segunda-feira, 24 de junho de 2024

OBEDIÊNCIA: ORDENANÇA DO SENHOR


No princípio Deus criou os Céus e a Terra (Gênesis 1.1), e no sexto dia da Criação, Ele fez o homem do pó da terra (Gênesis 1.26,27; 2.7).

O primeiro casal criado por Deus, viviam em plena comunhão com o Criador, porém um dia a mulher comeu do fruto proibido que foi orientado a Adão que não se poderia comer (Gênesis 3.6).

Pela desobediência foram lançados fora do jardim do Éden (Gênesis 3.23), e por causa disso toda a Terra ficou prejudicada., mas Deus que nunca foi e jamais será pego de surpresa já havia preparado um plano para resgatar a humanidade que perdera a comunhão com o Criador, por causa da desobediência do primeiro casal, Adão e Eva.

No evangelho segundo João 3.16, assim está escrito : "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna", e assim, Deus nos deu o seu Filho para nos resgatar, morrendo em uma cruz pelos nossos pecados, mas ressuscitando ao terceiro dia, e assentou-se a direita do Pai, e assim nos reconciliando com o nosso Criador.

Através do sacrifício que Jesus efetuou na cruz do Calvário todo homem e mulher que crê nesse sacrifício, se arrependendo de seus pecados e aceitando a Jesus Cristo como Salvador e Senhor, são reconciliados com Deus e tornam-se filhos e filhas de Deus (João 1.11-14). Sendo assim justificados, regenerados e santificados, tornam-se novas criaturas (2 Coríntios 5.17).

A santificação é progressiva, e a ordem divina é que sejamos santos como Ele é Santo (1 Pedro 1.15,16).  Ser santo significa separação das coisas que não agradam a Deus e serví-lo com inteireza de coração, pois o pecado não tem mais domínio sobre a vida das pessoas que passam pela experiência da justificação, regeneração e da santificação (Romanos 6.14,17-18,22).

Na jornada cristã aqui nesta Terra, precisamos estar sempre em vigilância e oração, (Mateus 26.41), em comunhão com o Pai para que sejamos obedientes e agradáveis ao Pai Celestial.

Estejamos sempre com os nossos olhos fitos em Jesus Cristo, o autor da fé (Hebreus 12.2), assim fazendo, teremos condições de fazer a vontade do Pai, pois o Espírito Santo que pela intercessão do Filho foi enviado para ficar conosco nos ajuda a vivermos uma vida vitoriosa aqui na Terra, isso não quer dizer que não haverá lutas e provações, mas sim que em Cristo estaremos seguros e teremos paz até em meio as adversidades que enfrentamos, pois Ele venceu e nos advertiu que no mundo teremos aflições (João 16.33).

Façamos a vontade de Deus, e aguardemos com temor e amor a gloriosa vinda do Senhor Jesus Cristo, que subiu ao Céu, mas, prometeu que voltaria para nos buscar (João 14.2,3; Atos 1.9-11; 1 Tessalonicences 4.16,17).

Deus n

os amou de tal maneira que proveu a salvação para toda a humanidade, porém somente as pessoas que atenderem ao chamado do Senhor alcançarão essa bendita promessa de um dia estar para sempre com o Senhor (Mateus 11:28-30).

Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo, o Deus Eterno, Santo e Poderoso.


Texto redigido por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia - Baseado na Palavra de Deus


domingo, 23 de junho de 2024

SEJAMOS FIÉIS MESMO EM MEIO A PERSEGUIÇÕES

 


"E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições" (2ª Timóteo 3.12).

As Escrituras Sagradas nos adverte para que estejamos preparados, pois se quisermos viver uma vida reta e justa diante de Deus e dos homens, padeceremos perseguições.

Mesmo que sejamos perseguidos e maltratados devemos sempre recorrer à Aquele que é fiel e poderoso para nos guardar, pois somente dEle vem o nosso socorro (Salmos 121.1,2)

Lemos na Palavra do Senhor, tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, o povo do Senhor sendo perseguidos, porém, quando confiavam no Senhor e clamavam ao Senhor, eram livres de seus opressores como vemos o povo de Israel que estava escravizado no Egito (Êxodo 3.7-9), o povo de Israel que no reinado do rei Assuero (Ester 1. 1-3), quando Deus livrou o seu povo de ser extinto, usando a rainha Ester para interceder em favor do povo judeu (Ester 8.3). No Novo Testamento lemos a respeito das perseguições contra os apóstolos do Senhor Jesus e contra a Igreja do Senhor, porém o Senhor deu escape ao seu povo, embora alguns foram martirizados, mas, não negaram o Senhor.

Devemos, mesmo sabendo que seremos perseguidos, sermos fiéis ao Senhor, viver piamente diante de Deus e dos homens, para que assim fazendo alcancemos o favor do Senhor, sabendo que no momento oportuno, Ele nos socorrerá.

O apóstolo Paulo disse que sofreu perseguições em vários lugares, mas o Senhor de todas o livrou (2ª Timóteo 3.11).  O mesmo Senhor que livrou a Paulo, é o mesmo Senhor que pode nos livrar nos momentos de perseguições, pois Ele é o mesmo, ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8).

E mesmo que Ele permita que sejamos afligidos e mortos como muitos sofreram e morreram pela causa do evangelho, o importante é a certeza da vida eterna, pois um dia todos os fiéis ao Senhor Deus Todo Poderoso estarão para sempre com o Senhor no Lar Celestial.

Estevão o primeiro mártir da Igreja, antes de morrer viu os céus abertos e  o Filho do Homem a direita de Deus (Atos 7.55,56).  Ele era cheio de fé e do Espírito Santo (Atos 6.5), fazia prodígios e grandes sinais entre o povo (Atos 6.8), mas, o Senhor certamente no momento da sua morte o confortou.

O Senhor não muda, Ele permanece o mesmo, assim como Ele cuidou dos seus servos e servas no passado, certamente continuará cuidando do seu povo no presente e até que Ele venha buscar a Igreja, continuará cuidando.

Peçamos a Deus, que sejamos cheios de fé e do Espírito Santo, para que tenhamos coragem de enfrentar as perseguições que viermos a enfrentar.

O Deus, criador dos céus e da terra, que nos fez do pó da terra, certamente sempre será o nosso Refúgio e Fortaleza e nos momentos mais difíceis nos acolherá e nos protegerá de todo o perigo e do mal, e se pela permissão dEle viermos a morrer em meio as perseguições, certamente estaremos seguros no Senhor, e descansaremos no Senhor e um dia ressuscitaremos e estaremos para sempre com o Senhor, o nosso Criador, o nosso Senhor e Salvador, e receberemos o nosso galardão.

Glória ao Pai, ao Filho, ao Espírito Santo.  Deus é fiel.

Texto redigido por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia - Baseado na Palavra de Deus


O SENHOR PELEJA POR NÓS


"Que diremos, pois, a essas coisas ? Se Deus é por nós, quem será contra nós ?"(Romanos 8:31) Quem será contra os chamados e justificados pelo Senhor ?
 Ainda que exista alguém que persiga o servo e a serva do Senhor, certamente que por meio do Senhor e Salvador Jesus Cristo, o nosso advogado seremos defendidos diante do Pai Eterno.
Somos protegidos pelo Senhor quando entregamos as nossas causas à Ele, e certamente Ele pelejará por nós e nos dará vitória.
Todo homem e toda mulher que já se arrependeu de seus pecados e creram  na salvação por meio de Jesus Cristo, foram justificados e santificados pelo Senhor Deus, e agora são propriedade peculiar do Senhor, ou seja, pertencem ao Senhor, e o mesmo Senhor se compromete a guardar e proteger seus filhos e filhas que se refugiam nEle.
Mesmo que o inimigo esteja ao derredor rugindo como leão, buscando a quem possa tragar (1 Pedro 5.8), o Leão da tribo de Judá, o Deus Forte e Poderoso é fiel e poderoso para nos guardar.
Quem está em Cristo, está seguro, pois Ele é o guarda fiel do seu povo (Salmos 121). Ele é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia (Salmos 46).
Lemos na Palavra do Senhor que Sadraque,  Mesaque e Abdnego foram jogados na fornalha ardente (Daniel 3.20,21) e Daniel jogado nas covas dos leões (Daniel 6.16), porém, o Guarda de Israel que não dormita, livrou os seus servos da fornalha (Daniel 3.18) e da cova, pois Ele é fiel (Daniel 6.22).
Creiamos em Deus o nosso Senhor e Salvador, o nosso ajudador, o nosso protetor, porque ainda quem procurem fazer algum dano aos que O servem, Ele sempre terá uma porta de escape para seus servos e servas que confiam nas suas promessas.
Lutas e dificuldades os filhos e as filhas de Deus sempre terão, pois o próprio Jesus disse que no mundo teríamos aflições, mas para termos bom ânimo, pois Ele venceu (João 16.33).
Deus nos chamou para sermos mais que vencedores (Romanos 8.37), pois Ele nos amou e enviou o seu Filho para nos salvar.
Quem está em Cristo, está escondido na sombra do Onipotente e o inimigo não tem poder sobre a vida daqueles e d
aquelas que já foram libertos pelo poder do sangue de Jesus, que foi derramado na cruz do Calvário e é por esse sangue que somos justificados (Romanos 5.9) e esse sangue nos purifica de todo pecado (I João 1.7).
Que sejamos firmes e constantes e sempre abundantes na obra do Senhor (1 Coríntios 15.58), e que a promessa que nada pode nos separar do amor de Cristo (Romanos 8.35) esteja gravada em nossos corações, pois Deus é fiel para cumprir todas as suas promessas, e por isso não precisamos temer nas adversidades, pois somos defendidos e protegidos pelo Senhor. 
Que toda honra, glória e louvor, seja dada ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, o Deus Triuno que nos garante a vitória.

Texto redigido por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia - baseado na Palavra de Deus

quinta-feira, 30 de maio de 2024

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2º TRIMESTRE 2024 - LIÇÃO 7 - ADULTOS

O PERIGO DA MURMURAÇÃO

TEXTO ÁUREO 

"E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor." (1 Co 10.10)

VERDADE PRÁTICA

A prática da murmuração enfraquece a vida espiritual, acaba com a comunhão da igreja local e nos impede de desfrutar das promessas de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 16.1-7; 1 Coríntios 10.10,11


INTRODUÇÃO

É verdade que há ações maléficas que vêm direto do Inimigo, mas também é verdade que há as que são produzidas dentro de nós como obras da carne.  Uma delas é o pecado da murmuração.

A murmuração não pode fazer parte do contexto da vida cristã, pois apresenta atitudes de incredulidade e  negatividade, visto que se trata de um murmúrio apresentando reclamações marcadas por insatisfação e descontentamento.  É prejudicial em tudo para o povo de Deus, uma vez que além de ser pecado, suas consequências são desastrosas, gerando mágoas, ressentimentos, confusões, atraso na caminhada para o Céu.

Esse pecado é tão perigoso em nossa jornada que pode nos levar a queda.  Ele não acontece instantaneamente, pois geralmente sucede a incredulidade.  Sim, incredulidade e murmuração andam juntas.  Por isso, nesta lição, estudaremos os perigos da murmuração à luz da recomendação apóstolo: "Fazei todas as coisas sem murmurações" (Fp 2.14).

I - A MURMURAÇÃO NA BÍBLIA

A Bíblia descreve a murmuração em sua essência como algo totalmente negativo, pecaminoso.  Ela adverte severamente contra esse mal, e afirma que quem a pratica mostra que não tem confiança em Deus e em sua Palavra.  Há quatro passagens bíblicas especiais por meio das quais somos todos advertidos a fugir do pecado da murmuração.  Duas passagens no Antigo Testamento que são: Êxodo 16.2-8 e Números 14.26-29, e duas no Novo Testamento que são: 1 Coríntios 10.10 e Filipenses 2.14,15.

1 - O que é murmurar ?

As principais palavras para murmuração na Bíblia são as seguintes:  do hebraico, o verbo liyn, "resmungar", "reclamar" e "murmurar" (Nm 14.36); e o substantivo higgayown, "meditação", "música solene", "pensamento", "conspiração" (Lm 3.62); do grego, o verbo goggúzõ, "murmurar", "resmungar", "queixar-se", "dizer algo contra em um tom baixo", "dos que confabulam secretamente" (Jo 7.32).  De acordo com essas palavras, o murmurador tem o espírito dominado pelo descontentamento, desacordo, ira, queixas e oposição.  Nem Deus escapa dele, pois basta lembrar o que foi feito contra Moisés e Arão (Êx 15.24; 17.3; Nm 14.27; 16.41).

Não há como avançar na vida espiritual quando o coração está cheio do pecado da murmuração, pois esse mal prejudica primeiramente nossa comunhão com Deus e também com o nosso irmão.  Nosso relacionamento com Deus e com nosso próximo jamais será perfeito enquanto estivermos dominados por esse pecado, por isso o escritor aos Hebreus diz que devemos seguir a paz com Deus e com todos (Hb 12.14).

2 - O comportamento dos murmuradores

De acordo com os dois testamentos da Bíblia, o mal da murmuração estava no meio do povo de Deus, entre os israelitas dos dias de Moisés (Êx 16.11); nos dias de Jesus Cristo com os escribas e fariseus (Lc 15.2); na igreja em Jerusalém, no início (At 6.1).  Esse mal revela um comportamento inconveniente, um temperamento inquieto, indiretas sarcásticas.  O comportamento dos murmuradores é tão sério que chegou a ameaçar a unidade da igreja em (At 6.1-7).  Por isso, precisamos ter toda cautela com esse comportamento, pois o pecado da murmuração, além de enfraquecer a nossa vida espiritual, também altera negativamente a nossa saúde emocional e física.

3 - O crente murmurador

Quem se diz salvo em Cristo e tem o Espírito Santo em sua vida não pode naturalizar a prática da murmuração.  Não é normal um crente cheio do Espírito Santo se entregar a esse pecado.  Nesse sentido, estão presentes a indisciplina e o descuido com as virtudes do Espírito (Gl 5.16).

Há um grande perigo quando o crente se torna murmurador.  Ele pode tornar-se cheio de contendas, e seu testemunho não terá eficácia perante o mundo, pois todos verão que está insatisfeito com a vida e com as pessoas, reclama de tudo e de todos.

Quando o crente se torna um murmurador, ele passa a ser um instrumento do Maligno contra a obra de Cristo no mundo, permitindo ao Diabo dominá-lo e usá-lo de todas as maneiras.  Assim, não é possível o crente murmurador ser alegre, bondoso e agradável por meio de sua atitude, visto que sua alma está doente, pois o corpo só será luminoso se os olhos forem bons (Mt 6.22,23).

Cultivemos boas atitudes mentais, priorizemos a vontade de Deus e o seu poder para as nossas vidas, visto que Ele sabe o que faz, inclusive como conduzir os seus planos em relação a nós.  Como Paulo ensinou: "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8.28, NAA).

II - MURMURAÇÃO:  IMPEDIMENTO DA PRIMEIRA GEERAÇÃO À TERRA PROMETIDA

O principal pecado que impediu a primeira geração israelita de entrar na Terra Prometida foi a murmuração.  Desde o momento em que saíram do Egito pelo poder de Deus, por meio de um grande ato libertador denominado êxodo, esse povo nunca parou de murmurar, mesmo diante de tantas benção divinas.  Com essa atitude, declaravam que Deus havia feito tudo errado.  Os textos bíblicos que tratam desse assunto podem ser vistos em Êxodo 16.2-3, Números 14.2-4 e 20.2-5.

Por esse motivo foram disciplinados pelo Senhor, e tiveram que caminhar pelo deserto durante quarenta anos e toda a primeira geração foi extinta, com exceção de Josué e Calebe (Nm 14.28-35).  Sob o comando de Josué , a nova geração atravessou o deserto e chegou a Terra Prometida.

1 - A murmuração contra os líderes escolhidos por Deus

Deus escolheu Moisés e seu irmão, como seu auxiliador, para libertar o povo de Israel da escravidão de Faraó e conduzí-lo à Terra Prometida (Êx 7 7.1,2).  Após experimentar grande livramento, esse povo passou a murmurar contra a liderança de Moisés e Arão de maneira sistemática, alegando que o Legislador o conduzia para morrer em pleno deserto (Êx 16.3).  Nesses relatos, percebemos que a murmuração sucede à incredulidade.  Há uma ausência de fé e se passa escolher o que é mau: a pratica da murmuração. Logo, não se pode esperar mais atitudes de bondade, sinceridade e verdade de quem submerge na murmuração, mas, sim de impaciência, ingratidão e desrespeito à liderança bíblica (1 Ts 5.12,13; Hb 13.17).

O respeito aos líderes colocados por  Deus à frente de sua obra é recomendação bíblica no Antigo e Novo Testamento, esse princípio está claro.

Tornou-se uma prática comum da geração de murmuradores se levantar contra a liderança do Senhor.  Em Números 20.2-13, logo que faltou água esse povo se levanta e passa a murmurar contra Moisés.  Os dois líderes estavam já machucados pela reação desse povo, de modo que a ordem divina a Moisés era que ele falasse à rocha, mas na condição que se encontrava, magoado, feriu a rocha duas vezes, ato que trouxe consequências para sua vida.

No meio de povo de Deus, pode acontecer que murmuradores se levantem contra a liderança estabelecida por Ele.  Mesmo que sejam homens sinceros e que estejam em plena comunhão com o Senhor, aqueles que agem assim, em atos de rebeldia e descontentamento levante, revelam que não são crentes de verdade e que não confiam em Deus.

Oremos pela nossa liderança.  Peçamos a Deus que lhes conceda sabedoria e graça para lidar com as ovelhas.  Que nunca tenhamos atitudes de murmuração, levante e rebeldia contra eles, pois o preço por agir assim é muito alto.  Podemos nos dirigir a eles fazendo nossos questionamentos ou alguma outra coisa, mas com humildade, sinceridade e reverência, desejando de verdade os propósitos divinos.

2 - A murmuração contra Deus

O Senhor Deus respondeu às murmurações do povo, dizendo que faria cair "pão dos céus" (Êx 16.4).  Entretanto, o Senhor deixou claro que contemplou as suas "murmurações" mas tratou o povo com piedade e compaixão (Êx 16.12).  Ora, o Senhor Deus contempla todas as nossas ações, sabe do que precisamos e necessitamos.  Por isso, diante de uma circunstância difícil, é muito melhor nos dirigirmos a Ele de maneira humilde, graciosa e amorosa do que nos achegarmos a Ele com ingratidão, queixas e murmuração (Hb 4.16).

A Bíblia deixa claro que não fica impunes aqueles que vivem murmurando contra Deus, pos se trata de um grande pecado, negando os bons planos do Senhor, não confiando em suas promessas e atacando a liderança por Ele designada.

O cristão precisa em tudo reconhecer os favores de  Deus e ser grato, deve agir como o salmista, que convidou sua alma para bendizer ao Senhor por todos os benefícios recebidos e não se esquecer de nenhum deles (Sl 103.1-5).

3 - Por que é perigoso murmurar ?

A Palavra de Deus diz:  "quem se endureceu contra ele (Deus) e teve paz ?" (Jó 9.4).  A luz desse texto, podemos dizer que a murmuração configura um ato de impiedade extrema contra Deus.  Ela se torna perigosa porque, além de revelar uma ausência de fé, limita a nossa capacidade de enxergar as ações de Deus em nossas vidas e no contexto em que estamos.  Por conseguinte, a murmuração cega-nos diante de Deus.  Não lembramos mais das grandes obras do Senhor em nossa vida.  Não por acaso o apóstolo Paulo reúne os episódios de murmuração dos israelitas para que os crentes da atualidade tenham cuidado e não pratiquem esse pecado a fim de não serem destruídos (1 Co 10.10,11; Rm 15.4).

Sigamos em frente na nossa jornada de fé, priorizando a Palavra de  Deus em nossa meditação, confiando em seu poder e graça, procurando reconhecer que Ele está presente em todos os nossos caminhos.  Dessa forma, chegaremos às mansões celestiais:  "Reconhece-o em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas" (Pv 3.6).

III - MURMURAÇÃO:  UM PECADO QUE NOS IMPEDE DE ENTRAR NA CANAÃ CELESTIAL

Israel não pôde entrar na Canaã prometida por Deus não porque houvesse alguma falha nEle ou naquilo que prometeu, mas, sim, porque se lançaram ao pecado da murmuração (1 Co10.5).  

1 - O fim dos israelitas murmuradores

Examinando os textos de Números 14.29 e 16.41-49, percebemos que, por causa da murmuração, os israelitas daquela geração não entraram na terra da promessa, foram mortos e sepultados no deserto (Nm 14.29).  A peregrinação de Israel pelo deserto nos serve de exemplo e advertência em nossa jornada para que não adotemos seu comportamento murmurador.  Devido a esse pecado, os israelitas perderam de vista os propósitos divinos e não alcançaram o cumprimento da promessa.

Está plenamente provado nos acontecimentos envolvendo Israel que Deus não aceita ou tolera o pecado da murmuração.  Esse ato é por demais perigoso, contagiante, gera um espírito negativista, sem fé, sem amor, sem consideração, sem obediência, sem reconhecimento, sem gratidão.

Se formos desobedientes como foram os israelitas corremos o risco de sermos cortados da raiz como está  escrito na carta de Paulo aos Romanos 11.18-21.

2 - O destino dos murmuradores

Á luz dos relatos do livro de Números, o apóstolo Paulo faz uma séria advertência ao povo da Nova Aliança:  "E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor" (1 Co 10,10).  Isso significa que um crente que vive praticando a murmuração já se encontra espiritualmente morto, perdeu a comunhão com o Senhor e não tem mais prazer nas coisas espirituais.  Logo o seu destino é a morte, que, à luz do Antigo Testamento, infelizmente, tem caráter físico e espiritual.  A murmuração é um perigo ao longo da nossa trajetória cristã.

3 - Os males da murmuração

A murmuração pode provocar muitos males.  Por exemplo, na vida da igreja local a murmuração pode trazer desânimo espiritual, contendas comunitárias, rebeldias espirituais e divisões ministeriais.  Esse processo acaba com a vida de comunhão da igreja local.  Além disso, o nosso Senhor disse que o reino dividido contra sí mesmo é "devastado" e não subsistirá" (Mt 12.25; cf Lc 1.17-22).  Há também o mal de caráter espiritual.  Por exemplo, a murmuração também resulta em mentiras e calúnias, portanto o Espírito Santo não habita uma vida que é dominada por esse tipo de obras carnais (Ef 4.30; Gl 5.19-21).  Por isso, afirmamos que quem se entrega a tal prática acaba atraindo outros pecados para a sua vida, tais como: idolatria, rebelião, adultério, blasfêmias contra Deus.  Como consequência acaba prestando serviço ao Inimigo e estacionando no meio do trajeto celestial.

A murmução, além de trazer atraso para toda comunidade de salvo, isto é, a Igreja, compromete também aquele que tem o chamado ministerial, mas que se deixa seduzir por esse pecado.  Uma pessoa vocacionada retrocederá quando passar a murmurar contra os seus líderes, não querendo mais servir com prazer, alegria e voluntariedade, achando que poderia merecer alguma coisa melhor, um reconhecimento mais adequado, se esquecendo de tantas bençãos que já recebeu.

CONCLUSÃO

Evitemos o pecado da murmuração, o qual vem marcado pela incredulidade para com Deus. A prática desse mal poderá atrair para as nossas vidas consequências desastrosas, como a ira do Senhor.

Nesta lição, vimos o quanto a prática da murmuração é perigosa e destruidora tanto para a vida espiritual quanto para a vida comunitária na igreja local ao longo da nossa jornada cristã.  Não podemos, pois ignorar a advertência da Palavra de Deus quanto ao pecado da murmuração (Rm 15.4).  Ora, a vontade de Deus é a de que participemos de suas promessas.  Portanto, evitemos o mal da murmuração em nossas casas, igrejas e em qualquer lugar que nos relacionemos com o próximo.


Fonte : Bíblia Sagrada

Lições Bíblicas - Adultos - 2º Trimestre 2024 - CPAD

Osiel Gomes - A Carreira que nos está proposta - 1ª  edição - CPAD - 2024 - Rio de Janeiro

sábado, 25 de maio de 2024

CREDO


NISTO CREIO :

Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra.
Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo:  nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu ao Hades; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna.
No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade.
Creio na atualização dos dons espirituais e que a Palavra de Deus é a nossa regra de fé e conduta. 
Creio na volta de Cristo, para arrebatar a sua igreja e no juízo final.  Amém




sábado, 18 de maio de 2024

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2° TRIMESTRE 2024 - LIÇÃO 8 - ADULTOS



 CONFESSANDO E ABANDONANDO O PECADO

TEXTO ÁUREO

"O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia." (Pv 28.13)

VERDADE PRÁTICA

Para desfrutar um caminho de restauração e reconciliação com Deus, precisamos confessar o pecado e abandoná-lo de uma vez por todas.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Salmos 51.1-12; 1 João 1.8-10

INTRODUÇÃO

Atualmente muitos acreditam que não é preciso confessar o pecado por denominá-lo mera fraqueza ligada ao ambiente e aos aspectos hereditários.  Nesta lição, veremos que a Bíblia não ensina assim.  Em sua epístola, o apóstolo João escreve que o pecado é real e, por isso, é um perigo para a vida do crente, pois suas consequências são trágicas.  a orientação bíblica é a de que, caso ocorra um pecado, ele deve ser confessado, abandonado como evidência do arrependimento para que o crente arrependido possa receber o perdão de Deus (1 Jo 2.9; cf Sl 32.5).

I - A CONFISSÃO DE PECADO
Confessar os pecados é uma ação que acontece na vida daquele que pecou ou falhou diante de Deus, reconhecendo que de fato cometeu a quebra dos mandamentos divinos, violou sua Lei e, desde então, está afastado de sua santa vontade.  
A confissão de pecados e a necessidade de seu abandono não é algo criado por líderes, um conselho de teólogos ou pastores, mas trata-se de uma recomendação bíblica, ou seja, há base bíblica para tal exigência.  Há diversas passagens na Bíblia que tratam dessa temática, como, por exemplo, Provérbios 28.13, Salmos 32.5, Tiago 5.16 e 1 Jo 1.9.
Quando a confissão é é sincera e verdadeira, o grandioso Deus estará sempre pronto para manifestar sua graça, amor e misericórdia, que, por meio de Jesus Cristo seu Filho, nos purifica de todo pecado.

1 - Definição
O verbo "confessar", da palavra hebraica yadah, aparece como "jogar", "atirar", "lançar" (1 Rs 8.33), uma palavra que vem da raiz verbal de hadah que significa "estender a mão".  Esta palavra está presente 900 vezes no Antigo Testamento, aparecendo com o sentido de "tomar conhecimento", "saber", "reconhecer".  A palavra aparece no Antigo Testamento no contexto de confissão de pecado (Sl 32.5).  No Novo Testamento, o verbo grego para "confessar" é homologéo, que significa "concordar com", "consentir", "conceder".  Essa palavra é composta da raíz homou, junto de pessoas reunidas; e de lógos, do ato de falar.  A palavra homologéo ocorre 25 vezes no Novo Testamento (Mt 7.23, Rm 10.9,10; Tg 5.16).  Há um verbo grego importante para "confessar", eksomologéo (Mt 3.16), que significa professar", "reconhecer aberta e alegremente para a honra de alguém"; "prometer publicamente que fará algo", "comprometer-se com".  Logo podemos dizer que confessar é uma maneira de declarar o que se crê ou sabe.

2 - A confissão bíblica de pecado
O ensino bíblico geral da confissão de pecado traz a ideia de reconhecê-lo e fazer a sua confissão, pois o perdão depende desse ato (Sl 32.5;1 Jo 1.9).  Essa confissão pode ser no momento da conversão; ou depois dela, quando pecados cometidos podem ser contra Deus ou contra um irmão (Mt 5.21,22).  Importante ressaltar, porém, que, segundo o ensino bíblico, era tão somente depois da confissão de pecados que se poderia viver verdadeiramente uma vida de oração e comunhão com Deus (Ne 1.6; Sl 66.18; Lc 18.9-14).
A ideia da necessidade de confissão de pecado é algo que vem desde o Antigo Testamento, mostrando que aquele que pecou e confessa alcança misericórdia e perdão da parte de Deus.
Percorre nas página do Antigo Testamento a ideia de confissão de pecados, marcado pelo arrependimento, que acontecia por meio da humildade, quebrantamento e sinceridade na busca pelo perdão de Deus.
No Novo Testamento, vai se visibilizar melhor a ideia do perdão por intermédio da confissão de pecados.
Em todas as páginas neotestamentárias, o pecado é mostrado como uma violação contra Deus e sua Palavra.  Paulo mostra que por causa da desobediência humana o pecado tornou-se universal, não há um ser justo sequer (Rm 3.10-12,23).  Esse pecado ocasionou duas coisas: separação de Deus e morte eterna (Rm 6.23).
Frente ao quadro estarrecedor que o pecado trouxe ao mundo, inclusive ao homem, revela-se também o amor de Deus ofertando por meio de Cristo Jesus o perdão (Ef 1.7; Cl 1.14), mas, para que isso acontecesse, era necessário um verdadeiro arrependimento, ou seja, mudança de mente, de direção, afastamento total do pecado (Lc 13.3; At 3.19).
Quando reconhecemos os nossos pecados e os confessamos, podemos viver um novo relacionamento com Deus, pois, quando nos arrependemos de verdade, confessando os nossos pecados a Jesus, a graça e a misericórdia divina entrarão em ação em nosso favor (1 Jo 1,7).

3 - O símbolo da confissão de pecado
No ato da confissão da confissão de pecados, a pessoa reconhece de maneira autônoma os pecados cometidos e que, por isso, se encontra indigna de estar na presença de Deus.  Ela reconhece a sua natureza pecaminosa diante do Altíssimo (Rm 3.10-12).  Então, em arrependimento sincero e confissão, busca o que lhe é garantido por meio da Palavra de Deus: o perdão.  Assim, quem experimenta o ato sincero e humilde da confissão de pecado alcança a misericórdia de Deus (Pv 28.13).  Então, a alma é consolada e a vida espiritual é restaurada.

II - O PERIGO DO PECADO NÃO CONFESSADO

1 - Os males dos pecados não confessados
Quando não há confissão de pecado, a primeira consequência é que a pessoa fica separada de Deus, Ele esconde seu rosto de nós (Is 39.2). Culpa e vergonha são sentimentos que vão se alastrando cada vez mais na vida de quem não confessa seus pecados, gerando também a falta de paz interior e inquietação.  Tudo isso atingiu Davi por esconder seus pecados (Sl 32.3-5).
Quando lemos e analisamos Provérbios 28.13, percebemos que a confissão não se trata apenas de um ensino judaico, mas também cristão.  A Epístola de João corrobora com a necessidade de se confessar o pecado, deixá-lo e alcançar o perdão (1 Jo 1.9).  Em contrapartida, quem ignora a confissão de pecado, ocultando-o, vive uma vida de aparência e de morte espiritual; semelhantemente ao que nossos primeiros pais, Adão e Eva, viveram ao tentar ocultar os seus pecados diante de Deus (Gn 3.8).

2 - As consequências do pecado de Adão e Eva
A realidade bíblica do pecado pode ser vista no primeiro casal, Adão e Eva, quando pecou e, por isso, recebeu sentenças devidas (Gn 3.14-19).  Além disso, nossos primeiros pais perderam o direito de viver no ambiente mais perfeito e belo que Deus criou (Gn 3.24).  Por isso na vida de Adão e Eva há consequências trágicas do pecado, tais como: alteração da condição física de ambos; a transição da natureza imortal para mortal; diversas tensões no gênero humano e na natureza.  Assim, sabemos que as consequências do pecado de nossos primeiros pais não se limitaram a eles, mas perpassaram a todo o gênero humano e natural (Rm 5.12-14).
3 - As consequências do pecado de Davi
O rei Davi pagou um alto preço com o seu pecado.  A Bíblia mostra que por isso, a espada não sairia da sua casa (2 Sm 12.10-12).  Os capítulos 11 e 12 de 2 Samuel revelam o conflito e o senso de culpa que marcavam a vida de um homem que, por certo tempo ocultou o seu pecado, trazendo-lhe enfermidades morais e aflição que o levavam a gemidos.  O Salmo 32 mostra que, por se manter em silêncio, não confessando o seu pecado, Davi enfraqueceu cada vez mais, perdendo o vigor espiritual (Sl 32.2-4).  Já o Salmo 51 mostra a confissão de pecado do rei, reconhecendo todos os seus erros a fim de que eles fossem perdoados e o salmista purificado (Sl 51.2-6).

III - CONFISSÃO DE PECADO: UM CAMINHO DE CURA E RESTAURAÇÃO

1 - Confessando o pecado a Deus
Segundo o ensino bíblico, a confissão de pecados deve primeiramente ser dirigida a Deus, por intermédio de seu Filho, pois só Ele pode perdoar nossos pecados (Sl 51.3,4; Mt 9.2,6).  Ao longo do seu ministério, o Senhor Jesus disse à mulher pecadora:  "Os teus pecados te são perdoados" (Lc 7.48).  Na oração do Pai-Nosso, o Senhor Jesus ensinou: "[Pai] Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores" (Mt 6.12).  Em 1 Jo 1, lemos que os nossos pecados devem ser confessados a Cristo (1 Jo 1.7-9).  Dessa forma, perdoar pecado é uma prerrogativa de Deus Pai por intermédio do Senhor Jesus, mediante a sua obra no Calvário.

2 - Alcançando cura e restauração
O texto áureo da presente lição nos lembra que ocultar o pecado é decidir por trilhar uma jornada de sofrimento espiritual e emocional.  Mas quem deixa de lado o orgulho e a soberba para trilhar o caminho humilde da confissão de pecado vive uma vida mais leve.  Não há nada mais restaurador que desfrutar das misericórdias do Senhor (Pv 28.13).  Não há nada mais consolador do que confessar o pecado e deixá-lo definitivamente, pois assim encontraremos descanso para a alma.
Todo esse processo de confissão e abandono de pecado revela a eficácia do ministério da reconciliação de Deus por meio de Jesus Cristo (2 Co 5.18).  Quem faz assim encontra o caminho de cura e restauração, conforme lemos nas palavras do salmista:  "Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. [...] Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu:  Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado" (Sl 51.3,5).

CONCLUSÃO
Na jornada para o Céu, pode acontecer de o cristão falhar, cometer pecados que fere a santidade de Deus, bem como os seus irmãos.  Entretanto poderá contar com a presença de homens escolhidos por Deus para orientá-los sobre a importância de seguir os processos envolvidos na busca pela restauração espiritual, isto é, o arrependimento e a confissão.  Lembrando que os pecados não confessados geram a morte, assim, o melhor é confessar e abandonar para alcançar a misericórdia do Senhor (Pv 28.13), pois somente Deus é quem tem o poder para perdoar pecados, nenhum humano tem tal prerrogativa.
Em nossa caminhada cristã estamos sujeitos ao pecado.  Encobri-lo e viver uma vida espiritual de aparência não é uma opção bíblica para o caminho da cura e restauração.  Logo, uma jornada de perdão só é possível com a confissão do pecado praticado e a resolução de abandoná-lo de uma vez por todas.  Quem procede assim desfrutará das infindáveis misericórdias divinas.

Fonte : Bíblia Sagrada
Lições Bíblicas - Adultos - 2º Trimestre 2024 - CPAD
Osiel Gomes - A Carreira que nos está proposta - 1ª edição - CPAD - 2024 - Rio de Janeiro



sábado, 11 de maio de 2024

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2º TRIMESTRE 2024 - LIÇÃO 6 - ADULTOS

 AS NOSSAS ARMAS ESPIRITUAIS

Texto Áureo 

"Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas." (2 Co 10.4)

Verdade Prática

Diante da batalha espiritual, temos poderosas armas espirituais a nossa disposição: a Palavra de Deus, a Oração e o jejum.

Leitura Bíblica em Classe 

Lucas 4.1-4, 16-20

INTRODUÇÃO

Deus é maravilhoso.  Ele sabe das adversidades, lutas e desafios que iremos encontrar na nossa trajetória para o Céu enquanto seguimos na jornada, por isso coloca ao nosso dispor as armas que nos auxiliarão durante a caminhada de fé para a Sião celestial. Com essas armas da fé, o cristão poderá seguir a diante, enfrentando sem temor as tentações e resistindo às artimanhas do nosso Inimigo.

Na lição anterior, estudamos a respeito de três opositores que se mostram como obstáculos de nossa jornada:  o Diabo, a Carne e o Mundo.  Nesta lição, enfatizaremos três armas, isto é, recursos espirituais em que todo crente precisa lançar mão diante dos obstáculos da jornada: a Palavra de Deus, a Oração e o Jejum.  Desde o início de nosso andar com Cristo, estamos diante de uma batalha espiritual que só terá fim com o Arrebatamento da Igreja para o Céu.

I - AS ARMAS DO CRENTE

1 - As armas

De modo geral, podemos classificar as armas como instrumentos de ataque e de defesa.  Nas escrituras, os principais instrumentos de ataques são:  espada (1 Sm 17.45); vara (Sl 33.4); funda (1 Sm 17.40); arco e flecha (2 Rs 13.15); lança (Js 8.18); e  dardo (2 Sm 18.14).  Os de defesa são:  escudo (Ef 6.16), capacete (1 Sm 17.5); couraça (1 Sm 17.5) e caneleiras (1 Sm 17.6).  Essas armas eram usadas pelos exércitos antigos, bem como pelo exército de Israel, com a diferença que este era instado a colocar a sua confiança no Senhor (Sl 20.7).  Entretanto, para os cristãos, "armas" aqui tem um sentido metamofórico, pois nosso combate não é de corpo a corpo com outra pessoa, mas contra o mal encabeçado pelo Diabo e seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.

Está claro que o inimigo a ser vencido é Satanás e seus demônios (Ef 6.12).

Deus disponibilizou para os cristãos várias armas, cuja primeira arma a se mencionar é a Palavra de Deus, conhecida como a Espada do Espírito (Ef 6.17).  Com ela se vencem as mentiras, os enganos, se conhece a vontade de Deus e promove santidade (Jo 17.17).  Outra arma poderosa é a oração, visto que por meio dela se mantém contato com Deus, firma-se a comunhão (Ef 6.18).

Pela leitura que se faz em Efésios 6.13-17, tem-se um conjunto completo da armadura que o cristão precisa ter para enfrentar a batalha e ficar firme.  Nesta lista consta o cinto da verdade, a couraça da justiça, as sandálias da preparação do evangelho da paz, o escudo da fé e o capacete da salvação.

2 - As estratégias do Inimigo

O nosso Inimigo Satanás, é perigoso, sagaz.  Por isso Paulo falou que não é bom ignorar seus designios, isto é, o seu propósito vil (2 Cor 2.11), que pelo entendimento do apóstolo havia um propósito maligno para contaminar a fé dos irmãos e desfazer a boa ordem na Igreja.

Não podemos desprezar o conhecimento a respeito da força do Inimigo de nossas almas.  O Novo Testamento revela o que o Diabo é capaz de fazer para ludibriar as pessoas:  arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19); buscar altas posições como mentiras (At 5.3); usar pessoas para trair (Lc 22.3,4); escravizar (2 Tm 2.26). enfraquecer a fé do crente (Lc 23.32); enganar com doutrinas demoníacas (1 Tm 4.1).  Não por acaso o apóstolo Pedro nos alertou a respeito da sagacidade do Inimigo:  "Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adveresário, ainda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (1 Pe 5.8).

3 - O chefe de toda força do mal

O apóstolo Paulo escreve claramente que o Diabo é o chefe de todos os poderes das trevas que batalham contra nós (Ef 6.11; Rm 13.12).  Até mesmo o apóstolo dos gentios foi por vezes impedido pelo Inimigo por meio de instrumentos humanos (1 Ts 2.18).  Essa é uma das razões que o apóstolo cunha Satanás como o "príncipe da potestade do ar" (Ef 2.2).  Destacando ainda sua força e autoridade na hierarquia do mal, o Diabo é denominado de "o deus deste século" (2 Co 4.4).  Portanto, não podemos ignorar que o Inimigo tem um reino organizado com seus servos, emissários, principados e potestades (Lc 11.17-22).

Há muitas pessoas que pensam que os crentes servem a Deus ou Cristo Jesus com medo do Diabo....nada disso.  Nós servimos ao Pai poderoso e a Jesus Cristo, seu Filho, por compreender a imensidão do seu amor para conosco e o plano de salvação (Jo 3.16;  Rm 5.8; 1 Tm 2.4).  Todavia, somos conscientes pela Palavra que esse Inimigo quer desfazer todo esse plano para nos afastar de Deus.  Mesmo assim, temos o que é necessário da parte divina para o enfrentarmos e resistirmos sem temer.

II - AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

1 - A Palavra de Deus

O Senhor Jesus disse que não vivemos apenas de pão, mas de toda a Palavra de Deus (Mt 4.4).  Dessa maneira, o apóstolo Pedro aconselha que "desejemos afetuosamente" o "leite racional" para o desenvolvimento da nossa salvação, isto é, o estudo perseverante da Palavra de Deus para o nosso crescimento espiritual (1 Pe 2.2).  Uma vez nutrido e solidificado com a Palavra, estamos firmados em Deus para resistir às armadilhas de Satanás e demais estratégias (Mt 7.24.25).  Logo, quem se rende à Palavra de Deus experimenta a influência frutífera da verdade divina (Jo 17.17).

A Palavra  concede instrução aos cristãos, por isso que os apóstolos de imediato compreenderam essa verdade, de modo que queriam gastar o tempo com a Palavra e a oração (At 6.3).  Paulo reconhecia o poder da Palavra, e foi incisivo em esclarecer seu poder pedagógico para a vida espiritual, visto que ela é útil para ensinar, redarguir, corrigir em justiça (2 Tm 3.16).

Os que meditam na Palavra terão duas grandes qualidades destacáveis: a primeira é que será frutescente; a segunda é que tem qualidade de vida, pois tudo que fazer prosperará (Sl 1.2,3).

2 - A oração

Aliada ao estudo da Palavra, a oração é uma das mais importantes armas espirituais que o crente tem ao longo de sua jornada para o Céu (Sl 55.17).  Prestemos atenção para a seguinte declaração:  "orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito" (Ef 6.18).  Note que o apóstolo Paulo não insere a oração como uma peça de armadura, pois na verdade,é como se ela trouxesse um ajuste ou alinhamento para a armadura toda.  Nesse aspecto, essa imagem traz uma ideia de que a oração fortalece todas as esferas da nossa vida.

Biblicamente, a oração é uma aproximação da pessoa a Deus por meio de palavras ou do pensamento, em particular ou em público.  Inclui confissão (Sl 51), adoração (Sl 95.6-9; Ap 11.17), comunhão (Sl 103.1-8), gratidão (1 Tm 2.1), petição pessoal (2 Co 12.8) e intercessão pelos outros  (Rm 10.1).  Para ser atendida, a oração requer purificação (Sl 66.18), fé (Hb 11.6), vida em união com Cristo (Jo 15.7), submissão à vontade de Deus (1 Jo 5.14-15; Mc 14.32-36), direção do Espírito Santo (Jd 1.20), espírito de perdão (Mt 6.12) e relacionamento correto com as pessoas (1 Pe 3.7).

Por meio da oração, o cristão tem a resposta de Deus. Por vezes essa resposta não vem como queremos, mas, sim, como o Senhor quer, pois Ele sabe o que é melhor para as nossas vidas.

Amados, oremos sempre, dado que por meio dessa prática não apenas temos comunhão com Deus e sua orientação, mas somos transformados e passamos a ter experiências de que o Senhor ouve e responde às orações.

3 - O jejum

Na Bíblia, o jejum é apresentado como prática de não se alimentar por certo tempo (1 Rs 21.9).

Aliado à Palavra de Deus e à oração, a prática do jejum é uma terceira arma espiritual do crente durante a jornada para o Céu.  Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o jejum é uma prática presente.  Esse ato é usado no contexto de busca de uma orientação divina (Êx 34.28; Dt 9.9; 2 Sm 12.16-23).  No Novo Testamento, o Senhor Jesus jejuou (Mt 4.1-4) e disse que seus discípulos também o fariam (Mt 9.14-17; Lc 5.33-39).  a Igreja Primitiva observava a prática do jejum, buscando orientação divina para o envio de obreiros (At 13.2,3; 14.23).  O apóstolo Paulo também jejuava por ocasião de seu ministério (2 Co 6.5; 11.27).  Logo, o jejum tem um valor glorioso para a vida do crente, pois é um ato que nos auxilia a ter mais intimidade com Deus.

Quando desenvolvido da maneira certa, seguindo as orientações precisas da Palavra de Deus, objetivando em tudo a busca do Senhor para o fortalecimento da fé e comunhão com Ele, bem como a orientação divina, estar em um período de consagração, desprezando a religiosidade e exibição de um espírito faraisaico, então essa arma se torna poderosa e indispensável.

Devemos ser conscientes que o jejum não pode ser feito na forma que faziam os fariseus, como ato de exibição para serem vistos pelos outros.  Um cristão sincero jejua em segredo, como foi ensinado por Cristo (Mt 6.6-18), faz isso com um coração quebrantado, puro e verdadeiro, sem qualquer ato de hipocrisia, mas aliado à oração e à meditação na Palavra, evidenciando um ardente desejo de ser impactado por Deus.

O cristão que prioriza a Palavra, a oração e o jejum em seu viver diário na busca de sua comunhão com Deus, está bem preparado, capaz e apto para crescer cada vez mais na fé e resistir às artimanhas de seu opositor, Satanás, não cedendo jamais às tentações, mas permanecendo inabalável e priorizando a vontade de Deus.

III - JESUS CRISTO:  O NOSSO MAIOR MODELO

1 - Vencendo o Diabo com a Palavra

Jesus é o nosso modelo maior, o nosso exemplo de vida,  O que Ele fez em sua vida humana para estreitar cada vez mais sua comunhão com Deus também devemos fazer.  Sua vitória contra Satanás foi por desenvolver uma vida que priorizava a prática de fazer uso da Palavra, oração e jejum.

Há dois episódios importantes que relatam o destaque especial que o Senhor Jesus deu à Palavra em Lucas 4.  O primeiro enfatiza que o Senhor Jesus venceu o Tentador com a Palavra de Deus (Lc 4.4; cf. Dt 8.3).  No segundo, Ele leu uma passagem do profeta Isaías na sinagoga em Nazaré e tomou para sí o cumprimento do texto lido (Lc 4.16-20; cf. Is 61.1,2).  Nosso Senhor deixou claro nesses episódios que os princípios da Palavra de Deus devem estar presentes em nossa vida na batalha contra o Malígno.  Por isso, nessa contenda, o apóstolo Paulo aconselha-nos a tomar a espada do Espírito, ou seja, a Palavra de Deus, a única arma de ataque na armadura do crente (Ef 6.17), uma arma poderosa e eficaz que provém do Espírito Santo de Deus (2 Tm 3.16).

Quando Jesus foi tentado pelo Inimigo, Ele não fez uso de outro argumento, a não ser a Palavra.  Isso é importante para todos nós, pois frente às mentiras e sugestões desse ser maléfico, bem como de suas seduções, a Palavra era a base, o fundamento, o alicerce que fez Jesus não ceder, mas combater e seguir em frente com toda fidelidade à missão para a qual fora enviado, priorizando a vontade de Deus.  Todo cristão que vive uma vida de fé pautada na Palavra terá condições plenas para vencer as tentações do Maligno, estando preparado para seguir avante sem qualquer temor.

2 - Vivendo em oração

O evangelista Lucas mostra que Jesus se retirava para os lugares desertos para orar (Lc 5.16; 6.12; 9.28).  Ele orava pelos apóstolos e pela igreja (Jo 17.9,20-22), pelos seus algozes (Lc 23.24), por Simão (Lc 22.31,32), pelos que se encontravam junto ao túmulo de Lázaro (Jo 11.41,42).  Ele sabia bem o valor da oração e, por isso, gastava muito tempo falando com Deus.  Nesse sentido, nosso Senhor conta conosco para que nos dediquemos à prática da oração, selecionando um local reservado, horário e prioridade para buscar a Deus em súplicas (Mt 6.6).

Devemos lembrar que não basta que somente vivamos uma vida de oração, mas, também é necessário que vivamos uma vida de obediência à Palavra de Deus.  Jesus foi obediente até a morte, e morte de cruz (Fp 2.8).

3 - Vivendo em jejum

Além de meditar na Palavra e perseverar em oração, o Senhor Jesus jejuava (Lc4.2).  Ora, Ele também espera que o imitemos, jejuando.  Infelizmente há quem ensine que não precisamos jejuar.  Exceto os que têm problemas de saúde, por isso é muito importante estarmos sob orientação médica, todo seguidor de Cristo é estimulado pela Bíblia a jejuar.  Ademais, quando aliamos o estudo da Palavra e a oração ao jejum, aprofundamos a nossa intimidade com Deus e nos tornamos mais sensíveis à sua voz, conforme o que acontecia com a liderança e os membros da igreja antiga que jejuavam como o Senhor Jesus (At 9.9; 13.2,3).

Todo crente que tem uma vida marcada pela meditação na Palavra, oração e jejum, terá crescimento saudável , verdadeiro e profundo na intimidade com Deus, estando mais desapegados das coisas deste  mundo, mas voltado para as coisa do Céu (Cl 3.1,2), estando preparado para toda boa obra e pronto para enfrentar lutas, provações e tentações do Diabo, resistindo firmemente na fé até chegar aos Céus.

CONCLUSÃO

Amados, nós temos à nossa disposição as três armas que nos auxiliam na nossa jornada para o Céu:  Palavra, oração e jejum.  Foi por meio delas que os santos do Antigo Testamento foram vitoriosos, bem como os cristãos da Nova Aliança.  Nesse particular, Jesus é o nosso exemplo, pois vivendo neste mundo sempre recorreu à Palavra, à oração e ao jejum.  Se assim procedermos, jamais cederemos diante das tentações do Maligno, contudo manteremos nossa fidelidade para com Deus priorizando sua vontade.

O nosso Inimigo é ardiloso e perverso.  Por isso, não podemos ignorar suas estratégias.  Contra ele, lutaremos com armas espirituais que são a Palavra, oração e jejum.  Essas armas promovem crescimento e fortalecimento para nossa vida ao longo da nossa jornada espiritual.  Assim, segundo o modelo de vida do nosso Senhor Jesus, que fez uso dessas armas, podemos vencer as estratégias do Maligno.


Fonte :  Bíblia Sagrada

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