segunda-feira, 30 de abril de 2018

PROEZAS EM DEUS

Diz nos os salmos que "em Deus faremos proezas" (Salmos 60:12a; 108:13a).  Isso significa que realizaremos algo difícil de ser realizado, façanha, feito.
Todo ser humano que crê nas promessas de Deus, aqueles que se arrependem dos seus pecados e se voltam para o Pai Celeste, em o nome de Jesus realizarão grandes coisas, pois é o Senhor quem ordena as bençãos na vida do seu povo.
Jesus disse que quem crê nEle realizarão obras maiores do que as realizadas por Ele (João 14:12b).
Deus é fiel e "fará muito mais do que pedimos ou pensamos".  Ele quer usar o seu povo para fazer grandes obras, obras tais que mostram ao mundo que Jesus Cristo é o Salvador, que Ele é o enviado do Pai para a salvação de toda a humanidade, principalmente dos que creem no seu nome,  aqueles(as) que creem no sacrifício vicário de Jesus em favor a toda humanidade.
O homem e a mulher salvos em Jesus Cristo tem uma grande missão na terra, porém essa missão só será realizada porque Deus é quem ordena as bençãos no meio do seu povo.
Realizarão proezas em nome do Senhor Jesus, pois Ele concedeu dons aos homens, e revestidos pelo poder de Deus, todo cristão e cristã estão aptos por Deus para realizarem grandes obras.
Estando ligados na videira verdadeira que é Jesus Cristo, o povo eleito de Deus, para a glória de Deus Pai, vão de força em força, fazendo a obra de Deus, curando vidas, libertando oprimidos em o nome de Jesus.
Todos(as) que creem na morte e ressurreição de Jesus, que creem que Ele é o Senhor, o Salvador, o Mediador da Nova aliança, serão instrumentos valiosos para transmitir ao homem e a mulher que ainda não aceitaram a salvação em Cristo Jesus, que somente Jesus Cristo é o caminho, a verdade, e a vida, e no nome desse Jesus realizarão grandes feitos e com a ajuda do Consolador que é o Espírito Santo serão vitoriosos em todos os momentos, até mesmo nos momentos mais difíceis, pois Jesus Cristo pormeteu que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos.
Que cada cristão(ã) permita que o Pai use-os com poder e graça, para que Deus seja glorificado e que as pessoas venham reconhecer que somente em Deus somos vitoriosos, e somente por meio dEle realizaremos proezas.

Fonte:  Texto redigido por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia - Baseado na Palavra de Deus

PALAVRA DE JESUS

Jesus Cristo quando estava entre os homens, em forma humana disse: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; (Lc.11:9).
Uns dos significados da palavrs pedir é solicitar insistentemente, suplicar.  
Recebemos da parte de Deus esse direito através da pessoa bendita de Jesus Cristo.  Hoje podemos pedir o que queremos, e Deus segunda a sua vontade nos ouve e nos atende, pois a sua promessa Ele cumpre, pois Ele é fiel e galadoador daqueles que O buscam.
Certamente que quando nos aproximamos dEle com fé teremos nossos pedidos atendidos, porém, precisamos pedir o que queremos e precisamos, com sabedoria, e caso não tenhamos sabedoria a palavra de Deus nos diz em Tiago que "quem tem falta de sabedoria peça a Deus, que a todos dá liberalmente, peça porém não duvidando".  A dúvida é um dos impecilhos para alcançarmos a resposta de Deus aos nossos pedidos.
A segunda palavra é buscai.  Um dos significados de buscar é esforçar-se por achar ou descobrir (alguém ou algo).
A palavra de Deus nos diz:  "Esforça-te e eu te ajudarei".
Esforça-te para buscar ao Senhor, busque-o enquanto está perto (Is.55:6), persevere em buscar ao Pai em o nome de Jesus, e a benção de Deus será concedida a cada um(a) que O busca em oração.
A terceira palavra que nos diz o texto é batei, que tem como uns dos significados tocar várias vezes com força em (porta, etc.) ou acionar um mecanismo (campaínha, etc.) para chamar a atenção.
A palavra de Deus nos diz: "Orai sem cessar".  Incessantemente devemos orar a Deus, chamar a sua atenção para que Ele atenda  os nosso pedidos.  Orando, jejuando, meditando na sua Palavra, trabalhando na sua obra, certamente estaremos chamando a atenção do Criador do céu e da terra a nosso favor.
Jesus Cristo, o nosso Salvador nos abriu a porta, e por meio dEle hoje podemos ter paz com Deus, perdão dos nossos pecados e plena salvação.
Creia na palavra de Deus, pois nela encontramos a pefeita vontade de Deus para a nossa vida, e busquemos com confiança a presença do Todo Poderoso, pois somente assim teremos completa vitória em todo nosso viver.

Fonte:  Texto redigido por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia - extraído da Palavra de Deus

segunda-feira, 23 de abril de 2018

VIDA E OBRA DE PLATÃO (FILOSOFIA GERAL)


1 - INTRODUÇÃO 
Esse trabalho traz um resumo da vida de Platão, sua infância, juventude, seu afastamento da política por achar o sistema criminoso, sua primeira viagem a Sícilia, sua morte e suas obras.
Platão nasceu em Atenas, provavelmente em 427-428 a.C.
 Por volta de 388 a.C, aos 40 anos, decepcionado com o luxo e os costumes da corte de Dionísio I de Siracusa e de lá é expulso, Platão compra um ginásio perto de Colona, a nordeste de Atenas. Ele amplia a propriedade e constrói alojamentos para os estudantes.    Após a fundação da escola Platão faz mais duas viagens a Sícilia.
Morreu aos 80 anos e foi sepultado no terreno da Academia.
Houve um período na Idade Média em que quase todas as suas obras eram desconhecidas.
Com exceção da palestra sobre o bem, todas as obras de Platão que eram conhecidas foram preservadas.

                     
2 - VIDA
“Quase que fico estrangeiro em meu próprio países”
Origem
A mãe de Platão era Perictone e cuja família gabava-se de um relacionamento com o famoso legislador e poeta lírico ateniense Sólon Perictíone era irmã de Cármides  e sobrinha de Crítias,  ambas figuras proeminentes na época da Tirania dos Trinta,  a breve oligarquia  que se seguiu sobre o colapso de Atenas no final da Guerra do Peloponeso  (404–403 a.C).  Além do próprio Platão, Aristão e Perictíone tiveram outros três filhos: Adimanto, Glaucão e uma filha, Potone, a mãe de Espeusipo  (então o sobrinho e sucessor de Platão como chefe de sua Academia).  De acordo com A República, Adimanto e Glaucão eram mais velhos que Platão.  No entanto, na Memorabilia  Xenofonte  apresenta Glaucão como sendo mais novo que Platão. 
Aristão  parece ter morrido na infância de Platão, embora a data exata de sua morte seja desconhecida.  Perictíone então casou-se com Perilampes, irmão de sua mãe  que tinha servido muitas vezes como embaixador para a corte persa  e era um amigo de Péricles, líder da facção democrática em Atenas. 
Em contraste com a sua reticência sobre si mesmo, Platão muitas vezes introduziu seus ilustres parentes em seus diálogos, ou a eles referenciou com alguma precisão: Cármides tem um diálogo com o seu nome; Crítias fala tanto em Cármides quanto em Protágoras e Adimanto e Glaucão têm trechos importantes em A República. Estas e outras referências sugerem uma quantidade considerável de orgulho da família e nos permitem reconstruir a  árvore genealógica de Platão. De acordo com Burnet, “a cena de abertura de Cármides é uma glorificação de toda (família) ligação...os diálogos de Platão não são apenas um memorial para Sócrates, mas também sobre os dias mais felizes de sua própria família. 
Infância e juventude
Platão nasceu em Atenas, provavelmente em 427-428 a.C. (no sétimo dia do mês (Thargêlion),  cerca de um ano após a morte do estadista Péricles,  e morreu em 348 a.C. (no primeiro ano da 108a Olimpíada).
A data tradicional do nascimento de Platão (428/427) é baseada em uma interpretação dúbia de Diógenes Laércio, que afirma: "Quando Sócrates foi embora, Platão se juntou a  Crátilo e Hermógenes, que filosofou à maneira de Parmênides. Então, aos vinte e oito anos, segundo Hermodoro, Platão foi para Euclides, em Megara."  Em sua Sétima Carta, Platão observa que a sua idade coincidiu com a tomada do poder pelos Trinta Tiranos, comentando: "Mas um jovem com idade inferior a vinte seria motivo de chacota se tentasse entrar na arena política". Assim, a data de nascimento de Platão seria 424/423. 
De acordo com Diógenes Laércio, o filósofo foi nomeado Arístocles, como seu avô, mas seu treinador de luta, Aristão de Argos, o apelidou de Platon, que significa "grande", por conta de sua figura robusta.  De acordo com as fontes mencionadas por Diógenes (todas dam do período alexandrino). Platão derivou seu nome a partir da "amplitude" (platytês) de sua eloquência, ou então, porque possuía a fronte (platýs) larga. Estudiosos recentes têm argumentado que a lenda sobre seu nome ser Aristocles  originou-se no período helenístico.  Platão era um nome comum, dos quais 31 casos são conhecidos apenas em Atenas.  A juventude de Platão transcorreu em meio a agitações políticas e a desordens devido à Guerra do Peloponeso,  à instabilidade política reinante na cidade de Atenas que foi tomada pela Oligarquia dos Qatrocentos  e assim submeteu-se ao governo dos Trinta Tiranos. Apuleio nos informa que Espeusipo elogiou a rapidez mental e a modéstia de Platão como os "primeiros frutos de sua juventude infundidos com muito trabalho e amor ao estudo".  Platão deve ter sido instruído em gramática, música e ginástica  pelos professores mais ilustres do seu tempo.  Dicearco foi mais longe a ponto de dizer que Platão lutou nos jogos de Jogos Istmicos.  Platão também tinha frequentado cursos de filosofia, antes de conhecer Sócrates, mas primeiro ele se familiarizou com Crátilo  (um discípulo de Heráclito, um proeminente filósofo gregopré-socrático) e as doutrinas de Heráclito. 
Afastamento da política e primeira viagem
Após o término da guerra em Atenas, em cerca de 404 a.C, auxiliado pelo reinado espartano vitorioso, o terror da Tirania dos Trinta começou, e entre seu membros, incluía-se parentes de Platão: o primo e o irmão de sua mãe, Crítias e Cármides, que participaram do governo.  Platão foi convidado a participar da vida política, mas recusou porque considerou o então regime criminoso.  Mas, a situação política após a restauração da democracia ateniense em 403 também o desagradou, sendo um ponto de viragem na vida de Platão, a execução de Sócrates  em 399 a.C, que o abalou profundamente, levando-o a avaliiar a ação do Estado  contra seu professor, como uma expressão de depravação moral e evidência de um defeito fundamental no sistema político. Ele viu em Atenas a possibilidade e a necessidade de uma maior participação filosófica na vida política e tornou-se um crítico agudo. Essas experiências levaram-no a aprovar a demanda por um estado governado por filósofos. 
Depois de 399 a.C, Platão foi para Megara com alguns outros socráticos, como hóspedes de Euclides (provavelmente para evitar possíveis perseguições que lhe poderiam sobrevir pelo fato de ter feito parte do círculo socrático). Diógenes Laércio conta que ele "foi a Cirene, juntar-se a Teodoro, o matemático, depois à Itália, com os pitagóricos Filolau e Eurito; e daí para o Egito, avistar-se com os profetas; ele tinha decidido encontrar-se também com os magos, mas a guerras da Ásia o fizeram renunciar a isso".  Apesar desse relato de Diógenes Laércio, é posto em dúvida se Platão foi mesmo ao Egito, pois há evidências de que a estadia foi inventada no Egito, para aproximar Platão à tradição de sabedoria egípcia
Primeira viagem à Sicília
Por volta de 388 a.C, Platão empreendeu sua primeira viagem a Sicília . Em Taranto,  Platão conheceu os pitagóricos, e o mais proeminente e politicamente bem sucedido entre eles, o estadista Arquitas, que o hospedou e protegeu. A mais famosa fonte da história do resgate de Platão por Arquitas está na Sétima Carta, onde Platão descreve seu envolvimento nos incidentes de seu amigo Dion de Siracusa e Dionísio I  o tirano de Siracusa,  Platão esperava influenciar o tirano sobre o ideal do rei-filósofo (exposto em Górgis, anterior à sua viagem), mas logo entrou em conflito com o tirano e sua corte; mas mesmo assim cultivou grande amizade com Díon, parente do tirano, a quem pensou que este pudesse ser um discípulo capaz de se tornar um rei-filósofo.  Dionísio I se irritou tanto com Platão a ponto de vendê-lo como escravo  a um embaixador espartano de Egina, felizmente tendo sido resgatado por Anicérides de Cirene, que estava em Egina,  ou ainda, o navio em que retornava foi capturado por espartanos o que o fez ser mantido como um escravo. 
Este relatos sobre a primeira estadia em Siracusa são, em grande parte, controversos: os historiadores tradicionais consideram assim os detalhes do encontro entre Platão e o tirano, e a posterior ruptura com ceticismo.  Em todo caso, Platão teve contato com Dionísio e o resultado foi desfavorável para o filósofo já que sua sinceridade parece ter irritado o governante. 
Fundação da escola e ensino
Depois de sua primeira viagem à Sicília, por volta de 388 a.C, aos 40 anos, decepcionado com o luxo e os costumes da corte de Dionísio I de Siracusa e de lá é expulso, Platão compra um ginásio perto de Colona, a nordeste de Atenas, nas vizinhanças de um bosque de oliveiras em homenagem ao herói Academo  Ele amplia a propriedade e constrói alojamentos para os estudantes. 
Os membros da Academia não eram estudantes no sentido moderno da palavra, pois aos jovens, juntavam-se também anciãos; provavelmente todos deviam contribuir para o financiamento das despesas; ademais, o objetivo último da Academia era o saber pelo seu valor ético-político. 
Durante duas décadas, Platão assumiu suas funções na Academia e escreveu, nesse período, os diálogos chamados “da maturidade”. Fédon, Fedro, Banquete, Menexêno, Eutidemo, Crátilo; começou também a redação de A República.

Segunda viagem à Sicília
Em 366/367 a.C, com a morte de Dionísio  e encorajado por Dion, Platão transmite a direção da Academia a Edóxio e retorna à Sicília.  O velho Dionísio morrera em 367, logo após ter sabido que sua peça O Resgate de Heitor, ‘111’1tinha recebido o primeiro prêmio no Festival das Lenaias em Atenas. Seu filho, Dionísio II sucedeu-lhe o trono e Dion era seu conselheiro. Dion teve trabalho em convencer Platão a voltar para Siracusa, ele insistiu com argumentos como a paixão do jovem tirano pela filosofia e educação e que a morte do velho tirano poderiam ser o "destino divino" necessário para que enfim se realizasse a felicidade de um povo livre sob boas leis. Platão por fim, embarcou em 366, para sua segunda viagem à Sicília. 
No início a influência de Platão sobre Dionísio II teve algum progresso, mas pouco durou, pois o jovem era um pouco rude e não possuía o vigor mental para aguentar um prolongado tratamento educacional, além de ser, pessoalmente desagradável. Invejoso da influência de Dion e de sua amizade com Platão, o obrigou a se exiliar; Platão então regressou a Atenas. 
Terceira viagem à Sicília
Em 361 a.C, Platão viaja novamente para Siracusa com seus alunos Espeusipo e Xenócrates  em um navio enviado por Dionísio II   numa  tentativa final de pôr ordem as coisas. Passou quase um ano tentando elaborar algumas medidas práticas para unir os gregos da Sicília em face do perigo cartaginês . No final, a má vontade da facção conservadora provou ser um obstáculo insuperável.  Platão conseguiu partir para Atenas em 360 a.C, não sem antes correr algum perigo de morte. Em seguida, Dion recuperou sua posição à força, mas apesar de advertências de Platão, mostrou-se um governante imprudente e acabou assassinado. Ainda assim, Platão incitou os seguidores de Dion a prosseguirem com a antiga política, mas os seus conselhos não foram ouvidos. O destino final da Sicília  foi ser conquistada pelos estrangeiros, como Platão previra. 
Platão escreveu sobre a morte de seu amigo comparando-o a um navegante que antecipa corretamente uma tempestade mas subestima sua força de destruição: "que eram perversos os homens que o puseram por terra, ele sabia, mas não a extensão de sua ignorância, de sua depravação e avidez¨.
Velhice e morte
Ao regressar em 360 a.C, Platão voltou a ensinar e escrever na Academia permanecendo como um autor ativo até a sua morte,  em 348/347 a.C., aos oitenta anos de idade conta-se que fora sepultado no terreno da Academia, para dentro do muro de demarcação da propriedade, ou ainda no jardim da Academia. Com sua morte, a Academia passou a ser dirigida por Espeusipo, forte simpatizante do aspecto matemático da filosofia de Platão.



3 - OBRAS
Houve um período na Idade Média em que quase todas as suas obras eram desconhecidas; mas, antes disso e depois da redescoberta de seus textos (Petrarca, no século XIV, tinha um manuscrito de Platão), Platão foi lido e tomado como ponto de referência.
Tradição e autenticidade
Todas as obras de Platão que eram conhecidas na antiguidade foram preservadas, com exceção da palestra sobre o bem, a partir do qual houve um pós-escrito de Aristóteles,  que se encontra perdido. Há também obras que foram distribuídas sob o nome de Platão, mas possivelmente ou definitivamente não são genuínas; apesar disso, elas também pertencem ao Corpus Platonicum (o conjunto das obras tradicionalmente atribuída a Platão), mesmo com sua falsidade sendo reconhecida mesmo nos tempos antigos. Um total de 47 obras são reconhecidas por terem sido escritas por Platão ou para o qual ele tomado como o autor. 
O Corpus platonicum  é constituído de diálogos (incluindo Crítias, , de final inacabado), a Apologia de Sócrates, uma coleção de 13 cartas e uma coleção de definições, o Horoi Fora do corpus, há uma coleção de dieresis, mais duas cartas, 32 epigramas e um fragmento de poema (7 hexâmetros) que, com exceção de uma parte desses poemas, não são obras de Platão. 
É importante notar que na Antiguidade, vários diálogos considerados como falsamente atribuídos a Platão eram considerados genuínos, e alguns desses fazem parte do Canon de Trásilio, um filósofo e astrólogo alexandrino que serviu na corte de Tibério
Forma literária
Com a exceção das Epístolas e da Apologia, todas as outras obras não foram escritas em forma de poemas didáticos ou tratados - como eram escritos a maioria dos escritos filosóficos, - mas em forma de diálogos. A Apologia contém passagens ocasionais de diálogos, onde há um personagem principal, Sócrates, e diferentes interlocutores em debates filosóficos separados por inserções e discursos indiretos, digressões ou passagens mitológicas. Além disso, outros alunos de Sócrates como Xenofonte, Ésquines, Antístenes, Euclides de Megara e Fédon de Elis têm obras escritas na forma de diálogo socrático (Σωκρατικοὶ λόγοι Sokratikoì logoi).
Platão foi certamente o representante máximo desse gênero literário, superior a todos os outros e, mesmo, o único representante, pois apenas em seus escritos é que se pode reconhecer a natureza autêntica do filosofar socrático, que nos outros escritores, degenerou em maneirismos; sendo assim, o diálogo, em Platão, é mais do que um gênero literário: é sua forma de fazer filosofia. Nem todos os trabalhos no Corpus de Platão são diálogos. A Apologia parece ser o relato da defesa de Sócrares  e seu julgamento, e Menêxeno  é um pronunciamento para funeral. As treze cartas são ditas serem de Platão, mas a maioria são rejeitadas pelos pesquisadores modernos como sendo ilegítimas. A Sétima Carta ou Carta VII é uma das mais importantes cuja disputa permanece por dois motivos: (a) oferece detalhes biográficos de Platão e (b) coloca afirmações filosóficas sem paralelos em outros diálogos. Provavelmente a Sétima Carta é uma obra ilegítima e portanto não é uma fonte confiável para conhecer a biografia e filosofia de Platão.
Cronologia
A questão da cronologia ainda continua a gerar opiniões conflitantes. Análises estilométricas dos diálogos demonstram que eles podem ser agrupados em três categorias definidas como obras do período Inicial, Médio e Tardio, embora exista este consenso comum, não há nenhum consenso sobre a ordem em que as obras devem figurar em seus respectivos grupos. Outro método usado para determinar a ordem cronológica dos diálogos se baseia na conexão entre os vários trabalhos. Os estudiosos têm usado a evidência de pontos de vista filosóficos similares nos diálogos para sugerir uma ordem cronológica interna. As referências textuais dentro dos diálogos também ajudam a construir uma cronologia, ainda que existam pouquíssimos casos de um diálogo se referir a outro. Finalmente, a cronologia pode ser determinada a partir do testemunho de fontes antigas.



Filosofia
Para Giovanni Reale, , os três grandes pontos focais da filosofia de Platão são: a Teoria das Idéias,dos Principios  e do Demiurgo.  A obra Fédon engloba too o quadro da metafísica platônica e enfatiza essas três teorias, mas Platão advertiu os leitores de sua obra sobre a dificuldade existente em compreendê-las                            
 Política
Platão, em sua obra A República, faz uma critica a forma de governo de sua época, pois afirma que os governantes deveriam brigar para não governar, como brigam para chegar ao poder. Diz, ainda, que o verdadeiro chefe não nasce para atender os interesses de si próprio, mas sim de toda a coletividade a ele subordinada.
Dessa forma, entende-se que a critica de Platão estava ligada ao governo que fcriava leis visando seus interesses, e os determinando como justo, entretanto, punindo como injusto aquele que transgredir suas regras, uma vez que o elegido para governar poderia ser o mais votado, mas não sendo, portanto, o mais preparado para aquela função.
Nesse sentido, Platão afirma que " Efetivamente, arriscar-nos-íamos, se houvesse um Estado de homens de bem, a que houvesse competições para não governar, como agora as há para alcançar o poder, e tornar-se-ia, então evidente do verdadeiro chefe não nasceu para velar pela sua conveniência, mas pela dos seus subordinados. (Platão, A República, p. 34)".
Conclui-se que, deve se buscar uma harmonia entre o governante e o seus subordinados, em outras palavras, o ideal de Estado deveria corresponder ao ideal de homem.
Teoria das Ideia
A  Teoria das Ideias ou Teoria das Formas afirma que formas (ou ideias) abstratas não-materiais (mas substanciais e imutáveis) é que possuem o tipo mais alto e mais fundamental da realidade e não o mundo material mutável conhecido por nós através dos sentidos. Em uma analogia de Reale, as coisas que captamos com os "olhos do corpo" são formas físicas, as coisas que captamos com os "olhos da alma" são as formas não-físicas; o ver da inteligência capta formas inteligíveis que são as essências puras. As Ideias são as essências eternas do bem, do belo etc. Para Platão, há uma conexão metafísica entre a visão do olho da alma e o objeto em razão do qual tal visão não existe. Este "mais real do que o que vemos habitualmente" é descrito em sua Alegoria da caverna. 
Epistemologia
Epistemologia platônica
Muitos têm interpretado que Platão afirma — e mesmo foi o primeiro a escrever — que conhecimento é crença verdadeira justificada, uma visão influente que informou o desenvolvimentos futuro da epistemologia.   Esta interpretação é parcialmente baseada na uma leitura do Teeteto, no qual Platão argumenta que o conhecimento se distingue da mera crença verdadeira porque o conhecedor deve ter uma "conta" do objeto de sua crença verdadeira. (Teeteto 201C-d).Essa mesma teoria pode novamente ser vista no Mênon onde é sugerido que a crença verdadeira pode ser aumentada para o nível de conhecimento, se está ligada a uma conta quanto à questão do "por que" o objeto da verdadeira crença é assim definido (Mênon 97d-98a).  Muitos anos depois, Edmund Gettier  demonstraria os problemas das crenças verdadeiras justificadas no contexto do conhecimento.
Dialética
A dialética de Platão não é um método simples e linear, mas um conjunto de procedimentos, conhecimentos e comportamentos desenvolvidos sempre em relação a determinados problemas ou "conteúdos" filosóficos. O papel da dialética no pensamento de Platão é contestada, mas existem duas interpretações principais: a dialética platônica é tipo de raciocínio ou um método de intuição. Simon Blackbum  adota o primeiro, dizendo que a dialética de Platão é "o processo de extrair a verdade por meio de perguntas destinadas a abrir o que já é implicitamente conhecida, ou de expor as contradições e confusões de posição de um oponente". Karl Popper afirma que a dialética é a arte da intuição para "visualizar os originais divinos, as formas ou ideias, de desvendar o grande mistério por trás do comum mundo das aparências do cotidiano do homem."
Ética e justiça
Na República, Platão define a justiça como a vontade de um cidadão de exercer sua profissão e atingir seu nível pré-determinado e não interferir em outros assuntos, Para que a justiça tenha alguma validade, ela terá que ser uma virtude e, portando, contribuidora de modo constitutivo para a boa vida de quem é justo.
Na filosofia de Platão, é possível visualizar duas modalidades de justiça: uma, absoluta, e outra, relativa. A justiça relativa é a justiça humana que espelha-se nos princípios da alma e tenta dela se aproximar. Platão situa a justiça humana como uma virtude indispensável à vida em comunidade, é ela que propicia a convivência harmônica e cooperativa entre os seres humanos em coletividade.

Conceitos
Considerada por Platão como o princípio do cosmos e fonte de todas as almas individuais, o termo é um conceito cosmológico de uma alma compartilhada ou força regente do universo pela qual o pensamento divino pode se manisfestar em leis que afetam a matéria. O termo foi criado por Platão pela primeira vez na obra República ou ainda na obra Timeu.
Demiurgo
O uso filosófico e o substantivo próprio derivam do diálogo Timeu, a causa do universo, de acordo com a exigência de que tudo que sofre transformação ou geração (genesis) sofre-a em virtude de uma causa. A meta perseguida pelo demiurgo platônico é o bem do universo que ele tenta construir. Este bem é recorrentemente descrito em termos de ordem, Platão descreve o demiurgo como uma figura neutra (não-dualista), indiferente ao bem ou ao mal.

CONCLUSÃO
Platão um dos maiores filósofos viveu no período clássico da Grécia antiga, era filósofo e matemático e fundador da Academia de Atenas, a primeira instituição de ensino superior do mundo ocidental.
Junto com Sócrates e Aristóteles foram os maiores pensadores da História.
Percebe-se o quanto ele foi influente na sua época.   Ele não falava apenas de política, era capaz de abordar vários assuntos.
Muito do pensamento de Platão influencia o pensamento atual. Ele defendia por exemplo, que a mulher tivesse a mesma educação que o homem recebe. Ele também acreditava que a ciência seria fruto da inteligência humana e do amor.
Platão nos deixou um legado muito grande através da sua vida e das suas obras.  Podemos ressaltar aqui algumas das suas frases mais ilustres:
 “A harmonia se consegue através da virtude.”
  Vencer a si próprio é a maior das vitórias.”
 “Praticar injustiças é pior que sofrê-las.”
 “O que mais vale não é viver, mas viver bem.”
Vemos com Platão que quando se é discípulo de algum sábio como ele foi de Sócrates, possivelmente trilharemos o mesmo caminho, em busca do conhecimento.

BIBLIOGRAFIA


https://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o#Vida.obras
https://aminoapps.com/page/otanix/3549095/platao/vida.e/obras

A BÍBLIA E JESUS

A Bíblia e Jesus !                                      1. Em Gênesis Jesus é: O nosso Criador (Gn 1) e A Semente da mulher. (3:15)...