segunda-feira, 25 de setembro de 2017

TEOLOGIA DO CULTO - MODELO CO CULTO - 1ª PARTE

Texto Básico: Neemias  8:1-13
8:1  E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro trouxe da lei de Moisés, que o SENHOR tinha ordenado a Israel.
8:2  E Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês.
8:3  E leu no livro diante da praça, que está diante da porta das águas, desde a alva até ao meio dia, perante homens e mulheres, e os que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei.
8:4  E Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; e estava em pé junto a ele, à sua mão direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua mão esquerda, Pedaías, Misael, Melquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão.
8:5 E Esdras abriu o livro perante à vista de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pós em pé.
8:6 E Esdras louvou ao SENHOR, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém, Amém! levantando as suas mãos; e inclinaram suas cabeças, e adoraram ao SENHOR, com os rostos em terra.
8:7 E Jesuá, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías, e os levitas ensinavam o povo na lei; e o povo estava no seu lugar.
8:8 E leram no livro, na lei de Deus; e declarando, e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse.
8:9 E Neemias, que era o governador, e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao SENHOR vosso Deus, então não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei.
8:10 Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do SENHOR é a vossa força.
8:11 E os levitas fizeram calar a todo o povo, dizendo: Calai-vos; porque este dia é santo; por isso não vos entristeçais.
8:12  Então todo o povo se foi a comer, a beber, a enviar porções e a fazer grande regozijo; porque entenderam as palavras que lhes fizeram saber.
8:13  E no dia seguinte ajuntaram-se os chefes dos pais de todo o povo, os sacerdotes e os levitas, a Esdras, o escriba; e isto para atentarem nas palavras da lei.
8:1 Todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, para ouvir a palavra da lei
          O culto do povo de Israel teve início mediante um autêntico retorno à Palavra de Deus e um esforço decisivo para a compreensão da sua mensagem (Ne 8:8).
           Todos reunidos unidos em um só propósito para ouvir a Lei. Uma das principais evidências de um avivamento bíblico entre o povo de Deus é a grande fome de ouvir e ler a Palavra de Deus. No primeiro dia do sétimo mês, todo o povo se reuniu para uma convocação solene, a Festa das Trombetas ( Lv 23:24,25), que simbolizava o ajuntamento de Israel dentre as nações gentílicas. O ajuntamento do povo para ouvir a Palavra de Deus naquela ocasião tem 4 características distintas que devem servir de modelo para a igreja contemporânea.
a) Foi espontâneo (8:1). Deus moveu o coração do povo para reunir-se para buscar a Palavra de Deus. Eles não se reuniram ao redor de qualquer outro interesse. Hoje o povo busca resultados e não a verdade; coisas materiais e não a Deus; benefícios pessoais e não a Palavra de Deus. Querem as bênçãos de Deus, mas não o Deus das bênçãos. Têm fome de prosperidade e sucesso, mas não têm fome da Palavra.
b) Foi coletivo (8:2,3). Todo o povo, homens e mulheres, reuniram-se para buscar a Palavra de Deus. Ninguém ficou de fora. Pobres e ricos, agricultores e nobres, homens e mulheres, jovens e crianças. Eles tinham um alvo em comum: buscar a Palavra de Deus. Precisamos ter vontade de nos reunir não apenas para ouvirmos cantores famosos ou pregadores conhecidos, mas reunirmo-nos para ouvir a Palavra de Deus. O centro do culto é a pregação da Palavra de Deus.
c) Foi harmonioso (8:1). "Todo o povo se ajuntou como um só homem" (8:1). Não havia apenas ajuntamento, mas comunhão. Não apenas estavam perto uns dos outros, mas eram unidos de alma. A união deles não era em torno de encontros sociais, mas em torno da Palavra de Deus.
d) Foi proposital (8:1): "[...] e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha prescrito a Israel" (8:1). O propósito do povo era ouvir a Palavra de Deus. Eles tinham sede da Palavra. Eles tinham pressa de ouvir a Palavra. Não era qualquer novidade que os atraía, mas a Palavra de Deus.
8:2 Trouxe a Lei perante a congregação,  (v. 3) E todo o povo estavam atentos ao livro da Lei
O avivamento teve início mediante um autêntico retorno à  Palavra de Deus e um esforço decisivo para a compreensão da sua mensagem (v.8). Durante sete dias, seis horas por dia, Esdras leu o livro da lei (vv.3,18). Uma das principais evidências de um avivamento bíblico entre o povo de Deus é a grande fome de ouvir a Palavra de Deus.
O povo estava atento à leitura da Lei – “E leu nela, diante da praça, que está diante da Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens, e mulheres, e entendidos; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da Lei” (Ne 8:3). De pé sobre um púlpito de madeira, durante sete dias, seis horas por dia, Esdras leu o livro da lei(8:3,18). O povo permaneceu desde a alva até ao meio-dia, sem sair do lugar (8:7), com os ouvidos atentos. Não havia dispersão, distração nem enfado. Eles estavam atentos não apenas ao pregador, mas sobretudo ao livro da lei. Não havia esnobismo nem tietagem, mas fome da Palavra. Eles queriam Pão do Céu, a Verdade de Deus. Só o Pão nutritivo da Verdade pode saciar a fome daqueles que anseiam por Deus.
8:4 O sacerdote-escriba estava de pé, sobre um púlpito de madeira.
   Para melhor se fazer ouvir pelo povo. A seu lado, á direita e a esquerda, estavam homens de confiança, líderes auxiliares, que compunham "o minis­tério local" (Ne 8.4). Vale a pena lembrar que a leitura e explicação dos textos do livro duraram sete dias, durante seis horas por dia (Ne 8.3,18).O clima era de reverência, de respeito e atenção à Palavra de Deus. As pessoas não ficavam andando de um lado para o outro, nem conversando distraídas. Todos queriam ouvir e entender a mensagem de Esdras. Quando Esdras abriu o livro, todo o povo se pôs em pé em reverência à leitura da Palavra de Deus.
8:5  Abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé.
O clima era de reverência, de respeito e atenção à Palavra de Deus. As pessoas não ficavam andando de um lado para o outro, nem conversando distraídas. Todos queriam ouvir e entender a mensagem de Esdras. Quando Esdras abriu o livro, todo o povo se pôs em pé em reverência à leitura da Palavra de Deus Certamente esse é um fundamento bíblico para o saudável hábito de se colocar de pé quando é lida a Palavra de Deus Esse deve ser o comportamento dos crentes em Jesus nas igrejas.
8:6 E, levantando as mãos; inclinaram-se e adoraram o Senhor.
Este capítulo da Bíblia descreve um dos maiores cultos de adoração ao Senhor, de todos os tempos. DEUS deseja a adoração do seu povo e o conclama a adorá-lo continuamente ( Sl 29.2; ) Daí ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorai o Senhor na beleza da sua santidade. ( Sl 96.9) Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele todos os moradores da terra.
Um culto avivado sem adoração não atende aos requisitos do verdadeiro culto a Deus, Cultuar significa adorar, Por ocasião da leitura do livro da lei, o escriba louvou a Deus e foi correspondido pelo povo que o acompanhou na adoração a Deus com jubilo louvor, cantando e se expressando com decência e ordem (1 Co 14. 40). A proporção que a palavra era ministrada, o povo se enchia de júbilo e de satisfação. Vendo a alegria da multidão, ali, em pé, em plena praça, atenta, dando ouvido à ministração da Palavra de Deus, Es­dras louvou ao Senhor. E o fez com brados de "Amém!", "Amém!", enquanto levantavam as mãos para o alto.
 Sem dúvida, dá para imaginar um espetáculo de rara beleza plás­tica, como uma coreografia santa no levantar das mãos em glorificação a Deus. Muitas pessoas foram de todas as cidades, e não apenas os habitantes de Jerusalém. Provavelmente, para que o povo ficasse durante seis horas "desde a alva até ao meio-dia" (Ne 8.3), a reunião não foi monótona como ocorre em muitos cultos em que o povo dor­me de tédio ou de apatia durante uma mensagem sem graça e sem unção. Podemos crer que houve, de fato, um culto de doutrina pleno de avivamento e glorificação intensa.
8:7 Ensinavam ao povo na Lei.      
 Homens preparados para o ensino - “E Jesua, e Bani, e Serebias, e Jamim, e Acube, e Sabetai, e Hodias, e Maaséias, e Quelita, e Azarias, e Jozabade, e Hanã, e Pelaías, e os levitas ensinavam ao povo na Lei; e o povo estava no seu posto”(Ne 8:7).
              Vemos aqui neste versículo que Neemias e Esdras designaram instrutores para ensinar a Palavra de Deus em todas as cidades de Judá. Até os levitas que serviam no Templo foram envolvidos neste mister (11:1). Estes líderes tinham plena consciência de que a base do avivamento espiritual é o ensino da Palavra de Deus e a sua obediência.
Para cumprir a tarefa do ensino da Palavra, é preciso, em primeiro lugar, que a Igreja se veja dotada de homens e mulheres preparados para ensinar. Um dos grandes problemas que temos visto nas igrejas locais da atualidade é o despreparo das pessoas para ensinarem a Palavra de Deus. Quando falamos em preparo, não estamos nos referindo à escolaridade ou ao conhecimento secular de alguém, mas, sobretudo, ao seu conhecimento bíblico, à sua capacidade de manejar bem a Palavra da Verdade (1Tm 2:15).
 8:7 E o povo estavam no seu posto.
O povo permaneceu desde a alva até ao meio-dia, sem sair do lugar (8:7), com os ouvidos atentos. Não havia dispersão, distração nem enfado. Eles estavam atentos não apenas ao pregador, mas sobretudo ao livro da Lei. Não havia esnobismo nem tietagem, mas fome da Palavra. Eles queriam Pão do Céu, a Verdade de Deus. Só o Pão nutritivo da Verdade pode saciar a fome daqueles que anseiam por Deus.
8:8  E leram o livro, na Lei de Deus, declarando e explicando.           
 O culto de doutrina. Nestes nossos dias, é de se notar um certo "fastio" ou cansaço da congregação concernente à forma com que alguns líderes expõem a Palavra de Deus. Em muitos santuários, há líderes que apresentam a Palavra de Deus sem o devido preparo, sem se preocuparem em estudar de forma correta as Escrituras e sem aplicá-la à vida de seus ouvintes. O resultado desse descaso por parte desses líderes é a baixa assiduidade aos cultos de doutrina e ensino, onde deveria a igreja estar reunida para aprender a Palavra de Deus. Esses líderes responsabilizam o povo como que se este fosse o vilão que despreza a Palavra, mas na verdade, tais líderes é que deixaram de apresentar a Palavra de Deus como Palavra que transforma o ser humano. Quando a Palavra é ministrada e ensinada com unção, o povo não sente "fastio" dela, pois Deus sempre tem algo novo a nos trazer por meio das Escrituras. Em Neemias lemos que os líderes leram a Lei de Deus, explicaram o sentido dela e à medida que era lida, era entendida (Ne 8:8). O que faz diferença em nossa vida é o que aprendemos..
A  pregação fiel das Escrituras atinge o nosso intelecto (8:8). A pregação é dirigida à mente. O culto deve ser racional. Devemos apelar ao entendimento (8:2,3,8,12). O povo que conhece a Deus é forte e ativo (Dn 11:32).
8:9 Este dia é consagrado ao Senhor,.  Todo o povo chorava, ouvindo as Palavras da Lei.                                                                                                                        
O primeiro resultado mencionado a respeito da leitura da Lei é que ela causou muita tristeza, pois tomaram consciência de que a Lei de Deus havia sido infringida. ‘Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei’ (Ne 8.9). Mas essa tristeza não durou muito tempo: ‘Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados’ (Mt 5.4). Uma comunidade sem alegria é uma comunidade derrotada. Uma das principais razões da ausência de alegria é a presença do pecado; Davi, depois de pecar, orou ao Senhor: - “Lava-me completamente do meu pecado... Purifica-me com hissopo... Esconde a Tua face do meu pecado... Cria em mim um coração reto e puro...Torna a dar-me a alegria da Tua salvação”. Há uma necessidade urgente de reavivamento em nossos meio; o genuíno avivamento ocorre quando a Palavra de Deus é estudada e compreendida pelos seus servos. “Não se pode esperar nenhum movimento significativo em direção a Deus enquanto as coisas permanecerem como estão”
Quando o povo ouviu e entendeu a Palavra de DEUS, todos experimentaram uma profunda convicção do pecado e da culpa. (1) Os trechos da lei que continham uma clara revelação da condição espiritual do povo podem ter sidos Lv 26 e Dt 28; trechos estes que falam da bênção ou juízo divino, conforme a obediência ou desobediência do povo à Palavra de DEUS. (2) Nos avivamentos, o choro, quando acompanhado de profundo arrependimento .( cap. 9), é um sinal da operação do ESPÍRITO SANTO (João 16.8). Sentir tristeza pelo pecado e abandoná-lo resulta em perdão divino e alegria da salvação.
8:10  Ide, e comei  as gorduras, e bebei as doçuras.
“ Comei as gorduras, e bebei as doçuras“ (Ne 8.10) Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, “os judeus gostavam muito de alimentos preparados com bastante gordura e bebidas bem doces. Muitos dos vinhos antigos eram fervidos e concentrados até ficarem doces e espessos, como mel ou geleias. Tinham que ser bem diluídos para serem consumidos”. Neemias exorta aos mais ricos a enviar uma generosa porção de alimento aos seus irmãos mais necessitados.
"O principal fim do homem é glorificar a Deus e deleitar-se nele para sempre." Em vez de ser introspectivo e egocêntrico, o homem deve estar voltado para os outros ( Tiago 1:27). Quando nos interessamos pelo próximo, começamos a experimentar verdadeira alegria. A alegria não é "algo" intangível e separado da realidade. A alegria é parte vital da nossa experiência quando nos regozijamos por nos encontrar perante o Senhor. Isto ocorre enquanto aprendemos mais sobre o que ele tem feito por nós e entramos na realidade do que significa pertencer a ele e ser aceito por ele. Quando isso acontece, experimentamos verdadeira alegria. Dali por diante nosso trabalho caracteriza-se por esquecermo-nos de nós mesmos. Agora estamos capacitados a viver para sua glória. O povo dos dias de Neemias experimentou a alegria porque mais uma vez o Senhor se tornou centro de suas vidas. Eles sentem segurança em sua relação com Deus. Isto dá-lhes sentimento de bem- -estar, proteção, cuidado, e liberdade de preocupações. Cônscios disso, tornam-se cônscios de seu valor. Com sua bênção sobre eles, estão capacitados para enfrentar o futuro. O resultado é força (1 Crônicas 16:27), e sua resposta natural é de obediência à vontade de Deus. Eles vão para casa "a comer, a beber, a enviar porções e a regozijar-se grandemente, porque eles tinham entendido as palavras que lhes foram explicadas".
8:10  E enviai porções aos que não têm nada preparado para si.
Esdras e Neemias despediram o povo, a fim de que este, segundo o costume judaico, saísse a celebrar as vitórias conquistadas no Senhor. No entanto, havia muitos pobres entre os israelitas. Então, numa demonstração de amor e fraternidade, Neemias exorta aos mais ricos a enviar uma generosa porção de alimento aos seus irmãos mais necessitados. A Palavra de Deus ensina-nos a respeito do socorro que se deve prestar aos mais carentes: “Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas” (Is 1.17). Não podemos ser omissos em relação ao sofrimento alheio (Tg 4.17).
 8:11 Calai-vos; porque este dia é santo; por isso não vos entristeçais.
“A alegria do Senhor é a nossa força” O povo judeu estava desfrutando de grande alegria. Havia um clima de festa e de comemoração. E toda aquela felicidade era resultado do genuíno avivamento espiritual produzido pela exposição da Palavra de Deus. Era a alegria vinda de cima, do céu, da parte de Deus. Era “a alegria do Senhor”.
8:12 O entendimento da Palavra gerou o avivamento.
           Porque entenderam as palavras que lhes fizeram saber” (Ne 8:12).       
Por meio de Esdras e dos levitas, vemos o que deve acontecer sempre que a Palavra de Deus for ministrada aos fieis. Muitos dos que voltaram do exílio, já não entendiam o hebraico, uma vez que o seu idioma era agora o aramaico. Por isso, quando as Escrituras eram lidas em hebraico, um grupo de homens dedicados fazia a interpretação para o aramaico, de tal maneira que os fiéis pudessem compreendê-las e aplicá-las à sua vida. Deste modo, o povo se regozijou “porque entenderam as palavras que lhes fizeram saber” (8:12). A explicação era lógica, para que todos entendessem. O reavivamento não foi um apelo às emoções, mas um apelo ao entendimento.
Citando o rev. Hernandes Dias Lopes, a pregação fiel das Escrituras atinge as três áreas vitais da vida humana:
1. Atinge o intelecto (8:8). A pregação é dirigida à mente. O culto deve ser racional. Devemos apelar ao entendimento (8:2,3,8,12). O povo que conhece a Deus é forte e ativo (Dn 11:32).
2. Atinge a emoção (8:9-12). Esse fato pode ser provado por duas reações do povo ao ouvir a exposição da Palavra:
            a) A primeira reação foi choro pelo pecado (8:9). A Palavra de Deus produz quebrantamento, arrependimento e choro pelo pecado. O verdadeiro conhecimento nos leva às lágrimas. Quanto mais perto de Deus você está, mais tem consciência de que é pecador e mais chora pelo pecado. O emocionalismo é inútil, mas a emoção produzida pelo entendimento é parte essencial do cristianismo. E impossível compreender a verdade sem ser tocado por ela.
b) A segunda reação foi a alegria da restauração (8:10). As festas deviam ser celebradas com alegria (Dt 16:11,14). A alegria tem três aspectos importantes: (1) Uma origem divina - "A alegria do Senhor". Essa não é uma alegria circunstancial, momentânea, sentimental; é a alegria de Deus, indizível e cheia de glória. (2) Um conteúdo bendito — Deus não é apenas a origem, mas o conteúdo dessa alegria. O povo regozija-se não apenas por causa de Deus, mas em Deus: Sua graça, Seu amor, Seus dons. É na presença de Deus que há plenitude de alegria. (3) Um efeito glorioso — "A alegria do Senhor é a nossa força"(8:10). Quem conhece essa alegria não olha para trás como a mulher de Ló. Quem bebe da fonte das delícias de Deus não vive cavando cisternas rotas. Quem bebe das delícias de Deus não sente saudades do Egito. Essa alegria é a nossa força. Foi essa alegria que Paulo e Silas sentiram na prisão. Essa é a alegria que os mártires sentiram na hora da morte. Era “a alegria do Senhor”. Aleluia!
3. Atinge a vontade (8:11,12). Isso pode ser provado por duas decisões tomadas pelo povo depois de ouvir a Palavra: Primeira, obediência a Deus (8:12). O povo obedeceu à voz de Deus e deixou o choro e começou a regozijar-se. Segunda, solidariedade ao próximo (8:12). O povo começou não apenas a alegrar-se em Deus, mas a manifestar seu amor ao próximo, enviando porções àqueles que nada tinham. Não podemos separar a dimensão vertical da horizontal no culto.
8: 13 Ajuntaram-se.... para atentarem nas palavras da Lei.          

             O líder deve ser apto para ensinar. Entre os crentes sempre há a necessidade de ensino e esta oportunidade não deve de forma alguma ser negligenciada pelo líder; ele deve procurar aproveitá-la ao máximo possível. O apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo afirma que o verdadeiro líder deve estar apto para ensinar (1Tm 3:2). Ele deve ensinar a outros e treinar líderes (Tt 1:9). Neemias 8:13 indica que depois do trabalho de massas do dia anterior, Esdras promove uma oficina intensiva de estudo da Palavra para os líderes.

Fonte:  Trabalho pesquisado por Maria de Fátima, bacharelando em Teologia

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