domingo, 22 de novembro de 2015

DÉBORA, UMA MÃE EM ISRAEL



Quase todos os principais heróis da Bíblia são homens: Abraão, Moisés, Isaías e Jesus. E as heroínas? Vamos aprender um pouco mais sobre uma das mulheres mais poderosas na Bíblia, uma das poucas mulheres que é conhecida como profetiza. Você sabe quem foi ela?


UMA JUÍZA COM FERRÃO DE ABELHA

Antes do estabelecimento da monarquia sob o reinado de Saul, líderes locais chamados shoftim (juízes) serviram como líderes dos israelitas. Essa época ficou conhecida como o período dos Juízes, e a maioria dos juízes era homem, com apenas uma exceção: Débora. Ela é famosa por liderar os israelitas na batalha contra os cananeus no vale de Jezreel, como está escrito no capítulo 4 do livro de Juízes. O nome Débora significa "abelha" em hebraico, uma alusão à ferroada que ela infligiu aos cananeus.

UMA MULHER BÍBLICA EXCEPCIONAL
O mais incrível de Débora são os títulos que ela recebe na Bíblia: "E Débora, mulher profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo" (Juízes 4:4).
Se o fato de Débora - uma mulher - ter servido como juíza já não era suficientemente surpreendente, a Bíblia ainda se refere a ela como profetiza. A palavra hebraica neviah (נביאה), que é o feminino da palavra profeta (navi), é muito rara e aparece apenas cinco vezes em toda a Bíblia. Mas o capítulo seguinte da Bíblia exalta Débora ainda mais: "como mãe em Israel você se levantou" (em b’Yisrael) (Juízes 5:7). É a única vez que esse título aparece na Bíblia, fazendo de Débora uma matriarca verdadeiramente excepcional.

Fonte :  eTeacherBiblical

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

RELAÇÃO DO SENTIDO DA VIDA NA VISÃO DE RUBEM ALVES, COM O FILME ANTES DE PARTIR

O filme nos traz a história de dois homens que tinham estilo diferente de vida, um era abastado, e empresário bem sucedido, e o outro um mecânico que tinha menos recursos, e ambos foram diagnosticados com câncer e tinham pouco tempo de vida.
Dois homens que não se conheciam, vieram a se tornar amigos dentro de um quarto de hospital.
Edward o empresário, o próprio dono do hospital, pôde em seus últimos meses de vida proporcionar ao mecânico Carter, alguns momentos alegres que possivelmente ele não tinha condições financeiras para vivenciar, como por exemplo, conhecer lugares que possivelmente uma pessoa limitada financeiramente como era o caso do mecânico não poderia conhecer,
Enquanto Carter, o mecânico pôde mostrar a Edward, o valor de se ter uma família, e que a família foi seu sustento nas horas da sua dificuldade e provavelmente a sua fé em Deus permitiu que Carter lutasse contra a doença.
Após a morte de Carter, Edward testemunhou diante de muitos que durante os meses de convivência com ele, pôde aprender muita coisa, e que tinha conhecido um amigo, e que esse amigo o ensinara a dar um maior valor no sentido da vida, principalmente em que se refere a família.
Dois homens que não se conheciam, tiveram a oportunidade de proporcionar um ao outro em seus últimos meses de vida a oportunidade de por pouco tempo, serem felizes, embora Carter parecia que tinha sido mais feliz nos seus dias de vida.
Mas o vínculo entre os dois propicia o nascimento de algo mais, que nenhum dos dois estavam contando.  A partir do interesse recíproco, da troca do sofrimento compartilhado com intimidade, ressurge a vida.
O que era para ser simplesmente divertido, é transformador.  Conquistam a chance de se conhecer, de se auto conhecer.  Revisam o passado, transformam o presente.  Deixam de temer o futuro.

Fonte :  Trabalho realizado por Maria de Fátima Santos Pereira, do filme ANTES DE PARTIR.

domingo, 8 de novembro de 2015

O AMOR DE DEUS

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16
Quando analisamos a palavra amou nesse versículo bíblico podemos perceber a profundidade do amor de Deus pela humanidade.
Não estamos diante de um sentimento humano, mas sim o que o Pai Celestial sentiu pela humanidade quando a seu Filho enviou para salvar o homem que dEle se distanciara.
Segundo joseph H. Mayfield em Comentário Bíblico Beacon, a palavra amou em grego é  egapesen, que é o amor que se move pelos interesses dos outros, sem pensar nos próprios interesses.
É um amor que deseja arriscar tudo por alguma vantagem para outra pessoa, que não considera nenhum preço muito alto se outra pessoa puder receber algum benefício.
Que prova de amor Deus deu para a humanidade, para nosso próprio benefício e para que pudessemos ter alguma vantagem, deu o seu Filho unigênito para morrer por todos, e o preço não foi ouro e nem prata que são de alto valor, mas o sangue de Jesus que foi derramado para a remissão dos pecados de nós todos.
Deus pensou na nossa salvação, na nossa reconciliação e deu-nos a maior prova de amor, prova essa que custou um alto preço. 
Podemos perceber também que o Filho amado de Deus Pai, por amor se deu por nós, obedecendo ao Pai e cumprindo assim tudo o que era necessário ser feito para que a humanidade seja reconcilada com o Pai das luzes.
Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo, ao Deus triuno que é grande e poderoso e o seu amor por nós não tem fim.

Fonte :  Bíblia Sagrada
Comentário Bíblico Beacon
Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia

sábado, 7 de novembro de 2015

NOTÍCIAS DO MUNDO CRISTÃO


A luta dos 90.000 padres casados da Igreja católica
Dos sacerdotes casados no último meio século (desde o Concílio Vaticano II, em 1965), se disse que eram desertores. De uma década para cá aparecem como profetas. Em todo o mundo existem cerca de 90.000, dos quais pouco mais de 6.500 são espanhóis. São muitíssimos, se considerarmos que a Igreja romana tinha 413.418 sacerdotes (19.058 na Espanha) no ano passado, além de um grave problema de vocações.
Com o número de católicos que conta o Vaticano (1,214 bilhão), a relação entre pastores e ovelhas (segundo a terminologia usual) é preocupante, de acordo com estimativas do próprio papa Francisco: 2.939 paroquianos por sacerdote e 236.555 por bispo. Essa é a primeira análise do Congresso Internacional da Federação Europeia de Padres Católicos Casados, que acontece neste fim de semana no centro de congressos Fray Luis de León, Guadarrama (Madri).
A Europa é o continente em que mais se vê a crise do catolicismo. “Uma vinha devastada pelos javalis do relativismo”, disse em 2010 o papa emérito Bento XVI. À diminuição das vocações sacerdotais, se junta um decréscimo de 9% dos padres ativos e o envelhecimento dos clérigos restantes (66 anos de média de idade). Os padres casados são a solução, ou melhor, a solução seria decretar o celibato opcional, não obrigatório, como fizeram outras religiões cristãs, e até mesmo abrir o sacerdócio para a mulher, como as igrejas protestantes? Francisco tem essas opções sobre a mesa. Ele mesmo reconheceu que a flexibilização das leis do celibato é uma porta aberta, descartando radicalmente, por outro lado, a ordenação de mulheres. Ele disse isso em abril de 2014, forçado por declarações prévias de seu secretário de Estado, o arcebispo Pietro Parolin, que haviam causado um curioso sobressalto midiático. “O celibato obrigatório não é um dogma da Igreja e pode ser discutido porque é uma tradição eclesiástica”, disse o primeiro-ministro do Papa.
A lei do celibato obrigatório (de forma que a ordenação sacerdotal se torna um impedimento ao casamento) foi promulgada no Segundo Concílio de Latrão, em 1139. Até então, os padres se casavam, e também alguns papas. Embora o Vaticano tenha parecido prestes a abrir uma porta para o celibato opcional, as regras não mudaram. Mas o fizeram dezenas de milhares de sacerdotes, em uma crise que dizimou, ou mais, os efetivos clericais. O debate agora parece inexorável. Os padres casados, no entanto, sofreram um calvário. O sacramento do sacerdócio, como o do matrimônio, é para sempre, de modo que só pode ser anulado caso se demonstre que tramitou com graves defeitos de forma e de fundo. Roma raramente aceita saídas desse tipo, de forma que muitos sacerdotes casados abandonaram o exercício de sua função sem qualquer formalidade e apenas uma minoria decidiu pedir a redução ao laicato.
Em casos raros, o padre casado continuou exercendo como tal, com o consentimento tácito de seu bispo

Pelo celibato opcional

É um processo que leva anos e que nem sempre termina bem. É o que dizem as normas do Vaticano, aprovadas no pontificado de Paulo VI, início da crise, sob o título de ‘Sacerdotalis coelibatus’: “Antes que proponham à Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé a causa da redução ao estado laical com a dispensa das obrigações relacionadas com a ordenação sagrada, os bispos (para os padres) e os superiores maiores (para os religiosos) devem fazer todo o possível durante um tempo adequado para ajudar o solicitante (orator) a superar as dificuldades que tem, tais como, por exemplo, mediante a transferência para outro lugar onde esteja livre de perigos, com o apoio, conforme o caso, de colegas e amigos do solicitante, familiares, médicos e psicólogos. Se tudo isso não der resultado e o solicitante insistir em pedir a licença, devem ser fornecidas as informações necessárias para a questão”.
Em casos raros, o padre casado continuou exercendo como tal, com o consentimento tácito de seu bispo, sempre que houvesse uma comunidade de fiéis que o aceitasse. Há centenas de casos na Espanha. Também há cerca de quinhentos sacerdotes casados responsáveis por paróquias por encargo episcopal. Trata-se de sacerdotes vindos dos países da Europa de Leste, que em suas igrejas — ortodoxas, mas católicas — podem se casar.
O celibato obrigatório não afeta o núcleo da fé e, portanto, pode ser revogado a qualquer momento
Julio Pinillos
O congresso de padres casados, vindos de praticamente todos os países europeus, lida com esses números, mas serve principalmente aos princípios. “O celibato obrigatório é uma norma disciplinar imposta em um momento determinado. Ela não afeta o núcleo da fé e, portanto, pode ser revogada a qualquer momento pelo Papa. De fato, em todas as outras Igrejas cristãs, o celibato, quando existe, é opcional. Ou seja, os sacerdotes ortodoxos, anglicanos e protestantes podem se casar ou permanecer celibatários. Mas na Igreja católica o celibato é obrigatório, ou seja, é uma conditio sine qua non para poder ser sacerdote”, diz Julio Pinillos, casado e, no entanto, aceito como padre em uma comunidade de paroquianos em um bairro de Madri. Pinillo foi presidente da federação internacional de padres casados entre 1993 e 2003.
Na hierarquia eclesiástica manifestaram-se posições diferentes sobre esse triplo objetivo, como constatou o comitê executivo da Federação Internacional de Padres Católicos Casados, (FICCC, da sigla em espanhol) entre 1993 e 1996, quando conseguiu se reunir com bispos e cardeais de diferentes países. Muitos foram os que lhes fecharam a porta, mas foram muitos e importantes os que os “alentaram com palavras de esperança”, dizem em um documento interno. O cardeal Aloísio Lorscheider disse: “Vocês não são desertores, mas pioneiros”; outro cardeal brasileiro, Dom Luciano Mendes de Almeida, afirmou: “Por que esse desperdício de sacerdotes?”; o cardeal Hume (Inglaterra): “Falarei com Roma”; o bispo Pere Casaldáliga, em uma eucaristia em sua casa em São Félix do Araguaia: “Corresponde a vocês defender o celibato opcional, como corresponde a mim defender os pobres do Brasil. Façam isso com dignidade, perseverança e diálogo”, e o bispo Alberto Iniesta (emérito de Madri): “O Evangelho não me autoriza a dizer-lhes que o que estão tentando não seja evangélico. Será um longo caminho. Façam-no a partir e com a comunidade”.
A taxa de aceitação do padre casado, de acordo com as últimas estatísticas publicadas, atinge 80% nos Estados Unidos, 75% na Europa e 73% na Espanha. Além disso, a FICCC, que reúne 34 países de quatro continentes, debate outros princípios, que são objetivos “de importância crescente” nas palavras de Pinillos. “São a defesa do celibato opcional, além da renovação dos ministérios e a procura de uma Igreja servidora do homem de hoje”.
Além do manifesto final aprovado na tarde de domingo, o congresso termina com o lançamento do livro ‘Curas en unas comunidades adultas’, no qual o Moceop (Movimento pelo Celibato Opcional), presidido por Ramón Alario, apresenta alguns marcos de uma história de quase 40 anos. Alario diz: “Com o livro nós fechamos, por enquanto, uma etapa e mostramos o ponto a que chegamos, que não é outro senão aquele do qual, a nosso ver, a evolução dos serviços comunitários nunca deveria ter se afastado: o primado e o papel fundamental da comunidade de fieis acima e além de todas as tarefas que originalmente e teoricamente estão a seu serviço. Não se trata de que com isso renunciamos à reivindicação inicial — o caráter opcional do celibato — que está em nossas origens, mas que a colocamos na perspectiva em que adquire todo o seu sentido de serviço: a comunidade adulta. Aí reside o desafio de uma verdadeira reforma e atualização das nossas igrejas: que haja e existam autênticas comunidades adultas e maduras”.

Fonte :  El País

RECONCILIADOS EM JESUS

Em Jesus somos salvos, perdoados, libertos, restaurados, pois Ele foi enviado pelo Pai, para a salvação da humanidade.
O homem, que por causa dos nossos primeiros pais, ou seja Adão e Eva, por terem entrado pelo caminho da desobediência, perdeu a comunhão com Deus, e essa comunhão só pôde ser restaurada mediante o sacrifício que Jesus fez por nós, morrendo em uma cruz, foi sepultado, mas ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos, andou por 40 dias no meio dos discípulos e ascendeu ao céu, e está assentado à direita de Deus Pai Todo Poderoso.
O Filho Amado de Deus, nasceu à semelhança de Adão, sem pecado, e ao contrário do primeiro homem, trilhou o caminho da obediência, e isso nos trouxe a reconciliação.
Por causa do pecado de um só, todos se tornaram pecadores, mas por causa da obediência de um só, ou seja, de JESUS CRISTO, todos podem ser reconciliados na presença de Deus Pai.
O Pai prometeu que enviaria o seu Santo Espírito por intermédio de seu Filho, e cumpriu a sua promessa no dia de Pentecostes, e ainda hoje, continua derramando sobre à vida de todos os que crêem no sacirifício de Jesus, o Seu Santo Espírito.
A obra realizada por Jesus foi completa, e na cruz, o Filho disse: ESTÁ CONSUMADO.
Jesus consumou a obra que Deus designou à Ele, e hoje podemos desfrutar da sua paz, da sua presença em nosso meio, na pessoa do Espírito Santo, o Consolador que Deus prometeu.
Jesus não nos deixou órfão, o Espírito Santo, que veio  enviado pelo Pai pela intercessão do Filho, está conosco todos os dias até a consumação dos séculos, nos trazendo paz, alegria, nos dando força, nos orientando, nos fortalecendo, e nos dando a certeza que somos filhos de Deus, pois cremos no sacrifício realizado por Jesus na cruz, e que esse sacrifício nos trouxe à reconciliação com o Pai Todo Poderoso, que criou os céus e a terra.
Jesus, o Filho Amado, o salvador da humanidade, o Deus forte e poderoso, o Deus que nos consola e que nos orienta, à Ele toda honra, glória e louvor.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

POR QUE PROTESTANTES ?

O termo protestante, não tem sua orígem no ato da Reforma realizada por Martinho Lutero.
A palavra "protestantismo" tem sua orígem no fato que  se deu em 1529, durante a campanha da Reforma Luterana, a Dieta de Espira (Alemanha) resolveu que não se fariam mudanças religiosas na Alemanha até a reunião de um concílio geral; por conseguinte, católicos e luteranos ficariam nas posições até então assumidas.  Esse decreto provocou o protesto de seis príncipes e catorze cidades imperiais em 19 de abril de 1527.  Daí o nome de "protestantes" que lhes foi dado.
O substantivo "protestante" só entrou em uso no século XVIII, passando a designar todos os cristãos reformados que se opõem a Roma.  Atualmente preferem serem chamados de "evangélicos", como se autodenominavam os reformados do século XVI; tal título, porém, não é exclusivo do protestantismo, pois os católicos também se podem chamar evangélicos, como também, evangélicos podem ser chamados católicos.(1)

Fonte :  Estevão Tavares Bittencourt, OSB, Crenças, Religiões, Igrejas, Seitas, Quem são ?, 8ª edição ampliada e atualizada.
(1) frase acrescentada por Edilberto Pereira

OS PILARES DO PROTESTANTISMO

Somente a Fé. Ao contrário do pensamento moderno, as Escrituras ensinam que o homem é essencialmente mal, e isso qualquer um ancorado na própria realidade pode perceber. Então, como alguém nessa situação de miséria moral e espiritual é declarado inocente diante do Justo Juiz? O protestantismo diz: somente pela fé, ou seja, a justificação vem pela confiança no Cristo Crucificado, naquele que assume toda a nossa culpa e responsabilidade. “O justo viverá pela fé”, disse o profeta hebreu Habacuque ressoado pelo apóstolo Paulo.
Somente a Escritura. A autoridade em matéria de fé do protestante não é a palavra do clérigo, a tradição dos seus avós, a visão do profeta, as resoluções de um concílio, os delírios do vidente, a revelação do carismático, as utopias do revolucionário ou as teorias do cientista social. É tão somente as Sagradas Escrituras, a Palavra do Santo Deus. A Palavra é a autoridade, e não determinada escola de interpretação. O livre exame das Escrituras não significa a livre interpretação ou uma criatividade exegética. Como texto, a Escritura possui uma só mensagem que nos desafia a cada dia.
Somente Cristo. Não há nenhum outro mediador entre Deus e o homem, senão Cristo.  O que liga o homem a Deus não é o sacerdócio do líder religioso, nem a confissão auricular, nem a magia do animista... Todos os homens podem ter o livre acesso a Deus por meio de Jesus Cristo. Todo homem nascido de novo é um sacerdote. O véu do templo já está rasgado!
Somente a Graça. A salvação, entendida como a comunhão eterna com Deus, não é fruto do mérito, do esforço ou das obras humanas. É mérito, esforço e obra apenas e tão somente de Cristo Jesus. A graça é a palavra certa para definir esse novo relacionamento com Deus. É o favor imerecido vindo do Todo Poderoso, o Senhor Soberano que se derrama em misericórdia.
Somente a Deus a Glória. A glória pertence apenas a Ele. Não há líder religioso, político ou militar que mereça as honras que a Deus é devida. Nem os homens virtuosos do passado, nem os virtuosos do presente merecem a exaltação que é dada ao Nome que está acima de todos os nomes.

Fonte :  Teologia Pentecostal - Gutierres Fernandes Siqueira

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

OS PAIS DA IGREJA

Os Santos Padres da Igreja
hamamos de «Padres da Igreja» (Patrística) aqueles grandes homens da Igreja, aproximadamente do século II ao século VII, que foram no Oriente e no Ocidente como que «Pais» da Igreja, no sentido de que foram eles que firmaram os conceitos da nossa fé, enfrentaram muitas heresias e, de certa forma foram responsáveis pelo que chamamos hoje de Tradição da Igreja; sem dúvida, são a sua fonte mais rica. Certa vez disse o Cardeal Henri de Lubac:
«Todas as vezes que, no Ocidente tem florescido alguma renovação, tanto na ordem do pensamento como na ordem da vida – ambas estão sempre ligadas uma à outra – tal renovação tem surgido sob o signo dos Padres.»
Gostaria de apresentar aqui ao menos uma relação, ainda que incompleta, desses gigantes da fé e da Igreja, que souberam fixar para sempre o que Jesus nos deixou através dos Apóstolos.
Em seguida, vamos estudar um pouco daquilo que eles disseram e escreveram, a fim de que possamos melhor conhecer a Tradição. [...]

  1. S. Clemente de Roma (†102), Papa de Roma (88 - 97)
  2. Santo Inácio de Antioquia (†110)
  3. Aristides de Atenas (†130)
  4. São Policarpo de Esmira (†156)
  5. Pastor de Hermas (†160)
  6. Aristides de Atenas (†160)
  7. São Hipólito de Roma (160 - 235)
  8. São Justino (†165)
  9. Militão de Sardes (†177)
  10. Atenágoras (†180)
  11. São Teófilo de Antioquia (†181)
  12. Orígenes de Alexandria (184 - 254)
  13. Santo Ireneu (†202)
  14. Tertuliano de Cartago (†220)
  15. São Clemente de Alexandria (†215)
  16. Metódio de Olimpo (sec.III)
  17. São Cipriano de Cartago (210-258)
  18. Novaciano (†257)
  19. São Atanásio de Alexandria(295 -373)
  20. São Efrém - (306 - 373), diácono, Mesopotânia
  21. São Hilário de Poitiers - bispo (310 - 367)
  22. São Cirilo de Jerusalém, bispo (315 - 386)
  23. São Basílio Magno, bispo (330 - 369) - Cesaréia
  24. São Gregório Nazianzeno - (330 - 379), bispo
  25. São Ambrósio - (340 - 397), bispo, Treves - Itália
  26. Eusébio de Cesaréia (340)
  27. São Gregório de Nissa (340)
  28. Prudêncio (384 - 405)
  29. São Jerônimo ( 348 - 420), presbítero Strido, Itália
  30. São João Cassiano (360 - 407)
  31. São João Crisóstomo - (349 - 407), bispo
  32. São Agostinho - (354 - 430), bispo
  33. Santo Efrém (†373)
  34. Santo Epifânio (†403)
  35. São Cirilo de Alexandria - (370 - 442), bispo
  36. São Pedro Crisólogo - (380 - 451), bispo, Itália
  37. São Leão Magno (400 - 461), papa de Roma - Toscana, Itália
  38. São Paulino de Nola (†431) - Sedúlio (sec V)
  39. São Vicente de Lerins (†450)
  40. São Pedro Crisólogo (†450)
  41. São Bento de Núrcia (480 - 547)
  42. São Venâncio Fortunato (530-600)
  43. São Ildefonso de Toledo (617 - 667)
  44. São Máximo Confessor (580-662)
  45. São Gregório Magno (540 - 604), Papa de Roma
  46. São Ildefonso de Sevilha (†636)
  47. São Germano de Constantinopla - (610-733)
  48. São João Damasceno (675 - 749), bispo, Damasco
Neste capítulo vamos apresentar um pouco daquilo que esses grandes Padres da Igreja escreveram; isto nos ajudará a compreender melhor o que é a Sagrada Tradição da Igreja. Veremos de onde vem a fonte de tudo aquilo que cremos e vivemos na Igreja [...]
São Clemente de Roma (†102), Papa (88-97), foi o terceiro sucessor de São Pedro, nos tempos dos imperadores romanos Domiciano e Trajano (92 a 102). No depoimento de Santo Ireneu “ele viu os Apóstolos e com eles conversou, tendo ouvido diretamente a sua pregação e ensinamento”. (Contra as heresias)
Santo Inácio de Antioquia (†110) foi o terceiro bispo da importante comunidade de Antioquia, fundada por São Pedro. Conheceu pessoalmente São Paulo e São João. Sob o imperador Trajano, foi preso e conduzido a Roma onde morreu nos dentes dos leões no Coliseu. A caminho de Roma escreveu Cartas às igreja de Éfeso, Magnésia, Trales, Filadélfia, Esmirna e ao bispo S. Policarpo de Esmirna. Na carta aos esmirnenses, aparece pela primeira vez a expressão “Igreja Católica”.
Aristides de Atenas († 130) foi um dos primeiros apologistas cristãos; escreveu a sua Apologia ao imperador romano Adriano, falando da vida dos cristãos.
São Policarpo (†156)  foi bispo de Esmirna, e uma pessoa muito amada. Conforme escreve Santo Irineu, que foi seu discípulo, Policarpo foi discípulo de São João Evangelista. No ano 155 estava em Roma com o Papa Niceto tratando de vários assuntos da Igreja, inclusive a data da Páscoa. Combateu os hereges gnósticos. Foi condenado à fogueira; o relato do seu martírio, feito por testemunhas oculares, é documento mais antigo deste gênero (publicado neste livro).
Hermas (†160) era irmão do Papa São Pio I, sob cujo pontificado escreveu a sua obra Pastor. suas visões de estilo apocalíptico. 
Didaquè (ou Doutrina dos Doze Apóstolos) é como um antigo catecismo, redigido entre os anos 90 e 100, na Síria, na Palestina ou em Antioquia. Traz no título o nome dos doze Apóstolos. Os Padres da Igreja mencionaram-na muitas vezes. Em 1883 foi encontrado um seu manuscrito grego.
São Justino (†165), mártir nasceu em Naplusa, antiga Siquém, em Israel; achou nos Evangelhos “a única filo proveitosa”, filósofo, fundou uma escola em Roma. Dedicou a sua Apologias ao Imperador romano Antonino Pio, no ano 150, defendendo os cristãos; foi martirizado em Roma.
Santo Hipólito de Roma (160-235) discípulo de santo Irineu (140-202), foi célebre na Igreja de Roma, onde Orígenes o ouviu pregar. Morreu mártir. Escreveu contra os hereges, compôs textos litúrgicos, escreveu a Tradição Apostólica onde retrata os costumes da Igreja no século III: ordenações, catecumenato, batismo e confirmação, jejuns, ágapes, eucaristia, ofícios e horas de oração, sepultamento, etc.
Melitão de Sardes (†177) foi bispo de Sardes, na Lídia, um dos grandes luminares da Ásia Menor. Escreveu a Apologia, dirigida ao imperador Marco Aurélio.
Atenágoras (†180) era filósofo em Atenas, Grécia, autor da Súplica pelos Cristãos, apologia oferecida em tom respeitoso ao imperador Marco Aurélio e seu filho Cômodo; escreveu também o tratado sobre A Ressurreição dos mortos, foi grande apologista.
São Teófilo de Antioquia (†após 181) nasceu na Mesopotâmia, converteu-se ao cristianismo já adulto, tornou-se bispo de Antioquia. Apologista, compôs três livros, a Autólico.
Santo Ireneu (†202) nasceu na Ásia Menor, foi discípulo de são Policarpo (discípulo de são João), foi bispo de Lião, na Gália (hoje França). Combateu eficazmente o gnosticismo em sua obra Adversus Haereses (Refutação da Falsa Gnose) e a Demonstração da Preparação Apostólica. Segundo são Gregório de Tours (†594), são Irineu morreu mártir. É considerado o “príncipe dos teólogos cristãos”. Salienta nos seus escritos a importância da Tradição oral da Igreja, o primado da Igreja de Roma (fundada por Pedro e Paulo).
Santo Hilário de Poitiers (316-367), doutor da Igreja, foi bispo de Poitiers, combateu o arianismo, foi exilado pelo imperador Constâncio, escreveu a obra Sobre a Santíssima Trindade.
São Clemente de Alexandria (†215) Seu nome é Tito Flávio Clemente, nasceu em Atenas por volta de 150. Viajou pela Itália, Síria, Palestina e fixou-se em Alexandria. Durante a perseguição de Setímio Severo (203), deixou o Egito, indo para a Ásia Menor, onde morreu em 215. Seu grande trabalho foi tentar a aliança do pensamento grego com a fé cristã. Dizia: “Como a lei formou os hebreus, a filo formou os gregos para Cristo”. 
Orígenes (184-254) Nasceu em Alexandria, Egito; seu pai Leônidas morreu martirizado em 202. Também desejava o martírio; escreveu ao pai na prisão: “não vás mudar de idéia por causa de nós”. Em 203 foi colocado à frente da escola catequética de Alexandria pelo bispo Demétrio. Em 212 esteve em Roma, Grécia e Palestina. A mãe do imperador Alexandre Severo, Júlia Mammae, chamou-o a Antioquia para ouvir suas lições. Morreu em Cesaréia durante a perseguição do imperador Décio. 
Tertuliano de Cartago (†220), norte da África, culto, era advogado em Roma quando em 195 se converteu ao Cristianismo, passando a servir a Igreja de Cartago como catequista. Combateu as heresias do gnosticismo, mas se desentendeu com a Igreja Católica. É autor das frases: “Vede como se amam” e “ O sangue dos mártires era semente de novos cristãos”.
São Cipriano (†258) Cecílio Cipriano nasceu em Cartago, foi bispo e primaz da África Latina. Era casado. Foi perseguido no tempo do imperador Décio, em 250, morreu mártir em 258. Escreveu a bela obra Sobre a unidade da Igreja Católica. Na obra De Lapsis, sobre os que apostataram na perseguição, narra ao vivo o drama sofrido pelos cristãos, a força de uns, o fracasso de outros. Escreveu ainda a obra Sobre a Oração do Senhor, sobre o Pai Nosso.
Eusébio de Cesaréia (260-339) bispo, foi o primeiro historiador da Igreja. Nasceu na Palestina, em Cesaréia, discípulo aí de Orígenes. Escreveu a sua Crônica e a História Eclesiástica, além de A Preparação e a Demonstração Evangélicas. Foi perseguido por Dioclesiano, imperador romano.
Santo Atanásio (295-373), doutor da Igreja, nasceu em Alexandria, jovem ainda foi viver o monaquismo nos desertos do Egito,onde conheceu o grande Santo Antão(†376), o “pai dos monges”. Tornou-se diácono da Igreja de Alexandria, e junto com o seu Bispo Alexandre, se destacou no Concílio de Nicéia (325) no combate ao arianismo. Tornou-se bispo de Alexandria em 357 e continuou a sua luta árdua contra o arianismo (Ário negava a divindade de Jesus), o que lhe valeu sete anos de exílio. São Gregório Nazianzeno disse dele: “O que foi a cabeleira para Sansão, foi Atanásio para a Igreja.”
Santo Hilário de Poitiers (316-367), doutor da Igreja, nasceu em Poitiers, na Gália (França); em 350 clero e povo o elegiam bispo, apesar de ser casado. Organizou a luta dos bispos gauleses contra o arianismo. Foi exilado pelo imperador Constâncio, na Ásia Menor, voltando para a Gália em 360, fazendo valer as decisões do Concílio de Nicéia. É chamado o “Atanásio do Ocidente”.Escreveu as obras Sobre a Fé, Sobre a Santíssima Trindade.
Santo Efrém, o Sírio (†373) doutor da Igreja é considerado o maior poeta sírio, chamado de “a cítara do Espírito Santo”. Nasceu em Nísibe, de pais cristãos, por volta de 306, deve ter participado do Concílio de Nicéia (325), segundo a tradição, com o seu bispo Tiago. Foi ordenado diácono em 338 e assim ficou até o fim da vida. Escreveu tratados contra os gnósticos, os arianos e contra o imperador Juliano, o apóstata. Escreveu belos hinos e louvores a Maria.
São Cirilo de Jerusalém (†386), doutor da Igreja, Bispo de Jerusalém, guardião da fé professada pela Igreja no Concílio de Nicéia (325). Autor das Catequeses Mistagógicas, esteve no segundo Concílio Ecumênico, em Constantinopla, em 381.
São Dâmaso (304-384), Papa da Igreja, instruído, de origem espanhola, sucedeu o Papa Libério que o ordenou diácono; obteve do Imperador Graciano o reconhecimento jurisdicional do bispo de Roma. Mandou que S. Jerônimo fizesse uma revisão da versão latina da Bíblia, a Vulgata. Descobriu e ornamentou os túmulos dos mártires nas catacumbas, para a visita dos peregrinos.
São Basílio Magno (329-379), Bispo e doutor da Igreja, nasceu na Capadócia; seus irmãos Gregório de Nissa e Pedro, são santos. Foi íntimo amigo de S. Gregório Nazianzeno; fez-se monge. Em 370 tornou-se bispo de Cesaréia na Palestina, e metropolita da província da Capadócia. Combateu o arianismo e o apolinarismo (Apolinário negava que Jesus tinha uma alma humana). Destacou-se no estudo a Santíssima Trindade (Três Pessoas e uma Essência).
São Gregório Nazianzeno (329-390), doutor da Igreja – nasceu em Nazianzo, na Capadócia, era filho do bispo local, que o ordenou padre; foi um dos maiores oradores cristãos. Foi grande amigo de São Basílio, que o sagrou bispo. Lutou contra o arianismo. Sua doutrina sobre a Santíssima Trindade o fez ser chamado de “teólogo”, que o Concílio de Calcedônia confirmou em 481.
São Gregório de Nissa (†394) foi bispo de Nissa, e depois de Sebaste, irmão de São Basílio e amigo de São Gregório Nazianzeno. Os três santos brilharam na Capadócia. Foi poeta e místico; teve grande influência no primeiro Concílio de Constantinopla (381) que definiu o dogma da SS. Trindade. Combateu o apolinarismo, macedonismo (Macedônio negava a divindade do Espírito Santo) e arianismo.
São João Crisóstomo (354-407) ( = boca de ouro), doutor da Igreja, é o mais conhecido dos Padres da Igreja grega. Nasceu em Antioquia. Tornou-se patriarca de Constantinopla, foi grande pregador. Foi exilado na Armênia por causa da defesa da fé sã. Foi proclamado pelo papa S. Pio X, padroeiro dos pregadores.
São Cirilo de Alexandria (†444) Bispo e doutor da Igreja, sobrinho do patriarca de Alexandria, Teófilo, o substituiu na Sé episcopal em 412. Combateu vivamente o Nestorianismo (Nestório negava que em Jesus havia uma só Pessoa e duas naturezas), com o apoio do papa Celestino. Participou do Concílio de Éfeso (431), que condenou as teses de Nestório. É considerado um dos maiores Padres da língua grega, e chamado o “Doutor mariano”.
São João Cassiano (360-465) recebeu formação religiosa em Belém e viveu no Egito. Foi ordenado diácono por S. João Crisóstomo, em Constantinopla, e padre pelo papa Inocêncio, em Roma. Em 415 fundou dois mosteiros em Marselha, um para cada sexo. São Bento recomendou seus escritos.
São Paulino de Nola (†431) nasceu na Gália (França), exerceu importantes cargos civis até ser batizado. Vendeu seus bens, distribuindo o dinheiro aos pobres, e com sua esposa Terásia passou a viver vida eremítica. Foi ordenado padre em 394, em 409 bispo de Nola.
São Pedro Crisólogo (†450) (= palavra de ouro) bispo e doutor da Igreja – foi bispo de Ravena, Itália. Quando Êutiques, patriarca de Constantinopla pediu o seu apoio para a sua heresia (monofisismo - uma só natureza em Cristo), respondeu: “Não podemos discutir coisas da fé, sem o consentimento do Bispo de Roma”. Temos 170 de suas cartas e escritos sobre o Símbolo e o Pai – Nosso.
Santo Ambrósio (†397), doutor da Igreja, nasceu em Tréveris, de nobre família romana. Com 31 anos governava em Milão as províncias de Emília e Ligúria. Ainda catecúmeno, foi eleito bispo de Milão, pelo povo, tendo, então recebido o batismo, a ordem e o episcopado. Foi conselheiro de vários imperadores e batizou santo Agostinho, cujas pregações ouvia. Deixou obras admiráveis sobre a fé católica.
São Jerônimo (347-420), “Doutor Bíblico” – nasceu na Dalmácia e educou-se em Roma; é o mais erudito dos Padres da Igreja latina; sabia o grego, latim e hebraico. Viveu alguns anos na Palestina como eremita. Em 379 foi ordenado sacerdote pelo bispo Paulino de Antioquia; foi ouvinte de São Gregório Nazianzeno e amigo de São Gregório de Nissa. De 382 a 385 foi secretário do Papa S. Dâmaso, por cuja ordem fez a revisão da versão latina da Bíblia (Vulgata), em Belém, por 34 anos. Pregava o ideal de santidade entre as mulheres da nobreza romana (Marcela, Paula e Eustochium) e combatia os maus costumes do clero. Na figura de São Jerônimo destacam-se a austeridade, o temperamento forte, o amor a Igreja [...].
Santo Epifânio (†403), Nasceu na Palestina, muito culto, foi superior de uma comunidade monástica em Eleuterópolis (Judéia) e depois, bispo de Salamina, na ilha de Chipre. Batalhou muito contra as heresias, especialmente o origenismo.
Santo Agostinho (354-430), Bispo e Doutor da Igreja - Nasceu em Tagaste, Tunísia, filho de Patrício e S. Mônica. Grande teólogo, filósofo, moralista e apologista. Aprendeu a retórica em Cartago, onde ensinou gramática até os 29 anos de idade, partindo para Roma e Milão onde foi professor de Retórica na corte do Imperador. Alí se converteu ao cristianismo pelas orações e lágrimas, de sua mãe Mônica e pelas pregações de S. Ambrósio, bispo de Milão. Foi batizado por esse bispo em 387. Voltou para a África em veste de penitência onde foi ordenado sacerdote e depois bispo de Hipona aos 42 anos de idade. Foi um dos homens mais importantes para a Igreja. Combateu com grande capacidade as heresias do seu tempo, principalmente o Maniqueísmo, o Donatismo e o Pelagianismo, que desprezava a graça de Deus. Santo Agostinho escreveu muitas obras e exerceu decisiva influência sobre o desenvolvimento cultural do mundo ocidental. É chamado de “Doutor da Graça”. São Leão Magno (400-461) - Papa e Doutor da Igreja - nasceu em Toscana, foi educado em Roma. Foi conselheiro sucessivamente dos papas Celestino I (422-432) e Xisto III (432-440) e foi muito respeitado como teólogo e diplomata. Participou de grandes problemas da Igreja do seu tempo e pôde travar contato pessoal e por cartas com Santo Agostinho, São Cirilo de Alexandria e São João Cassiano, que o descrevia como “ornamento da Igreja e do divino ministério”. Deixou 96 Sermões e 173 Cartas que chegaram até nós. Participou ativamente na elaboração dogmática sobre o grave problema tratado no Concílio de Calcedônia, a condenação da heresia chamada monofisismo. Leão foi o primeiro Papa que recebeu o título de Magno (grande). Em sua atuação no plano político, a História registrou e imortalizou duas intervenções de São Leão, respectivamente junto a Átila, rei dos Hunos, em 452, e junto a Genserico, em 455, bárbaros que queriam destruir Roma.
São Vicente de Lérins (†450) Depois de muitos anos de vida mundana se refugiou no mosteiro de Lérins. Escreveu o seu Commonitorium, “ para descobrir as fraudes e evitar as armadilhas dos hereges”.
São Bento de Núrcia (480-547) nasceu em Núrcia, na Úmbria, Itália; estudou Direito em Roma, quando se consagrou a Deus. Tornou-se superior de várias comunidades monásticas; tendo fundado no monte Cassino a célebre Abadia local. A sua Regra dos Mosteiros tornou-se a principal regra de vida dos mosteiros do ocidente, elogiada pelo papa S. Gregório Magno, usada até hoje. O lema dos seus mosteiros era “ora et labora”. O Papa Pio XII o chamou de Pai da Europa e Paulo VI proclamou-o Patrono da Europa, em 24/10/1964.
São Venâncio Fortunato (530-600) nasceu em Vêneto na Itália, foi para Poitiers (França). Autor de célebres hinos dedicados à Paixão de Cristo e à Virgem Maria, até hoje usados na Igreja.
São Gregório Magno (540-604), Papa e doutor da Igreja - Nasceu em Roma, de família nobre. Ainda muito jovem foi primeiro ministro do governo de Roma. Grande admirador de S. Bento, resolveu transformar suas muitas posses em mosteiros. O papa Pelágio o enviou como núncio apostólico em Constantinopla até o ano 585. Foi feito papa em 590. Foi um dos maiores papas que a Igreja já teve. Bossuet considerava-o “modelo perfeito de como se governa a Igreja”. Promoveu na liturgia o canto “gregoriano”. Profunda influência exerceram os seus escritos: Vida de São Bento e Regra Pastoral, usado ainda hoje.
São Máximo, o confessor (580 - 662) nasceu em Constantinopla, foi secretário do imperador Heráclio, depois foi para o mosteiro de Crisópolis. Lutou contra o monofisismo e monotelismo, sendo preso, exilado e martirizado por isso. Obteve a condenação do monotelismo no Concílio de Latrão, em 649.
Santo Ildefonso de Sevilha (†636) doutor da Igreja. Considerado o último Padre do ocidente. Bispo de Sevilha, Espanha desde 601. Em 636 dirigiu o IV Sínodo de Toledo. Exerceu notável influência na Idade Média com os seus escritos exegéticos, dogmáticos, ascéticos e litúrgicos.
São Germano de Constantinopla - (610-733) Bispo - Patriarca de Constantinopla (715-30), nasceu em Constantinopla ao final do reinado do imperador Heracleo (610-41); morreu em 733 ou 740. Filho de Justiniano, um patriciano, Germano dedicou seus serviços à Igreja e começou como clérigo na catedral de Metrópolis. Logo depois da morte de seu pai que havia ocupado vários altos cargos de oficial, pelas mãos do sobrinho de Herácleo, Germano se consagrou bispo de Chipre, o ano exato, porém, de sua elevação é desconhecido.
São João Damasceno (675-749) Bispo e Doutor da Igreja - É considerado o último dos representantes dos Padres gregos. É grande a sua obra literária: poesia, liturgia, filo e apologética. Filho de um alto funcionário do califa de Damasco, foi companheiro do príncipe Yazid que, mais tarde o promoveu ao mesmo encargo do pai, ministro das finanças. A um determinado tempo deixou a corte do califa e retirou-se para o mosteiro de São Sabas, perto de Jerusalém. Tornou-se o pregador titular da basílica do Santo Sepulcro. Enfrentou com muita coragem a heresia dos iconoclastas que condenavam o culto das imagens. Ficaram famosos os seus Três Discursos a Favor das Imagens Sagradas.

Fonte :  Ecclesia

CONCEPÇÃO DE MARIA SEGUNDO ORTODOXOS



Concepção de Maria por Santa Ana

Santa Ana, a mãe da Virgem Maria, era a filha mais nova de Nathan, sacerdote da cidade de Belém, descendente da tribo de Levi. Ela casou-se com São Joaquim (09 de setembro), que era natural da Galileia. Por um longo tempo Ana não tinha filhos, mas depois de 20 anos, através da oração fervorosa de ambos os cônjuges, um anjo do Senhor anunciou-lhes que eles seriam os pais de uma filha, que iria trazer bênçãos para toda a raça humana.

A Igreja Ortodoxa não aceita o ensinamento de que a Mãe de Deus foi dispensada das consequências do pecado ancestral (morte, a corrupção, o pecado, etc) no momento de sua concepção, em virtude dos futuros méritos de seu Filho. Somente Cristo nasceu perfeitamente santo e sem pecado, como Santo Ambrósio de Milão ensina no Capítulo Dois de seus Comentários do Evangelho de São Lucas:

“A Santa Virgem era como todos os outros em sua mortalidade, e na submissão à tentação, apesar de não ter cometido pecados pessoais. Ela não era uma criatura divinizada, diferente do resto da humanidade. Se esse fosse o caso, não teria sido verdadeiramente humana, e a natureza que Cristo tomou a partir dela não teria sido verdadeiramente humana também. E se Cristo realmente não partilhasse da nossa natureza humana, então a possibilidade da nossa salvação estaria em dúvida”.

A Concepção da Virgem Maria por Santa Ana teve lugar em Jerusalém.

Fonte :  Lecionário Ortodoxo

COMENTÁRIO, SANTO AMBRÓSIO, BISPO DE MILÃO (SÉC. IV)



Esforça-te também tu em ser pedra. E, assim, não busques a pedra fora de ti, mas dentro de ti. Tua pedra é a tua ação; tua pedra é o teu espírito. Sobre esta pedra se edifique a tua casa, para que nenhuma tempestade dos maus espíritos possa tirá-la, tua pedra é a fé; a fé é o fundamento da Igreja. Se és pedra, estarás na Igreja, porque a Igreja está fundada sobre a pedra. Se estás na Igreja, as portas do inferno não prevalecerão sobre ti: as portas do inferno são as portas da morte, e as portas da morte não podem ser as portas da Igreja.

Porém, o que são as portas da morte, a saber, as portas do inferno, senão as diversas espécies de pecados?... Porém, Deus tem poder de abrir-te as portas da morte, para que proclames seus louvores nas portas da filha de Sião. Quanto às portas da Igreja, estas são as portas da castidade, as portas da justiça, que o justo acostume a abri-las: "Abre-me", diz, "as portas da justiça, e, tendo passado por elas, louvarei ao Senhor".

Mas, como a porta da morte é a porta do inferno, a porta da justiça é a porta de Deus; pois eis aqui a porta do Senhor, os justos entrarão por ela. Por isso, foge da obstinação no pecado, para que as portas do inferno não triunfem sobre ti; porque, se o pecado se apropria em ti, triunfou a porta da morte. Portanto, foge das brigas, divergências, das estrondosas e tumultuosas discórdias, para que não chegues a transpassar as portas da morte. 

Pois o Senhor não quis ao princípio ser proclamado, para que não se levantasse nenhum tumulto. Exortava aos seus discípulos que não dissessem a ninguém: "O Filho do homem vai padecer muito, ser rejeitado pelos anciãos, os príncipes dos sacerdotes e os escribas, ser morto e ressuscitar ao terceiro dia".Talvez o Senhor acrescentou isto porque sabia que seus discípulos dificilmente haviam de crer em sua paixão e em sua ressurreição. Por isso preferiu ele mesmo afirmar sua paixão e sua ressurreição, para que nascesse a fé do fato e não da discórdia do anúncio. Então Cristo não quis glorificar-se, pois desejou aparecer sem glória para padecer o sofrimento; e tu, que nasceste sem glória, queres glorificar-te? Pelo caminho que Cristo percorreu é por onde tu deves de caminhar. 

Santo Ambrósio, Bispo de Milão (séc. IV)


Fonte :  Lecionário Ortodoxo

PÁIS DA IGREJA

ORÍGENES
(c. 185-253), sacerdote e teólogo

Antologia

«Se conseguir, nem que seja tocar-Lhe nas vestes, ficarei curada»
Homilias sobre o Levítico, nº 4
A propósito do oferecimento dos primeiros frutos da terra, a Lei dizia: “Tudo o que nele tocar tornar-se-á santo” (Lv 6, 11). Cristo imolado é o sacrifício único e perfeito, simbolizado e prefigurado por todos os sacrifícios da Antiga Lei. Aquele que toca a carne deste sacrifício fica imediatamente santificado; se estiver impuro, fica purificado; se estiver ferido, o ferimento é curado. Foi o que compreendeu a mulher que sofria de um fluxo de sangue. […] Porque compreendeu que estava verdadeiramente em presença da carne do Santo dos Santos, aproximou-se. Não se atreveu a tocar na própria carne, porque ainda não tinha compreendido o que é a perfeição; mas tocou nas franjas das vestes que tocavam naquela carne santíssima. E, porque lhes tocou com fé, “saiu uma força” da humanidade de Cristo, que a purificou da sua impureza e a curou da sua maldade. […]
Não te parece, pois, que este texto da Lei deve ser entendido da seguinte maneira: se alguém tocar na carne de Jesus com as disposições que referimos, se, cheio de fé e de obediência, se aproximar de Jesus como do Verbo encarnado, esse toca a verdadeira carne do sacrifício e é santificado.
 
 
«Os seus exércitos, servidores dos seus desejos» (Sl 102, 21)
Homilias sobre Ezequiel I, 7
Os anjos descem sobre aqueles que devem ser salvos. "Os anjos subiam e desciam por cima do Filho do homem" (Jo 1,51) e "aproximaram-se dele e o serviam" (Mt 4,11). Ora os anjos descem porque Cristo desceu primeiro; receavam descer antes que o Senhor dos exércitos celestes e de todas as coisas (Col 1,16) o tivesse ordenado. Mas, quando viram o Príncipe do exército celeste habitar na terra, então, por esse caminho que tinha sido aberto, sairam atrás do seu Senhor, obedecendo à vontade daquele que os repartiu como guardas dos que acreditam no seu nome.
Ontem, tu estavas sob a dependência do demônio; hoje, estás sob a de um anjo. "Guardai-vos, diz o Senhor, de desprezar qualquer destes pequeninos" que estão na Igreja, "porque, em verdade vos digo, os seus anjos vêem constantemente a face de meu Pai que está nos céus". Os anjos dedicam-se à tua salvação, declararam-se ao serviço do Filho de Deus e dizem entre si: "Se Ele desceu num corpo, se se revestiu de carne mortal, se suportou a cruz, se morreu por todos os homens, porque havemos de repousar, sim, porque nos havemos de poupar? Vamos, todos os anjos, desçamos do céu!" Foi por isso que, quando Cristo nasceu, havia "uma multidão do exército celeste louvando e glorificando a Deus" (Lc 2,13).
 
 
«A pérola de grande valor»
Comentário ao evangelho de Mateus, 10, 9-10
Ao homem «que procura belas pérolas», é preciso aplicar a parábola seguinte: «Procurai e achareis» e «Aquele que procura, encontra» (Mt 7, 7-8). Com efeito, a que se pode referir «procurai» e «quem procura, encontra»? Digamo-lo sem hesitar: às pérolas, e particularmente à pérola adquirida pelo homem que tudo deu e tudo perdeu. Por causa desta pérola, Paulo disse: «Aceitei perder tudo para ganhar Cristo» (Fil 3,8). Pela palavra «tudo» ele entende as belas pérolas, e por «ganhar Cristo» a única pérola grandemente valiosa.
Preciosa, seguramente, é a lâmpada para aqueles que estão nas trevas e da qual têm necessidade até ao nascer do sol. Preciosa também a glória resplandecente no rosto de Moisés (2Cor 3,7) e também, creio eu, no rosto dos outros profetas. Ela é bonita de se ver porque ela nos ajuda a prosseguir até que possamos contemplar a glória de Cristo, da qual o Pai dá testemunho dizendo: «Este é o meu Filho muito amado em quem pus toda a minha complacência» (Mt 3,17). «Comparada com esta glória eminentemente superior, desvaneceu-se a glória do primeiro ministério» (2 Cor 3,10). Tínhamos necessidade num primeiro tempo de uma glória susceptível de desaparecer frente à «glória que ultrapassa tudo», como tínhamos necessidade «de um conhecimento parcial» que «desaparecerá quando vier o que é perfeito» (1 Cor 13,9s).
Assim, toda a alma que está ainda na infância e caminha «para a perfeição dos adultos» (Hb 6,1) precisa de ser ensinada, envolvida, acompanhada até que se instaure nela «a plenitude dos tempos» (Gal 4,4) ... No fim, ela alcançará a sua maioridade e receberá o seu património: a pérola grandemente valiosa, «o que é perfeito e que faz desaparecer o que é parcial» (1Cor 13,10). Ela alcançará esse bem que ultrapassa tudo: o conhecimento de Cristo (Fil 3,8). Mas muitos não compreendem a beleza das numerosas pérolas da Lei e do «conhecimento parcial» divulgado por todos os profetas; imaginam erradamente que sem a Lei e os profetas perfeitamente compreendidos poderão encontrar a única pérola de grande valor ...: a compreensão plena do Evangelho e todo o sentido dos actos e das parábolas de Jesus Cristo.
 
 
«Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João
e levou-os só a eles a um monte elevado»
(Mc 9,2): S. Tiago, testemunha da luz
Nem todos os que contemplam Cristo são igualmente iluminados por ele, mas cada um na medida que pode receber a luz. Os olhos do nosso corpo não são igualmente iluminados pelo sol; quanto mais subimos a lugares elevados, quanto mais alto contemplamos o nascer do sol, melhor nos apercebemos da luz e do calor. Igualmente o nosso espírito, quanto mais subir e se elevar para perto de Cristo, mais próximo se lhe oferecerá a luz da sua claridade, mais magnificamente e mais brilhantemente será alumiado pela sua luz. O Senhor disse de si próprio pelo profeta: «Aproximai-vos de mim, e eu me aproximarei de vós» (Zac 1,3) ...
Portanto não vamos todos a ele do mesmo modo, mas cada qual «segundo as suas próprias capacidades» (Mt 25,15). Se é com as multidões que vamos a ele, ele alimenta-nos em parábolas para que não enfraqueçamos de privação no caminho. (Mc 8,3). Se permanecemos a seus pés sem cessar, preocupando-nos apenas em ouvir a sua palavra, sem nunca nos deixarmos perturbar pelos múltiplos cuidados das obrigações (Lc 10,38s) ...; sem dúvida alguma que aqueles que se aproximam assim dele recebem muito mais a sua luz.
Mas se, como os apóstolos, sem nunca nos afastarmos, «permanecemos constantemente com ele em todas as suas provações» (Lc 22,28), então ele explica-nos em segredo o que disse às multidões, e é ainda com mais claridade que nos ilumina (Mt 13,11s). Enfim, se ele acha alguém capaz de subir com ele à montanha, como Pedro, Tiago e João, esse não é iluminado somente pela luz de Cristo, mas pela voz do próprio Pai.
 
 
«Segue-me»
Homilias sobre os Números, nº 17
Balaão tinha profetizado: «Como são formosas as tuas moradas, ó Jacob, e as tuas tendas, Israel» ( Nm 24,5). Aqui, Jacob é o símbolo dos homens perfeitos em acções e em obras, e Israel, daqueles que buscam a sabedoria e o conhecimento... Daquele que cumpriu todo o seu dever e atinge a perfeição das obras, dir-se-á que essa perfeição das obras é a sua morada, a sua bela casa. Pelo contrário, para os que trabalham na sabedoria e no conhecimento, não há termo para os seus esforços — pois onde está o limite da Sabedoria de Deus? Quanto mais nos aproximarmos dela, mais profundidade lhe descobriremos; quanto mais a escutarmos, melhor entenderemos o seu carácter inefável e incompreensível; pois a sabedoria de Deus é incompreensível e inestimável. A estas pessoas, portanto, que avançam no caminho da sabedoria de Deus, Balaão não gaba as suas casas, pois não chegaram ao termo da viagem, mas admira as tendas com as quais se deslocam sempre e progridem sempre...
Quem faz progresso no conhecimento das coisas de Deus e adquire alguma experiência nesse domínio sabe-o bem: apenas chegado a qualquer conclusão, a qualquer compreensão dos mistérios espirituais, a alma descansa aí, como sob uma tenda; e depois de ter descoberto outras regiões a partir das suas primeiras descobertas..., dobrando a sua tenda de qualquer maneira, acampa mais acima e aí estabelece, por um momento, a morada do seu espírito... É assim que, sempre «lançada para diante» (Fl 3,13), ela avança como os nómadas com as suas tendas. Nunca chega o momento em que a alma incendidada pelo fogo do conhecimento de Deus se pode dar tempo para repousar; ela vai-se sempre lançando do bem para o melhor, e do melhor para o mais alto.
 
 
«O que pedirdes em meu nome Eu o farei,
de modo que, no Filho, se manifeste a glória do Pai»
A Oração, 31
Quer-me parecer que quem se dispõe a orar deverá recolher-se e procurar preparar-se um pouco para conseguir ficar mais atento, mais concentrado no todo da sua oração. Deve também afastar do seu pensamento a ansiedade e a perturbação, e esforçar-se por lembrar a grandeza de Deus de quem se aproxima, pensar também que será ímpio se a Ele se apresentar sem a necessária atenção, sem algum esforço, mas com uma espécie de à vontade; deve, enfim, rejeitar todos os pensamentos excêntricos.
Ao começar a oração, devemos apresentar, digamos, a alma antes das mãos, erguer a Deus o espírito antes dos olhos, libertar o espírito da terra antes de o elevarmos para o oferecer ao Senhor do universo, depor, enfim, quaisquer ressentimentos por ofensas que cremos ter sofrido, se de facto desejamos que Deus esqueça o mal cometido contra Ele próprio, contra os nossos semelhantes, ou contra a boa razão.
Dado que podem ser muitas as atitudes do corpo, o gesto de erguer as mãos e os olhos aos céus deve claramente ser preferido a todos os outros, para assim exprimirmos no corpo a imagem das disposições da alma durante a oração [...], mas as circunstâncias podem por vezes levar-nos a rezar sentados [...] ou mesmo deitados [...]. No que diz respeito à oração de joelhos, esta torna-se necessária sempre que acusamos os nossos pecados perante Deus, e Lhe suplicamos que deles nos cure e nos absolva. Essa atitude é o símbolo da humilhação e da submissão de que fala Paulo, quando escreve: «É por isso que eu dobro os joelhos diante do Pai, do qual recebe o nome toda a família, nos céus e na terra» (Ef 3, 14-15). Trata-se da genuflexão espiritual, assim chamada porque todas as criaturas adoram a Deus no nome de Jesus e humildemente a Ele se submetem. O apóstolo Paulo parece fazer uma alusão a isso quando diz: «Para que, ao nome de Jesus, se dobrem todos os joelhos, os dos seres que estão no céu, na terra e debaixo da terra» (Fl 2,10).
 
 
«Eu sou a luz, vim ao mundo para que aquele que crê em mim não permaneça nas trevas»
Homilias sobre o Génesis, 1, 5-7
Cristo é «a luz do mundo» (Jo 8, 12) e Ele ilumina a Igreja com a sua luz. E, tal como a lua recebe a sua luz do sol a fim de iluminar a noite, assim também a Igreja, recebendo a luz de Cristo, ilumina todos aqueles que se encontram na noite da ignorância... É pois Cristo que é «a verdadeira luz que ilumina todo o homem vindo a este mundo» (Jo 1,9), e a Igreja, recebendo a sua luz, torna-se, ela própria, luz do mundo, «iluminando aqueles que caminham nas trevas» (Rom 2,19), de acordo com esta palavra de Cristo aos seus discípulos: «Vós sois a luz do mundo» (Mt 5,14). Do que se conclui que Cristo é a luz dos apóstolos, e os apóstolos, por sua vez, a luz do mundo.]

 
 
«Procuravam, então, prendê-lo, mas ninguém Lhe deitou a mão, porque ainda não chegara a Sua hora»
Comentário a S. João, 19,12
Procurar Jesus é muitas vezes um bem, porque é o mesmo que procurar o Verbo, a verdade e a sabedoria. Mas vocês vão dizer que as palavras “procurar Jesus” são por vezes pronunciadas a propósito dos que lhe querem mal. Por exemplo: “Procuravam, então, prendê-lo, mas ninguém Lhe deitou a mão, porque ainda não chegara a Sua hora”. “Eu sei que sois a descendência de Abraão, mas vós procurais matar-me porque a Minha palavra não tem cabimento em vós” (Jo 8,37). “Mas vós procurais matar-me, a Mim que vos disse a verdade que ouvi a Deus!” (Jo 8,40).
Estas palavras… não se opõem a esta outra: “Quem procura encontra” (Mt 7,8). Existem sempre diferenças entre os que procuram Jesus: nem todos O procuram sinceramente para a sua salvação e para obter a Sua ajuda. Há homens que O procuram por inumeráveis razões muito longínquas do bem. É por isso que só os que O procuraram de coração sincero encontraram a paz, aqueles de quem se pode verdadeiramente dizer que procuram o Verbo que está com Deus (Jo 1,1), para que Ele os leve a Seu Pai…
Ele ameaça ir-se embora se não é acolhido: “Eu vou-me embora: vós haveis de Me procurar” (Jo 8,21)… Ele sabe de quem se afasta e junto de quem permanece sem ser ainda encontrado, para que se O procuram O encontrem no tempo favorável.
 
 
«Donde me vem esta graça de
que a mãe do meu Senhor venha até mim?»
7ª homilia sobre S. Lucas
"Tu és bendita entre as mulheres e o fruto do teu ventre é bendito. Donde me vem esta graça de que a mãe do meu Senhor venha até mim?" Estas palavras: "Donde me vem esta graça?" não são sinal de ignorância como se Isabel, toda cheia do Espírito Santo, não soubesse que a mãe do Senhor tinha vindo até ela de acordo com a vontade de Deus. Eis o sentido das suas palavras: "Que fiz eu de bom? Em que é que as minhas obras são tão importantes que a mãe do Senhor venha ver-me? Serei uma santa? Que perfeição, que fidelidade me mereceram esta graça, a visita da mãe do Senhor?" "Porque ainda a tua voz não tinha aflorado os meus ouvidos e já o meu filho exultava de alegria no meu seio". Ele tinha sentido que o Senhor viera para santificar o seu servo ainda antes do seu nascimento.
Pode acontecer que me chamem louco os que não têm fé por eu ter acreditado nestes mistérios!... Porque o que é considerado loucura por essa gente é para mim ocasião de salvação. Na verdade, se o nascimento do Salvador não tivesse sido celeste e bem-aventurado, se não tivesse tido nada de divino e de superior à natureza humana, nunca a sua doutrina teria atingido toda a terra. Se, no seio de Maria, tivesse havido apenas um homem e não o Filho de Deus, como teria sido possível que nesse tempo, e ainda hoje, fossem curadas todas as espécies de doenças, não só do corpo mas também da alma?... Se reunirmos tudo o que se diz acerca de Jesus, podemos constatar que tudo o que foi escrito a seu respeito é considerado divino e digno de admiração, porque o seu nascimento, a sua educação, o seu poder, a sua Paixão, a sua Ressurreição não são apenas factos que ocorreram naquele tempo: eles agem em nós ainda hoje.
 
 
«Para que encontreis a paz em mim»
Liturgia caldeia: Hino do ofício do 2º dia do «Ba’oussa», de Santo Efrem (trad. do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos)
Senhor, a tua misericórdia é eterna. Ó Cristo, tu que és todo misericórdia, dá-nos a tua graça; estende a tua mão e vem em auxílio de todos os que são tentados, tu que és bom. Tem piedade de todos os teus filhos e vem em seu socorro; concede-nos, Senhor misericordioso, que nos refugiemos à sombra da tua protecção e sejamos libertos do mal e dos adeptos do Maligno.

A minha vida está crispada como uma teia de aranha. No tempo da desgraça e da perturbação, tornámo-nos como que refugiados e os nossos anos esmoreceram sob a miséria e as infelicidades. Senhor, tu que acalmaste o mar só com uma palavra, apazigua também na tua misericórdia as perturbações do mundo, sustenta o universo que oscila sob o peso das suas faltas.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Senhor, que a tua mão misericordiosa repouse sobre os crentes e confirme a promessa que fizeste aos apóstolos: "Estou convosco todos os dias até ao fim do mundo" (Mt 28,20). Sê o nosso socorro como foste o deles e, pela tua graça, salva-nos de todo o mal; dá-nos a segurança e a paz, a fim de te rendermos graças e adoremos o teu Santo Nome em todo o tempo.
 
 
«Se Eu não te lavar, não terás parte Comigo»
Comentário sobre São João, § 32, 25-35.77-83
“Sabendo Jesus que o Pai depositara nas Suas mãos todas as coisas e que havia saído de Deus e ia para Deus, levantou-Se da mesa.” O que não estivera outrora nas mãos de Jesus é colocado pelo Pai nas Suas mãos: não certas coisas, à excepção de outras, mas todas as coisas. David tinha dito: “Palavra do Senhor ao meu Senhor: ‘Senta-te à minha direita enquanto ponho os teus inimigos por escabelo dos teus pés’.” (Sl 109, 1). Com efeito, os inimigos de Jesus faziam parte deste tudo que Ele sabia que o Pai Lhe dava. […] Por causa daqueles que se tinham afastado de Deus, Ele afastou-Se de Deus, Ele que, por natureza, não quer sair do Pai. Ele saiu de Deus a fim de que tudo quanto se afastou de Deus regresse com Ele às Suas mãos, para junto de Deus, segundo o Seu desígnio eterno. […]
O que fazia, pois, Jesus, lavando os pés dos discípulos? Lavando-lhos e enxugando-lhos com a toalha que tinha posto à cintura, Jesus embelezava-lhes os pés para o momento em que eles teriam de anunciar a boa nova. Foi então que se cumpriu, segundo me parece, a palavra profética: “Que formosos são os pés do mensageiro que traz a boa nova!” (Is 52, 7; Rom 10, 15). Mas se, ao lavar os pés aos discípulos, Jesus os embeleza, como exprimir a verdadeira beleza daqueles que Ele mergulha por completo no “fogo do Espírito Santo” (Mt 3, 11)? Os pés dos apóstolos tornaram-se belos a fim […] de que eles pudessem avançar pela via santa, caminhando naquele que disse “Eu sou o Caminho” (Jo, 14, 6). Porque só aquele a quem Jesus lavou os pés segue este caminho vivo que conduz ao Pai; caminho onde não há lugar para pés manchados. […] Para seguir este caminho vivo e espiritual (Heb 10, 20) […], há que ter os pés lavados por Jesus, que Se despiu das Suas vestes […] a fim de tomar no Seu próprio corpo a impureza dos seus pés, com essa toalha que era a Sua única veste, pois “ele tomou sobre si as nossas doenças” (Is 53, 4).][
 
 
«A arca da Igreja»
Homilias sobre o Génesis, II, 3
Tanto quanto mo permite a pequenez do meu espírito, penso que o dilúvio, com o qual o mundo quase acabou, é o símbolo do fim do mundo, fim que um dia chegará verdadeiramente. Tal declarou-o o próprio Senhor, quando disse : «Nos dias de Noé, os homens compravam, vendiam, lutavam, casavam, davam as filhas em casamento, e veio o dilúvio e a todos fez perecer. Assim será igualmente com a vinda do Filho do homem». Neste texto, parece que o Senhor descreve de uma mesma e só maneira o dilúvio, já acontecido, e o fim do mundo, que anuncia para o futuro.
Foi, portanto, dito outrora a Noé que fizesse uma arca e que, nesta, com ele introduzisse não só os seus filhos e parentes mas também animais de todas as espécies. Da mesma forma, no fim dos tempos, foi dito pelo Pai ao Senhor Jesus Cristo, novo Noé, o único Justo e Íntegro (Gn 6,9), para fazer uma arca de madeira esquadriada com as exactas medidas dos mistérios divinos (cf. Gn 6,15). Isto vem indicado num salmo que diz : «Pede e dar-te-ei as nações como herança e os confins da terra como propriedade» (Sl 2,8). Ele construiu portanto uma arca com todas os tipos de abrigo para acolher os diversos animais. Um certo profeta fala-nos dessas moradas, escrevendo : «Eia, povo meu, entra nos teus aposentos, esconde-te por algum tempo, até que a cólera tenha passado» (Is 26,20). Há de facto uma misteriosa correspondência entre este povo que está salvo na Igreja e todos aqueles seres, homens e animais, que, dentro da arca, foram salvos do dilúvio.
 
 
«São filhos de Deus, sendo herdeiros da ressurreição»
No último dia, a morte será vencida. A ressurreição de Cristo, após o suplício da cruz, contém misteriosamente a ressurreição de todo o Corpo de Cristo. Tal como o corpo visível de Cristo é crucificado, amortalhado e depois ressuscitado, assim o Corpo inteiro dos santos de Cristo é com ele crucificado e já não vive em si mesmo. Mas quando chegar a hora da ressurreição do verdadeiro Corpo de Cristo, do seu Corpo total, então os membros de Cristo, hoje semelhantes a ossos secos, juntar-se-ão, articulação com articulação (Ez 37, 1s), cada um encontrando o seu lugar e «todos juntos constituirão um homem perfeito à medida da plenitude do corpo de Cristo» (Ef 4,13). Então a multidão de membros será um corpo, pois todos pertencem ao mesmo corpo (Rm 12, 4).
 
 
«A verdadeira violência que se apodera do Reino dos Céus»
Homilias sobre Josué, nº 5
Josué atravessou o Jordão para atacar a cidade de Jericó. Mas São Paulo esclarece-nos: “Nós não temos de lutar contra a carne e o sangue, mas contra os Principados, Potestades, contra os Dominadores deste mundo tenebroso, contra os espíritos malignos espalhados pelos ares” (Ef 6, 12). As coisas que foram escritas são imagens e símbolos. Porque Paulo diz noutra passagem: “Todas estas coisas lhes sucederam para nosso exemplo e foram escritas para nos servirem de advertência, a nós que chegámos aos fins dos tempos” (1 Cor 10, 11). Pois bem, se estas coisas foram escritas para nossa instrução, por que te demoras? Tal como Josué, partamos para a guerra, tomemos de assalto a mais vasta cidade do mundo, que é a maldade, e destruamos as muralhas orgulhosas do pecado.
Olhas em teu redor, para veres que caminho tomar, que campo de batalha escolher? Vais certamente espantar-te com as minhas palavras, que no entanto são verdadeiras: limita a procura a ti mesmo. É em ti que se encontra o combate que deves travar, é no teu interior que está o edifício do mal e do pecado que é necessário destruir; o teu inimigo está no fundo do teu coração. Não sou eu que o digo, é Cristo; escuta-O: “Do coração procedem os maus pensamentos, os assassínios, os adultérios, as prostituições, os roubos, os falsos testemunhos e as blasfémias” (Mt 15, 19). Tens noção do poder deste exército inimigo, que avança contra ti do fundo do teu coração? Pois esses são os teus verdadeiros inimigos.
 
 
«Ir em paz»
Homilia 15 sobre S. Lucas
Simeão sabia que mais ninguém nos pode fazer sair da prisão do corpo, com esperança numa vida futura, senão aquele que ele tinha nos braços. Por isso lhe diz: “Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz, porque, até ao momento em que peguei em Cristo e o apertei nos meus braços, eu estava como que prisioneiro e não podia libertar-me dos laços que me prendiam.”
Note-se que isto não vale apenas para Simeão, mas para todos os homens. Se alguém deixa este mundo e quer ganhar o Reino, que tome Jesus nas suas mãos, que o envolva com os seus braços, que o aperte ao seu peito, e então poderá dirigir-se radioso ao lugar que deseja...
“Todos aqueles que o Espírito anima são filhos de Deus” (Ro 8,14). Foi, pois, o Espírito Santo quem conduziu Simeão ao Templo. Se também tu queres pegar em Jesus, apertá-lo nos teus braços e tornar-te digno de sair da prisão, esforça-te por te deixares conduzir pelo Espírito, para chegares ao templo de Deus. Desde já te encontras no templo do Senhor Jesus, isto é, na sua Igreja, no seu templo construído com pedras vivas (1Pe 2,5)... Se, trazido pelo Espírito, vieres até ao Templo, encontrarás o Menino Jesus, toma-lo-ás nos braços e dir-lhe-ás: “Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz.” Esta libertação e esta partida fazem-se na paz... Quem é que morre em paz, senão quem tem a paz de Deus que ultrapassa toda a inteligência e guarda o coração dos que a possuem? (Fl 4,7) Quem é que se retira em paz deste mundo, senão aquele que compreende que Deus veio em Cristo reconciliar o mundo consigo?
 
 
«Todos os que estavam na sinagoga
tinham os olhos fixos Nele»
Homilia sobre São Lucas
Quando lês que Jesus ensinava nas sinagogas e que todos celebravam os seus louvores (Lc 4, 15), guarda-te de considerar felizes unicamente os ouvintes de Cristo e de te julgares como privado do seu ensinamento. Porque, se é verdade o que diz a Escritura, o Senhor também fala agora na nossa assembléia como outrora nas reuniões dos judeus.
O Espírito do Senhor enviou-Me para anunciar a Boa Nova aos pobres». Os pobres significam os pagãos; estes eram efetivamente pobres, não possuíam nada, nem Deus, nem lei, nem profetas. Por que razão O enviou Deus como mensageiro aos pobres? Para «proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista» (Lc 4, 18), porque é pela sua palavra e pelo seu ensinamento que os cegos recuperam a vista...
«Jesus enrolou o livro, entregou-o ao responsável e depois sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos Nele» (Lc 4, 20). Também agora, se quereis, nesta mesma assembléia, os vossos olhos podem fixar-se no Salvador. Porque sempre que aplicas a atenção mais profunda do teu coração a contemplar a Sabedoria, a Verdade e o Filho único de Deus, os teus olhos vêem Jesus. Feliz a assembléia da qual a Escritura dá este testemunho: todos tinham os olhos fixos Nele! Como gostaria que a nossa assembléia merecesse semelhante testemunho e que os olhos de todos, catecúmenos e fiéis, homens, mulheres e crianças, vissem Jesus não com os olhos do corpo mas com os do espírito! Porque quando O contemplardes, o vosso rosto e o vosso olhar serão iluminados com a sua luz e podereis dizer: «Resplandeça sobre nós, Senhor, a luz da vossa face» (Sl 4, 7).
 
 
«Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão»
Pequeno Tratado sobre a Oração
Ninguém poderá o que quer que seja através da oração se não rezar com boas disposições e com uma fé recta... Não se trata de falar muito...; trata-se de não vir rezar com uma alma perturbada por ressentimentos. Não se imagina que alguém venha à oração sem preparar o seu coração; também não se imagina que aquele que reza possa obter o perdão dos seus pecados se não tiver primeiro perdoado de todo o coração ao seu irmão que lhe pede perdão...
Portanto, em primeiro lugar, aquele que se dispõe a rezar terá grande vantagem em adoptar uma atitude que o ajude a pôr-se em presença de Deus e que o ajude a falar-lhe como a alguém que o vê e lhe está presente. Certas imagens ou certas recordações de acontecimentos passados ocupam o espírito que se deixa invadir por elas; por isso, é útil lembrar-se de ue Deus está ali e que Ele conhece os movimentos mais secretos da nossa alma. Então, ela dispõe-se a agradar Àquele que está presente, que a vê e antecipa todos os seus pensamentos, Àquele que prescruta os corações e sonda os rins (Sl 7,10)...
Como dizem as Sagradas Escrituras, é preciso que quem reza eleve as mãos puras, perdoe a cada um dos que o ofenderam, rejeite tudo o que perturba a sua alma e não se irrite contra ninguém... Quem pode duvidar de que este estado de alma seja o mais fasvorável? Paulo ensina-o quando diz na sua primeira carta a Timóteo: "Quero que os homens rezem em todo o lugar, elevem as mãos puras, sem ressentimento nem contestação" (2,8).

FONTE:
 Ecclesia

A BÍBLIA E JESUS

A Bíblia e Jesus !                                      1. Em Gênesis Jesus é: O nosso Criador (Gn 1) e A Semente da mulher. (3:15)...