segunda-feira, 31 de agosto de 2015

MINHA OPINIÃO A RESPEITO DA DOUTRINA, MARIA, MÃE DE DEUS

Como podemos analisar a doutrina a respeito de Maria ser a mãe de Deus ?

Segundo um artigo do Dr. Emanuel, publicado em 09 de setembro de 2008, falando sobre a heresia do nestorianismo no século V, falando sobre o Concílio de Éfeso em 431, abordando que Maria é a mãe de Deus, não no sentido dela ser anterior à Deus, ou que ela é a fonte de Deus, mas pelo fato que ela carregou no seu útero o Deus encarnado.
Analisando por esse aspecto é um fato que podemos concordar, pois sabemos que Jesus é o verbo  que se fez carne e habitou entre nós.  Cremos que em circunstância alguma Ele deixou de ser Deus, mesmo quando estava na forma humana.
O problema dessa questão, não é a declaração de ser Maria a mãe de Deus, mas sabemos que as pessoas não veem nela somente por esse olhar que está proposto no artigo.
Visivelmente, homens e mulheres, orientados por líderes religiosos estão indo muito além de se ter Maria apenas como a mãe de Deus.
Concordo que nesse sentido podemos fazer essa declaração, mas o fato é, que muitos tem a colocado em uma posição que a palavra de Deus não a coloca.
Muitos, e orientados por seus líderes, colocam a mãe de Jesus como intercessora, sendo que o papel de intercessor diante de Deus Pai, é do seu filho Jesus Cristo, que vivendo como homem, fez a vontade de Deus Pai todo poderoso, foi rejeitado, sofreu, foi crucificado, morreu, e ao terceiro dia ressuscitou, e está assentado á direito de Deus Pai, intercedendo por todos que a Deus se chegam por intermédio dEle.
Maria, a mãe de Jesus, embora lideranças religiosas ensinem ser medianeira juntamente com Jesus, nos ensinamentos apostólicos tais doutrinas não são verídicas.
Advogado e Intercessor são atributos pertencentes somente a Jesus Cristo, e não a Maria.
Não me refiro aqui a intercessão que um cristão pode fazer em favor do outro, pois em nome de Jesus todo cristão pode pedir ao Pai em favor do outro, não é esse tipo de intercessão que me refiro aqui, e sim ao fato de Jesus estar intercedendo para sempre ao nosso favor diante do Pai, e ser Ele quem nos defende do acusador, sendo assim o nosso advogado.  Essas atribuições não foram dadas a Maria, e sim ao filho de Maria, que é o filho amado de Deus Pai Todo-Poderoso.
Certamente que Maria carregou em seu ventre o filho de Deus, mas não foi dada a ela a incumbência de salvar a humanidade e nem foi autorizado em nenhum texto bíblico o culto a ela, mas somente nos é autorizado o culto ao Criador dos céus e da terra.
Crer que Maria é a mãe de Deus, por ser Jesus, Deus, é uma coisa, mas usar esse fato para cultuá-la e colocá-la como medianeira e advogada, tal crença está totalmente fora dos ensinamentos apostólicos. O Apóstolo Paulo escreveu assim na 1ª carta aos Corintios, capítulo 2, versículo 2.  Porque não me propus saber coisa alguma entre vós, senão Jesus Cristo, e este crucificado.
Sejamos vigilantes e não deixemos ser lavados por falsos ensinamentos.  Deus ter escolhido Maria para ser mãe de Jesus, não deu a ela e nem ela tomou para sí o lugar e a honra que somente ao Deus Pai, Deus Filho, e Deus Espírito Santo é de direito.

Edilberto Pereira, baseado no artigo do Dr. Emanuel

domingo, 30 de agosto de 2015

BATISTAS III

OS BATISTAS SÃO REFORMADOS?

Escrito por Laurence A. Justice    

OS BATISTAS SÃO REFORMADOS?

ENFATIZANDO A VERDADE QUE OS BATISTAS NÃO SÃO REFORMADORES, E OS REFORMADORES NÃO SÃO BATISTAS.

Laurence A. Justice

Atualmente muitos e muitos Batistas, e muitas e muitas igrejas Batistas se chamam Reformadas. Em parte, a razão na qual alguns Batistas escolheram em se autodenominar Reformados, foi devido eles estarem muito ansiosos em libertarem-se das destrutivas influências do Arminianismo, que então eles tomaram o título de Reformados, no sentido de distinguirem-se de um Fundamentalismo intelectualmente falido.
O WEBSTER’S NEW COLLEGIATE DICTIONARY define Reformado como “pertencendo ou designado a uma corporação de igrejas Protestantes, originarias da Reforma.” O RANDOM HOUSE DICTIONARY OF THE ENGLISH LANGUAGE, define a Reforma como “o movimento religioso do século XVI, o qual teve como objeto a reforma da Igreja Católica Romana, a qual levou ao estabelecimento das igrejas Protestantes.”  Em português, no DICIONÁRIO AURÉLIO ELETRÔNICO, a palavra Reformado tem, em parte, o significado: “4. Rel. Em rigor, membro de algumas igrejas protestantes da Suíça, Alemanha e Holanda ligadas ao espírito do reformador suíço Zwinglio [V. zwinglianismo.] 5. P. ext. Calvinistas, ou protestantes em geral”.
Uma pessoa tratada como Reformada, é, com esta denominação, direta ou indiretamente ligada a Reforma Protestante. Ainda, o nome Reformado implica na corrupção da Igreja Católica, e na revolta dos Reformadores contra tal corrupção. Muitos Batistas têm lido e têm sido abençoados pelo que João Calvino e outros líderes Reformados escreveram sobre a graça soberana de Deus na salvação. Nossa maior confissão Batista de Fé, a Confissão de Londres de 1689, e a sua versão Americana, a Confissão da Filadélfia de 1743, ensinam quase o mesmo sobre a salvação que ensina a Confissão Reformada de Fé de Westminster.  Mas, o fato dos Batistas crêem o mesmo sobre a soberania da graça de Deus na salvação, assim como acreditam João Calvino e outros Protestantes, os colocam na categoria dos Reformados? E o fato das grandes Confissões Batistas virtualmente dizerem o mesmo que diz a Confissão Reformada de Westminster faz dos Batistas, portanto, Reformados? Eu solicito que as respostas a estas interrogações, bem como, ao título desta mensagem seja, Não! Os Batistas não são Reformados! Nesta mensagem, eu vou oferecer cinco razões básicas porque os Batistas não podem ser corretamente chamados de Reformados.

Primeiro, não é apropriado se referir aos Batistas como Reformados

POR CAUSA DO QUE OS BATISTAS CREÊM SOBRE A PALAVRA DE DEUS

O lema da Reforma Protestante incluiu as palavras do Latim Sola Scriptura, que significam Somente as Escrituras. Durante a busca da Reforma da Igreja Católica Romana, os Reformadores primeiramente insistiram que a única autoridade de fé e prática, fosse as Escrituras, mas os Reformadores nunca seguiram este lema de maneira consistente. E quando eles não conseguiram suportar alguma doutrina ou pratica da Palavra de Deus, eles logo começaram a se apegar aos pais das igrejas e a tradição e a expediência, e em credos. Os Batistas são os únicos que tomam as palavras Sola Scriptura seriamente. Apenas os Batistas aplicam, de modo consistente, este grande princípio em matéria de fé e prática. Os Batistas simplesmente acreditam que, toda a doutrina e prática na igreja, deve ter o Novo Testamento como alicerce. O Princípio da Sola Scriptura é seguido, de modo consistente, quando alguém pode, a partir do Novo Testamento, confidencialmente dizer, “Assim diz o Senhor.” Uma das maiores diferenças entre as pessoas Batistas e Reformadas, é que os Batistas insistem na Sola Scriptura para todas as outras áreas bem como para a salvação. Os Batistas crêem que os ensinamentos e as práticas das igrejas do Novo Testamento estejam firmes de uma vez para sempre. Nossas confissões de fé são meramente o que nós cremos a Bíblia ensinar, mas não são autoritárias ou uma imposição sobre as igrejas. Quando nós Batistas falamos no princípio da Sola Scriptura, usualmente usamos o termo, a suficiência das Escrituras. O Apóstolo Paulo reconheceu a suficiência das Escrituras, em todas as matérias de fé e prática, quando ele escreveu ao jovem pregador Timóteo, em II Timóteo 3:16-17. II Timóteo foi a sua última epístola do Novo Testamento na qual ele disse a Timóteo que, em vista da chegada dos tempos de apostasia e perigo, e em vista do seu trabalho central que era a pregação, as Escrituras seriam suficientes. E isto se aplica ao evangelismo, as instruções doutrinárias e ao trabalho pastoral em geral. Assim diz Paulo, “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir justiça: Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”  Os Batistas não fazem nenhum apelo à tradição, ou aos pais da igreja para darem autoridade em assuntos de fé e prática. Nós indagamos, “O que ensinam as Escrituras?” Os Reformadores mantiveram muitas doutrinas e práticas do Catolicismo, tais como, o batismo infantil, a regeneração batismal, a aspersão para o batismo, e os sacramentos. Os Batistas procuram evitar tais tradições humanas seguindo em contrapartida o padrão do Novo Testamento. A Confissão de Fé de Westminster é a mais proeminente das confissões dos Reformadores. A Confissão de Londres de 1689 é uma das mais proeminentes das confissões dos Batistas.  A evidente diferença entre as duas, é vista bem no início. A confissão Batista diz, “A Sagrada Escritura é a única regra suficiente, certa e infalível de conhecimento para a salvação, de fé, e de obediência.” Este frase não aparece na Confissão Reformada de Westminster.

Segundo, os Batistas não podem ser propriamente chamados de Reformados

POR CAUSA DO QUE OS BATISTAS CRÊEM SOBRE A IGREJA

Os Batistas sempre acreditaram que não possa haver um padrão apropriado, para o que constitui a igreja, a não ser aquele contido no Novo Testamento, e o Novo Testamento não é vago ou indefinido, no que diz respeito à igreja, tampouco ao definir o que ela é ou de onde veio, ou como deve ser governada. Os Batistas concordam com o Novo Testamento em que a igreja é uma congregação de crentes, os quais foram chamados para fora do mundo e se ajuntaram a Jesus Cristo e à Sua Palavra. Para os Batistas, a igreja é uma congregação visível, de indivíduos regenerados e batizados. Para os Reformadores do século XVI, a igreja Católica era ainda “a igreja” e ela apenas precisava uma reforma. Eles procuraram reformar uma igreja na qual acreditavam ser o verdadeiro corpo de Cristo. Eles assumiram que tanto o batismo quanto a ordenação da Igreja Romana ainda fossem válidos. Nem João Calvino, tampouco outros Reformadores, denunciaram seus batismos Católicos. Os Reformadores não planejavam restaurar a igreja verdadeira, seguindo a cópia das instruções reveladas em Atos. Em vez disso, eles trabalharam para reformar a “igreja”, que já existia. As pessoas da Reforma vêem a igreja de duas maneiras. Eles a vêem como o inteiro corpo dos eleitos. Este corpo é, obviamente, invisível. Eles também a vêem como uma assembléia local como um agregado de assembléias numa nação ou num continente. Assim sendo, tal igreja é visível. Então, os Reformadores acreditavam em uma igreja universal e invisível, e também acreditavam numa igreja local e visível.
A Confissão de Fé de Westminster, capítulo 25, Artigo 11, página 133 é intitulado “Da igreja” e, parcialmente, diz “A Igreja Visível, ... consta de todos aqueles que pelo mundo inteiro professam a verdadeira religião, juntamente com seus filhos;” Tal igreja necessariamente possuiria tanto pessoas não eleitas quanto não regeneradas. A idéia de uma igreja visível e invisível não se encontra no Novo Testamento. Os Batistas são fiéis as Escrituras que a igreja do Novo Testamento consiste de pessoas regeneradas, enquanto a Reformada a vê como também incluindo crianças não regenerados, ou os filhos dos crentes. Os Batistas acreditam que cada igreja seja totalmente independente de todas as outras, no que diz respeito ao seu governo. A igreja de Jerusalém não mandou a igreja de Coríntios como esta deveria conduzir-se, e não ameaçou excomungá-la, quando soubesse que existiam membros pecadores na igreja de Coríntios.  Cada igreja Batista escolha seus próprios pastores e diáconos, recebe e disciplina seus membros, e faz suas próprias regras e leis. Os Batistas crêem com o Novo Testamento que nenhuma organização como uma sínodo ou sessão possa dizer à igreja local o que ela deve fazer. A criação de uma autoridade centralizada, que reivindica mandar nas igrejas, e ditar as leis à igreja local, não tem absolutamente nenhuma autoridade neo-testamentária. Todas as igrejas Reformadas procuram fazer isto, mas, de acordo como o Novo Testamento, não há em nenhuma circunstância, maior corte suprema de apelação, do que uma igreja local. Uma discrepância básica entre Batistas e Reformados é a resposta à questão, “Quando começou a igreja?” As pessoas Reformadas crêem que Israel foi a igreja no Velho Testamento, e a igreja do Novo Testamento é uma continuação do mesmo corpo. Eles pregam que a igreja no Velho e Novo Testamento é fundada na aliança da graça feita com Abraão. Os Batistas, por outro lado, enxergam uma diferença radical entre os Testamentos, ao invés de uma continuidade do Velho para o Novo. Eles acreditam que Israel e a igreja do Novo Testamento sejam dois corpos distintamente diferentes, e a ordem de Israel do Velho Testamento seja radicalmente diferente da ordem da igreja do Novo Testamento. Os Batistas pregam, segundo as Escrituras, que a igreja é estritamente uma instituição do Novo Testamento, um mistério desconhecido antes dos tempos do Novo Testamento, mas revelado nos tempos do Novo Testamento. Um mistério no Novo Testamento refere-se a algo que até aquele momento era desconhecido e foi naquele momento revelado. Em Efésios 5:32 e 3:4-6, Paulo diz que a igreja é um mistério ou algo desconhecido, até aquele presente momento, mas que foi naquele tempo revelado. Os Batistas têm historicamente crido na perpetuidade das igrejas verdadeiras, como a do Senhor Jesus, prometida em Mateus 16:18, quando Ele disse, “... edificarei a minha igreja e as portões do inferno não prevalecerão contra ela.” Por esta razão os Batistas nunca reivindicaram ser Protestantes. Eles sempre, e em unanimidade, negaram qualquer ligação com a Igreja Católica Romana, até a presente geração, e sempre reivindicaram ser oriundas de Jesus Cristo e os Apóstolos. Eles não surgiram nos anos 1.500 com a Reforma Protestante. Os Batistas voltam na história ao período do Novo Testamento. Eles nunca foram parte de nenhuma outra denominação, portanto, eles não tem nada a protestar! Nós não nos baseamos apenas na promessa do Senhor, em Mateus 16:18, onde diz que haverão igrejas verdadeiras sempre neste mundo, nós também o sabemos a partir do próprio testemunho da história. Johann Mosheim, o grande historiador Luterano, reconheceu que os Batistas existiram antes da Reforma Protestante, quando ele disse, “Antes do surgimento de Luter e Calvino, eram oclusas, na maioria dos países da Europa, pessoas que tenazmente aderiram aos princípios dos Batistas Holandeses.” Zwingli, um dos Reformadores, disse durante a Reforma, “Eles (Batistas) tem causado um grande distúrbio por 1.300 anos.” O Cardeal Católico Romano Housis, o qual esteve envolvido no Conselho Católico Romano de Trento de 1.544, e que odiava os Batistas, mas mesmo assim disse bem francamente, “Se a verdade da religião fosse julgada pela prontidão e coragem pela qual um homem de alguma seita demonstra em sofrimento, então a opinião e persuasão de nenhuma seita poderia ser mais verdadeira e certa, do que a dos Anabatistas, desde que não houveram nenhuma destes 1.200 anos passados que  tivessem sido mais largamente punidas, ou que permaneceram mais tranqüilas e firmes, e até oferecendo a si mesmas aos mais variados tipos de punições cruéis, do que estas pessoas.”

Por terceiro, os Batistas não podem ser, apropriadamente, chamados de Reformadores

POR CAUSA DO QUE OS BATISTAS CRÊEM SOBRE A RELAÇÃO ENTRE IGREJA E O ESTADO.

As igrejas verdadeiras de Jesus Cristo, dos tempos dos apóstolos, foram cruelmente perseguidas pelo governo Romano, mas não importava o quanto e quão cruelmente fossem perseguidas, o número e a influência do Cristianismo permanecia crescendo rapidamente. Acerca de 314 d.C., a influência da Cristandade no império Romano, crescia tanto que o Imperador Constantino decidiu parar de perseguir os Cristãos, e aderir ao Cristianismo, e então usá-lo para solidificar e aumentar seu poder de imperador. Constantino afirmou ter visto uma visão de uma cruz vermelha flamejante no céu, e sobre esta cruz estava escrito “Por Este Sinal Conquiste.” Ele interpretou isto significar que ele deveria tornar-se um Cristão, e então ordenou que toda a perseguição contra os Cristãos cessassem, e declarou o Cristianismo como religião do estado de Roma. Constantino chamou todos os Bispos ou pastores do império, juntos, no Conselho de Nicea em 325 d.C., para que formassem uma unidade doutrinal. Assim, o estado e a igreja estavam casados, com o imperador exercendo poder sobre as igrejas e pastores. Ironicamente, quando a igreja e o estado foram unidos sob o governo de Constantino, Constantino nem era um Cristão. Ele concordou em tornar-se um Cristão, mas ele ainda não tinha afirmado ser Cristão. Ele finalmente confessou ter tornado-se um Cristão, mas recusou-se a ser batizado até prestes a sua morte, alguns anos depois. Alguns anos depois disto, em 407 d.C. o batismo infantil foi obrigatório para todos, e uma pessoa tornava-se uma cidadã do estado através do batismo. Obviamente, quando a igreja e o estado foram unidos neste casamento, e o batismo infantil foi requerido para a cidadania no estado, um grande número de pessoas não regeneradas ingressou às igrejas. Quando, alguns Cristãos recusaram-se a concordar deste casamento de Constantino da igreja e do estado, ele começou a usar o poder do estado para forçá-los a concordarem. Algumas destas pessoas foram chamadas de Donatistas. Os Donatistas não aceitaram o batismo da igreja estadual e batizaram novamente as pessoas que se juntassem a eles vindas das igrejas estaduais. Em 413 d.C. o imperador Theodosius publicou um edital declarando que pessoas que fossem batizadas novamente e aquelas que os tivessem batizado novamente, deveriam ser punidos com a morte, e um rio de sangue resultou do casamento da igreja e do estado, sob o governo de Constantino. 1.200 anos após, durante a Reforma, Calvino e outros Reformadores deixaram o estado e a igreja unidos, e o batismo ainda era obrigatório para se tornar um cidadão do estado.
A Confissão Reformada de Fé de Westminster, disse no seu artigo intitulado “O Magistrado Civil,” “...ele tinha autoridade e é o seu dever para fazer ordens, que a unidade e a paz fosse preservada na igreja, que a verdade de Deus fosse mantida pura e inteira, que todas as blasfêmias e heresias fossem suprimidas, e todas as corrupções e abusos na adoração e disciplina fossem prevenidos ou reformados, e todas as ordenanças de Deus devidamente estabelecidas, administradas e observadas e para o seu melhor efeito, ele tem poder para organizar sínodos, para estar presente neles, e para determinar que qualquer negocio tratado neles estivessem de acordo com o pensamento de Deus...” Na nova nação Americana, ao final dos anos 1.700, este conceito Reformado de igreja e estado, o qual fora mantido pelos Puritanos, fora enfaticamente rejeitado. O artigo na Confissão de Westminster teve que ser revisado para os Americanos, após o estabelecimento nacional da primeira emenda da Constituição dos Estados Unidos.
Os Donatistas não vêem os arranjos de Constantino como uma vitória para o Cristianismo, mas como uma perversão dos ensinamentos das Escrituras, e verdadeiramente como a “a queda da igreja.” Nos tempos da Reforma 1.200 anos depois, os Anabatistas não teriam nada a fazer com uma igreja estadual. Esta é uma das principais razões da sua separação de Calvino, Lutero e outros Reformadores. Os Reformadores, as vezes, se referem aos Anabatistas como sendo Donatistas ou Neo-Donatistas, por causa que os Donatistas se opuseram a este casamento da igreja e o estado, 1.200 anos antes da Reforma.
Os Batistas crêem com o Novo Testamento que o magistrado civil não tenha nenhum direito a requerer a nossa forma de religião e punir-nos por não seguir a religião que ele estipule. Os Batistas crêem que o Senhor Jesus Cristo é o Senhor da igreja e o Senhor do Estado, mas Ele não faz com que o estado reja a igreja, tampouco a igreja reja o estado. Nós cremos que o estado não pode nunca forçar os homens a acreditarem na verdade. Apenas o trabalho regenerador do Espírito Santo pode induzir os homens a fazer isto. Os Batistas crêem que os Cristãos são cidadãos de dois reinados: um reino terrestre que é regido pelos homens, para ambos salvos e não salvos, e um reino celeste regido pelo Senhor Jesus Cristo.  Nós baseamos isto, em parte, nas palavras do nosso Senhor em Mateus 22:17 e 21.  Para os Batistas, a igreja e o mundo são basicamente separados e antagonistas uns aos outros. Os Batistas não pensam e nem desejam em unir os dois, e os Batistas nunca tiveram uma religião estadual em lugar nenhum. A atitude na qual uma pessoa toma diante os arranjos de Constantino revela se esta é Reformada ou Batista, e em que crê sobre a igreja. As pessoas Reformadas vêem na mudança de Constantino uma vitória para o Cristianismo. Os Batistas vêem-na como a queda da igreja. É evidente que os Reformadores não creram no seu lema Sola Scriptura quando necessitava a renúncia dos arranjos de Constantino nos tempos da reforma.

Quarto: não é apropriado chamar os Batistas de Reformados

POR CAUSA DO QUE OS BATISTAS ACREDITAM SOBRE O BATISMO

Os Reformadores praticam o batismo pela aspersão do mesmo modo que faz a Igreja Católica. Eles trouxeram consigo esta prática, alheia às Escrituras, do próprio Catolicismo. Nos tempos da Reforma, e, até os dias de hoje, os Reformadores admitem que a imersão foi a prática das igrejas do Novo Testamento, mas, de qualquer maneira, eles praticam o batismo pela aspersão. As pessoas Reformadas nos dizem que o batismo pela aspersão é tão bom quanto o pelo imersão, mas os Batistas perguntam: “Por favor, pode mostrar isto nas Escrituras?” Os Reformadores praticam o batismo infantil. Eles trouxeram isto da Igreja Católica. As pessoas Reformadas dizem que todos os pais Cristãos devem ter seus filhos batizados pela aspersão. Os Batistas perguntam: “Por favor, pode mostrar isto nas Escrituras?” Não encontram-se vestígios nenhum de batismo infantil no Novo Testamento. Segundo às Escrituras, o batismo do Novo Testamento é um batismo adulto. Nada mais claramente se divirja do Novo Testamento do que o batismo infantil. Os Batistas rejeitaram estes erros, e insistiram somente no batismo dos crentes e o batismo por imersão, e nós não iremos aceitar o batismo pela aspersão ou o batismo de criancinhas como batismos bíblicos. Os Batistas mandam que aqueles que chegam, desejando unir-se a nós, vindos de denominações Reformadas que praticam estes erros, sejam batizados novamente, ou batizados segundo às Escrituras. Foi através disto que nós levamos o nome de Anabatistas. O nome significa Re-batizadores. Mais tarde, o nome foi simplesmente abreviado para Batistas.

Finalmente, não é apropriado chamar os Batistas de Reformados

POR CAUSA DO MODO NÃO CRISTÃO QUE OS REFORMADOS TÊM SE REFERIDO AOS BATISTAS, ATRAVÉS DOS SÉCULOS.

A história dos Batistas é uma história escrita em sangue. Eles sofreram terrivelmente, não só sob a tirania Católica Romana antes da Reforma, eles foram igualmente perseguidos e abatidos pelos Protestantes Reformadores. Os Reformadores verdadeiramente odiaram os Batistas por causa que os Batistas insistiram que a única regra de fé e prática para as igrejas fosse a Palavra de Deus. Os Reformadores não puderam rebater isto, e o que eles não puderam combater com argumentos, eles procuraram destruir com a força. Os Reformadores desencadearam uma perseguição amarga e sangrenta aos Batistas por causa da insistência dos Batistas numa aplicação consistente da Sola Scriptura à igreja e ao batismo. A história mostra que os líderes Reformadores verteram o sangue Batista tão livremente quanto fizeram os Católicos Romanos, uma vez que eles conseguiram o poder para forçar seus editais. Calvino, por si só, tinha muitas coisas amargas a dizer dos Anabatistas, os chamando de homens loucos e furiosos, espíritos frenéticos, homens dementes e bárbaros, idiotas e ignorantes. Ele chamou os ensinamentos Batista de sonhos delirantes, estúpidos, doidos varridos e de vômitos de bêbado. Em seu trabalho intitulado “Contra os Anabatistas”, Calvino disse, “Por último, como um bêbado, após ter esvaziado de seu estômago com um arroto o odor desagradável que fomentou o seu estômago, assim mesmo estes homens maus, após terem menosprezado este santo religião, a qual o Senhor tem honrado tanto, finalmente, com uma garganta aberta vomita suas blasfêmias grandemente deformadas.” Tomas Armitage, o historiador Batista, refere-se a estas definições de Calvino e os outros Reformadores como “Artimanhas Anti-Batistas.” Os Batistas não fizeram parte da Reforma. Eles eram vítimas dela. Os Batistas crêem que, segundo às Escrituras, toda perseguição para apoiar a religião é radicalmente errada, e é fato que os Batistas nunca perseguiram outras pessoas, mas que sempre foram perseguidos por elas.
Então, os Batistas são Reformados? A resposta, tanto da Palavra de Deus quanto da história é, Não, os Batistas não são Reformados, e quando, um Batista identifica-se como Reformado, ele está dizendo algo que ele não quer realmente dizer. As conotações do termo Reformado sugerem posições teológicas que são contrárias à posição Batista. Esperançosamente, a maioria dos Batistas que se chamam de Reformados, queiram dizer somente que eles têm a mesma opinião sobre a salvação quanto os Reformadores. Eles crêem nas doutrinas da Graça Soberana de Deus. Alguns dos Batistas hoje em dia chegaram a ver as doutrinas bíblicas da graça através da leitura dos Reformadores e Puritanos. Ao fazer isto, eles também aspiraram os ensinamentos Reformadores relacionados à igreja. Os Batistas devem aceitar as doutrinas da Graça de Deus, mas, ao mesmo tempo, devem rejeitar os ensinamentos Reformados sobre a igreja, os quais não são baseados na Palavra de Deus. Pense a respeito! Uma vez que uma pessoa si chama ‘Reformada’, ela esta verdadeiramente reconhecendo uma conexão no passado com a Igreja Católica, porque os Reformadores vieram desta falsa igreja. Por que os Batistas deveriam procurar identificar-se com a aspersão de crianças, enquanto ensinam a imersão como o correto modo de batismo? É difícil de entender como os Batistas que foram odiados e perseguidos por Calvino, Lutero e outros Reformadores, possam agora querer ser chamados de Reformados. Por que deveriam os Batistas identificarem-se com os Reformadores, os quais juntos aos Católicos são os responsáveis pelo sangue de milhares de mártires Batistas? Chamar uma igreja Batista de Reformada é uma confusão para aqueles que conhecem a Palavra de Deus e um pouco de nossa história. O termo “Batista Reformado” é um oxímoro, um termo auto contraditório. Uma pessoa não pode, ao mesmo tempo, ser Reformada e Batista, após a definição das crenças dos Reformados e dos Batistas nesta mensagem. Para encerrar, Eu quero dizer que as Escrituras, em nenhum lugar, chamou a falsa igreja para uma Reforma. Pelo contrário, as Escrituras dizem no Apocalipse 18:4, “Sai dela, povo meu, para que não sejas participante do seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.”

Tradução: Gustavo Stapait 02/02

Revisão: Calvin G. Gardner 03/02

Fonte :   A Palavra da Cruz


BATISTAS II

PORQUE OS BATISTAS NÃO SÃO PROTESTANTES




Escrito por Daniel A. Chamberlin,  

PORQUE OS BATISTAS NÃO SÃO PROTESTANTES

A reforma protestante do século 16 foi uma benção mista, metade doce, e metade salgada. Os Batistas comemoram muitas das verdades associadas à reforma, tais como, a soberania de Deus em todas as coisas, a justificação somente pela fé, e das exaltadas opiniões à respeito do louvor à Deus. Nós fomos beneficiados por muitos livros feitos pelos escritores Protestantes. Por outro lado, alguns aspectos da Reforma tem sido, sempre, um espinho no caminho dos Batistas. Alguns destes temas se destacam tanto, que não podemos sacrificá-los no altar da unidade, com o único objetivo de cooperar com os Protestantes hoje.
É claro que estes inegociáveis temas merecem um tratamento mais extensivo do que podemos dar aqui. Simplesmente tentaremos considerar, brevemente, seis diferentes áreas, as quais distinguem os Batistas dos Protestantes. Não desejamos menosprezar quaisquer Protestantes, fazendo-lhes uma infeliz caricatura, em geral. Nem nos atreveremos a implicar que todos os Protestantes estão perdidos – tampouco poderíamos nos atrever em dizer, que todos os Batistas estão salvos!

1. Nossa opinião sobre as Escrituras. Enquanto muitos reivindicam em crer na Bíblia como o único manual de fé e ordem, a ênfase Protestante em credos tendem, acima de tudo, em fazer com que esta posição seja enfraquecida. B.B. Warfield chamou a Confissão da Fé de Westminster (daqui em diante CFW)... de: "a cristalização final dos elementos da religião evangélica". Batistas crêem que tal linguagem, deveria apenas ser usada para descrever a Bíblia isoladamente. Uma vez que os Batistas usam confissões de fé como um sumário da verdade bíblica, nós nunca consideramos nada além das Escrituras para ser nosso padrão. Quando em debate, nós preferiríamos dizer: A palavra de Deus diz, do que dizer: Minha confissão diz... Nós não temos um credo senão as Escrituras.
A CWF contém, por si só, abastadas palavras em seu primeiro capítulo, que vão muito além que podemos aceitar, bem como:
"O pleno conselho de Deus, em relação às coisas necessárias para Sua própria glória, salvação do homem, fé e vida, são tão expressamente ditas nas Escrituras, ou até mesmo, por boa e necessária conseqüência, deveriam ser deduzidas à partir das Escrituras."
Esta dedução à partir das Escrituras, abriu as portas à superposição do sistema aliancista sobre as Escrituras. Então são as Escrituras interpretadas pela aliança, ao invés da aliança ser interpretada pelas Escrituras.

2. Nossa opinião sobre as alianças. O Protestantismo admite uma aliança, com várias administrações. Os Batistas vêem alianças distintas. Como em Gálatas. 4:24-26 diz, "porque estas são as duas alianças" Nós vemos algo de novo na nova aliança (ou Novo Testamento). "O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento; não da letra, mas do espírito: porque a letra mata e o espírito vivifica" (II Cor 3:6). "E, por esta causa, Ele é o mediador do Novo Testamento que, por meio da morte para a redenção das transgressões que estavam sob o Primeiro Testamento, os chamados deveriam receber a promessa da herança eterna" (Hebreus 9:15).
Embora acreditemos que os santos do Velho Testamento foram salvos pela pura graça de Deus, sem obra alguma, nós não equacionamos a velha economia (uma economia nacional, étnica e sócio-política-religiosa) com a nova (uma economia espiritual, sem distinções sociais ou nacionalistas, e sem propósitos políticos). Enquanto nós vemos uma continuidade entre a velha e a nova aliança, nós não vemos uma identidade. Há diferenças significantes entre o Velho e o Novo Testamento, embora os propósitos da graça de Deus operem em cada uma deles.
Portanto, nós vemos o Novo Testamento como a palavra final do Velho Testamento, e não vice versa. Ao contrário dos dispensacionalistas e aliancistas, nós nos sustentamos no Novo Testamento, e interpretamos o velho na luz do novo.

3. Nossa opinião sobre a igreja. O Protestantismo trouxe, através de suas raízes no Catolicismo Romano, a mentalidade da sacralização. Se alguém for membro de uma sociedade, ele deve, portanto, ser também um membro da "igreja". À medida que uma linha de distinção entre a igreja e o estado perdeu a nitidez, surgiu o batismo infantil. Estas "igrejas" chegaram a ser intencionalmente compostas de tanto regeneradas quanto não regeneradas. Esforços foram feitos para justificar este erro, com base no ritual da circuncisão do Velho Testamento.
Os Batistas tomam a posição Neo Testamentária de terem somente membros regenerados. Não há um simples caso sequer, dentre os demais no Novo Testamento, de batismo infantil, nem de um batismo de alguém conhecido por ser um ateu. Nós somos gratos por alguns Protestantes admitirem isto. Aqueles que reclamam o contrário, deveriam o fazer em silêncio.
Nós vemos a missão da igreja como primariamente espiritual, não social ou política. Nós estamos mais interessados em proclamar a graça da salvação, do que em promover a graça comum. Nós somos meramente estrangeiros passageiros, cidadãos de um reino celestial. Nossa mensagem nunca foi ‘Salve esta geração’, e sim, ‘Salvai-vos desta geração perversa’ (veja Atos 2:40).
Ademais, crendo que cada igreja seja autônoma, rejeitamos todas as formas de hierarquia na igreja. Nas coisas espirituais, não há suprema corte nesta Terra que seja maior que a assembléia local. Os principais temas das igrejas do Novo Testamento, foram decididos pelos votos dos membros, não por um concilio ou reunião de anciões, presbiterianos, diocesanos, bispos ou arcebispos.
Nós rejeitamos o conceito Protestante de uma igreja universal invisível, e o ecumenismo que naturalmente jorra de tal conceito. Deus certamente conhece todos que a Ele pertencem, e eternamente os vê como um só por Cristo, mas em nossa experiência, nós não seremos uma assembléia ou igreja alguma, até que todos os eleitos de Deus se ajuntem no glorioso céu. Embora cada Cristão esteja na família de Deus e em Seu Reino, a igreja do Novo Testamento é uma assembléia local, e visível.

4. Nossa opinião sobre as ordenações. O batismo e a Ceia do Senhor são ordenanças cristãs e simbólicas dadas às Suas igrejas, não à indivíduos, famílias, nem à sociedade em geral. O batismo é apenas para os que crêem; A Ceia do Senhor é apenas para os Cristãos já batizados. Uma vez que nós não reconheçamos o batismo infantil pela aspersão de água, como um batismo de acordo com as Escrituras, nós obviamente "recusamos da mesa" aqueles que não foram imergidos como crentes. Desde que sejamos responsáveis pelo batismo de um membro nosso, e desde que nós não possamos convidar à mesa aqueles, sobre os quais, não temos a autoridade de disciplinar, também restringimos a mesa apenas aos membros da nossa assembléia local.
Estas ordenanças são simbólicas e não têm eficácia para salvar, nem para trazer graça. Entretanto, A CFW estabelece que, "Há em todos os sacramentos uma relação espiritual, ou uma união sacra, entre o sinal e a coisa significada; pela qual vem a ser verdadeira, que os nomes e os efeitos de um são atribuídos aos outros". Em seu comentário na CWF, A. A. Hodge estabelece: "através do uso correto do símbolo, a graça significada é realmente demonstrada" (p. 329). Novamente, Hodge estabelece: "os sacramentos foram designados para ‘aplicar’, ou seja – comunicar – aos crentes os benefícios da nova aliança" (p. 331). Comentando sobre o batismo, o CWF diz, "pelo correto uso desta ordenança, a graça prometida não é apenas oferecida, mas realmente exibida e conferida pelo Espírito Santo" Para os Batistas, esta linguagem soa alarmante parecida à regeneração batismal.

5. Nossa opinião sobre a conversão. Na luz do que foi dito acima, nós podemos inequivocamente estabelecer que, nós acreditamos que a salvação é uma operação direta do Espírito Santo de Deus. Nenhuma graça de salvação é conferida pelos laços da família, ou através de privilégios nacionais. Os filhos dos Cristãos são tão depravados e perdidos, quanto aos filhos dos que não crêem. A promessa em Atos 2:39 que diz, "Por que a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos" e o versículo não termina ai! O versículo continua e diz: "e a todos que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar."
Deus salva pecadores individualmente, e não famílias coletivamente. O "batismo" infantil e a conceito da aliança com a criança, obscurecem a verdade sobre a regeneração e conversão.

6. Nossa opinião sobre a história da Igreja. Pode se tornar uma surpresa aos Protestantes e Católicos Romanos contemporâneos saberem que, os Batistas não originaram na reforma. Os historiadores mais antigos, até mesmo aqueles opostos aos princípios Batistas, admitem isto; os escritores modernos tendem a ignorar, desconsiderar ou negar isto. Há abundantes evidências para afirmar que as igrejas evangélicas, firmes nas essências da fé, conhecidas por vários nomes, existiram na Europa desde os dias dos Apóstolos até a idade média. A Confissão de Valdenses de 1120, é um exemplo de crença fundamental e evangélica durante aquela época.
Estes Anabatistas, como eles foram ironicamente chamados pelos seus inimigos, foram duramente perseguidos pelo pseudo Cristianismo oficial, qual apostatou com Constantino. Estas pessoas valentes foram nossos antecessores na fé. (É claro que não nos identificamos com algumas seitas realmente hereges que foram erroneamente classificadas junto com estes Anabatistas). Muitos se esqueceram que parte da teologia de Calvino foi moldada por um primo Anabatista. Calvino reconheceu que ele [Calvino] também "em um tempo foi um Valdense" (Leonard Verduin, A Anatomia de um Híbrido, p. 199.)
Quando a reforma chegou, estes Anabatistas, em primeira instancia, deram um suspiro de alivio, mas logo descobriram que os Protestantes podiam perseguí-los tão severamente, recorrendo ao mesmo modelo da igreja/estado, que Roma brutalmente impôs durante séculos. É um fato esquecido da história norte-americana que a primeira emenda da sua Constituição, garantindo a completa liberdade religiosa, chegou a ir contra aos desejos de muitos colonos Protestantes. Os batistas da Virgínia, especialmente John Leland, foram responsáveis por esta emenda constitucional.

C.H. Spurgeon resumiu bem nossa posição:

"Acreditamos que os Batistas são os Cristãos originais. Nossa existência não iniciou-se com a reforma, nós fomos reformistas antes de Luther ou Calvin nascerem; nós nunca viemos da Igreja de Roma, pois nela nunca estivemos, mas nós temos uma ligação ininterrupta aos próprios apóstolos. Nós sempre existimos desde os dias de Cristo, e nossos princípios, algumas vezes são ignorados ou esquecidos, como um rio que tem que percorrer sob o chão por uma curto período, têm tido sempre seguidores honestos e piedosos" (Metropolitan Tabernacle Pulpit, 1861, p.225.)
"[N]ós, conhecidos entre os homens, por todas as idades, por vários nomes, como Donatistas, Novacianos, Paulicianos, Petrobrussianos, Cátaros, Arnoldistas, Hussites, Valdenses, Lollardos e Anabatistas, temos lutado para a pureza da Igreja e sua distinção, e pela sua separação do governo humano. Nossos pais foram homens acostumados com as dificuldades, e não eram preguiçosos. Eles apresentam a nós, seus filhos, uma linha ininterrupta proveniente legitimamente dos apóstolos, não através da sujeira de Roma" (ibid., p. 613.)
Vinte anos depois, Mr. Spurgeon reiterou,
"Muito antes seus Protestantes serem conhecidos como tal, os horríveis Anabatistas, como foram injustamente chamados, eles estiveram protestando para "um só Senhor, uma só fé, e um só batismo." Na mesma hora que a igreja visível começou a afastar-se do verdadeiro Evangelho, estes homens surgiram para permanecerem fieis à verdade dos séculos. ...Às vezes, uma historiador mal intencionado procura nos dar a idéia de que eles tivessem morrido, bem como o lobo tivesse feito seu trabalho na ovelha. Mas, eis somos nós, abençoados e multiplicados" (Metropolitan Tabernacle Pulpit, 1881, p. 249.)
Como conclusão, deixai que seja dito que nós somos gratos a Deus, o qual tem nos mostrando estas coisas. Nós retrucamos qualquer irmão Batista que possa ser muito orgulhoso de si, devido ao seu conhecimento destas verdades. Se Deus nos deu estas verdades, nós devemos recebê-las com humildade.
Nós admitimos que não podemos falar em nome de todos que se dizem Batistas nos dias de hoje. Alguns não concordem conosco. Nós podemos apenas dizer que estes são temas aos quais nossas consciências estão ligadas e sobre quais, não podemos nos comprometer.
Autor: Daniel A. Chamberlin,
Tradução: Gustavo

Fonte :  A palavra da cruz 
Igreja Batista Fundamentalista e Independente

BATISTAS


BATISTAS NÃO SÃO PROTESTANTES

 As pessoas, geralmente, fazem parte de três grandes grupos religiosos. Se não for Judeu ou Católico Romano, automaticamente, considera-se a pessoa um Protestante, não levando em conta outros grupos como o Hindu, o Budista, etc. Assim, conseqüentemente, o Batista é considerado "Protestante". E isto não é a verdade histórica. Os Batistas nunca foram Protestantes.
A Reforma Protestante normalmente é datada de 31 de Outubro de 1517, quando Martinho Lutero afixou suas 95 Teses na porta da Igreja Castelo em Wittenburg, Alemanha. Porém, isto foi somente um de vários atos que levou a uma ruptura com Roma.
Um evento de grande importância, mas muitas vezes não lembrado, é o Segundo Concilio de Speier no dia 25 de abril de 1529. Este Concílio Católico Romano foi feito para tomar ação contra os Turcos e também diminuir o progresso dos Luteranos e outros que não cooperavam com o Papa. Basicamente a reação dos príncipes luteranos era contra as decisões do referido Concílio, um protesto escrito formal condenando certos assuntos aprovados e contrários à fé como os príncipes a entenderam. Assinaram o documento, Elector John de Saxônia, Margrave George de Brandenburgo, os duques Ernest e Francis de Braunschweig-Luneburg, Landgrave Filipe de Hesse, Príncipe Wolfgang de Anhalt, e os representantes de catorze cidades imperiais. O protesto foi desenhado para protege-los das decisões do Concilio. Foi uma medida defensiva. O renomado historiador eclesiástico, Phillip Schaaf, em sua "História da Igreja Cristã," Tomo VII, p. 692 afirma que "A partir deste protesto e apelo os Luteranos foram chamados ‘Protestantes.’" A Enciclopédia Católica, Tomo XII, p. 495 confirma os mesmos escritos.
Estes líderes Luteranos, e alguns Reformados, que fizeram este apelo no famoso Concilio de Speier, protestaram só para si, em seu próprio nome. Não incluíram os Batistas que, deles, aliás afirmaram "Todos os Anabatistas e pessoas rebatizadas, macho ou fêmea, de idade madura, serão julgados e levados da vida natural à morte, por fogo, ou espada ou qualquer outra forma, como pode beneficiar as pessoas, sem julgamento prévio de juizes espirituais." Os Batistas de então não fizeram parte deste protesto e conseqüentemente não podem levar o nome "Protestante" A seguir, três razões porque os Batistas não são Protestantes.



Historicamente Batistas não são Protestantes.

Os Protestantes datam do século 16. São Luteranos, Reformados, e outros que eram Católicos Romanos mas deixaram sua fé católica para começar suas próprias denominações. Os Batistas não saíram de Roma como Lutero, Calvino e Zwingli, porque nunca pertenceram a ela. Não começaram no tempo da Reforma, mas centenas de anos antes. Os Batistas não tentam traçar sua sucessão histórica de volta aos dias dos Apóstolos. Simplesmente dizem que em cada época da história eclesiástica, havia grupos que creram nas mesmas doutrinas que os Batistas crêem hoje. Estes grupos podiam ou não ser ligados uns aos outros, e foram conhecidos por nomes diferentes. Eram os Montanistas (150 d.C.), os Novacianos (240 d. C.), os Donatistas (305 d.C.), os Albigenses (1022 d.C.), os Valdenses (1170 d.C.). O nome genérico "batista" veio a ser bastante usado somente pouco antes da Reforma Protestante. Plena informação histórica recusa a idéia de que havia um único grupo religioso somente, isto é a Igreja Católica Romana, até o tempo de Martinho Lutero. Quem crê assim simplesmente não tem feito um estudo criterioso da história eclesiástica.

Quero introduzir de propósito, o testemunho "não batista" da grande antiguidade do povo Batista. Cardeal Hosius (1504-1579) era um prelado Católico Romano cuja obra vitalícia foi a investigação e supressão de grupos não Católicos. Foi nomeado pelo Papa Paulo IV um dos três presidentes papais do famoso Concílio de Trento. Liderou vigorosamente a obra da contra-reforma. Se alguém conheceu as doutrinas e a história de grupos não Católicos após a Reforma, era o Cardeal Hosius. Ele disse: "Se os Batistas não fossem atormentados e cortados fora com a faca durante estes últimos 1.200 anos, fariam um enxame de maior número que todos os Reformadores." (Cartas Apud Opera, pp. 112, 113). Note cuidadosamente que este erudito autoridade Católica tem falado da ferrenha perseguição que os Batistas agüentaram, e que ele claramente faz distinção entre eles e os reformadores, e que ele os data 1.200 anos antes da Reforma Protestante. 

Também é evidente que os Batistas não eram Protestantes porque foram perseguidos severamente pelos Reformadores Protestantes e seus seguidores. Milhares não contados perderam seus bens, suas terras e suas vidas nestas perseguições. Konrad Grebel morreu na prisão em 1526. Felix Manz foi afogado pelas autoridades em Zurich em 1527. O notável líder Batista Balthauser Hubmaier foi queimado vivo em Viena no dia 10 de março de 1528. Três dias depois, sua esposa morreu afogada, lançada que foi da ponte sobre o Rio Danúbio com uma pedra amarrada ao pescoço. Os fatos afirmam abundantemente a evidência de que historicamente os Batistas não são Protestantes.
Batistas não são Protestantes em sua Doutrina
O ponto de vista de que os Batistas têm a mesma base doutrinária dos Protestantes não é verídica. Há seis diferenças marcantes.
1. Batistas crêem com todo o coração que somente a Palavra de Deus é suficiente para toda a nossa fé e pratica. Lemos em II Tm. 3:16 que "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça.." As denominações Protestantes têm credos, catecismos e vários padrões doutrinarias. Os Batistas usam somente a Bíblia.
2. Batistas crêem que Cristo e somente Cristo é a Cabeça da Igreja como está escrito "Cristo é a cabeça da igreja," Ef. 5:23. Não há um homem sequer que tem a superintendência das Igrejas Batistas. Batistas não têm denominação no sentido de uma organização que controla as congregações locais. Cada igreja local é autônoma e sujeita somente a Cristo, Sua Cabeça. Uma igreja Batista, mesmo confraternizando-se com outras congregações da mesma fé e ordem, não tem matriz ou Santa Sé aqui na terra. Não tem quartel general aqui, mas sim no céu.
3. Batistas crêem de coração numa igreja livre e num estado livre. Cristo ensinou que tanto o estado, como a igreja, tem seu devido lugar. "Daí pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus," Mt. 22:21. Os Batistas são contra a união do Estado com a Igreja. Crêem que a igreja controlada pelo estado é uma desculpa miserável de cristianismo e uma clara apostasia às Escrituras. Todos os Reformadores Protestantes fizeram igrejas estatais para seus seguidores.
4. Os Batistas crêem fortemente na responsabilidade individual a Deus, porque as Escrituras ensinam claramente que "Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus," Rm. 14:12. Um sacerdote não pode se responsabilizar por você, e a igreja também não. Os padrinhos idem. Ninguém é salvo por quilo que os pais crêem. Ninguém é salvo pela identificação com uma religião. Cada um dará conta de si mesmo a Deus. Na sua maioria os Protestantes não crêem nesta doutrina bíblica.
5. O povo Batista também sempre tem crido no batismo da pessoa convertida. Nenhum dos Reformadores creu neste ensino da Bíblia. Nas Escrituras, a fé e o arrependimento sempre precedem o batismo. No dia de Pentecostes, Pedro claramente disse ao povo, "Arrependei-vos...e seja batizado,"At. 2:38. Isto significa evidentemente que não havia batismo infantil porque as crianças não são capazes de arrependimento. Nenhum descrente deve ser batizado. Os Reformadores seguiram Roma no seu ensino sobre batismo. Os Batistas têm se agarrado à doutrina de Cristo e Seus Apóstolos, neste ponto.
6. Os Batistas, baseados nas Escrituras, sempre tem crido numa igreja feita de regenerados, isto é, somente dos que fazem clara profissão de fé. Na igreja apostólica somente os crentes, os que receberam a Palavra de Deus e que tinham se arrependido dos seus pecados podiam ser batizados e fazer parte da igreja, At. 2:41. Não se une à igreja automaticamente ou através de terceiros. Nas Igrejas Batistas de hoje também é assim. Reconsiderando-se estes pontos simples, é mais do que claro concluir que os Batistas não são Protestantes em suas doutrinas.
NA PRATICA OS BATISTAS NÃO SÃO PROTESTANTES
Algumas simples observações indicam que os Batistas diferem radicalmente dos Protestantes em vários pontos. Os Protestantes olham para algum homem como seu Fundador, muitas usando seu próprio nome no nome da Igreja. Os Luteranos vem do Martinho Lutero. Os Reformados de João Calvino. Os Presbiterianos de João Knox. Os Metodistas abertamente dizem que o seu Fundador foi João Wesley. Mas quem fundou as Igrejas Batistas? Eis a pergunta histórica digna de investigação séria. É impossível achar um só homem que deu começo às Igrejas Batistas. Porem, se vamos usar nomes de fundadores humanos, devemos olhar para Pedro, Paulo, Tiago e João etc.
Somos diferentes dos Protestantes, em nosso lugar natalício. Os Luteranos vieram de Alemanha, os Reformados de Suíça e os Paises Baixos, os Presbiterianos de Escócia, os Episcopais de Inglaterra, mas os Batistas teriam que dizer que a sua origem é Jerusalém.
Além disso, o credo dos Batistas não é a Confissão de Augsburg, os Canons de Dort, ou a Confissão de Westminster, mas a simples Palavra de Deus. Assim é impossível identificar os Batistas como Protestantes.

Os Batistas nunca foram ligados aos Protestantes e nunca foram identificados com a Igreja Católica Romana. Antes e depois da Reforma, mantiveram sua identidade e foram fiéis às Escrituras. Os Batistas verdadeiros mantêm os claros ensinos de Jesus e Seus Apóstolos. Por estas doutrinas, dadas por Deus, eles estavam e estão prontos a morrer se for necessário. Hanz Denk, um Batista do século 16 disse, "Fé significa obediência à Palavra de Deus, seja para viver, seja para morrer." Para muitos, era morte. 

Em menos de dez anos, houve 900 execuções de Batistas em Rottenburg nos dias da Reforma. Estas mortes muitas vezes eram ferozes e cruéis. A sentença para um crente Batista, Michael Sateler, reza assim: "Michael Sateler será entregue ao carrasco, que vai levá-lo ao lugar de execução e cortar fora sua língua; ele o jogará numa carroça e duas vezes arrancar a suas carnes com pinças quentes; depois vai levá-lo ao portão da cidade e torturar sua carne da mesma maneira." E assim que Sateler morreu, em Rottenburg 21 de maio de 1527, sua esposa e outras mulheres foram afogadas e muitos
homens foram degolados.
Os Batistas não são Protestantes mas guardam firmemente os preceitos e práticas de Cristo e seus Apóstolos. Os Batistas crêem que a pura Palavra de Deus é autoridade suficiente para tudo. Os Batistas rejeitam todas as tradições e práticas que foram inventadas desde o tempo dos Apóstolos.

Este trabalho escrito em Inglês por Vernon C. Lyons
Tradução por Steve MontgomeryIgreja Batista Independente de Ourinhos
C. P. 278, Ourinhos, S.P.
Novembro 2000

sábado, 29 de agosto de 2015

1° CONCÍLIO ECUMÊNICO - NICÉIA (325)

O Credo de Nicéia

(Encontrado nas atas dos Concílios Ecumênicos de Éfeso e Calcedônia; na Carta de Eusébio de Cesaréia à sua própria igreja; na Carta de Santo Atanásio ao Imperador Joviniano; nas Histórias Eclesiásticas de Teodoreto e Sócrates e algum outro lugar. As variações no texto são absolutamente sem importância).
O Sínodo de Nicéia firmou este Credo:
«Cremos em um só Deus, Pai Todo-Poderoso,
criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor Jesus Cristo,
o Filho de Deus,
unigênito do Pai,
da substância do Pai;
Luz de Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado, não criado,
consubstancial ao Pai;
por quem foram criadas todas as coisas que estão no céu ou na terra.
O qual por nós homens e para nossa salvação, desceu (do céu),
se encarnou e se fez homem.
Padeceu e ao terceiro dia ressuscitou e subiu ao céu.
Ele virá novamente para julgar os vivos e os mortos.
E (cremos) no Espírito Santo.
E quem quer que diga que houve um tempo em que o Filho de Deus não existia,
ou que antes que fosse gerado ele não existia,
ou que ele foi criado daquilo que não existia,
ou que ele é de uma substância ou essência diferente (do Pai),
ou que ele é uma criatura,
ou sujeito à mudança ou transformação,
todos os que falem assim,
são anatematizados pela Igreja Católica e Apostólica.»


Fonte :  Ecclesia Brasil 

OS IRMÃOS DE JESUS, SEGUNDO HISTORIADOES


A lista “Tiago, José, Judas e Simão” lhe diz alguma coisa? Uma dica: não são nomes de apóstolos. Na verdade, de acordo com o Evangelho de Marcos, estes seriam os irmãos de Jesus, que são citados ao lado de pelo menos duas irmãs de Cristo (cujos nomes não aparecem). Os católicos e ortodoxos normalmente interpretam o trecho como uma referência a primos ou parentes mais distantes do mestre de Nazaré, mas o mais provável é que essa visão seja incorreta. A maior parte dos (poucos) indícios históricos indica que Maria e José realmente tiveram filhos depois do nascimento de Jesus.
É claro que, sem nenhum acesso a registros familiares contemporâneos ou evidências arqueológicas diretas, a conclusão só pode envolver probabilidades, e não certezas. “Se a busca do ‘Jesus histórico’ já é difícil, a pesquisa dos ‘parentes históricos de Jesus’ é quase impossível”, escreve o padre e historiador americano John P. Meier no primeiro volume de “Um Judeu Marginal”, série de livros (ainda não terminada) sobre Jesus como figura histórica.
Meier explica que, ao longo da tradição cristã, teólogos e comentaristas do texto bíblico se dividiram basicamente entre duas posições, batizadas com expressões em latim. A primeira é a chamada “virginitas ante partum” (virgindade antes do parto), segundo o qual Maria permaneceu virgem até o nascimento de Jesus, tendo filhos biológicos com seu marido José mais tarde. A segunda,  “virginitas post partum” (virgindade após o parto), postula que Maria não teve outros filhos e até que seu estado de virgem teria sido milagrosamente restaurado após o único parto.
A “virginitas post partum” foi, durante muito tempo, a posição defendida por quase todos os cristãos, diz o historiador — até pelos protestantes, que hoje não se apegam a esse dogma. “Um fato surpreendente, e que muitos católicos e protestantes hoje em dia desconhecem, é que as grandes figuras da Reforma, como Martinho Lutero e Calvino, defendiam a virgindade perpétua de Maria”, escreve ele. Já especialistas católicos modernos, como o alemão Rudolf Pesch, defendem que Maria provavelmente teve outros filhos sem que isso tenha levado a reprimendas diretas do Vaticano.
Jerônimo
Diante das menções claras aos “irmãos e irmãs de Jesus” nos Evangelhos (que inclusive se mostram contrários à pregação dele, chegando mesmo a considerá-lo louco), como a interpretação da “virginitas post partum” prevaleceu?
“Houve três formas de interpretar esses textos”, afirma o americano Thomas Sheehan, estudioso do cristianismo primitivo e professor da Universidade Stanford. “Além de considerar essas pessoas como irmãos biológicos de Jesus, sabemos da posição de Epifânio, bispo do século IV para quem os irmãos eram de um casamento anterior de José. Mas a opinião que prevaleceu foi a de Jerônimo, que era um excelente filólogo [especialista no estudo comparativo de idiomas] e viveu na mesma época. Jerônimo dizia que a palavra grega ‘adelphos’, que nós traduzimos como ‘irmão’, era só uma versão de um termo aramaico que pode ter um significado mais amplo e que pode querer dizer, por exemplo, primo.”
Jerônimo tinha razão num ponto: quando o Antigo Testamento foi traduzido do hebraico para o grego, a palavra “adelphos” realmente foi usada para representar o termo genérico “irmão” (empregado para parentes mais distantes no original). De fato, o hebraico, bem como o aramaico (língua falada pelos judeus do tempo de Jesus na terra de Israel), não tem uma palavra para “primo”. O problema é que há um único caso comprovado de que a palavra hebraica “irmão” tenha tido o significado real de “primo”. Essa única ocorrência está no Primeiro Livro das Crônicas — e mesmo assim o contexto deixa claro que as pessoas em questão não são irmãs, mas primas.
No entanto, o caso do Novo Testamento é diferente, argumenta Meier: não se trata de “grego de tradução”, mas de textos originalmente escritos em grego, nos quais não havia motivo para usar um termo que poderia gerar confusão. O próprio Paulo, autor de várias cartas do Novo Testamento, chama Tiago, chefe da comunidade cristã de Jerusalém após a morte de Jesus, de “irmão do Senhor”, ao escrever para fiéis de origem não-judaica (ou seja, que não sabiam hebraico ou aramaico). De quebra, a Carta aos Colossenses, atribuída a Paulo, usa até o termo grego “anepsios”, que quer dizer “primo” de forma precisa.
Reforçando esse argumento, o escritor judeu Flávio Josefo, ao relatar em grego a morte de Tiago, também o chama de “irmão de Jesus”. E o contexto dos Evangelhos reforça a impressão de que se tratam de irmãos de sangue, argumenta Meier. Os irmãos e a mãe de Jesus são sempre citados em conjunto. Quando Maria e os parentes de Jesus tentam interromper uma pregação, ele chega a pronunciar a polêmica frase “Qualquer um que fizer a vontade do meu Pai celestial é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Para Meier, a frase perderia muito de sua força se o significado real dela se referisse a “meu primo, minha prima e minha mãe”.
Para Geza Vermes, professor de estudos judaicos da Universidade de Oxford (Reino Unido), as próprias narrativas sobre o nascimento de Jesus dão apoio a tese de que Maria e José tiveram outros filhos mais tarde. No Evangelho de Mateus, afirma-se que José não “conheceu” (eufemismo para ter relações sexuais com alguém) sua mulher até que Jesus nascesse. Ainda de acordo com Vermes, em seu livro “Natividade”, é importante notar o uso do verbo grego “synerchesthai”, ou “coabitar”, para falar da relação entre José e Maria. O verbo, quando empregado pelos autores do Novo Testamento, implica sempre relações sexuais entre homem e mulher, diz ele.


Fonte: G1 / Gospel+

domingo, 23 de agosto de 2015

JESUS CRISTO, O SOLUCIONADOR DA BUSCA HUMANA PELO TRANSCENDENTE

O ser humano é um ser religioso por natureza, tendo dentro de sí a necessidade de buscar algo que possa preencher as suas necessidades.  Independente se está no caminho correto ou não, as pessoas tendem a se satisfazerem buscando ter algum tipo de comunhão com o divino.
Com práticas religiosas agradáveis ou não a Deus, o homem e a mulher deixam claro que dentro de sí a uma busca por alguma coisa que satisfaça seus anseios e isso vai muito além de coisas materiais e palpáveis, é real essa busca pelo transcendente.
A religião se fez presente desde os primórdios da humanidade.  Na antiguidade já se podia observar a sede que o ser humano tem na busca de um alívio para sua alma e também para o corpo.
Com o advento da Ciência, alguns sociólogos e outros cientistas tentaram desacreditar da religião, mas isso não teve êxito e o homem por mais moderno que seja, de uma maneira ou outra anseia por uma experiência transcendental, por onde ele de maneira correta ou não se sente protegido, ainda que seja uma proteção aparente.
Sabemos da importância da religião para a sociedade, pois a religião traz para o homem um caminho a seguir.   
Acima de todas as coisas, essa sede que o homem e a mulher tem de uma experiência que o faça esquecer ou aliviar suas dores, há o Deus que criou os céus e a terra, fez todas as coisas para que o homem desfrutasse delas, mas o homem e a mulher, os primeiros habitantes da terra quebraram o laço de comunhão com o Criador por causa da desobediência,e por esse motivo trouxeram inúmeros malefícios para a humanidade, e uma delas essa sensação que algo nos falta, e esse algo que nos falta, só se pode ser preenchido quando buscamos preencher em Deus, da forma correta como o próprio Deus determinou.
Em Jesus o vazio que a humanidade sente pode ser preenchido, e a comunhão tão desejada pode ser restabelecida, pois Jesus é a fonte da vida, e somente através dEle, na experiência de conversão, em se tornar uma nova criatura em Cristo Jesus,  a humanidade pode encontrar o refúgio e o descanso para sua alma.

Edilberto Pereira

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

ANALISANDO IDEOLOGIAS MARIANAS

Segundo um texto de Jesus Espeja, a respeito de Maria no site Franciscano foi exposto as seguintes palavras :  
"-A última noticia que temos de Maria, com certa garantia histórica, é o que encontramos em At 1,14: permanecia em oração com a primeira comunidade cristã, suplicando a vinda do Espírito. Nada dizem os escritos apostólicos sobre os últimos dias e a morte da Virgem. Segundo Jo 19,27, o “discípulo amado” acolhe em sua casa a mãe de Jesus. Embora a intenção principal do evangelista seja mais teológica que histórica, talvez tenha vindo daí a tradição popular: Maria ficou com o “discípulo amado” (que se veio identificando com João) em Patmos, e ali terminou seus dias."
Baseado nesses dois parágrafos do texto que tem por título Maria de Nazaré, quem é esta mulher ?, podemos deduzir que a crença a respeito do procedimento de determinados grupos religiosos, principalmente romanos e ortodoxos, grupos que enfatizam a crença na veneração à mãe de Jesus, na sua ressurreição, são baseadas em crenças populares,(crença podemos dizer que é algo que se acredita ser verdade, a certeza que se tem de alguma coisa). Essas crenças que foram surgindo nos primeiros séculos,  não são ensinos apostólicos, pois o autor do texto diz claramente que é a última notícia que temos de Maria, com certa garantia histórica, é a citação que ela estava reunida em oração juntamente com os discípulos e os demais crentes em Jesus no cenáculo em Jerusalém.
O que os Apóstolos passaram para os seguidores de Cristo, foi a necessidade de um novo nascimento e uma vida santa em Jesus, e em nenhum versículo neotestamentário eles ensinaram alguma coisa que faz com que creiamos na mãe de Jesus como intercessora e de ser ela digna de se prestar culto.  Claramente nos foi passado por Jesus e seus discípulos que nosso culto deve ser direcionado a Deus pela intercessão de seu Filho Amado Jesus Cristo. A nossa fé deve estar embasada nos ensinamentos de Jesus e dos Apóstolos, e não em que acreditamos ser a verdade.
O Apóstolo João, o discípulo amado de Jesus, o qual foi designado pelo próprio Senhor Jesus para cuidar de Maria, em suas cartas  inspiradas pelo Espírito Santo, nada orientou a igreja primitiva a "venerarem" a mãe de Jesus, e nada escreveu à respeito da suposta ressurreição de Maria, eventos esses, baseados em crenças populares, cujas crenças se eram conhecidas do Apóstolo João, não foi incluida nos escritos sagrados, dando-nos assim, à entender que esse evento, ou era desconhecido do Apóstolo, ou se foi verídico nada tem a ver com a salvação que nos é dada somente por Jesus, o filho primogênito de Maria, o primogênito e unigénito de Deus.
Está claro que esses ensinamentos à respeito da mãe de Jesus, são frutos da mente humana,e não dos ensinamentos apostólicos que foram dados a eles diretamente do Senhor Jesus e posteriormente pela  inspiração do Espírito Santo.
O Apóstolo Pedro, que segundo o romanismo foi o primeiro papa da igreja, também nada ensinou à respeito de tais práticas, pois todos os escritores bíblicos fundamentaram seus ensinamentos em Jesus Cristo, e não na sua mãe.
Concordamos que Maria foi uma serva fiel, e bem aventurada, mas não há nenhum texto no novo testamento, mais precisamente nos ensinamentos apostólicos que nos levam a crer nessas crenças à respeito da mãe de Jesus.
Respeitamos a opinião dos crentes nessas suposições, mas temos plena certeza que não são ensinamentos apostólicos, pois as escrituras sagradas nos apontam para Jesus Cristo, o autor e consumador da nossa fé, e nada há nos ensinamentos neotestamentários que nos levam a "veneração" daquela que foi a escolhida por Deus para fazer com que o Deus da glória tomasse a forma humana e habitasse entre os homens.
Lembremo-nos que a única ordem dada por Maria nos escritos bíblicos foi :  "Fazei tudo o que ele vos disser".
A mãe de Jesus ordenou aos serventes que estavam servindo nas bodas de Cana, que obedecessem as ordens de Jesus, e naquele evento, a água foi transformada em vinho, e diz as escrituras que os discípulos de Jesus creram nele.
Assim como os discípulos creram nele,  a nossa fé deve estar em Jesus Cristo, o filho de Deus Pai, que morreu por nós, mas ao terceiro dia ressuscitou, e está assentado à direita de Deus Pai Todo Poderoso intercedendo por nós.
O evento da morte e ressureição de Jesus, e de todo seu ministério terreno, está registrado nas escrituras sagradas para que o homem e a mulher creia no filho de Deus Pai, enquanto que a respeito da morte e ressurreição de Maria nada nos foi escrito pelos Apóstolos do Senhor Jesus, pois o tema central da pregação e ensino dos Apóstolos é o Senhor Jesus, e a Ele toda honra, glória e louvor.  Amém !!!
Nada temos contra a tradição, desde que essa esteja de acordo com os escritos neotestamentários.  Ideologias marianas são fruto da mente humana, e a vontade de Deus para o homem, em como o homem deve agradar a Deus e cultuá-lo, está inserida nas escrituras sagradas. E está claro para todo leitor da palavra de Deus que o culto mariano não é mandamento nem de Jesus, nem dos Apóstolos.  E o que foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, e para que através dos ensinamentos de Jesus e dos Apóstolos possamos agradar a Deus. Certamente seríamos ensinados pelos Apóstolos a respeito de tal doutrina, pois eles provavelmente conviveram com a mãe de Jesus, eles escreveriam a respeito dos eventos da vida de Maria, se essa fosse a vontade de Deus. Percebe-se também que, o que se defende a respeito de acontecimentos na vida de Maria, são fatos ocorridos com outros personagens bíbllicos, como Moisés por exemplo, que os leva a acreditar que tenha ocorrido o mesmo com a mãe de Jesus, mas isso não passa de suposições.  Veneração à Maria é uma tradição que provavelmente surgiu após a era apostólica,  que nem podemos afirmar se tem aguma veracidade ou não.

Edilberto Pereira, baseado no texto de Jesus Espeja

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A PIA DE BRONZE (TIPOLOGIA BÍBLICA)



SUMÁRIO


1 - INTRODUÇÃO ......................................................................   4
2 - Seu nome ...............................................................................  6
3 – Sua posição ..........................................................................   7
4 – Seu tamanho .........................................................................  8
5 – Seu propósito ......................................................................... 9
6 – O significado da pia ............................................................... 11
7 – CONCLUSÃO ........................................................................ 15
8 – BIBILIOGRAFIA ..................................................................... 16

  



1. INTRODUÇÃO

Nesse texto vemos os detalhes da construção, as especificações divinas, no tocante à construção do Tabernáculo. Aqui e em outros textos, vemos vários aspectos dessa construção eminentemente divina. Na primeira parte do nosso texto vemos apenas as características de uma só parte dessa construção, mais especificamente de um único utensílio que Deus ordenara colocar ali, na tenda do Tabernáculo: a pia de cobre, também conhecida como a Bacia de Bronze.
Deus, então, estabeleceu essa peça como um utensílio importante para ornamentar o Tabernáculo antigo, sobre o qual deu especificações muito claras e diretas: teria que ser de cobre e ter uma finalidade específica: os sacerdotes Aarão e seus filhos, que ministravam no Tabernáculo, deveriam ali lavar suas mãos e pés antes de iniciarem qualquer ritual. Ao passar pela pia, estariam limpos para oferecer ao Senhor a sua adoração e a sua ministração, o seu louvor, enfim, exercerem o seu ministério.
O versículo 8 do capítulo 38 também faz referência a essa pia de bronze, esse utensílio importante estabelecido por Deus no mobiliário do Tabernáculo mencionando um grupo de mulheres que viriam a se destacar naquilo que era a vontade de Deus para o Seu Povo.
O nome dessas mulheres não é mencionado, sua procedência, a tribo a que pertenciam. Nenhuma referência biográfica... O importante é que quando houve a ordem de Deus de se colocar a pia naquele lugar, esse grupo de mulheres se apresentou para ajudar, para que a vontade de Deus se concretizasse. Como elas não queriam ficar à margem da grandeza daquilo que estava para acontecer, procuraram aos líderes do Povo de Deus para oferecerem a sua ajuda. 

Era, na Pia de bronze que os sacerdotes lavavam as suas mãos e seus pés antes de entrarem e saírem do Santo Lugar. A Pia foi feito com os espelhos de bronze das mulheres, e enchidas de água, para limpeza constante dos sacerdotes que ministravam na Casa do Senhor.
(Êxodo 30:17-21) "E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Farás também uma pia de cobre com a sua base de cobre, para lavar; e a porás entre a tenda da congregação e o altar; e nela deitarás água. E Arão e seus filhos nela lavarão as suas mãos e os seus pés. Quando entrarem na tenda da congregação, lavar-se-ão com água, para que não morram, ou quando se chegarem ao altar para ministrar, para acender a oferta queimada ao SENHOR. Lavarão, pois, as suas mãos e os seus pés, para que não morram; e isto lhes será por estatuto perpétuo a ele e à sua descendência nas suas gerações. (Êxodo 38:8) Fez também a pia de cobre com a sua base de cobre, dos espelhos das mulheres que se ajuntavam à porta da tenda da congregação."

2. Seu Nome
A palavra "pia" significa um lavador, ou bacia de lavagem que contém água para lavagem. Os sacerdotes judeus foram ordenados a lavar as suas mãos e pés continuamente durante o serviço do tabernáculo.
Material Usado para Fazer a  Pia
A única peça do Tabernáculo sem detalhes das suas dimensões. Feita “dos espelhos das mulheres que se reuniram para servir à porta da tenda da congregação” – Ex 38.8


3. Sua Posição
A pia foi colocada entre a porta do Santo Lugar e o altar.
(1) Ela estava depois do altar (primeiro o sacrifício)
O sacerdote em serviço, que entrava no portão do átrio exterior, tinha à frente o altar onde ele sacrificava como qualquer outro Israelita. Uma vez além do altar ele estava pronto para agir como sacerdote, pois na pia ele se preparou para o serviço de Deus. Então ele poderia ministrar no altar ou no Santo Lugar porque ele estava limpo.
O altar sempre veio primeiro para o sacerdote. Salvação e então o serviço. Deus se aproximou por meio do sangue e da água.
(2) Ela estava antes da porta (lave-se antes de entrar)
Dentro da porta do Santo Lugar haviam vasos que representavam o próprio Deus. Nenhum sacerdote ousaria entrar com qualquer rastro de impureza. " Sede santos como eu sou santo " foi ordenado aos sacerdotes.
(3) Ela vinha logo após a saída do Santo Lugar (lave-se antes de sair)
No átrio exterior tudo era de bronze. Dentro do Santo Lugar tudo era de ouro. Como o sacerdote saía da Presença de Deus após o serviço ele se lavava na pia.

4.  Seu tamanho (Imensurável)
Nenhuma instrução acerca da medida, ou da forma e do tamanho são determinadas sobre a pia. A única coisa mencionada é que tinha uma base (Êx 31:9) o que facilitava o lavar, e foi feita de bronze sólido, sem nenhuma madeira. Também foi feito de espelhos:
Deus deu o tamanho para todos os outros objetos no Tabernáculo, especificando quanto cúbitos deveriam ser eles de altura, comprimento e largura. Mas Ele não especificou o tamanho da pia. Esta é uma característica particular só da pia. Isto manifesta o amor infinito que o Messias deu a nós, que cometemos pecados todos os dias. Neste amor do Messias foi encontrado o Seu batismo, uma forma da imposição de mãos que lava todos nossos pecados. Teria que usar muita água quando os sacerdotes se sujavam enquanto executando seus deveres, a pia sempre deveria ter estado cheia de água. Assim o tamanho da pia dependia desta necessidade. Porque a pia foi feita de bronze, sempre que os sacerdotes se lavavam com sua água, pensavam no juízo pelo pecado.
Ex 38:8 " Fez também a pia de cobre com a sua base de cobre, dos espelhos das mulheres que se reuniam, para servir à porta da tenda da congregação."
- não teve nenhuma vara
Como a pia era transportada não nos é informado. O altar e os outros vasos tinham varas e anéis pelos quais eles eram transportados, mas nada é mencionado sobre a pia. Talvez havia uma borda ao redor da extremidade superior


5. Seu propósito
A pia tinha um grande propósito, lavar e purificar o sacerdote de toda a corrupção.
- Era só  para os sacerdotes
Ninguém em Israel ou de todo o mundo poderia lavar nesta pia. Isso era um privilégio apenas para a tribo de Levi.
- Moisés só lavou uma vez Arão e seus filhos:
Êx 40:11-16 " Então ungirás a pia e a sua base, e a santificarás. Farás também chegar a Arão e a seus filhos à porta da tenda da congregação; e os lavarás com água. E vestirás a Arão as vestes santas, e o ungirás, e o santificarás, para que me administre o sacerdócio. Também farás chegar a seus filhos, e lhes vestirás as túnicas, e os ungirás como ungiste a seu pai, para que me administrem o sacerdócio, e a sua unção lhes será por sacerdócio perpétuo nas suas gerações. E Moisés fez conforme a tudo o que o SENHOR lhe ordenou, assim o fez."
Aqui a palavra "lavarás" significa lavar por completo. Isto foi feito uma única vez por Moisés. Lá foram lavados primeiro seus corpos, e então a sua roupa.
- os sacerdotes lavavam apenas as suas mãos e seus pés.
Ex 30:19-20 " E Arão e seus filhos nela lavarão as suas mãos e os seus pés. Quando entrarem na tenda da congregação, lavar-se-ão com água, para que não morram, ou quando se chegarem ao altar para ministrar, para acender a oferta queimada ao SENHOR.
Certamente as mãos dos sacerdotes ficariam sujas de imediato se depois de lavar eles ministrassem no altar. E também os seus pés (pois eles estavam descalços) ficaria sujo a partir do momento que eles tocassem o chão depois de se lavar.  Então qual era o sentido de lavar os pés e as mãos?
- As Mãos
As mãos, (simbolizam as obras) falam do que eles faziam, o seu ministério, o seu trabalho, tudo eles puseram as mãos era importante, e assim as suas mãos precisavam ser limpas sempre, diariamente. A limpeza inicial só era uma vez acabado, o limpar diariamente era continuamente acabado.
- Os Pés 
Os pés, ( o caminhar) representavam onde eles iam, suas vidas e caminhos. O seu andar tinha que ser um andar santo, assim os seus pés eram sempre  lavados, todos os dias
Material: Feito de bronze estava sempre cheio com a água.
Significado espiritual: O bronze significa o julgamento de todos os pecados da humanidade. Para suportar a condenação de todos os pecados da humanidade, Jesus tomou os pecados do mundo nele Mesmo sendo batizado por João. Como tal, o significado da pia é que nós podemos ser lavados de todos os nossos pecados crendo que todos estes pecados nossos foram passados sobre Jesus com Seu batismo.
Os sacerdotes que serviram no Tabernáculo também lavavam suas mãos e pés na pia antes de entrar no Tabernáculo e assim evitavam sua morte. O bronze se refere ao julgamento de todos os pecados, e a água da pia se refere ao batismo que Jesus recebeu de João e por que Ele tomou os pecados do mundo nele Mesmo. Em outras palavras, a pia diz a nós que Jesus aceitou todos os pecados passados sobre Ele e eliminou a condenação desses pecados. A água na pia se refere, no Antigo Testamento, ao fio azul do Tabernáculo, e no Novo Testamento, o batismo que Jesus recebeu de João (Mateus 3:15, 1 Pedro 3:21).
Então a pia se refere ao batismo de Jesus, e Ele é o lugar onde nós confirmamos nossa fé no fato que Jesus elimina todos nossos pecados, inclusive nossos verdadeiros pecados, e que os eliminou de uma vez por todas pelo batismo que Ele recebeu de João Batista há 2.000 anos atrás.


6. O Significado da Pia de Cobre
A água na Pia de Cobre, como a água no batismo, representa a obra de Cristo ser suficiente de lavar-nos da condenação dos nossos pecados. A água do batismo manifesta como Cristo foi sepultado por nossos pecados e a Sua saída da água como Ele foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai (Rm 6.3-6). Assim “andemos nós também em novidade de vida”!
O fato que a Pia de Cobre era cheia de água e não de sangue representa que a lavagem constante que o povo de Deus necessitava é para ter comunhão e não para ser regenerado repetidamente. O sangue foi posto no Altar dos Holocaustos. A salvação não precisa ser refeita. Mas a água da Pia de Cobre nos ensina da necessidade de purificação constante para sermos aptos a servir e comungar com Deus. Isso se entenda também quando contempla que a Pia era feita dos espelhos das mulheres piedosas.
O fato que a Pia de Cobre foi feita dos espelhos das mulheres que serviram à porta da tenda da congregação deve nos ensinar de Cristo. Como qualquer mulher olha num espelho, e como as mulheres piedosas servindo ao Senhor ao redor da porta da congregação, os que olham à Palavra de Deus, que é como um espelho (Tg 1.23-25), se vêem necessitados a serem lavados repetidamente. Contudo que somos uma vez para sempre justificados pelo sangue de Cristo (I Co 6.11, “E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus”; Hb 10.10, “Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez”), somos purificados continuamente quando confessamos nossos pecados, reivindicando o poder do Seu sangue (I Jo 1.8,9; Sl 51.2, “Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado”; Ef 5.26, “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,”; Sl 119.9; Tt 2.14, “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras”). Assim entendemos como a Pia de Cobre ensina-nos da salvação de Cristo. Aprendemos também o bom proveito de olharmos continuamente à Palavra de Deus (Sl 119.9, “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra”).
Desde que a Pia de Cobre estava entre o Altar dos Holocaustos e o Santuário, somos também ensinados de Cristo. Entre o fato que Cristo é nosso Sacrifício idôneo no Altar dos Holocaustos e a verdade que Ele é o Nosso Grande Sumo Sacerdote ministrando por nós diante de Deus, temos o fato que Cristo, como Sacrifício e Mediador é inteiramente aceitável e santo ou limpo, algo que garante a satisfação do Pai. Se desejar ser aceita diante de Deus, é necessário ser primeiramente lavado pelo sangue de Cristo (Jo 13.8, “Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se Eu te não lavar, não tens parte comigo”. Uma vez lavado os pés, ou seja, regenerado, não é necessário de lavar repetidamente (Jo 13.10). Todavia, se desejar ter comunhão com Deus é necessário ser continuamente lavado pela água da Palavra de Deus (Ef 5.25-27).
As mãos e os pés dos sacerdotes tinham que ser lavados constantemente para não morrerem os Sacerdotes quando entraram na tenda para ministrar nas coisas sagradas, ou para não morrerem quando chegarem ao altar para ministrar, nisso aprendemos da natureza de Jesus Cristo (Ex 30.20, 21). Por Jesus ser divino e, ao mesmo tempo, ser homem sem pecado, Ele é completamente e constantemente limpo - I Pe 2.22, “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano”. A palavra ‘engano’ “dolos” significa no grego engano, traição, deslealdade, cilada astuta, perfídia,  Não há como Nosso Mediador ser pego na iniqüidade e assim ser condenado e morto algo que resultaria em nós ser deixados sem nenhuma salvação.
A lavagem das mãos e dos pés dos sacerdotes era muito importante ao Senhor; a atenção ou desatenção ao deste único detalhe fazia a diferença entre a vida ou a morte dos sacerdotes. Tal atenção de Deus Pai sobre os atributos daqueles que ministravam as coisas sagradas nos ensina várias verdades. Primeiramente a santidade de Deus Pai Quem exige tal lavagem constate é manifesta (I Pe 1.16, “Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”). Em segundo lugar, entendemos a pureza de Cristo Quem é o nosso Mediador entre o homem e Deus (I Pe 2.22) e, finalmente, como o povo de Deus em geral, e o ministrante da Palavra de Deus em particular, devem ser constantemente adentro da Palavra de Deus para manterem-se capazes de entrar e sair da presença de Deus. O salmista nos relembra da necessidade de ser limpos quando diz: “Quem subirá ao monte do SENHOR, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá a bênção do SENHOR e a justiça do Deus da sua salvação”, Sl 24.3-5). Note também como Davi ensina essa verdade pela sua pratica: Sl 26.6, “Lavo as minhas mãos na inocência; e assim andarei, SENHOR, ao redor do teu altar”. Essas três verdades são enfatizadas pela qualificação: “será por estatuto perpétuo” (Ex 30.21).
Cristo não apenas nos lavou dos nossos pecados pelo Seu sangue (At 20.28; Ap 1.5), que foi aspergido no altar dos holocaustos (Hb 9.11-14; 10.10-14), mas Ele mesmo é lavado, ou seja, tem mãos santas e pés santos. Isso quer dizer que Ele é imaculado em tudo que opera e em qualquer lugar que for.
Cristo é qualificado para ser O Sumo Sacerdote dos pecadores arrependidos por ser limpo de todo e qualquer mancha, ruga ou algo irrepreensível (Hb 7.23-27). Se dependermos em Cristo para operar a nossa salvação (as Suas mãos), temos verdadeira esperança, pois o Seu trabalho satisfaz O Santíssimo Deus Pai (Is 53.10, 11; At 2.29-36). Se dependermos em Cristo para ir adiante de nós na presença de Deus (os Seus pés), temos uma verdadeira salvação, pois Cristo está assentado à destra de Deus e é certo que estaremos aonde Ele estiver. (Jo 14.3; 17.24; Hb 10.11-13)
Ez 36:25-27 " Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis."
Ef 5:25-26 " Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra"
NOTA: O grego da palavra "lavar" aqui é o mesmo de "pia".
Jo 15:3 " Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado."
Tito 3:5 "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo"
Hb 10:22 " Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa"
Jo 7:38 " Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre."


7. CONCLUSÃO
Por meio deste estudo, podemos vislumbrar diversos ensinamentos que Deus nos dá através das figuras do Tabernáculo
Assim é hoje em dia com cada ser humano. Todos se contaminaram com o pecado e necessitam ser lavados para poder se aproximar do Deus Santíssimo (Rm 3.23). O autor de hebreus  usa esse símbolo para evocar o ministério purificador do Senhor Jesus. Ele é aquele  que pelo sangue nos lavou dos nossos pecados.  Aqueles, pois, que aceitam para si o sacrifício de Cristo estão limpos e estão incluídos no convite: ¨... aproximemos-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura ¨(Hb.10.22).  



8. BIBLIOGRAFIA

http://inojoza.wordpress.com/os-utensilios-do-tabernaculo-hoje/
http://biblicasimagens.blogspot.com.br//tabernaculo-israelita-deserto.html
BÍBLIA  de Estudo Pentecostal  Almeida Revista Atualizada.
www.jesusnet.org.br/tabernaculo/piadeb.htm 
bjnewlife.org/portuguese/bstudy/tabernacle_study_05.php
bvir.com.br/tabernaculo/tabernaculo_a_pia.htm
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Pesquisa feita  por Maria de Fátima Santos Pereira

    

A BÍBLIA E JESUS

A Bíblia e Jesus !                                      1. Em Gênesis Jesus é: O nosso Criador (Gn 1) e A Semente da mulher. (3:15)...