sábado, 23 de dezembro de 2017

A SALVAÇÃO PELA GRAÇA

A Finalidade da Lei

"Talvez em nenhuma outra passagem da Escritura o objetivo da lei esteja tão bem explicado como na carta aos Gálatas.  O apóstolo Paulo pergunta para que é a lei, e em seguida reponde:  'Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro'.  E mais adiante: 'De maneira que a lei serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que, pela fé, fôssemos justificados' (Gl 3.19,24).
Do texto bíblico, e à luz de todo o contexto, percebe-se que a lei, embora ordenada para o bem, não conseguiu justificar ninguém.  Pelo contrário, foi alvo de muitas transgressões e culpas que deveriam levar o homem a conhecer a sua própria miséria e impotência e, partindo daí, a se humilhar diante de Deus, arrepender-se e a ser salvo mediante a fé.  Todavia, em sí mesmo, a lei não tinha poder algum para levar o homem ao Criador: 'E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé' (Gl 3.11).
A lei, portanto, serviu ao israelita, a quem foi dada, como um pedagogo, ou aio, até que a fé viesse.  Mas depois que a fé veio, não estamos mais sujeitos ao pedagogo.  Em outras palavras, o objetivo último da lei é fazer que o pecador sinta a necessidade de justificação e perdão, e levá-lo, ao final, a confiar em Jesus Cristo e a recebê-lo como seu único Salvador e senhor, recebendo dele a salvação do pecado e da consequência deste, a morte espiritual (ALMEIDA, Abraão.  O sábado, a Lei e a Graça. 19.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, PP. 46,47).

Graça

"Uma das maneiras de Deus demonstrar sua bondade é através da graça salvífica.  No Antigo Testamento, a ênfase da graça recai sobre o favor demonstrado ao povo da aliança, embora as demais nações também estejam incluídas.  No Novo Testamento, a graça, como dom imerecido mediante o qual as pessoas são salvas, aparece primariamente nos escritos de Paulo.
"As palavras mais frequentemente usadas no Antigo Testamento para transmitir a ideia de graça são chanan ('demonstrar favor' ou 'ser gracioso') e suas formas derivadas (especialmente chên) e chesedh ('bondade fiel' ou 'amor infalível').  A primeira refere-se usualmente ao favor de livrar o seu povo dos inimigos (2 Rs 13.23) ou aos rogos pelo perdão de pecados (Sl 41.4).  Isaías revela que o Senhor anseia por ser gracioso com o seu povo (Is 30.18).  Mas a salvação pessoal não é o assunto de nenhum desses textos.  O substantivo chen aparece principalmente na frase 'achar favor aos olhos de alguém' (dos homens:  Gn 30.27; 1 Sm 20.29; de Deus:  Êx 34.9; 2 Sm 15.25). Chesedh contém sempre um elemento de lealdade às alianças e promessas, expresso espontaneamente em atos de misericórdia e amor.
É um 'conceito central que expressa mais claramente seu modo de entender o evento da salvação...demonstrando livre graça imerecida.  O elemento da liberdade...é essencial'.  Paulo enfatiza a ação de Deus, e a graça concretizada na cruz de Cristo'.  Em Efésios 1.7, Paulo afirma:  'Em quem temos a redençao pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, pois 'pela graça sois salvos' (Ef 2.5,8)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:  Uma perspectiva pentecostal. 1ed. Rio de Janeiro:  CPAD, 1996, pp 344, 345).

A Maravilhosa Graça

Deus escolheu um povo para sí mesmo, Israel.  O Senhor não era obrigado a fazer isso; Ele fez pela graça (Dt 7.7,8).

Deus fez um acordo, uma aliança de amizade, com seu povo.  Sua graça significava que Ele permanecia leal a Israel, mesmo quando  seu povo foi infiel a Ele (Sl 25.14).

Deus demonstra a sua graça, acima de tudo, em sua 'operação de resgate', sua salvação dos pecadores' (Ef 2.5).

Deus torna sua graça conhecida dos pecadores quando seus pecados são perdoados e absolvidos.  Mais uma vez, essa graça é totalmente imerecida.  "O amor demonstrado por aqueles passíveis de não ser amados" (Ef 2.1-10).

Deus, por intermédio de sua graça, faz os pecadores responderem a Ele e serem pessoas transformadas (At 2.37-41).  E os pecadores, salvos pela graça, conhecem cada vez mais a Deus por meio da graça (começando com Gl 4.9).

A graça do Senhor Jesus Cristo que é importante, em especial a graça demonstrada em sua morte na cruz (Gl 1.3,4).

A graça nos chama.  Passamos a conhecer essa salvação porque Deus, em sua graça, escolheu-nos (Gl 1.15).  Lançamos mão dessa graça pela fé (Gl 2.16).  Assim, somos salvos pela graça para nos transformar em uma nova pessoa (gl 6.15).

Fonte:  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre 2017  -  Adultos  -  Claiton Ivan Pommerening




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