sábado, 9 de dezembro de 2017

A OBRA SALVÍFICA DE CRISTO

"O estudo da obra salvífica de Cristo deve começar pelo Antigo Testamento, onde descobrimos, nas ações e palavras divinas, a natureza redentora de Deus.  Descobrimos tipos e predições específicos daquEle que estava para vir e do que Ele estava para fazer.  Parte de nossas descobertas provém da terminologia empregada no Antigo Testamento para descrever a salvação, tanto a natural quanto a espiritual.
Qualquer um que tenha estudado o Antigo Testamento hebraico sabe quão rico é o seu vocabulário.  Os escritores sagrados empregam várias palavras que fazem referência ao conceito geral de 'livramento' ou 'salvação', seja no sentido natural, jurídico ou espiritual.  O enfoque recai em dois verbos:  natsal e yasha.  O primeiro ocorre 212 vezes, mas Deus revelou a Moisés ter descido para 'livrar' Israel das mãos dos egípcios (Êx 3.8).  Senaqueribe escreveu ao rei de Jerusalém:  'O Deus de Ezequias não livrará o seu povo das minhas mãos' (2 Cr 32.17).  Frequentemente, o salmista implorava o salvamento divino(Sl 22.21; 35.17; 69.14).  O emprego do verbo indica haver em vista uma 'salvação' física, pessoal ou nacional".  (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:  Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro:  CPAD, 1996, pp. 335,336).

A Reconciliação com Deus Mediante o Sacrifício de Jesus Cristo

"Diferente de outros termos bíblicos e teológicos, 'reconciliação' aparece em nosso vocabulário comum.  É um termo tirado do âmbito social.  Todo relacionamento interrompido clama por reconciliação.  O Novo Testamento ensina com clareza que a obra salvífica de Cristo é um trabalho de reconciliação.  Pela sua morte, Ele removeu todas as barreiras entre Deus e nós.  O grupo de palavras empregado no Novo Testamento (gr. allassõ) ocorre raramente na Septuaginta e é incomum no Novo Testamento, até mesmo no sentido religioso.  O verbo básico significa 'mudar', fazer uma coisa cessar e outra tomar o seu lugar'.  O Novo Testamento emprega-o seis vezes, sem referência à doutrina da reconciliação (por exemplo, At 6.14).  Somente Paulo dá conotação religiosa a esse grupo de palavras.  O verbo katallassõ e o substantivo katallagê transmitem com exatidão a ideia de 'trocar' ou 'reconciliar', da maneira como se conciliam os livros contábeis.  No Novo Testamento, o assunto em pauta é primeiramente o relacionamento entre Deus e a humanidade.  A obra reconciliadora de Cristo restaura-nos ao favor de Deus porque "foi retirada a diferença entre os livros contábeis"  (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:  Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro:  CPAD, 1996, p. 355).

A Redenção

"A palavra Redenção significa "Recurso capaz de salvar alguém de uma situação aflitiva".
Jesus comprou-nos por um bom preço.  Por causa da morte de Cristo, diante de qualquer exigência da Lei da justiça divina com respeito a todos os que creem em Jesus, Deus pode agora dizer: '...livra-os...já achei resgate' (Jó 33.24).  Jesus subiu ao Gólgota para aniquilar o pecado pelo sacrifício de sí mesmo (Hb 9.26)."
"No Novo Testamento, Jesus é tanto o 'Regatador' quanto o 'resgate'; os pecadores perdidos são os 'resgatados'.  Ele declara que veio 'para dar a sua vida em resgate [gr. lutron] de muitos' (Mt 20.28; Mc 10.45).  Era um 'livramento' [gr. apolurõsis] efetivado mediante a morte de Cristo, que libertou da ira retributiva de Deus e da penalidade merecida do pecado'.  Paulo liga nossa justificação e o perdão dos pecados à redenção que há em Cristo (Rm 3.24; Cl 1.14).  Diz que Cristo 'para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção' (1 Co 1.30).  Diz, também que Cristo 'se deu a sí mesmo com preço de redenção [gr. antilutron] por todos' (1 Tm 2.6).  O Novo Testamento demonstra claramente que Ele proporcionou a redenção mediante o seu sangue, pois era impossível que o sangue dos touros e dos bodes tirasse os pecados (Hb 10.4).  Cristo nos comprou de volta para Deus, e o preço foi o seu sangue (Ap 5.9)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:  Uma perspectiva pentecostal, 1.ed. Rio de Janeiro:  CPAD, 1996, p. 357).

Fonte:  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre de 2017  -  Adultos  -  Claiton Ivan Pommerening

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