e de nós homens". "Resumindo, Ele, sendo a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, é o verdadeiro e absoluto Deus". "A fé em Jesus Cristo como o Filho encarnado de Deus representa a fortaleza ou a pedra na qual a Igreja está estabelecida, de acordo com a palavra do Senhor: "Sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mat. 16:18). Sendo Deus perfeito, Cristo-Salvador é ao mesmo tempo um Homem perfeito". "Tendo corpo humano e alma com todas suas particularidades – razão, vontade e sentimentos, como homem, Ele nasceu da Virgem Maria". "Como Filho de Maria, Ele obedecia a Ela e a José. Como homem, Ele foi batizado no Jordão, visitou cidades e vilarejos com Seu sermão de salvação". "Como homem, Ele sentiu fome, sede, cansaço, necessitava dormir e repousar; suportou sensação de enfermidades e sofrimentos físicos". "Vivendo uma vida física inerente ao homem, o Senhor também viveu uma vida espiritual". "Ele fortalecia Suas forças espirituais com jejum e orações". "Ele experimentou sentimentos humanos – alegria, cólera, tristeza; derramou lágrimas". "Deste modo o Senhor Jesus Cristo, tendo tomado nossa natureza humana, era igual a nós em tudo, EXCETO NO PECADO". "Possuindo duas naturezas, Jesus Cristo tinha também duas vontades livres". "A vontade humana racional consciente de Jesus Cristo invariavelmente subordinava suas aspirações humanas e o desejo da vontade Divina dentro Dele". "A vontade humana em Cristo está claramente visível durante Seus profundos sofrimentos no jardim de Gethsemani: "Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que Eu quero, mas, sim, o que Tu queres" (Mat. 26:39)". "Assim, pela Sua obediência a Deus Pai, o Senhor Jesus Cristo corrigiu nossa desobediência e nos ensinou a colocar a vontade de Deus acima dos nossos desejos". 

Fonte : Igreja Ortodoxa Antioquina.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

BÍBLIA ORTODOXA

A Bíblia Ortodoxa


"Algumas vezes as pessoas me perguntam se existe uma "Bíblia ortodoxa", já que ouvem falar em "Bíblia Católica" e "Bíblia Protestante". A resposta é *sim*, existe".

"A Bíblia ortodoxa é constituída dos livros do Novo Testamento (Evangelhos, Atos, Epístolas e Apocalipse) conhecidos, porém é baseada na versão em grego do Velho Testamento, chamada Septuaginta, que foi utilizada por Cristo, pelos Apóstolos, por toda a Igreja até o século IV, por toda a era do Império Romaico e até os dias de hoje é lida na Liturgia grega".

"Três séculos antes de Cristo, a cultura grega já havia se espalhado pelo mediterrâneo e o grego era a língua "internacional". Muitos judeus já haviam esquecido o hebraico, sua língua original, e, ou falavam dialetos locais como o aramaico, ou, em locais como Egito, Roma e Grécia, falavam grego. Isso fazia com que muitos não pudessem ler as Escrituras, pois já não entendiam a língua em que estavam escritas".

"Foi obra de um faraó egípcio de ascendência grega, Ptolomeu II, filho de Ptolomeu I, que fora general de Alexandre, o Grande. Ele ordenou que 72 sábios judeus, que conheciam tanto o hebraico quanto o grego, traduzissem as Escrituras (que hoje chamamos de Antigo Testamento) para o grego. Isso as tornou legíveis para os judeus de sua época e para todo o mundo que quisesse conhecê-las. Eles foram reunidos em Alexandria, cada um em um quarto e quando terminaram suas traduções combinavam perfeitamente".

"A Septuaginta é a versão do Antigo Testamento mais citada por Nosso Senhor Jesus e pelos Apóstolos no Novo Testamento. É a versão mais utilizada pelos Pais da Igreja e era a referência também no Ocidente onde existia uma tradução para o Latim da Septuaginta. Jerônimo rompe com a tradição ortodoxa ocidental no século 4 e refaz a tradução, predominantemente a partir de textos judaicos. Estes haviam sido retraduzidos para o hebraico a partir da própria Septuaginta, com maior ou menor influência dos originais em cada capítulo. Essa tradução para o Latim, conhecida como Vulgata Latina é que é a referência para a igreja romana até hoje, e a retradução para linguas vernáculas daqueles textos judaicos retraduzidos (chamada versão Massorética) é a tradição protestante até hoje".

"Finalmente, existem trechos e livros inteiros na tradicional Bíblia ortodoxa que não se encontram na romana ou na protestante. Vejam a tabela comparativa abaixo":

Antigo Testamento
Nome em PortuguêsNome CatólicoNome Protestante





A Lei








Γένεσις
GênesisGênesisGênesis
Ἔξοδος
ÊxodusÊxodusÊxodus
Λευϊτικόν
LevíticoLevíticoLevítico
Ἀριθμοί
NúmerosNúmerosNúmeros
Δευτερονόμιον
DeuteronômioDeuteronômioDeuteronômio










História








Ἰησοῦς Nαυῆ
JosuéJosuéJosué
Κριταί
JuízesJuízesJuízes
Ῥούθ
RuteRuteRute
Βασιλειῶν Αʹ
I ReinosI ReisI Samuel
Βασιλειῶν Βʹ
II ReinosII ReisII Samuel
Βασιλειῶν Γʹ
III ReinosIII ReisI Reis
Βασιλειῶν Δʹ
IV ReinosIV ReisII Reis
Παραλειπομένων Αʹ
I ParalipomenonI CrônicasI Crônicas
Παραλειπομένων Βʹ
II ParalipomenonII CrônicasII Crônicas





Ἔσδρας Αʹ
I EsdrasNão TemNão Tem
Ἔσδρας Βʹ
II EsdrasI EsdrasEsdras



II EsdrasNeemias
Obs.: O livro "II Esdras" Ortodoxo contém em si os que os romanos chamaram de I e II Esdras, e os



que os protestantes chamaram de "Esdras" e "Neemias". O "I Esdras" Ortodoxo não existe nas Bíblias romanas ou protestantes.








Τωβίτ
TobiasTobiasNão Tem
Ἰουδίθ
JuditeJuditeNão Tem
Ἐσθήρ
EsterEsterEster


(Completo)(Completo)(Incompleto)
Obs.: O livro "Ester" Ortodoxo e Romano é completo, possuindo partes faltantes das Bíblias protestantes tradicionais.








Μακκαβαίων Αʹ
I MacabeusI MacabeusNão Tem
Μακκαβαίων Βʹ
II MacabeusII MacebeusNão Tem
Μακκαβαίων Γʹ
III MacabeusNão TemNão Tem





Sabedoria








Ψαλμοί
SalmosSalmosSalmos
Ψαλμός ΡΝΑʹ
Salmo 151Não TemNão Tem
΄Ωδαὶ
Odes(*)Não TemNão Tem
Προσευχὴ Μανάσση
Oração de ManassésNão TemNão Tem
Ἰώβ
Παροιμίαι
ProvérbiosProvérbiosProvérbios
Ἐκκλησιαστής
EclesiastesEclesiastesEclesiastes
Ἆσμα Ἀσμάτων
CânticoCânticoCântico


dos Cânticosdos Cânticosdos Cânticos
Σοφία Σαλoμῶντος
SabedoriaSabedoriaNão Tem
Σοφία Ἰησοῦ Σειράχ
Sabedoria de JesusEclesiásticoNão Tem


Filho de Sirach

Ψαλμοί Σαλoμῶντος
Salmos de SalomãoNão TemNão Tem










Profetas








ΔώδεκαOs Doze







Ὡσηέ Αʹ
HoséiasHoséiasHoséias
Ἀμώς Βʹ
AmósAmósAmós
Μιχαίας Γʹ
MiquéiasMiquéiasMiquéias
Ἰωήλ Δʹ
JoelJoelJoel
Ὀβδίου Εʹ
ObadiasObadiasObadias
Ἰωνᾶς Ϛ'
JonasJonasJonas
Ναούμ Ζʹ
NaumNaumNaum
Ἀμβακούμ Ηʹ
HabacuqueHabacuqueHabacuque
Σοφονίας Θʹ
SofoniasSofoniasSofonias
Ἀγγαῖος Ιʹ
AgeuAgeuAgeu
Ζαχαρίας ΙΑʹ
ZacariasZacariasZacarias
Ἄγγελος ΙΒʹ
MalaquiasMalaquiasMalaquias










Ἠσαΐας
IsaíasIsaíasIsaías
Ἱερεμίας
JeremiasJeremiasJeremias
Βαρούχ
BaruqueBaruqueNão Tem
Θρῆνοι
LamentaçõesLamentaçõesLamentações
Επιστολή Ιερεμίου
Epistola de JeremiasBaruqueNão Tem
Obs. Na Bíblia romana o livro "Baruque" une os livros chamados "Baruque" e "Epístola de Jeremias" na Bíblia Ortodoxa.



Ἰεζεκιήλ
EzequielEzequielEzequiel
Δανιήλ
DanielDanielDaniel


(Completo)(completo)(Incompleto)





Apêndice








Μακκαβαίων Δ' Παράρτημα
4 MacabeusNão TemNão Tem
-- 



"(*) O livro "Odes" constitui uma compilação de canções que se encontram no Antigo e no Novo Testamento, incluindo a "Oração de Manassés". A rigor, não é um livro do Antigo Testamento ou do Novo Testamento, mas um "Hinário Bíblico"".


"As canções do livro Odes são:


Primeira Ode de Moisés (Êxodus 15:1-19)


Segunda Ode de Moisés (Deuteronômio 32:1-43)


Oração de Ana, mãe de Samuel (1 Reinos 2:1-10)


Oração de Habacuque (Habacuque 3:2-19)


Oração de Isaías (Isaías 26:9-20)


Oração de Jonas (Jonas 2:3-10)


Oração de Azarias (Daniel 3:26-45, na versão completa)


Canção dos Três Jovens (Daniel 3:52-88, na versão completa)


O Magnificat; Oração de Maria, a Theotokos (S. Lc 1:46-55)


Benedictus, Canção de Zacarias (S. Lc 1:68-79)


Cântico de Isaías (Isaías 5:1-9)


Oração de Ezequias (Isaías 38:10-20)


Oração de Manassés, Rei de Judá quando cativo na Babilônia(ref. em 2 Paralipomenon 33:11-13 e na íntegra aqui)


Nunc dimittis; Oração de Simão (S. Lc 2:29-32)


Gloria in Excelsis Deo; Cântico da Manhã (trechos de S.Lc 2:14, Sl.144:2 e Sl 118:12)"


Fonte :  Vida Ortodoxa .

A BÍBLIA E JESUS

A Bíblia e Jesus !                                      1. Em Gênesis Jesus é: O nosso Criador (Gn 1) e A Semente da mulher. (3:15)...