sábado, 23 de dezembro de 2017

A ABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO

O problema do pecado

"As escrituras ensinam que o pecado de Adão afetou muito mais que a ele próprio (Rm 5.12-21; 1 Co 15.21,22).  Esta questão é chamada pecado original, e postula três perguntas: até que ponto, por quais meios e em que base o pecado de Adão é transmitido ao restante da humanidade ?  [...] Romanos 5.12 declara que 'todos pecaram'.  Romanos 5.18 diz que mediante um só pecado todos foram condenados, o que subentende que todos pecaram.  Romanos 5.19 diz que mediante o pecado de um só homem todos foram feitos pecadores."  

O alcance da Obra Salvífica de Cristo

"Há entre os cristãos uma diferença significativa de opiniões quanto à extensão da obra salvífica de Cristo.  Por quem Ele morreu ?  Os evangélicos, de modo global, rejeitam a doutrina do universalismo absoluto (isto é, o amor divino não permitirá que nenhum ser humano ou mesmo o Diabo e os anjos caídos permaneçam eternamente separados dEle).  O universalismo postula que a obra salvífica de Cristo abrange todas as pessoas, sem exceção.  Além dos textos bíblicos que demonstram ser a natureza de Deus de amor e de misericórdia, o versículo chave do universalismo é Atos 3.21, onde Pedro diz que Jesus deve permanecer no Céu 'até aos tempos da restauração de tudo'.  Alguns entendem que a expressão grega apokastaseõs pantõn (restauração e todas as coisas) tem significado absoluto, ao invés de simplesmente 'todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas'.  Embora as Escrituras realmente se refiram a uma restauração futura, não podemos, à luz dos ensinos bíblicos sobre o destino eterno dos seres humanos e dos anjos , usar este versículo para apoiar o universalismo.  Fazer assim seria uma violência exegética contra o que a Bíblia tem a dizer deste assunto" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:  Uma perspectiva pentecostal. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 358).

O Perdão de Cristo

"A doutrina do perdão, proeminente tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, refere-se ao estado ou ao ato de perdão, remissão de pecados, ou à restauração de um relacionamento amigável.  Central à doutrina do Antigo Testamento está o conceito de cobrir o pecado da vista de Deus, representado pela palavra heb. kapar.  Isto é indicado pelas várias traduções da palavra tais como 'apaziguar', 'ser misericordioso', 'fazer reconciliação', e o uso mais proeminente na expressão 'fazer expiação', que ocorre 70 vezes na versão KJV em inglês.  Em Levítico 4.20, ela é agrupada com uma outra palavra proeminente do Antigo Testamento empregada para perdão, com o signficado de 'enviar ou deixar partir'.  Consequentemente, em Levítico 4.20 está declarado:  'O sacerdote por eles fará propiciação [de karpar], e lhes será perdoado [de salah] o pecado.  Uma terceira palavra heb., na'as, ocorre frequentemente com a ideia de 'levantar' ou 'dispersar' o pecado.
[...]Fica claro que o perdão depende de um pagamento justo, de uma penalidade pelo pecado.  Os sacrifícios do Antigo Testamento proporcionaram tipicamente e profeticamente uma expectativa do sacrifício final de Cristo.  O perdão como um relacionamento entre Deus e o homem depende dos atributos divinos de justiça, amor e misericórdia, e é baseado na obra de Deus ao providenciar um sacrifício apropriado" (Dicionário Bíblico Wycliffe 1.ed. Rio de Janeiro:  CPAD, 2009, p. 1501).

Fonte :  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre de 2017  -  Adultos  -  Claiton Ivan Pommerening

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