domingo, 26 de junho de 2016

O GRANDE EU SOU

Em tempos de escravidão do povo de Deus no Egito, Moisés que estava habitando em Midiã, local aonde se refugiou após ter matado um egípcio (Ex 2.11-15), teve uma experiência com o Deus Eterno no Monte Horebe, quando avistou um sarça, e a sarça ardia mas não se consumia.  Do meio da sarça teve o privilégio de ouvir a voz do Eterno e recebeu ali instruções de como iria agir para tirar o povo de Israel do Egito.
Deus se deu a conhecer a Moisés, e quando Moisés perguntara  a Deus se perguntassem pelo nome de quem o enviara o que ele diria.  Deus respondeu que o EU SOU (Ex 3.14) o enviou para libertar o seu povo, e assim foi feito, o EU SOU através do seu servo Moisés libertou o seu povo da escravidão do Egito.
Séculos depois, o EU SOU se manifestou em forma humana, habitou entre os homens, e o EU SOU é Jesus, o Deus-Homem, que se fez carne, se fez semelhante aos homens, suportou afrontas, rejeição e perseguições, para que a humanidade fosse livre da escravidão do pecado.
Jesus o grande EU SOU, foi, e é o grande amigo, o salvador, o pastor e bispo da nossa alma, o socorro na hora da angustia, o Deus forte e poderoso.
Jesus disse aos fariseus que Abraâo se alegrou quando o viu, e eles disseram a Jesus que ele não tinha 50 anos e teria visto Abraão, e Jesus lhes respondeu que antes que Abraão existisse EU SOU (Jo 8.56-58), confirmando assim que o mesmo Deus que esteve com Moisés no monte, era o mesmo que estava no meio dos homens.
Foi dito por Jesus:  Eu sou a porta (Jo 10.9),  Eu sou o caminho, a verdade, e a vida (Jo 14.6), Eu sou o pão da vida (Jo 6.35), Eu sou a ressureição e a vida (Jo 11.25). (Got Questions ? org)***
Jesus, o grande Eu Sou, se manifestou, trazendo a salvação para todos os homens, se fez homem, nascendo do ventre de uma virgem, cresceu, morreu, mas ressuscitou ao terceiro dia, após a ressurreição ficou com seus discípulos por vários dias, e depois ascendeu ao céu, e está assentado à direita do Pai, intercedendo por nós.
Pai, Filho, Espírito Santo, o Eterno Deus criou o céu e a terra, e por amor pela humanidade, se fez  carne para nos resgatar da maldição do pecado, por meio do seu Filho, a segunda pessoa da trindade, temos paz com Deus.
Após a ascenção do Filho, o Pai pela intercessão do Filho, nos enviou o Espírito Santo, a terceira pessoa da trindade, e esse Espírito nos vivifica e comunica com o nosso espírito que somos flhos de Deus.
O EU SOU continua trabalhando na vida de milhões de pessoas,  pessoas essas que atenderam ao chamado do Filho que disse:  Vinde a mim.....(Mt 11.28-30).
O EU SOU é poderoso para fazer de todos que o aceitam, novas criaturas, pois reconhecem e creem no sacrifício de Jesus no calvário, e através desse sacrifício toda a humanidade, crendo em Jesus, é aceita pelo Pai.
Louvemos a Deus, pois Ele continua trabalhando na vida de milhões de pessoas, e Ele é ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8), e pronto está para socorrer todos que a Ele se refugiam.

Fonte :  Bíblia Sagrada
*** Got Questions ? org
Texto redigido por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia.


VÍDEOS DE ENSINO - IGREJA ORTODOXA


PADRE MATEUS - IGREJA ORTODOXA

AS FONTES DA DOUTRINA ORTODOXA




DIFERENÇAS ENTRE A IGREJA CATÓLICA ROMANA E ORTODOXA - PARTE 2




Fonte :  you tube

sábado, 25 de junho de 2016

ORAÇÃO

Podemos definir oração como um período de tempo em que buscamos uma comunhão mais íntima com Deus, e esse período pode ser individual ou coletivo, e  é através da oração que estreitamos nosso relacionamento com o Pai Eterno.
Jesus quando estava na forma humana, muitas vezes se retirava para orar, sendo assim podemos ter em Jesus o maior exemplo para nossa pratica diária de oração.
Um dos exemplos de oração individual que podemos extrair do texto bíblico é o da passagem que Jesus disse:  tu quando orares entra no teu aposento e fechando a porta ore a Deus, que vê o que está oculto (Mt 6.6), e também algumas passagens que nos diz que Jesus se retirava para orar, e nessas passagens não se menciona os discípulos juntamente com ele.
Jesus sendo Deus, mas estando na forma humana, viveu em oração, e uma das mais belas orações feitas pelo Senhor Jesus podemos citar a passagem mencionada em João no capítulo 17, aonde Jesus ora pelos discípulos e por todos que haveriam de crer nele, e em outro momento Ele estando na cruz pede a Deus que perdoasse os transgressores (Lc 23.34), os quais nós também estamos incluidos.
No momento de oração podemos sentir mais intimamente a presença do Senhor, e a Ele contar todas as nossas necessidades, crendo que Ele ouve, e no tempo certo solucionará segundo a sua vontade, nossas problemas.
Certamente se quisermos ter uma íntima comunhão com Deus, devemos adquirir o hábito de orar sempre, em todos os lugares, e sem cessar (1Ts 5.17; 1 Tm 2.8), juntamente com a meditação na palavra do Senhor, e também jejuarmos como nos foi recomendado pelo próprio Senhor Jesus.
Lemos na santa escritura que os discípulos do Senhor estavam no cenáculo, diz nos as sagradas letras, no livro dos Atos dos Apóstolos, que eles juntamente com a mãe de Jesus, com os irmãos de Jesus e com outras mulheres estavam orando (At 1.14).
Outro episódio maravilhoso a respeito da oração podemos ler no mesmo livro dos Atos dos Apóstolos quando Pedro tinha sido preso, e nos diz a palavra do Senhor, que a igreja fazia contínua oração por ele (At 12.5), e Deus ouviu a oração dos seus servos e servas e livrou Pedro naquela prisão, e Pedro foi até a casa de Maria, mãe de João, onde muitos estavam reunidos e oravam (At 12.12).  Vemos pelas passagens bíblicas que a oração move o coração de Deus, e está escrito no livro de Tiago, que a oração de um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5. 14-16).
Deus tem prazer em nos ouvir e atender aos nossos pedidos.  Lembremos sempre que tudo o que pedimos ao Pai, em o nome do seu Filho Jesus, Ele segundo a nossa fé, e segundo a vontade dele, nos será feito tudo o que pedirmos.
Não sejamos negligentes e nem nescios, sejamos obedientes ao Pai celeste, e sempre estejamos buscando a Deus de todo nosso coração, pois certamente Ele fará muito mais do que pedimos ou pensamos, porque Ele é fiel e a sua palavra é verdadeira.


Fonte:  Bíblia Sagrada
Texto redigido por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia.

JESUS

Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, tendo sido enviado pelo Pai para que a humanidade fosse salva, veio ao mundo, nasceu de uma virgem, viveu entre os homens, fez a vontade de Deus, o obedecendo, reconciliou toda a raça humana com o Criador.
Hoje, todos os que creem no sacrifiício que Ele realizou em favor da humanidade, tem o poder de serem chamados filhos de Deus.
Jesus o homem perfeito, inerrante, nascido sem pecado, viveu sem pecado, morreu sem pecado, ressuscitou ao terceiro dia, ascendeu ao céu, voltou ao seu corpo original, e está intercedendo por nós.
Todos os que se arrependem de seus pecados, e que creem no sacrifício vicário de Jesus, quando morreu na cruz pelos nossos pecados, são transformados em uma nova criatura, ou seja, passam a viver conforme o querer do Pai, porque o Espírito Santo passa a habitar na vida do pecador arrependido, fazendo com que esse tenha uma nova vida.
Jesus, o rei, profeta e sacerdote, o alfa e o ômega, o príncipe da paz, conselheiro, pai da eternidade, o que foi morto mas hoje está vivo, por amor deu a sua vida por toda a humanidade, pagando um alto preço, e preço de sangue.
Nós fomos comprados não com ouro e nem com prata, mas com o precioso sangue de Jesus, que foi derramado por nós na cruz, e esse sangue que garante a nossa redenção, a purificação para nossos pecados, e nos dá ousadia para entrar no santuário do altíssimo.
Jesus, o Deus Eterno, se fez carne por nós, para que pudessemos ser reconcilados novamente ao Pai, pois o primeiro homem, pela desobediência quebrou a comunhão com o Eterno, e somente Jesus, o segundo Adão, pôde nos resgatar novamente.
Enquanto Adão, vivendo no Paraíso, optou pela desobediência, Jesus, vivendo em um mundo turbado, optou pela obediência a Deus, e essa obediência fez com que fossemos resgatados da maldição do pecado, e por Ele alcançamos a nossa redenção.
Jesus, o homem que esvaziou-se da sua glória para que com o seu exemplo tenhamos como agradar ao Eterno.
Ele morreu, mas ressuscitou, e o Pai em nome de Jesus enviou o seu Santo Espírito, o Consolador prometido, enviado pelo Pai para estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos.
Jesus disse após ser ressuscitado que em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados (Lc 24.27), Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, como disse o profeta João Batista (Jo 1.29).
Jesus, nome maravilhoso, a segunda pessoa da trindade, o salvador do mundo, e é o nome sobre todo o nome (Fp 2.9).  Ele é o Senhor, e está conosco em todos os momentos da nossa vida.  
Jesus, Rei, Senhor e Salvador.  Creia nele, pois Ele é a graça de Deus que foi manifestada para a salvação de  todos os homens (Tt 2.11)


Fonte :  Bíblia Sagrada

Texto redigido por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia.

A SOLUÇÃO PARA O PECADO

O que é pecado ?   Podemos definir pecado como errar o alvo, ou queda de padrão.
O primeiro pecado segundo a palavra do Senhor aconteceu quando Lucifer rebeliou-se contra Deus no Éden,o jardim de Deus, aonde era o querubim ungido. Deixando com que o orgulho entrasse em seu coração,  intentou ser maior que o Criador.  A partir da sua queda passou a ser o adversário de Deus, e por sí só já está condenado, onde no final de tudo será lançado no lago de fogo.
Quando Deus criou o homem (Adão e Eva), estabeleceu o padrão para que suas criaturas andassem, porém o homem caiu no mesmo erro do ex querubim ungido, desobedecendo o Criador. Desde então, o homem perdeu a comunhão com o Eterno, trazendo para sí e para o próprio mundo criado muitas maldições.
Deus que é o arquiteto de toda criação, sendo onisciente, sabendo que o homem não iria obedecer as suas ordens já havia preparado um meio para que o homem voltasse a ter a sua comunhão restaurada, e isso se deu quando enviou seu Filho para salvar os que se haviam perdido, ou seja, toda a humanidade.
Anteriormente a vinda de Jesus, Deus levantava pessoas para dar continuidade a sua obra, porém todos eles erraram o alvo e desobedeciam a palavra do Senhor, mas sempre Deus usava de misericórdia com o homem criado e dava chances para que se levantassem e prosseguissem sua caminhada.
O problema do pecado só foi solucionado quando Jesus Cristo, o filho unigênito de Deus, sem pecado algum, tomou a forma de homem, nasceu de uma virgem, cresceu e obedecendo ao Pai pregou aos homens do seu tempo, fez a obra de Deus com perfeição, morreu em uma cruz, mas ressuscitou ao terceiro dia, vencendo a morte e o pecado, e hoje está a direita de Deus, intercedendo por nós.
Jesus Cristo o homem perfeito, foi obediente ao Pai e fez com que o problema do pecado, que fazia separação entre Deus e o homem fosse solucionado.
Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus, por amor a humanidade desceu a terra para que todos nós pudessemos ser restaurados diante do Pai.
Através do sacrifício de Jesus, o pecado não tem mais dominio sobre as pessoas que creem no seu nome, que creem que são aceitas por Deus por causa do sacrifício dele na cruz morrendo por nós.
A morte e o pecado foram vencidos na cruz com a morte de Cristo, e a sepultura não conseguiu deter o salvador da humanidade, que ressuscitou ao terceiro dia, ascendeu ao céu e vive eternamente para interceder por nós.
Paulo escrevendo aos romanos disse: Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.  Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 6. 22-13).

Fonte:  Bíblia Sagrada
Texto redigido por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia.

sábado, 18 de junho de 2016

IMIGRAÇÃO NO BRASIL



·         Imigração

o   É o movimento de imigrar.  Significa chegar a um país estrangeiro com a intenção de nele se estabelecer, seja de modo definitivo ou temporário. (Tudopédia – enciclopédia da Lingua Portuguesa)

·      Objetivo da imigração no Brasil –   Um dos objetivos da imigração no Brasil, era a preocupação com as províncias localizadas no Sul, que eram consideradas “vazios demográficos que precisavam ser ocupados, e também a necessidade da substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre, pela iminência do fim da escravatura em especial a partir de 1850 com a proibição do tráfico negreiro. Dessa forma a imigração no Brasil atendeu a duas frentes:  de um lado a instalação em pequenas propriedades policulturas que, reunidas, constituíam núcleos coloniais que garantiriam a efetividade das fronteiras do país; de outro, a ocupação da mão de obra assalariada nas fazendas de café.

·   Quando foram fundadas –   As primeiras colônias foram fundadas por iniciativa do governo imperial.  No entanto, a partir de 1830, em razão dos constantes fracassos nas empresas coloniais, foi sancionada uma lei impedindo o poder público de promover esse tipo de gasto. Em 1834, por meio do Ato Adicional (espécie de emenda à Constituição de 1824), a responsabilidade quanto à colonização foi transferida para as províncias.  Assim, cada uma passou a ter autonomia, implementando políticas diferenciadas.

·       Os primeiros imigrantes -   Em busca de oportunidades na terra nova, para cá vieram os suíços, que chegaram em 1819 e se instalaram no Rio de Janeiro (Nova Friburgo), os alemães, que vieram logo depois, em 1824, e foram para o Rio Grande do Sul (Novo Hamburgo, São Leopoldo, Santa Catarina, Blumenau, Joinville e Brusque), os eslavos, originários da Ucrânia e Polônia, habitando o Paraná, os turcos e os árabes, que se concentraram na Amazônia, os italianos de Veneza, Gênova, Calábria, e Lombardia, que em sua maior parte vieram para São Paulo, os japoneses, entre outros. O maior número de imigrantes no Brasil são os portugueses, que vieram em grande número desde o período da Independência do Brasil.

·  Contribuição dos imigrantes – O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura brasileira. Esta, foi, ao longo dos anos, incorporando características dos quatro cantos do mundo. Basta pararmos para pensar nas influências trazidas pelos imigrantes, que teremos um leque enorme de resultados: o idioma português, a culinária italiana, as técnicas agrícolas alemãs, as batidas musicais africanas e muito mais. Graças a todos eles, temos um país de múltiplas cores e sabores. Um povo lindo com uma cultura diversificada e de grande valor histórico.

·  Traços em comum dos imigrantes – Embora tão distantes quanto à forma como foram introduzidos no país e tão díspares quanto à origem, os imigrantes possuíam traços em comum.  O primeiro diz respeito ao próprio significado de migrar, que para essas pessoas significava uma profunda ruptura, um corte.  Durante a viagem que durava meses, eram construídas as expectativas em relação ao novo lar, mas era também o tempo de planejar o retorno.  A grande maioria veio com a intenção do progresso com prosperidade material.  O segundo traço comum a todos os imigrantes, independentemente de sua origem ou condição social, está no fato de eles se constituírem como um “outro” que olha para os nacionais e que por eles é olhado.  Os brasileiros olhavam os imigrantes com curiosidade, mas também, não raras vezes de hostilidade.  De outro lado, os estrangeiros enxergavam uma certa arrogância na forma como os brasileiros se comportavam.



Fonte:  História do Brasil - Sociedade e Cultura


sexta-feira, 17 de junho de 2016

DOUTRINA DOS APÓSTOLOS - DIDAQUÊ

DIDAQUÊ:

A Doutrina dos Apóstolos

CAPÍTULO I

1 Existem dois caminhos no mundo: o da vida e o da morte; o da luz e o das trevas. Neles foram estabelecidos dois anjos: o da justiça e o da iniqüidade. Porém, grande é a diferença entre esses dois caminhos. 2 Este é o caminho da vida: em primeiro lugar, deves amar ao Deus eterno que te criou; em segundo lugar, [deves amar] o teu próximo como a ti mesmo; assim, tudo o que não quiserdes que seja feito contigo, não o farás a outro. 3 A explicação destas palavras é a que segue.

CAPÍTULO II

1[...] 2 Não cometerás adultério; não matarás; não prestarás falso testemunho; não violarás a criança; não fornicarás; não praticarás a magia; não fabricarás poções; não matarás a criança mediante aborto, nem matarás o recém-nascido; não cobiçarás nada do teu próximo. 3 Não proferirás perjúrios; não falarás mal, nem recordarás das más-ações. 4 Não darás mal conselho, nem teu linguajar terá duplo sentido, pois a língua é uma armadilha para a morte. 5 Tua palavra não será vã, nem enganosa. 6 Não serás ambicioso, nem avarento, nem voraz, nem adulador, nem parcial, nem de maus costumes; não admitirás que se crie uma armadilha para o teu próximo. 7 Não odiarás a qualquer homem, mas o amareis mais que a tua própria vida.

CAPÍTULO III

1 Filho: afasta-te do homem mal e do homem falso. 2 Não sejas irado porque a ira conduz ao homicídio, nem desejes a maldade e a paixão pois disto tudo nasce a ira. 3... 4Não sejas astrólogo, nem purificador, pois estas coisas conduzem à vã superstição; nem sequer desejes ver ou ouvir estas coisas. 5Não sejas mentiroso porque a mentira conduz ao roubo; nem amante do dinheiro, nem da vadiagem, pois de tudo isto nascem os roubos. 6 Não sejas murmurador porque isto conduz à difamação; não sejas temerário, nem penses mal, pois de tudo isto nascem as difamações. 7 Ao contrário, sê manso, porque os mansos possuirão a terra santa. 8 Sê também paciente em teu trabalho; sê bom e temeroso de todas as palavras que escutas. 9 Não te enaltecerás nem te gloriarás perante os homens, nem infundirás a soberba na tua alma; não te unirás em espírito com os orgulhosos, mas te juntarás aos justos e humildes. 10 Receberás como bem as coisas adversas que te ocorrerem, sabendo que nada ocorre sem Deus.

CAPÍTULO IV

1Daquele que te ensina a palavra do Senhor Deus, te recordarás dia e noite. O respeitarás como ao Senhor, pois onde se apresentam as coisas relativas ao Senhor, ali está o Senhor. 2 Assim pois, busca o rosto dos santos, para que te entretenhas nas suas palavras. 3 Não causes divisões, mas põe paz entre os que se desentendem; julga retamente sabendo que também tu serás julgado; não derrubarás ninguém em desgraça. 4 Não terás dúvidas se será ou não verdadeiro. 5 Não sejas como aqueles que estendem a mão para receber e encolhem para dar. 6 Sim, graças às tuas mãos, tens a redenção dos pecados; não terás dúvidas ao dar, sabendo quem será o remunerador dessa recompensa. 7 Não te desviarás do necessitado, mas compartilharás todas as coisas com teus irmãos e não dirás que sãos tuas. Se somos co-partícipes no imortal, quanto mais devemos iniciá-lo já, a partir daqui? Eis que o Senhor quer dar a todos os Seus dons. 9 Não afastarás as tuas mãos dos teus filhos, mas desde a juventude lhes ensinarás o temor a Deus. 10 A teu servo ou a tua serva, que esperam no mesmo Senhor, não os obrigarás, com ira, que venham a temer ao Senhor e a ti, pois Ele não veio para discriminar pessoas, mas para aqueles em quem encontrou um espírito humilde. 11 Vós, servos, permanecei submissos aos vossos senhores como a Deus, com pudor e temor. 12 Odiarás toda hipocrisia e não farás o que não agrada a Deus. 13 Assim, pois, guarda, filho, o que tens ouvido e não lhe acrescentes coisas contrárias, nem as reduza. 14 Não te cerques da oração cm maus propósitos. Este é o caminho da vida.

CAPÍTULO V

1 Por outro lado, o caminho da morte é contrário àquele. Para começar, é mau e cheio de maldições: adultérios, homicídios, falsos testemunhos, fornicações, maus desejos, atos mágicos, poções malditas, roubos, vãs superstições, furtos, hipocrisias, repugnâncias, malícia, petulância, cobiça, linguajar imoral, inveja, ousadia, soberba, orgulho, vaidade. 2 Os que não temem a Deus, os que perseguem os justos, os que odeiam a verdade, os que amam a mentira, os que não conhecem a recompensa da verdade, os que não se aplicam ao bem, os que não têm um reto juízo, os que não cuidam pelo bem mas pelo mal 3 dos quais se esgota a paciência e cerca a soberba - os que perseguem aos remuneradores, os que não se compadecem do pobre, os que não se afligem com o aflito, os que não conhecem a seu Criador, os que assassinam os seus filhos, os que cometem o aborto, os que se afastam das boas obras, os que oprimem o trabalhador, os que se esquivam do conselho dos justos: Filho, afasta-te de todos estes!

CAPÍTULO VI

1 E vigia para que ninguém te afaste desta doutrina; do contrário, serás considerado sem disciplina. 2... 3... 4 Se a cada, com cuidado, fizeres estas coisas, estarás próximo do Deus vivo; se não o fizeres, estarás longe da verdade. 5 Põe todas estas coisas em teu espírito e não perderás a tua esperança; ao invés, por estes santos combates, chegarás à coroa. 6 Por Jesus Cristo, o Senhor que reina e é Senhor com Deus Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém. _______________________

FONTE:

B. Altaner/A.Stuiber. Patrologia, ed. Paulinas, pp. 89/91

Site ortodoxo Ecclesia

PRIMEIRA CRUZADA - CRONOLOGIA


A Primeira Cruzada e os novos estados da Terra Santa (1096 - 1099 - 1143)

1095, começos:       Aleixo I Comneno, imperador bizantino, envia uma embaixada ao papa Urbano II, para lhe pedir ajuda.
1095, Primavera      O papa Urbano II inicia a sua viagem a França.
1095, 18 de Novembro:      Abertura do Concílio de Clermont.
1095, 26 de Novembro:      Urbano II lança o seu apelo à Cruzada.
1096, Abril:   Partida da Cruzada popular dirigida por Pedro, o Eremita, e Gautier Sans Avoir. Massacres de judeus na Renânia.
1096, 6 de Julho:    Concílio de Nimes: Urbano II confia a Raimundo de Saint-Gilles o comando de uma das expedições à Terra Santa.
1096, 1 de Agosto   A Cruzada popular chega a Constantinopla.
1096, Verão: Partida da Cruzada dos barões (Godofredo de Bulhão; Raimundo IV conde de Toulouse; Boemundo de Tarento; Estêvão conde de Blois; Tancredo de Hauteville e Roberto II conde da Flandres). O imperador alemão, Henrique IV, e o rei de França, Filipe I, estando excomungados, não puderam dirigir a Cruzada.
1096, 21 de Outubro:         As tropas turcas e búlgaras do sultão de Niceia, Kilij Arslan, aniquilam a Cruzada popular na Anatólia. Pedro, o Eremita escapa ao massacre e foge para Constantinopla.
1096, 23 de Dezembro:      Chegada de Godofredo de Bulhão a Constantinopla. O imperador de Bizâncio exige, e obtém, após muitas recusas, a promessa de restituição das terras e das cidades retomadas aos muçulmanos, e a aceitação da sua suserania sobre as novas conquistas.
1097, fim de Abril:   O exército dos barões abandona Constantinopla, passando para a Ásia Menor.
1097, Maio:   Tiro cai nas mãos dos Fatimidas do Egipto.
1097, Junho:            Tomada de Niceia pelos cruzados, restituída a Bizâncio.
1097, 1 de Julho:    Vitória franca contra o sultão turco de Iconium (Konya), em Dorileia.
1097, 13 de Setembro:       Os cruzados dividem o exército em dois forças em Heracleia.
1097, 20 de Outubro:         Chegada dos cruzados a Antioquia, e começo do cerco.
1097, 15 de Novembro:      Balduíno de Bolonha abandona o campo dos cruzados e toma a direcção de Edessa, devido ao pedido de apoio do príncipe arménio da cidade.
1098, Fevereiro:      Os Bizantinos abandonam o cerco de Antioquia. Balduíno chega a Edessa.
1098, Março: Balduíno de Bolonha proclama-se príncipe de Edessa, após a morte de Thoros, príncipe arménio, que lhe tinha pedido ajuda e o tinha adoptado. Funda assim o primeiro Estado Latino do Oriente.
1098, 3 de Junho:   Tomada de Antioquia pelos Cruzados. Boemundo I de Tarento, chefe dos normandos da Itália meridional, recusa devolvê-la aos bizantinos e proclama-se príncipe de Antioquia.
1098, 4 de Junho:   Os cruzados são cercados em Antioquia por um exército de socorro, comandado por Kerbogha, enviado pelo Sultanato seljúcida da Pérsia.
1098, 14 de Junho: Pedro Bartolomeu descobre a Santa Lança debaixo das lajes de uma igreja de Antioquia.
1098, 28 de Junho: Os cruzados de Antioquia derrotam as forças sitiantes muçulmanas.
1098, 26 de Agosto:            Os Fatimidas ocupam Jerusalém.
1098,12 de Dezembro:       Os cruzados apoderam-se de Maarat An Noman, na Siria. A população é massacrada e a cidade destruída.
1099, 13 de Janeiro:           Os Francos retomam a sua marcha para Jerusalém.
1099, 2 de Fevereiro:         O exército passa por Qal'at-al-Hosn, o futuro Krak dos Cavaleiros.
1099, 7 de Junho:   O exército franco chega a Jerusalém.
1099, 13 de Junho: Primeiro assalto à cidade, sem qualquer preparação prévia, que falha.
1099, 10 de Julho:  Assalto a Jerusalém. A muralha circundante é atravessada.
1099, 15 de Julho:  Conquista de Jerusalém pelos cruzados. Massacre da população muçulmana e judia.
1099, 12 de Agosto:            Os Francos derrotam os Egípcios em Ascalon, na costa mediterrânica, a norte de Gaza.
1099, 22 de Julho:  Eleito rei de Jerusalém pelos barões, Godofredo de Bulhão só aceita o título de defensor do Santo Sepulcro.
1099, 1 de Agosto:  Arnoul Malecorne, patriarca de Jerusalém. É substituído em 31 de Dezembro por Daimbert, bispo de Pisa, legado do papa.
1100:  Acordo comercial entre Veneza e o Reino Franco de Jerusalém.
1100, 18 de Julho:  Morte de Godofredo de Bulhão. Balduíno de Bolonha, irmão de Godofredo, príncipe de Edessa, é coroado primeiro rei de Jerusalém em Belém, no dia 25 de Dezembro.
1100-1101:   Cruzadas de socorro. Cruzada lombarda (1) dirigida pelo arcebispo de Milão, Anselmo du Buis, Raimundo de Saint-Gilles, Estêvão-Henrique, conde de Blois, Estêvão, conde da Borgonha e o primeiro oficial do Santo Sepulcro, Conrado. Cruzadas de Nevers (2) e da Aquitânia (3). Nenhuma delas consegue atravessar a Ásia Menor, sendo sucessivamente vencidas por uma coligação dos diferentes potentados turcos da Anatólia.
1101, Março: Tancredo de Hauteville, um dos chefes da primeira Cruzada, abandona Jerusalém regressando ao Ocidente por Antioquia.
1101, 17 de Maio:    Os Francos tomam Cesareia.
1102:  Raimundo de Saint-Gilles toma Tortosa.
            Vitória de Balduíno em Ramla.
1103:  Início do cerco de Trípoli pelos Francos.
1104, 7 de Maio:      Derrota dos Francos em Harran: Balduíno du Bourg é feito prisioneiro. Paragem do avanço da Cruzada na Mesopotâmia, que se dirigia para Mossoul, no rio Tigre.
1104, 26 de Maio:    Os cruzados tomam Acre com a ajuda de uma esquadra genovesa.
1105, 28 de Fevereiro:       Raimundo de Saint-Gilles morre em Mont-Pèlerin, durante o cerco de Trípoli. É sucedido por Bertrand de Saint-Gilles.
1105-1113:   Os «Assassinos» redobram de actividade.
1108:  Conflito entre Tancredo e Balduíno du Bourg a propósito da restituição de Antioquia a este último.
1109, Julho: Trípoli cai na mão dos Francos. O conde Bertrand conquista finalmente a cidade de que é titular.
1110:  Conquista do Castelo Branco (Safita) e do Krak dos Cavaleiros.
1111:  Mawdud, emir ortoqida de Mossul, ataca os Francos, e massacra a população de Edessa quando esta se dirigia para a margem ocidental do rio Eufrates.
1113:  Bula do papa Pascoal II reconhecendo oficialmente a ordem do Hospital de São João de Jerusalém.
1115:  Conquista pelos francos do castelo de Shawbak (Montréal), a sul do Mar Morto.
1118:  Morte do imperador Aleixo Comneno; a sua filha Ana começa a redacção da Alexíada.
1118, Abril:   Morte de Balduíno I; sucede-lhe Balduíno du Bourg.
1119:  Batalha de «Ager sanguinis» (do campo de sangue). O emir el Ghazi, de Diyarbakir aniquila o exército franco de Antioquia, pertp de Atareb.
1119-1120:   Nove cavaleiros ocidentais fundam, em Jerusalém, a Milícia dos Pobres Cavaleiros de Cristo (Futura Ordem do Templo).
1123, 29 de Maio:    Os Egípcios são derrotados em Ibelin pelo primeiro oficial do rei, Eustáquio Garnier, regente do reino durante o cativeiro de Balduíno II.
1124, 7 de Julho:    Tomada de Tiro pelos cruzados.
1129, Janeiro:          Concílio de Troyes: a Ordem do Templo é oficialmente reconhecida pelo papa Honório III.
1129, 18 de Junho: Zinki instala-se em Alepo; faz apelo à Jihad contra os Francos.
1131, 14 de Setembro:       Morte de Balduíno II; Foulques V, de Anjou, rei de Jerusalém.
1135:  O Hospital de São João de Jerusalém transforma-se em ordem militar.
1142:  O Krak dos Cavaleiros é cedido aos Hospitalários de São João.
1143, 25 de Dezembro:      Zinki, atabaque de Alepo e de Mossul, toma Edessa.


Fonte :   Site ortodoxo  ecclesia

CRUZADAS

Cronologia das Cruzadas:

A expansão Árabe antes das Cruzadas (622-1089)

622:    Maomé (570-632) é obrigado a sair de Meca, retirando-se para Medina (cidade do Profeta). Começo da Hégira (exílio), ponto de partida do calendário muçulmano (16 de Julho de 622).
630, 1 de Janeiro:   Maomé regressa a Meca, após ter derrotado as forças de Meca e os seus aliados. A nova doutrina triunfa na Arábia.
632:    Morte de Maomé em Medina. Abu Bakr é escolhido por aclamação como primeiro califa. Os falsos profetas são derrotados, e as tribos rebeldes derrotadas.
634 – 644:     O califa Omar, o primeiro a usar o título de Amir al-Mu'minin (príncipe dos Fiéis), transforma o Estado nacional árabe num império teocrático internacional e estabelece uma administração militar. O chefe das tropas de ocupação transforma-se em governador civil, chefe religioso e juiz temporal.
634:    Teodoro, irmão do imperador bizantino Heráclio, é derrotado em Ajnadayn, entre Gaza e Jerusalém, pelo exército árabe.
636:    Derrota do exército bizantino em Yarmuk, ao sul do Lago Tiberíades.
638:    O califa Omar apodera-se de Jerusalém. Conquista da Palestina e da Síria.
639-641:        Conquista da Mesopotâmia, actual Iraque, pelos exércitos árabes.
642:    Conquista do Egipto, negociada pelo patriarca de Alexandria. As condições acordadas garantiam a segurança de pessoas e bens, e a liberdade de culto para os cristãos. Fundação do Cairo (al-Fustât)
649:    Conquista de Chipre.
655:    Conquista de Cabul.
687:    Começo da construção da mesquita de Omar em Jerusalém.
711:    Invasão da Península Ibérica. Derrota de Rodrigo, último rei Visigodo de Espanha.
            Conquista da região do Indo (actual Paquistão e Afeganistão).
716 - 717:      Cerco de Constantinopla
732:    Batalha de Poitiers. Fim da expansão árabe na Europa.
747:    Sublevação abássida no Kkorassan.
750:    Derrota do último califa Omíada de Damasco na batalha do Grande Zab, na Pérsia revoltada pelos Chiitas.
750 – 1258:   Dinastia Abássida (de Abbas, tio de Maomé), sedeada em Bagdade, cidade inteiramente nova construída nas margens do rio Tigre. Fundada por Abu al-Abbas.
755 – 103:     Emirado, e mais tarde Califado (929), Omíada de Córdova, na Península Ibérica. Fundado por Abd al-Rahman, fugido do massacre dos omíadas em Damasco.
c. 800:            Mercadores muçulmanos em Cantão. Fábrica de papel fundada em Bagdade.
809:    Morte do califa Haroun al-Rachid, conhecido pelas Mil e Uma Noites. Apogeu do império árabe.
825:    Ocupação da ilha de Creta pelos muçulmanos.
827:    O Mu'tazilismo, escola do Islão clássico fortemente influenciada pelo racionalismo, é proclama doutrina oficial.
830:    Primeiras peregrinações a Santiago de Compostela. Depois de se ter encontrado o túmulo em 813.
831:    Conquista de Palermo, na Sicília, pelos Árabes
842:    Conquista de Messina, na Sicília, e de Tarento, na Península Itálica, pelos Árabes
842 – 902:     Conquista da Sicília pelos Árabes.
846:    Incursão muçulmana em Roma.
857:    Morre Muhâsibi, um dos primeiros mísiticos (Çufis).
864:    Surge a doutrina do «encerramento das portas do raciocínio individual» em matéria de interpretação da Lei.
868-883         Revolta dos escravos negros (Zandj) no Baixo-Iraque.
869:    Conquista árabe da ilha de Malta.
874:    Nascimento do teólogo al-Ash'ari: conciliação do racionalismo mu'tazilita com o tradicionalismo sunnita.
875:    Massacre dos comerciantes muçulmanos na China.
940 – 1258:   O califado dos Abássidas deixa de ter qualquer importância política. Devido ás revoltas chiitas, e à incapacidade do califa, aparecem várias dinastias locais cujos príncipes tomam o título de califa.
960:    Conversão ao Islão dos Turcos Qarakhânidas.
961:    Reconquista de Creta pelos bizantinos.
962:    Fundação da dinastia Ghaznévida, no Afeganistão, primeira dinastia turca no mundo muçulmano. Existirá até 1186.
            Os Bizantinos retomam Alepo.
969:    Os Fatimidas, dinastia aparecida no Norte de África por volta de 910, apoderam-se do Egipto.
            Fundação do novo Cairo (al-Aâhira).
            Os Bizantinos voltam a ocupar Antioquia.
993:    Nascimento de Ibn Hazm, poeta e teólogo andaluz: apologia da interpretação literal do Corão e da tradição.
996:    Massacre de mercadores de Amalfi, porto no sul de Itália, no Cairo.
997:    Incursão muçulmana contra S. Tiago de Compostela.
1009:  O califa fatimida do Cairo, al-Hakim, manda destruir as igrejas de Jerusalém.
1017:  Começo da pregação druza.
1019:  Proclamação, pelo califado de Bagdade, de um credo de inspiração hanbalita, uma das quatro escolas do Islão sunnita, que se caracteriza pela sua atenção ao respeito da tradição corânica e profética. Uma 2ª proclamação dá-se em 1042 e uma 3ª em 1053.
1031:  Fim do Califado de Córdova. As possesões muçulmanas da Península Ibérica são repartidas em principados (tawa'if), conhecidos por Taifas.
1035:  Peregrinação a Jerusalém de Roberto, o Diabo (ou o Magnífico), duque da Normandia.
1036:  Muçulmanos e Bizantinos concordam em reconstruir as igrejas cristãs de Jerusalém.
1040:  Vitória dos Turcos Seljúcidas sobre os Ghaznévidas em Dandanaqan.
1043:  Miguel Cerulário torna-se patriarca de Jerusalém.
1054, 25 de Julho:  Cisma entre Roma e Constantinopla. Miguel Cerulário, excomungado pelo papa Leão IX, excomunga todos os latinos.
1055:  Os Turcos seljúcidas conquistam Bagdade.
1062:  O papa Alexandre II concede o perdão dos pecados a quem combater os muçulmanos.
1063:  Cruzada de cavaleiros borgonheses à Península Ibérica. O exército cruzado conquista a cidade de Barbastro, em 1064, após 4 meses de cerco.
1064:  O arcebispo Gunther de Maiença e os bispos Guilherme de Utrecht e Otto de Ratisbona organizam uma peregrinação de 7.000 pessoas a Jerusalém.
1071, 19 de Agosto:            Os Bizantinos são derrotados pelos Turcos Seljucidas em Manzikert.
Cerca de 1080:        Mercadores de Amalfi fundam, perto do Santo Sepulcro, o hospital de São João de Jerusalém, para recolher os peregrinos pobres.
            Fundação da seita muçulmana dos Assassinos.
1081:  Aleixo Comneno, imperador do Oriente.
1082:  Devido à ajuda prestada contra os Normandos, Veneza obtêm o direito de comerciar em todo o Império Bizantino, sem pagar direitos alfandegários.
1084:  Antioquia cai nas mãos dos Turcos.
1085:  Os Normandos dominam a Sicília.
            Conquista de Toledo por Afonso VI de Castela.
1086:  Afonso VI de Castela é vencido na batalha de Sagrajar pelos berberes almorávidas, chamados à Península Ibérica pelos reis muçulmanos das Taifas, devido à conquista de Toledo.
1086 – 1090: Peregrinação à Terra Santa do conde de Flandres, Roberto de Frison.
1087:  Cruzada francesa a Espanha, organizada por Urbano II, e dirigida por Raimundo de Saint-Gilles, conde de Toulouse e Eudes I, duque da Borgonha.
1090:  Conquista de Malta pelos Normandos.
            Os «Assassinos» apoderam-se do castelo de Alamute, na Pérsia.
1092:  Os «Assassinos» matam o vizir Nizam al-Mulk.


Fonte :   Site ortodoxo  ecclesia

A QUARTA CRUZADA

A Quarta Cruzada: a cruzada bandida de 1204

O papa João Paulo II, seguindo sua política de reaproximação com as demais religiões organizadas da Terra, em cerimônia realizada no Vaticano no final de novembro de 2004, devolveu as santas relíquias de mártires da Igreja Cristã Ortodoxa ao patriarca ecumênico. Relíquias estas que haviam sido roubadas do interior da Igreja de Santa há 800 anos passados, por ocasião do saque a que soldados cristãos, embarcados em Veneza, haviam submetido à cidade de Constantinopla. Episódio vergonhoso da cristandade que somente acelerou ainda mais a separação das duas igrejas, a católica e a ortodoxa, situação que se prolonga por oito séculos.

A imponência de Constantinopla

«O saque de Constantinopla pelos cavaleiros cristãos (12-15 de abril de 1204)»
Nos primeiros anos do século 13, Constantinopla, a capital do Império Bizantino, orgulhava-se de ser vista como a cidade mais rica do mundo. Dizia-se que 2/3 da riqueza universal passava pelo seu amplo porto e pelas mãos dos seus comerciantes, ativos em meio a uma fervilhante população de um milhão de habitantes. Era um exagero. Mas não era o fato dela ser, para inveja de Roma, a cidade cristã que mais acumulara relíquias sagradas. Desde que o imperador Constantino, convertido à fé de Cristo, fizera dela, no ano de 330, a sede da nova religião, seus funcionários espalhados por boa parte da Ásia Menor não cessaram mais de remeter-lhe todo e qualquer tipo de lembrança que pudesse estar relacionada a Cristo e aos Apóstolos.
Assim, em poucos anos, Constantinopla tornou-se um imenso bazar do sobrenatural. Até a Verdadeira Cruz, encontrada por Helena, a mãe de Constantino, e sagrada por Macário, o patriarca de Jerusalém, estava exposta na Catedral de Santa (Hagia ). A isso somavam-se os santos ossários, relicário composto pelos restos de mártires do cristianismo. Entre eles, o de São João Crisóstomo, morto em 407, orador assombroso, justamente apelidado de "o boca-de-ouro", inimigo da imperatriz Eudoxia.
Por isto, a cidade hospedava um sem-fim de peregrinos vindos de todos os cantos do Ecúmeno cristão, e que, ultrapassando a Porta Dourada, despejavam rios de dinheiro no comércio local.
Graças a uma astuta política que combinava diplomacia com grossos subornos, Constantinopla escapou do destino de Roma, ocupada a partir do século 5 por uma maré de bárbaros. O que não podia esperar é acabar sendo invadida por cavaleiros cristãos vindos da Europa, gente da sua mesma fé.

A trama contra Constantinopla

De fato, uma impressionante coligação de forças terminou por desabar sobre a infeliz capital da cristandade oriental no ano de 1204. O Papa Inocêncio III conclamara a nobreza européia a retomar Jerusalém (nas mãos de Saladino, desde 1187), o imperador do Sacro Império queria a submissão da cidade para fazer dela um Império latino, os barões franceses viram-na como um fabuloso butim antes de seguir na cruzada e, por último. O doge de Veneza, Enrique Dándolo, um enérgico octogenário, desejava eliminá-la como rival comercial e açambarcar-lhe o grande mercado asiático controlado por ela.

«O saque de Constantinopla»

E tudo começara quando os cavaleiros cruzados - liderados por Balduíno, Conde de Flandres, e por Bonifácio, Marquês de Montferrant -, pegos sem dinheiro com suas tropas acampadas na ilha do Lido, em Veneza, tiveram que aceitar o desvio da nobre missão sugerido pelo doge Dándolo. Ao invés de resgatarem Jerusalém por uma incursão pelo Egito, como era o plano original, aceitaram incursionar contra Constantinopla para pagar as dívidas à Veneza (mais de 30 mil marcos de prata). Como primeira missão, foram constrangidos a retomar para Veneza o porto de Zara, no litoral Adriático (hoje na Croácia e que havia sido ocupada pelo rei da Hungria, um cristão).
O pretexto a que se prenderam, tanto os nobres franceses como seus sócios venezianos, que formavam o grosso da expedição de mais de 150 navios e galeras - a justificativa que encontraram para que cristãos atacassem uma metrópole cristã -, em total desvirtuamento com o espírito da cruzada (que era combater o Islã para controlar os Santos Lugares), era reparar a injustiça feita com o príncipe Alexis Angelos, que tivera seu pai, o basileu Isaac II, deposto e preso por um irmão, que entronara-se no Palácio Bucoleon como Alexis III (o príncipe bizantino Alexis Angelos prometera mundos e fundos aos cruzados, quando estes por fim o colocaram no poder, por ocasião da primeira conquista da cidade, em 17 de julho de 1203, ele deu-se conta que não podia pagá-los, visto que o tesouro real estava vazio ).
O cronista desta infeliz cruzada de bandidos, Geoffrey de Villehardouin, Marechal da Champanha, (autor de Memórias ou Crônica da Quarta Cruzada e a Conquista de Constantinopla), assegurou que nada daquilo fora premeditado. As coisas foram acontecendo ao acaso e os homens deixaram-se envolver pelas obrigações imediatas. Como se dera com os cruzados franceses que, comprometidos a assegurarem 85 mil marcos de prata à Veneza para pagarem os custos da viagem até o Egito, tiveram que, como se viu acima, aceitar uma mudança do roteiro original, pois somente haviam levantado 50 mil marcos de prata, insuficientes para cobrir as despesas do translado de 33.500 soldados e cavalos para o Oriente Médio.
O primeiro passo em falso dado por eles foi ter atendido ao doge Dándolo para que recuperassem Zara, um porto cristão, para Veneza. Cometido o primeiro desvio, seguiu-se um outro, bem maior.

A pilhagem de Constantinopla

«...Como devo eu começar a relatar as proezas cometidas por tais homens nefandos! Arre. As imagens, as quais temos o dever de adorar, foram arremetidas ao chão! Arre, as relíquias dos santos mártires foram atiradas sobre lugares imundos! Foi doloroso ver e com tremor ouvir, o divino corpo e o sangue de Cristo, esparramado .... pelo chão. Eles despedaçaram os preciosos relicários e colocaram os ornamentos que lá continham dentro das suas bolsas e, precursores do Anti-Cristo, usaram as partes remanescentes como taças e copos..... Cristo foi roubado e insultado e Suas roupas divididas por sorteio.... Ninguém pode violar a Grande Igreja ( Hagia ).» Nicetas Choniates - O Saque de Constantinopla, 1204.

«O assalto à cidade de Constantinopla
(12 de abril de 1204)»

Tomada de assalto a cidade pela segunda vez em 12 de abril de 1204, depois de um assédio de poucos dias, latinos e gregos, ambos lados rogando por um empenho salvador de Jesus Cristo, engalfinharam-se pelas ruas e praças da capital, à sombra de impressionantes incêndios que devastavam a cidade. O imperador Alexis IV fugira miseravelmente deixando-a entregue ao despotismo da soldadesca. Tudo foi pilhado e roubado. A catedral de Santa , igrejas, capelas, palácios e edifícios públicos, bibliotecas, livrarias, lojas, os bazares, foram por três dias seguidos arrasados pela fúria desatada das tropas invasoras. Os chefes cruzados e o doge tiveram dificuldade em encontrar três igrejas ainda inteiras para poderem usá-las como local da partilha do enorme espólio. Isto numa cidade onde não havia rua sem uma capela. Poucas vezes assistira-se na história uma inversão tão completa de objetivos: a luta pela fé tornara-se uma enorme operação de banditismo, os cruzados viraram facínoras.
Niceta Chroniates, o historiador grego que testemunhou o desastre, assegurou que "nem meretrizes, nem pecadores com suas culpas, nem os ministros das fúrias ou os servos do demônio, nem mesmo os envenenadores... insultaram a Cristo e o trono do Patriarca (chefe da Igreja Ortodoxa)" de um modo tão obsceno e profano como eles o fizeram. Em valores atuais ainda é impossível calcular-se o montante do roubo promovido pelos cavaleiros cristãos. Seguramente as jóias e o ouro seriam avaliados em bilhões de dólares (*).
Dado que o príncipe Alexis fora morto por estrangulamento nos começos de 1204 e o outro imperador fugira, deixando o trono vago, os gregos, além de se verem espoliados pelos cruzados, foram obrigados a avassalarem-se a um monarca estrangeiro, um francês. Num parlamento formado por apenas 12 votantes (o número dos apóstolos), os cruzados elegeram Balduíno, Conde de Flandres como o novo rei de Constantinopla. Com o titulo oficial de Imperator Romaniae, ele foi coroado em 16 de maio de 1204 na Catedral de Santa , formado-se deste modo o Império Latino do Oriente. Situação que se estendeu até 1261, quando Miguel VIII Paleólogo, derrubando Balduíno II, o derradeiro monarca latino, conseguiu recuperar o controle da cidade de volta para os gregos.
Por um bom tempo, de 1204 a 1261, a cristandade então conheceu a existência de três impérios romanos: o Sacro Império no Ocidente; o Império Latino em Constantinopla e seus arredores; e a continuidade do Império Bizantino nas partes gregas e orientais.
O assalto à Constantinopla e a orgia de violência que se seguiu, ocorrido há 800 anos atrás, envenenou para sempre as relações entre os dois hemisférios da cristandade: o ocidental e o oriental. É esta brecha irreparável que o papa João Paulo II tentou diminuir devolvendo os santos ossários ao Patriarca ortodoxo.

(*) É de difícil entendimento para o homem dos nosso dias a obsessão dos cruzados europeus pelas relíquias. Ocorre que, talvez mais ainda do que o ouro, elas eram importantíssimas não só devido ao seu peso simbólico que os ligava a Cristo ou à Terra Santa, mas também pelo valor material delas. Uma relíquia qualquer posta em exposição numa igreja ou numa capela de uma pequena cidade européia atraia levas de visitantes, o que significava dinheiro para todos os moradores da localidade. Relíquias, por vezes, rendiam bem mais do que ouro ou rubi.

FONTE:

Educaterra

Site Ortodoxo Ecclesia

A BÍBLIA E JESUS

A Bíblia e Jesus !                                      1. Em Gênesis Jesus é: O nosso Criador (Gn 1) e A Semente da mulher. (3:15)...