domingo, 31 de dezembro de 2017

LUZ EM MEIO AS TREVAS


Deus criou todas as coisas, e criou o homem e a mulher segundo a sua imagem e semelhança, porém Adão e Eva desobedeceram ao Criador e comeram do fruto que Deus os probira de comer.
Desde então as trevas passaram a fazer parte de toda a criação. Todo tipo de corrupção passou a dominar o ser humano.
A corrupçao chegou a tal ponto que Deus através do dilúvio destruiu toda a criação, exceto Noé e sua família e os animais que com ele entraram na arca.
Mesmo a corrupção dominando na terra, havia um homem cujo nome era Noé, ao qual Deus viu graça nele (Gn 6.8), ele era varão justo e reto em suas gerações; e andava com Deus (Gn 6.9), e através dele e de sua família, Deus deu continuidade a sua obra.
Graças a bondade e misericórdia de Deus, que poupou um homem que andava na sua presença, juntamente com sua família, a vida continua.  Deus prometeu a Noé que nunca mais distruirá a terra com dilúvio (Gn 9.11), e que aconteceria que todas as vezes que Ele trouxesse nuvens sobre a terra aparecerá o arco que foi o concerto de Deus com o homem (Gn 9.12-14), e então Deus se lembraria do seu concerto com o homem (Gn 9.15,16).
Noé edificou um altar ao Senhor, e isso agradou a Deus, onde foi dito que Ele nunca mais amaldiçoaria a terra por causa do homem, e que enquanto a terra durar, semente e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão (Gn 8.21,22).
Por causa do temor e da fidelidade de um homem, Deus permitiu que a vida tivesse continuidade e abençoou a Noé e a sua família, e essas bençãos também tem nos alcançado.
Hoje, em pleno século XXI, quando tem se multiplicado a iniquidade, existem pessoas que temem a Deus e procura seguir os seus mandamentos.
Assim como Noé foi fiel nas suas gerações mesmo em meio a corrupção, Deus nos convida a brilhar como astros no meio de uma geração corrompida e perversa (Fp 2.15).  Isso só nos é possível porque Deus enviou seu Filho para morrer pelos nossos pecados, e através da sua morte e da sua ressurreição, o homem e a mulher foi reconcliado com Deus.
O Filho de Deus (Jesus Cristo), voltou para o Pai, e o Espírito Santo foi enviado pelo Pai pela interceção do Filho para estar conosco todos os dias.  E é o Espírito Santo que nos ajuda a resplandecer como astros no mundo.
Noé foi um exemplo em sua geração, e nós podemos ser exemplo na nossa geração, e assim podemos agradar a Deus pela regeneração efetuada em nós pelo Espírito Santo.
Sejamos luz em meio as trevas, pois quem nos capacita a brilhar como astros no mundo é o Pai que por intermédio de seu Filho nos resgatou e o Espirito Santo continua essa obra nos aperfeiçoando e nos capacitando a viver uma vida plena em Deus.

Fonte:  Texto redigido por Edlberto Pereira - Bacharel em Teologia - baseado na Palavra de Deus

sábado, 30 de dezembro de 2017

VIVENDO COM A MENTE DE CRISTO

PEREGRINOS NESTA TERRA

Estamos neste mundo de passagem, o nosso destino é o céu.
Parepidemos, adjetivo que significa ‘peregrinar num lugar estranho, longe do próprio povo’ (formado de para, ‘de’, expressando uma condição contrária, e epidemeõ, “peregrinar; cognato de demos, ‘povo’), é usado acerca dos santos do Antigo Testamento (Hb 11.13, ‘peregrinos’, tanto com o termo xenos, ‘estrangeiro’); dos cristãos (1Pe 1.11, ‘estrangeiros [dispersos]’; 1Pe 2.11, ‘peregrinos’, junto com o termo paroikos, ‘estrangeiro, forasteiro, hóspede’); a palavra é usada metaforicamente acerca daqueles a quem o céu é a sua pátria, e que são peregrinos na terra'” (Dicionário Vine. 14.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 869).
VIVENDO EM ESPERANÇA COM A MENTE DE CRISTO
Para manter a nossa esperança viva precisamos ter a mente de Cristo.
Como ovelhas para o matadouro (Rm 8.36)
As adversidades alistadas pelo apóstolo nos versículos 35,36 de Romanos 8, têm sido experimentadas pelo povo de Deus através dos tempos. Nenhum crente deve estranhar o fato de experimentar adversidades, perseguição, fome, pobreza ou perigo. Aflições e calamidades não significam, decerto, que Deus nos abandonou, nem que Ele deixou de nos amar. Pelo contrário, nosso sofrimento como crentes, abrir-nos-á o caminho pelo qual experimentaremos mais do amor e do consolo de Deus (2 Co 1.4,5). Paulo nos garante que venceremos em todas essas adversidades e que seremos mais que vencedores por meio de Cristo (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1714).

CONCLUSÃO

Somos peregrinos em terra estranha. Sentimos saudades de uma terra que ainda não conhecemos, como canta o poeta: “Oh! que saudosa lembrança / tenho de ti, ó Sião” (Harpa Cristã, n° 2). Portanto, vivamos sabiamente com a mente de Cristo até o nosso Salvador voltar para nos buscar. Maranata!

Fonte:  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre 2017  -  Adultos  -  Claiton Ivan Pommerening

GLORIFICADOS EM CRISTO


A GLORIOSA ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO DOS SANTOS

A nossa salvação traz-nos a um novo relacionamento que é muito melhor do que aquele que Adão e Eva desfrutavam antes da Queda. A descrição da Nova Jerusalém demonstra que Deus tem para nós um lugar melhor do que o Jardim do Éden, com todas as bênçãos do Éden intensificadas. Deus é tão bom! Ele sempre nos restaura a algo melhor do aquilo que perdemos. Desfrutamos da comunhão com Ele agora, mas o futuro reserva-nos a ‘comunhão intensificada com o Pai, o Filho e o Espírito Santo e com todos os santos’. A vida na Nova Jerusalém será emocionante. Nosso Deus infinito nunca ficará sem novas alegrias e bênçãos para oferecer aos redimidos. E posto que as portas da cidade sempre estarão abertas (Ap 21.25; cf. Is 60.11), quem sabe o que os novos céus e terra terão para explorarmos?” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática, 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 645).

A PLENA SALVAÇÃO NOS CÉUS

As Escrituras prometem que o céu será um Reino de perfeita bem-aventurança. Nos novos céus e na nova terra não haverá lugar para lágrimas, dor, tristeza e pranto. Lá o povo de Deus habitará com Ele por toda a eternidade, completamente livre de todos os efeitos do pecado e do mal. Deus é retratado secando pessoalmente as lágrimas dos remidos. No céu, a morte estará completamente aniquilada (1Co 15. 26). Ali não haverá doença, fome, problemas ou tragédias. Haverá apenas a alegria completa e bênçãos eternas” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 112).
CONCLUSÃO
A salvação em Cristo é um evento passado, presente e futuro. É uma obra completa, perfeita e universal. Por isso, o autor bíblico a denomina de “tão grande salvação” (Hb 2.3). Alguns aspectos dessa gloriosa doutrina são imensuráveis e inexplicáveis, por melhor que se tente explicar (1Co 13.12). São aspectos que transcendem a compreensão humana e que serão revelados em sua totalidade somente no Reino vindouro. Glória a Deus!
Fonte:  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre 2017 -  Adultos  -  Claiton Ivan Pommerening

PERSEVERANDO NA FÉ

Perseverar
“[Do gr. hupomonê; do lat. perseverantia]. Constância, tenacidade. Capacitação que o crente recebe, através do Espírito Santo, para permanecer fiel até a vinda de Cristo Jesus. No grego, o termo serve para ilustrar a coragem demonstrada pelo soldado em plena batalha. Perseverança é a virtude varonil que só o filho de Deus pode ter” (ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. 13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 298).
A apostasia pode Levar à perda da salvação.
Apostasia
[Gr. apostasia, um abandono ou deserção da fé]. Embora a palavra grega seja usada apenas duas vezes no Novo Testamento (At 21.21; 2 Ts 2,3), ela é encontrada na LXX várias vezes, como em Josué 22.22, para expressar a rebelião do povo de Deus, e em 2 Crónicas 29.19 em que vasos santificados no Templo foram lançados fora” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 161).
Se permanecermos fiéis a Cristo estaremos seguros até o fim.
De acordo com as Escrituras, a per­severança refere-se à operação contínua do Espírito Santo, mediante a qual a obra de Deus começou em nosso coração e será levada a bom termo (Fp 1.6). Parece que ninguém, seja qual for a sua orientação teológica, é capaz de levantar objeções à semelhante declaração” (HORTON,Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 375,376).
CONCLUSÃO
O perigo da apostasia é uma rea­lidade, mas a certeza da vida eterna é uma dádiva tão gloriosa que suplanta esse perigo. Não há o porquê de procu­rar contradição quanto à relação entre a soberania de Deus e o livre-arbítrio do homem. Deus é poderoso para, em Cristo, nos guardar até o dia final a fim de que perseveremos nEle em meio às provações da vida (2 Tm 1.12).
Fonte:  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre  -  Adultos  -  Claiton Ivan Pommerening

ADOTADOS POR DEUS

Adoção
Huiothesia, formado de huios, ‘filho’ e thesis, ‘posição’ cognato de tithemi, ‘pôr’, significa o lugar e condição de filho dados àquele a quem não lhe pertence por natureza. A palavra só é usada pelo apóstolo Paulo.
Em Romanos 8.15, é dito que os crentes receberam ‘o espírito de adoção’, quer dizer, o Espírito Santo que, dado como as primícias, os primeiros frutos de tudo o que será dos crentes, produz neles a realização da filiação e a atitude pertencente a filhos. Em Gálatas 4.5, é dito que eles receberam ‘adoção de filhos*, ou seja, a filiação dada em distinção de uma relação que é meramente consequentemente no nascimento; aqui dois contrastes são apresentados:
(1) entre a filiação do crente e a não originada filiação de Cristo;
(2) entre a Uberdade desfrutada pelo crente e a escravidão, quer da condição natural pagã, quer de Israel sob a lei” (Dicionário Vine: O significado exegética e expositivo das palavras do Antigo e Novo Testamento, 14.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 374).
Mediante a adoção, hoje somos filhos de Deus.
A ‘adoção’ é um termo que envolve a dignidade da relação de crentes como filhos; não é um colocar na família por meio do nascimento espiritual, mas um colocar na posição de filhos. Em Romanos 8.23, a ‘adoção’ do crente é algo que ainda ocorre no futuro, visto que incluiu a redenção do corpo, quando a vida será transformada e aqueles que dormiram serão ressuscitados. Em Romanos 9-4, a ‘adoção’ é pertencente a Israel, conforme declaração em Êxodo 4.22; ‘Israel é meu Filho’ (Os 11.1). Israel foi colocado numa relação especial com Deus, uma relação coletiva, não desfrutada por outras nações (Dt 14.1; Jr 31.9, etc.)” (Dicionário Vine: O significado exegética e expositivo das palavras do Antigo e Novo Testamento. 14.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 374).
Como filhos de Deus desfrutaremos de uma alegria plena na ocasião da gloriosa vinda de Jesus Cristo.
A ‘adoção’, um termo jurídico, é o ato da graça soberana mediante o qual Deus concede a todos os direitos, privilégios e obrigações da filiação àqueles que aceitam Jesus Cristo. Embora o termo não apareça no Antigo Testamento, a ideia se acha ali (Pv 17.2). A palavra grega huiothesia, aparece cinco vezes no Novo Testamento, somente nos escritos de Paulo e sempre no sentido religioso. Ressalve-se que, ao sermos feitos filhos de Deus, não nos tornamos divinos. A divindade pertence ao único Deus verdadeiro. A doutrina da adoção, no Novo Testamento, leva-nos, desde a eternidade passada e através do presente, até a eternidade futura (se for apropriada semelhante expressão). Paulo diz que Deus ‘nos elegeu nele [em Cristo] antes da fundação do mundo’ e ‘nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo’ (Ef 1.4,5). Diz também, a respeito de nossa experiência presente: ‘Porque não recebeste o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebeste o espirito de adoção de filhos [huiothesia], pelo qual clamamos [em nosso próprio idioma]: Aba [aramaico: Pai], Pai [gr. ha patêr]’ (Rm 8.15). Somos plenamente filhos, embora ainda não sejamos totalmente maduros. Mas, no futuro, ao deixarmos de lado a mortalidade, receberemos “a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo’ (Rm 8.23). A adoção é uma realidade presente, mas será plenamente realizada na ressurreição dentre os mortos. Deus nos concede privilégios de família mediante a obra salvífica do seu Filho incomparável, daquEle que não se envergonha de nos chamar irmãos” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal 1 .ed, Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 374).
A Testificação do Espírito Santo
“Os filhos de Deus têm o Espírito para que opere neles a disposição de filhos; não têm o espírito de servidão sob o qual estava o povo do Antigo Testamento, pela obscuridade dessa dispensação. O Espírito de adoção não fora plenamente derramado. E refere-se ao Espírito de servidão, ao qual estavam sujeitos muitos santos em sua conversão. […] os santificados têm o Espírito de Deus, e este testemunha aos seus espíritos que lhes dá paz às suas almas.” Leia mais em Comentário Bíblico, de Matthew Henry, CPAD, p.935.
Fonte:  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre  -  Adultos  -  Claiton Ivan  Pommerrening

O PROCESSO DA SALVAÇÃO

A Justificação
Assim como a regeneração leva a efeito uma mudança em nossa natureza, a justificação modifica a nossa situação diante de Deus. O termo ‘justificação’ refere-se ao ato mediante o qual, com base na obra infinitamente justa e satisfatória de Cristo na cruz. Deus declara os pecadores condenados livres de toda a culpa do pecado e de suas consequências eternas, declarando-os plenamente justos aos seus olhos. O Deus que detesta ‘o que justifica o ímpio’ (Pv 15.17) mantém sua própria justiça ao justificá-lo, porque Cristo já pagou a penalidade integral do pecado (Rm 3,21-26). Constamos, portanto, diante de Deus como plenamente absolvidos.
Para descrever a ação de Deus a justificar-nos, os termos empregados pelo Antigo Testamento (heb. tsaddiq: Êx 23.7; Dt 25.1; 1Rs 8.32; Pv 17.15) e pelo Novo Testamento (gr. dikaioõ: Mt 12.37; Rm 3.20; 8.33,34) sugerem um contexto judicial e forense. Não devemos, no entanto, considerá-la uma ficção jurídica, como se estivéssemos justos sem no entanto sê-lo. Por estarmos nEle (Ef 1.4,7,11), Jesus Cristo tornou-se a nossa justiça (l Co 1.30). Deus credita ou contabiliza (gr. logizomaí) sua justiça em nosso favor. Ela é imputada a nós” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 372).
Regeneração
A regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior. O substantivo grego (palingenesia) traduzido por ‘regeneração’ aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19.28 emprega-o com referência aos tempos do fim. Somente em Tito 3,5 refere-se a renovação espiritual do indivíduo. Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de linguagem para descrever o que acontece. O Senhor ‘tirará da sua carne o coração de pedra e lhes dará um coração de carne’ (Ez 11.19). Deus diz: ‘Espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados… E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo… E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos’ (Ez 36.25-27). Deus colocará a sua lei ‘no seu interior e a escreverá no seu coração’ (Jr 31.33). Ele ‘circundará o teu coração… para amares ao Senhor’ (Dt 30.6)” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostai. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 369,370).
Santificação
A santificação precisa ser distinguida da justificação. Na justificação, Deus atribui ao crente, no momento em que recebe a Cristo, a própria justiça de Cristo, e a partir de então vê esta pessoa como se ela tivesse morrido, sido sepultada e ressuscitada em novidade de vida em Cristo (Rm 6.6-10). É uma mudança que ocorre “de uma vez por todas’ na condição legal ou judicial da pessoa de Deus. A santificação, em contraste, é um processo progressivo que ocorre na vida do pecador regenerado, momento a momento. Na santificação ocorre uma cura substancial da separação que havia ocorrido entre Deus e o homem, entre o homem e os seus companheiros, entre o homem e si mesmo, entre o homem e a natureza” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1762).

Fonte:  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre  -  Adultos  - Claiton Ivan Pommerening

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

ARREPENDIMENTO E FÉ PARA A SALVAÇÃO

Arrependimento, uma transformação do Espírito 
Arrependimento
“Quando os olhos dos pecadores são abertos, não podem sentir senão remorsos no coração por causa do pecado, e uma grande inquietude inte­rior. O apóstolo exorta o povo a arrepender-se de seus pecados e confessar abertamente sua fé em Jesus como o Messias, e ser balizados em seu nome. Assim, pois, professando sua fé nEle, rece­beria a remissão de seus pecados, e participaria dos dons e das graças do Espírito Santo.” Leia mais em “Comentário Bí­blico”, de Matthew Henry, CPAD, p.888.
O arrependimento e a fé são os dois elementos essenciais da conversão. Envolvem uma ‘virada contra’ (o arrependimento) e uma Virada para’ (a fé). As palavras primárias, no Antigo Testamento, para expressar a ideia de arrependimento são shuv (‘virar para trás’, ‘voltar’) e nicham (‘arrepender-se’, ‘consolar’). Shuv ocorre mais de cem vezes no sentido teológico, seja quanto ao desviar-se de Deus (1Sm 15.11; Jr 3.19), seja no sentido de voltar para Deus. A pessoa também pode desviar-se do bem ou desviar-se do mal, isto é, arrepender-se, O verbo nicham tem um aspecto emocional que não fica evidente em shuv; mas ambas as palavras transmitem a ideia de arrependimento.
O Novo Testamento emprega epistrephõ no sentido de ‘voltar-se’ para Deus e metanoeõ/metanoia para a ideia de ‘arrependimento’ (At 2.38; 17.30; 20.21; Rm 2.4). Utiliza-se de metanaeõ para expressar o significado de shuv, que indica uma ênfase à mente e à vontade. Mas também é certo que metanoia, no Novo Testamento, é mais que uma mudança intelectual. Ressalta o fato de uma reviravolta da pessoa inteira, que passa a operar uma mudança fundamental de atitudes básicas.

Embora o arrependimento por si só não possa salvar, é impossível ler o Novo Testamento sem tornar consciência da ênfase deste sobre aquele. Deus ‘anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam’ (At 17.30). A mensagem inicial de João Batista (Mt 3.2), de Jesus (Mt 4.17) e dos apóstolos (At 2.38) era ‘Arrependei-vos’. Todos devem arrepender-se, porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3.23) (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 368).

 A Fé como um Dom de DEUS e como resposta do  Ser Humano

“Entre as declarações bíblicas sobre o assunto, esta é a fundamental: ‘Abraão creu [heb. mon], no senhor, e foi lhe imputado isto por justiça’ (Gn 15.6). Moisés ligou a rebelião e desobediência dos israelitas à sua falta de confiança no Senhor (Dt 9.23,24). A infidelidade de Israel (Jr 3.6-14) forma um nítido contraste com a fidelidade de Deus. A fé abrange a confiança. Podemos ‘depender’ do Senhor ou nEle ‘fiar-nos’ (heb. batach) com confiança. Quem assim fizer será bem-aventurado (Jr 17.7). Alegramo-nos porque podemos confiar no seu nome (SI 33.21) e no seu amor inabalável (SI 13.5). Podemos também ‘refugiar-nos’ (heb. casah) nEle, conceito este que afirma a fé (SI 18.30).
No Novo Testamento, o verbo pisteuõ (‘creio, confio’) e o substantivo pistis (‘fé’) ocorrem cerca de 480 vezes. Poucas vezes o substantivo reflete a ideia da fidelidade como no Antigo Testamento (por exemplo, Mt 23.23; Rm 3-3; Gl 5.22). Pelo contrário, normalmente funciona como um termo técnico, usado exclusivamente para se referir à confiança ilimitada (com obediência e total dependência) em Deus (Rm 4.24), em Cristo (At 16.31), no Evangelho (Mc 1.15) ou no nome de Cristo (Jo 1.12). Tudo isso deixa claro que, na Bíblia, a fé não é ‘um salto no escuro’.
Somos salvos pela graça mediante a fé (Ef 2.8). Crer no Filho de Deus leva à vida eterna (Jo 3.16). Sem fé, não poderemos agradar a Deus (Hb 11.6). A fé, portanto, é a atitude da nossa dependência confiante e obediente em Deus e na sua fidelidade. Essa fé caracteriza todo filho de Deus fiel. É o nosso sangue espiritual (Cl 2.20)” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 369,370).
O Arrependimento e a Fé são as respostas do Homem à Salvação
Não podemos, obviamente, exercer a fé salvífica à parte da capacitação divina. Mas ensina a Bíblia que, quando cremos, estamos simplesmente devolvendo o dom de Deus? Seria necessário, para protegermos o ensino bíblico da salvação pela graça mediante a fé somente, insistir que a fé não é realmente nossa, mas de Deus? Alguns citam determinados versículos como evidências em favor de semelhante opinião. J. I. Packer diz: ‘Deus, portanto, é o autor de toda a fé salvífica (Ef 2.8; Fp 1.29)’. H. C. Thiessen afirma que há um lado divino da fé, e um lado humano’, e então declara: A fé é um dom de Deus (Rm 12.3; 2 Pe 1.1) outorgado sobrenaturalmente pelo Espírito de Deus (1Co 12.9). Paulo diz que todos os aspectos da salvação são um dom de Deus (Ef 2.8), e por certo a fé está incluída aí’ (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 370).
Fonte:  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre 2017 -  Adultos  -  Claiton Ivan Pommerening

SALVAÇÃO E LIVRE ARBÍTRIO



A Eleição Bíblica é Segundo a Presciência Divina
                             
“Qualquer estudo sobre eleição deve sempre começar por Jesus.  E toda conclusão teológica que não fizer referência ao coração e ao ensinos do Salvador, seja tida forçosamente por suspeita.  Sua natureza reflete o Deus que elege, e em Jesus não achamos nenhum particularismo.  Nele achamos o amor.  Por isso, é relevante que em quatro ocasiões Paulo vincule o amor à eleição ou á predestinação:  ‘Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição [gr. eklogên] é de Deus’ (1 Ts 1.4).  ‘Como eleitos [gr. ekletoí] de Deus’, santos e amados...’(Cl 3.12) -  nesse contexto, amados por Deus.  ‘Como também nos elegeu [gr. exelaxato] nele antes da fundação do mundo..e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito [gr. eudokia] de sua  vontade’ (Ef 1.4,5).  Embora a intenção divina não esteja ausente  nesta última palavra grega (eudokia), ela inclui também um sentido de calor que não fica tão evidente em thelõ ou boulomai.  A forma verbal aparece em Mateus 3.17, onde o Pai diz: ‘Este é o meu Filho amado, em  quem me comprazo [gr. eudokêsa]’.
Finalmente, Paulo diz: ‘Mas devemos sempre dar graças a Deus, por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido [gr. heilato] desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito e fé da verdade’ (2 Ts 2.13).  O Deus que elege é o Deus que ama, e Ele ama o mundo.  Tornar-se-ia válido o conceito de um Deus que arbitrariamente escolheu alguns e desconsidera os demais, deixando-os ir à perdição eterna, diante de um Deus que ama o mundo ?” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 363,364).

Armínio e o Livre-Arbítrio  -  Pontos Básicos da Doutrina de Armínio
Jacó-Armínio (*1560 +1609) nasceu na Holanda, foi pastor de uma igreja em Amsterdã e recebeu o título de doutor em Teologia pela Universidade de Leiden.  Desenvolveu uma tese bíblica a partir dos primeiros Pais da igreja, que foi denominada de Armininianismo.
O livre-arbítrio é a possibilidade que os seres humanos têm de fazer escolhas e tomar decisões que afetam seu destino eterno, especificamente se tratando da salvação.  Cabe a cada um deixar-se convencer pelo Espírito Santo para ser salvo por Jesus ou não, embora Deus dê a todos a oportunidade da salvação.
Pontos Básicos da Doutrina de Armínio
1. A predestinação depende da forma de o pecador corresponder ao chamado da salvação.  Logo: acha-se fundamentada na presciência divina; não é um ato arbitrário de Deus.
2. Cristo morreu, indistintamente, por toda a humanidade, mas somente serão salvos os que crerem.
3. Como o ser humano não tem a capacidade de crer, precisa da assistência da graça divina.
4. Apesar de sua infinitude, a graça pode ser resistida.
5. Nem todos os que aceitaram a Cristo perseverarão.
Soberania Divina e Livre-Arbítrio
“Ainda de acordo com a ideia de que o relacionamento entre o divino e o humano é uma via de mão dupla, a posição compatibilista de Lewis, que aventa o que foi chamado de ‘coexistência pacífica entre soberania divina e livre-arbítrio” ou ‘compatibilidade incognoscível’, é exemplificada pelo autor de As Crônicas de Nárnia, com a ideia de perdão.  A necessidade de tal ato da parte de Deus, ‘move’ a divindade e, “Nesse sentido’, diz ele, ‘a ação divina é consequência do nosso comportamento, [e] é por ele condicionada e induzida’.  Lewis então questiona retoricamente:  ‘Será que isso significa que podemos ‘influenciar’ Deus ?’.  O anglicano acredita que é até possível responder afirmativamente caso se quiser e diz que, se isso for dessa forma, é preciso então que se flexibilize a noção de ‘impassibilidade’ divina, ‘de forma que admita isso’, aventando a hipótese de que o comportamento humano, de alguma forma, ‘influencia’ o Criador, ‘pois sabemos que Deus perdoa muito mais do que entendemos o significado de ‘impassível’.  Assim é que, a respeito dessa questão, Lewis diz que prefere ‘dizer que, antes de existirem todos os mundos, Seu ato providencial e criativo (porque são uma coisa só) leva em conta todas as situações engendradas pelos atos de suas criaturas’.  Mas, questiona, ‘se Deus leva em conta nossos pecados, por que não nossas súplicas ?’  Isso significa que a oração, a súplica, move a Deus.  Numa palavra, ‘Deus e o homem não se excluem mutuamente, como o homem exclui ao seu semelhante no ponto de junção, por assim dizer, entre Criador e criatura; no ponto em que o mistério da criação  -  infinito para Deus e incessante no tempo para nós  -  ocorre de fato’.  Isso significa que, ‘Deus fez (ou disse) tal coisa’ e ‘eu fiz (ou disse) tal coisa’ podem ambos ser verdadeiros’.  Esta, inclusive, é a forma arminiana e pentecostal de crer.  A soberania divina coexiste com o livre-arbítrio e qualquer tentativa de explicar como isso ocorre leve a equívocos e discussões desnecessárias’ (CARVALHO, Cesar Moisés.  O Sermão do Monte;  A justiça sob a ótica de Jesus. 1.ed. Rio de Janeiro:  CPAD, 2017, pp. 114,115).

Fonte:  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre  -  Adultos  -  Claiton  Ivan Pommerening


sábado, 23 de dezembro de 2017

A SALVAÇÃO PELA GRAÇA

A Finalidade da Lei

"Talvez em nenhuma outra passagem da Escritura o objetivo da lei esteja tão bem explicado como na carta aos Gálatas.  O apóstolo Paulo pergunta para que é a lei, e em seguida reponde:  'Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro'.  E mais adiante: 'De maneira que a lei serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que, pela fé, fôssemos justificados' (Gl 3.19,24).
Do texto bíblico, e à luz de todo o contexto, percebe-se que a lei, embora ordenada para o bem, não conseguiu justificar ninguém.  Pelo contrário, foi alvo de muitas transgressões e culpas que deveriam levar o homem a conhecer a sua própria miséria e impotência e, partindo daí, a se humilhar diante de Deus, arrepender-se e a ser salvo mediante a fé.  Todavia, em sí mesmo, a lei não tinha poder algum para levar o homem ao Criador: 'E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé' (Gl 3.11).
A lei, portanto, serviu ao israelita, a quem foi dada, como um pedagogo, ou aio, até que a fé viesse.  Mas depois que a fé veio, não estamos mais sujeitos ao pedagogo.  Em outras palavras, o objetivo último da lei é fazer que o pecador sinta a necessidade de justificação e perdão, e levá-lo, ao final, a confiar em Jesus Cristo e a recebê-lo como seu único Salvador e senhor, recebendo dele a salvação do pecado e da consequência deste, a morte espiritual (ALMEIDA, Abraão.  O sábado, a Lei e a Graça. 19.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, PP. 46,47).

Graça

"Uma das maneiras de Deus demonstrar sua bondade é através da graça salvífica.  No Antigo Testamento, a ênfase da graça recai sobre o favor demonstrado ao povo da aliança, embora as demais nações também estejam incluídas.  No Novo Testamento, a graça, como dom imerecido mediante o qual as pessoas são salvas, aparece primariamente nos escritos de Paulo.
"As palavras mais frequentemente usadas no Antigo Testamento para transmitir a ideia de graça são chanan ('demonstrar favor' ou 'ser gracioso') e suas formas derivadas (especialmente chên) e chesedh ('bondade fiel' ou 'amor infalível').  A primeira refere-se usualmente ao favor de livrar o seu povo dos inimigos (2 Rs 13.23) ou aos rogos pelo perdão de pecados (Sl 41.4).  Isaías revela que o Senhor anseia por ser gracioso com o seu povo (Is 30.18).  Mas a salvação pessoal não é o assunto de nenhum desses textos.  O substantivo chen aparece principalmente na frase 'achar favor aos olhos de alguém' (dos homens:  Gn 30.27; 1 Sm 20.29; de Deus:  Êx 34.9; 2 Sm 15.25). Chesedh contém sempre um elemento de lealdade às alianças e promessas, expresso espontaneamente em atos de misericórdia e amor.
É um 'conceito central que expressa mais claramente seu modo de entender o evento da salvação...demonstrando livre graça imerecida.  O elemento da liberdade...é essencial'.  Paulo enfatiza a ação de Deus, e a graça concretizada na cruz de Cristo'.  Em Efésios 1.7, Paulo afirma:  'Em quem temos a redençao pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, pois 'pela graça sois salvos' (Ef 2.5,8)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:  Uma perspectiva pentecostal. 1ed. Rio de Janeiro:  CPAD, 1996, pp 344, 345).

A Maravilhosa Graça

Deus escolheu um povo para sí mesmo, Israel.  O Senhor não era obrigado a fazer isso; Ele fez pela graça (Dt 7.7,8).

Deus fez um acordo, uma aliança de amizade, com seu povo.  Sua graça significava que Ele permanecia leal a Israel, mesmo quando  seu povo foi infiel a Ele (Sl 25.14).

Deus demonstra a sua graça, acima de tudo, em sua 'operação de resgate', sua salvação dos pecadores' (Ef 2.5).

Deus torna sua graça conhecida dos pecadores quando seus pecados são perdoados e absolvidos.  Mais uma vez, essa graça é totalmente imerecida.  "O amor demonstrado por aqueles passíveis de não ser amados" (Ef 2.1-10).

Deus, por intermédio de sua graça, faz os pecadores responderem a Ele e serem pessoas transformadas (At 2.37-41).  E os pecadores, salvos pela graça, conhecem cada vez mais a Deus por meio da graça (começando com Gl 4.9).

A graça do Senhor Jesus Cristo que é importante, em especial a graça demonstrada em sua morte na cruz (Gl 1.3,4).

A graça nos chama.  Passamos a conhecer essa salvação porque Deus, em sua graça, escolheu-nos (Gl 1.15).  Lançamos mão dessa graça pela fé (Gl 2.16).  Assim, somos salvos pela graça para nos transformar em uma nova pessoa (gl 6.15).

Fonte:  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre 2017  -  Adultos  -  Claiton Ivan Pommerening




A ABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO

O problema do pecado

"As escrituras ensinam que o pecado de Adão afetou muito mais que a ele próprio (Rm 5.12-21; 1 Co 15.21,22).  Esta questão é chamada pecado original, e postula três perguntas: até que ponto, por quais meios e em que base o pecado de Adão é transmitido ao restante da humanidade ?  [...] Romanos 5.12 declara que 'todos pecaram'.  Romanos 5.18 diz que mediante um só pecado todos foram condenados, o que subentende que todos pecaram.  Romanos 5.19 diz que mediante o pecado de um só homem todos foram feitos pecadores."  

O alcance da Obra Salvífica de Cristo

"Há entre os cristãos uma diferença significativa de opiniões quanto à extensão da obra salvífica de Cristo.  Por quem Ele morreu ?  Os evangélicos, de modo global, rejeitam a doutrina do universalismo absoluto (isto é, o amor divino não permitirá que nenhum ser humano ou mesmo o Diabo e os anjos caídos permaneçam eternamente separados dEle).  O universalismo postula que a obra salvífica de Cristo abrange todas as pessoas, sem exceção.  Além dos textos bíblicos que demonstram ser a natureza de Deus de amor e de misericórdia, o versículo chave do universalismo é Atos 3.21, onde Pedro diz que Jesus deve permanecer no Céu 'até aos tempos da restauração de tudo'.  Alguns entendem que a expressão grega apokastaseõs pantõn (restauração e todas as coisas) tem significado absoluto, ao invés de simplesmente 'todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas'.  Embora as Escrituras realmente se refiram a uma restauração futura, não podemos, à luz dos ensinos bíblicos sobre o destino eterno dos seres humanos e dos anjos , usar este versículo para apoiar o universalismo.  Fazer assim seria uma violência exegética contra o que a Bíblia tem a dizer deste assunto" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:  Uma perspectiva pentecostal. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 358).

O Perdão de Cristo

"A doutrina do perdão, proeminente tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, refere-se ao estado ou ao ato de perdão, remissão de pecados, ou à restauração de um relacionamento amigável.  Central à doutrina do Antigo Testamento está o conceito de cobrir o pecado da vista de Deus, representado pela palavra heb. kapar.  Isto é indicado pelas várias traduções da palavra tais como 'apaziguar', 'ser misericordioso', 'fazer reconciliação', e o uso mais proeminente na expressão 'fazer expiação', que ocorre 70 vezes na versão KJV em inglês.  Em Levítico 4.20, ela é agrupada com uma outra palavra proeminente do Antigo Testamento empregada para perdão, com o signficado de 'enviar ou deixar partir'.  Consequentemente, em Levítico 4.20 está declarado:  'O sacerdote por eles fará propiciação [de karpar], e lhes será perdoado [de salah] o pecado.  Uma terceira palavra heb., na'as, ocorre frequentemente com a ideia de 'levantar' ou 'dispersar' o pecado.
[...]Fica claro que o perdão depende de um pagamento justo, de uma penalidade pelo pecado.  Os sacrifícios do Antigo Testamento proporcionaram tipicamente e profeticamente uma expectativa do sacrifício final de Cristo.  O perdão como um relacionamento entre Deus e o homem depende dos atributos divinos de justiça, amor e misericórdia, e é baseado na obra de Deus ao providenciar um sacrifício apropriado" (Dicionário Bíblico Wycliffe 1.ed. Rio de Janeiro:  CPAD, 2009, p. 1501).

Fonte :  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre de 2017  -  Adultos  -  Claiton Ivan Pommerening

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O SACRIFÍCIO DE JESUS


O sacrifício que Jesus fez por nós, morrendo na cruz pelos nossos pecados, nos trouxe salvação, livramento, perdão, reconciliação, e a possiblidade de andarmos em novidade de vida diante do Pai Eterno.
Jesus levou sobre sí as nossas enfermidades, por Ele somos curados, através dEle abriu-nos a porta para uma vida repleta de paz, de comunhão com Deus.
Por Jesus temos paz com Deus, o seu sangue purifica-nos de todo pecado e nos dá ousadia de entrar no santuário do Altíssimo.
Por Jesus temos nossas orações ouvidas e respondidas pelo Pai, pois Jesus morreu mas ressuscitou e está assentado a direita de Deus Pai Todo Poderoso.
Em Jesus somos libertos de nossos pecados, o pecado não nos domina mais, desde que sejamos fiéis e obedientes a Deus.
Jesus é o alivio e descanso para nossa alma, Ele é a nossa proteção, a nossa Rocha inabalável.
Jesus é o nosso advogado, quando pecamos mas nos arrependemos, podemos confessar a Ele os nossos pecados e por Ele alcançar o perdão.
Jesus por amor a humanidade escolheu morrer na cruz, mesmo lhe sendo revelado tudo o que haveria de suportar.  Ele suportou todas as afrontas por amar a humanidade.
Estávamos longe de Deus, mar por intermédio de Jesus, chegamos perto de Deus, pois Ele se deu por nós e nos resgatou da maldição do pecado e da perdição eterna.
Jesus cumpriu a sua missão, morreu, ressuscitou, voltou para o Pai, porém nós não ficamos órfãos, pois o Pai por intermédio do Filho, enviou o Espírito Santo, para estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos.
O Pai, O Filho, O Espírito Santo são um só, o Deus Eterno, o guarda de Israel, o grande Eu Sou, que falou com Moisés, e que desceu na Terra em forma humana, deu instrução aos seus discípulos e os enviou para proclamarem a sua mensagem.
Ainda hoje a mensagem do evangelho é proclamado, e Deus continua abençoando o seu povo, que é composto de todos que a Jesus aceitam como Salvador.  
Jesus cumpriu a sua missão, e o Espírito Santo continua agindo no meio dos que creem na obra expiatória de Jesus.
Lembremos sempre, que Deus nos aceita através da nossa aceitação e da nossa confiança no sacrifício que Jesus fez por nós.
Não há outro meio para sermos salvos,  somente por intermédio de Jesus, pois Ele é o caminho, a verdade, e a vida.
Somente por Jesus somos reconciliados com o Pai, e somente nele devemos depositar toda a nossa confiança.

Fonte:  Texto redigido por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia - Baseado na Palavra de Deus

sábado, 9 de dezembro de 2017

O SALVADOR DA HUMANIDADE

O Salvador da humanidade é o mais puro amor,
O Salvador da humanidade é a mais pura perfeição,
O Salvador da humanidade é o nosso ajudador,
O Salvador da humanidade é o nosso redentor,
O Salvador da humanidade é o nosso reconciliador,
O Salvador da humanidade é o nosso resgate,
O Salvador da humanidade é o nosso verdadeiro amigo,
O Salvador da humanidade é o nosso abrigo,
O Salvador da humanidade é a nossa rocha inabalável,
O Salvador da humanidade é o grande Deus Eterno,
O Salvador da humanidade é o nosso grande Rei,
O Salvador da humanidade é o nosso verdadeiro Guia,
O Salvador da humanidade é o que nos dá paz e alegria,
O Salvador da humanidade é a nossa porta aberta,
O Salvador da humanidade é o nosso verdadeiro Libertador,
O Salvador da humanidade é o Criador de todas as coisas,
O Salvador da humanidade é o nosso Intercessor,
O Salvador da humanidade é o nosso Abençoador,
O Salvador da humanidade é o nosso Advogado,
O Salvador da humanidade é o nosso justo Juíz,
O Salvador da humanidade é Real.
O Salvador da humanidade é Justo e Verdadeiro,
O Salvador da humanidade é o que nosso Auxiliador,
A Ele, tributamos honra, glória, e louvor, pois o seu amor é verdadeiro, pois se deu para a salvação de toda a humanidade.
Ao Pai, Filho, Espírito Santo, o nosso Deus Santo e Justo, devemos agradecer, pois a sua bondade e misericórdia nos acompanha todos os dias.
Ele é o nosso Salvador, o que nos resgatou da maldição do pecado, e nos trouxe a libertação.
Que cada ser humano reconheça que somente Ele é o Senhor.

Fonte:  Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia  -  Baseado na Palavra de Deus

A OBRA SALVÍFICA DE CRISTO

"O estudo da obra salvífica de Cristo deve começar pelo Antigo Testamento, onde descobrimos, nas ações e palavras divinas, a natureza redentora de Deus.  Descobrimos tipos e predições específicos daquEle que estava para vir e do que Ele estava para fazer.  Parte de nossas descobertas provém da terminologia empregada no Antigo Testamento para descrever a salvação, tanto a natural quanto a espiritual.
Qualquer um que tenha estudado o Antigo Testamento hebraico sabe quão rico é o seu vocabulário.  Os escritores sagrados empregam várias palavras que fazem referência ao conceito geral de 'livramento' ou 'salvação', seja no sentido natural, jurídico ou espiritual.  O enfoque recai em dois verbos:  natsal e yasha.  O primeiro ocorre 212 vezes, mas Deus revelou a Moisés ter descido para 'livrar' Israel das mãos dos egípcios (Êx 3.8).  Senaqueribe escreveu ao rei de Jerusalém:  'O Deus de Ezequias não livrará o seu povo das minhas mãos' (2 Cr 32.17).  Frequentemente, o salmista implorava o salvamento divino(Sl 22.21; 35.17; 69.14).  O emprego do verbo indica haver em vista uma 'salvação' física, pessoal ou nacional".  (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:  Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro:  CPAD, 1996, pp. 335,336).

A Reconciliação com Deus Mediante o Sacrifício de Jesus Cristo

"Diferente de outros termos bíblicos e teológicos, 'reconciliação' aparece em nosso vocabulário comum.  É um termo tirado do âmbito social.  Todo relacionamento interrompido clama por reconciliação.  O Novo Testamento ensina com clareza que a obra salvífica de Cristo é um trabalho de reconciliação.  Pela sua morte, Ele removeu todas as barreiras entre Deus e nós.  O grupo de palavras empregado no Novo Testamento (gr. allassõ) ocorre raramente na Septuaginta e é incomum no Novo Testamento, até mesmo no sentido religioso.  O verbo básico significa 'mudar', fazer uma coisa cessar e outra tomar o seu lugar'.  O Novo Testamento emprega-o seis vezes, sem referência à doutrina da reconciliação (por exemplo, At 6.14).  Somente Paulo dá conotação religiosa a esse grupo de palavras.  O verbo katallassõ e o substantivo katallagê transmitem com exatidão a ideia de 'trocar' ou 'reconciliar', da maneira como se conciliam os livros contábeis.  No Novo Testamento, o assunto em pauta é primeiramente o relacionamento entre Deus e a humanidade.  A obra reconciliadora de Cristo restaura-nos ao favor de Deus porque "foi retirada a diferença entre os livros contábeis"  (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:  Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro:  CPAD, 1996, p. 355).

A Redenção

"A palavra Redenção significa "Recurso capaz de salvar alguém de uma situação aflitiva".
Jesus comprou-nos por um bom preço.  Por causa da morte de Cristo, diante de qualquer exigência da Lei da justiça divina com respeito a todos os que creem em Jesus, Deus pode agora dizer: '...livra-os...já achei resgate' (Jó 33.24).  Jesus subiu ao Gólgota para aniquilar o pecado pelo sacrifício de sí mesmo (Hb 9.26)."
"No Novo Testamento, Jesus é tanto o 'Regatador' quanto o 'resgate'; os pecadores perdidos são os 'resgatados'.  Ele declara que veio 'para dar a sua vida em resgate [gr. lutron] de muitos' (Mt 20.28; Mc 10.45).  Era um 'livramento' [gr. apolurõsis] efetivado mediante a morte de Cristo, que libertou da ira retributiva de Deus e da penalidade merecida do pecado'.  Paulo liga nossa justificação e o perdão dos pecados à redenção que há em Cristo (Rm 3.24; Cl 1.14).  Diz que Cristo 'para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção' (1 Co 1.30).  Diz, também que Cristo 'se deu a sí mesmo com preço de redenção [gr. antilutron] por todos' (1 Tm 2.6).  O Novo Testamento demonstra claramente que Ele proporcionou a redenção mediante o seu sangue, pois era impossível que o sangue dos touros e dos bodes tirasse os pecados (Hb 10.4).  Cristo nos comprou de volta para Deus, e o preço foi o seu sangue (Ap 5.9)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:  Uma perspectiva pentecostal, 1.ed. Rio de Janeiro:  CPAD, 1996, p. 357).

Fonte:  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre de 2017  -  Adultos  -  Claiton Ivan Pommerening

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

O ÚNICO SENHOR E SALVADOR

Um só Salvador, um só Deus, um só Senhor.  O único que pode todas as coisas, que sabe todas as coisas, que vê todas as coisas.
O único que pode nos salvar.  O único Deus. O único Senhor.
Somente Jesus é o caminho para nossa salvação.
Jesus é o próprio Deus, que se fez homem.
Jesus é o Senhor dos senhores, o Rei do universo.
O único que por amor se deu pela humanidade, morrendo em uma cruz.
O único que é sob todas as coisas.
O único que não foi criado, pois existe de eternidade a eternidade.
O único que ama incondicionalmente, e que pode resolver todos os problemas.
O único que perdoa e lança no mar do esquecimento os nossos pecados.
O único que não olha as aparências e nem faz acepção de pessoas.
O único que não abandona os que nele confia.
O único que ama todos os habitantes da Terra.
O único que nunca falhou, e jamais falhará.
O único que venceu a morte, e ressuscitou.
O único capaz de vencer o pecado, a inustiça e a falta de amor.
O único que está a direita de Deus, intercedendo por nós, pois vivo está.
O único que se inclina para ouvir as orações do seu povo.
O único que ouve e responde as orações dos que por Ele clamam.
O único que quando se fez carne, nunca pecou, e jamais cometeu injustiça.
O único que sustenta e guarda o seu povo.
O único que nos defende diante de Deus.
O único que nasceu de modo sobrenatural.
O único que foi totalmente obediente.
O único digno de ser honrado, pois é Deus.
O único digno de ser adorado, pois é Deus.
O único que cumpriu todas as determinações do Pai, e foi vitorioso.
O único que é o autor da fé, e que por Ele podemos todas as coisas.
Ao Pai, Filho, Espírito Santo, o Deus trino, sejamos gratos, pois o Deus trino é o verdadeiro amor, o verdadeiro Senhor, e o verdadeiro Salvador.

Fonte:  Edilberto Pereira -  Bacharel em Teologia  -  Baseado na Bíblia Sagrada.

SALVAÇÃO - O AMOR E A MISERICÓRDIA DE DEUS

O amor de Deus

"Sem menosprezar a paciência, misericórdia e graça de Deus, a Bíblia associa mais frequentemente o desejo de Deus em nos salvar ao seu amor. No Antigo Testamento, o enfoque primário recai sobre o amor segundo a aliança, como se vê em Deuteronômio 7.
Com respeito à redenção segundo a aliança, diz o Senhor: 'Com amor [heb.'ahavah'] eterno te amei [heb.'ahev']; também com amável benignidade [heb. chesedh] te atrai' (Jr 31.3).  A despeito da apostasia e idolatria de Israel, Deus amava com amor eterno.
O Novo Testamento emprega agapaõ ou agapê para referir-se ao amor salvífico de Deus.  No grego pré-bíblico, essas palavras tinham pouca relevância.  No Novo Testamento, porém, são óbvios o seu poder e valor.  'Deus é agapê' (Jo 3.16).  Por isso, 'ele deu seu Filho unigênito' (Jo 3.16) para salvar a humanidade.  Deus tem demonstrado seu amor imerecido para conosco 'em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores' (Rm 5.8).  O Novo Testamento dá amplo testemunho do fato de que o amor de Deus impeliu-o a salvar a humanidade perdida.  Por isso, estes quatro atributos de Deus  -  a paciência, a misericórdia, a graça e o amor - demostram a sua bondade ao promover a nossa redenção".  (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:  Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 345,346).

Misericórdia

"No Antigo Testamento, a palavra 'misericórdia', é a tradução da palavra grega eleos, ou 'piedade, compaixão, misericórdia' (veja seu uso em Lucas 10.37; Hebreus 4.16), e oiktirmos, isto é, 'companheirismo em meio ao sofrimento' (veja seu uso em Filipenses 2.1; Colossenses 3.12; Hebreus 10.28).
No Antigo Testamento, este termo representa duas raízes distintas:  rehem, que pode significar maciez), 'o ventre', referindo-se, portanto, à compaixão materna (1 Rs 3.26, 'entranhas'), e hesed, que significa força permanente (Sl 59.16; 62.12; 144.2) ou 'mútua obrigação ou solidariedade das partes relacionadas' - portanto, lealdade.  A primeira forma expressa a bondade de Deus, particularmente em relação àqueles que estão em dificuldades (Gn 43.14; Êx 34.6).  A segunda expressa a fidelidade do Senhor, ou os laços pelos quais 'pertencemos' ou 'fazemos parte' do grupo de seus filhos.  Seu permanente e imutável amor está subentendido, e se expressa através do termo berit, que significa 'aliança' ou 'testamento' (Êx 15.13; Dt 7.9; Sl 136.10-24)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1290).

Aspectos da salvação

"É preciso compreender e comparar dois aspectos da salvação, que são:  o aspecto legal e o aspecto ético e moral.  No aspecto legal está a justificação, que trata da quitação da pena do pecado.  Significa que a exigência da Lei foi cumprida.  Porém, no aspecto moral, está a santificação que trata da vivência cotidiana após a justificação.  Como compreender então a relação entre a justificação e a santificação ?
Em primeiro lugar, a santificação trata do nosso estado, assim como a justificação trata da nossa posição em Cristo.  Observe isto:  Na justificação somos declarados justos.  Na santificação nos tornamos justos.  A justificação é a obra que Deus faz por nós como pecadores.  A santificação diz respeito ao que Deus faz em nós.  Pela justificação somos colocados numa correta e legal relação com Deus.  Na santificação aparecem os frutos dessa relação com Deus.  Pela justificação nos é outorgada a segurança.  Pela santificação nos é outorgada a confiança na segurança.
Em segundo lugar, a santificação envolve, também, o aspecto posicional.  Na justificação o crente é visto em posição legal por causa do cumprimento da Lei, na santificação o crente é visto em posição moral e espiritual.  Posicionalmente o crente é visto nesses dois aspectos abordados que são:  o legal e o moral.  Legalmente, ele se torna justo pela obra justificadora de Jesus Cristo.  Moralmente, ele se torna santo por obra do Espírito Santo" (CABRAL, Elienai.  Romanos:  O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de Janeiro;  CPAD, 2005, pp.73,74).

Fonte:  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre de 2017  -  Adultos  -  Claiton Ivan Pommerening

domingo, 3 de dezembro de 2017

A CONCEPÇÃO DO SALVADOR

Encarnação

"Quando na plenitude dos tempos (Gl 4.4), o anjo Gabriel comunicou a Maria que ela seria o instrumento da encarnação de Jesus, disse-lhe: 'Em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus' (Lc 1.31). [...] Jesus, o 'Deus bendito eternamente' (Rm 9.5), fez-se homem.  Esse mistério chama-se encarnação.  A Bíblia diz:  'grande é o mistério da piedade:  aquele que se manifestou em carne' (1Tim 3.16).  A doutrina da encarnação de Jesus excede tudo o que o entendimento humano possa compreender; porém, desse milagre depende a substância do Evangelho da salvação e a doutrina da redenção".

O Nascimento Virginal

Provavelmente, nenhuma doutrina cristã é submetida a tão extenso escrutínio quanto a do nascimento virginal, e isto por duas razões principais.  Primeiro, esta doutrina depende, para a sua própria existência, da realidade do sobrenatural.  Muitos estudiosos, nestes últimos dois séculos, têm desenvolvido um preconceito contra o sobrenatural; e esse preconceito tem influenciado seu modo de analisar o nascimento de Jesus.  A segunda razão para a crítica do nascimento virginal é que a história do desenvolvimento de sua doutrina nos leva para muito além dos simples dados que a Bíblia fornece.  A própria expressão 'nascimento virginal' reflete essa questão.  O nascimento virginal significa que Jesus foi concebido quando Maria era virgem, e que ela ainda era virgem quando Ele nasceu(e não que as partes de Maria tenham sido preservadas, de modo sobrenatural, no decurso de um nascimento humano).
Um dos aspectos mais discutidos do nascimento virginal é a orígem do próprio conceito.  Alguns estudiosos têm procurado explicá-la por meio de paralelos helenísticos.  Os enlaces que os deuses e deusas mantinham com seres humanos, na liturgia grega da antiguidade, são alegadamente os antecedentes da ideia bíblica.  Mas essa teoria certamente desconsidera a aplicação de Isaías 7, em Mateus 1.
Isaías 7, com sua promessa de um filho que nascerá, é o pano de fundo do conceito do nascimento virginal.  Muitas controvérsias têm girado ao redor do termo hebraico 'almah, conforme usado em Isaías 7.14.  A palavra é usualmente traduzida por 'virgem', embora algumas versões traduzam por 'jovem'.  No Antigo Testamento, sempre que o contexto oferece nítida indicação, a palavra  significa uma virgem com idade para casamento" (HORTON, Stanley M. 1.ed. Rio de Janeiro:  CPAD, 1996, p.322)

Fonte:  Lições Bíblicas - 4° Trimestre de 2017  -  Adultos  -  Claiton Ivan Pommerening

sábado, 2 de dezembro de 2017

O CORDEIRO DA PÁSCOA - O SANGUE DO CORDEIRO

"O Cordeiro da Páscoa no Êxodo 12 deveria ser morto e comido na noite da Páscoa, e o seu sangue deveria ser espargido nos umbrais das portas.  O Senhor Jesus Cristo associou a Santa Ceia à festa da Páscoa judaica (Mt 26.17-19).  Dessa forma, a Páscoa está tipificando que Cristo é a nossa Páscoa (1 Co 5.7).
O cordeiro a ser oferecido não deveria ter manchas ou defeitos (Êx 12.5) e nenhum osso deveria estar quebrado (Êx 12.45), o que nos mostra que nenhum osso de Cristo seria quebrado em sua morte da cruz.
O conceito do Cordeiro de Deus foi tão completamente desenvolvido em Isaías 53 que estava claro para os santos do Antigo Testamento que Ele não era outro senão o servo do Senhor.  Parece que Isaías 53 é o capítulo que contém mais referências cruzadas com o Novo Testamento em toda a Bíblia Sagrada.

O Cordeiro de Deus no Novo Testamento

No primeiro capítulo de seu Evangelho, João registra como João Batista aponta para Jesus como o 'Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo' (Jo 1.29,36).  Pedro, em sua primeira epístola, diz que Cristo foi o cordeiro conhecido antes da fundação do mundo (1 Pe 1.19,20).  Portanto, o conceito do Antigo Testamento do cordeiro sacrificial revela tipicamente e profeticamente o plano de Deus para oferecer Cristo como o sacrifício propiciatório pelos pecados do homem" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.454).

O Sangue

"O sangue também desempenhou um papel significativo nas práticas religiosas do Antigo Testamento.  Vale a pena observar que o sangue não representava nenhum elemento básico nos sacrifícios, nem tinha alguma função especial ou significado nos rituais de quaisquer outros povos do antigo Oriente Próximo ou do Mediterrâneo.  O sistema de sacrifícios da lei, baseado nos primitivos sacrifícios de animais do período patriarcal, exigia a morte da vítima em nome do pecador e consistia na aspersão do sangue ainda morno pelo sacerdote como prova de sua morte pela expiação dos pecados (Lv 17.11,12).  Nos sacrifícios, era exigida a morte da vítima para que sua vida fosse oferecida a Deus como substituto da vida do pecador arrependido.  Dessa maneira, o pecador era limpo e a culpa era removida (Hb 9.22).
Esse cenário forma a base para a presença do sangue de Cristo no Novo Testamento.  O derramamento do sangue de Jesus, na cruz, encerrou sua vida terrena, pois Ele, voluntariamente, ofereceu-se para morrer em nosso lugar, como o Cordeiro de Deus que foi assassinado para nos redimir (1 Pe 1.18-20); e a aspersão desse sangue trouxe o perdão todos os pecados os homens (Rm 3.25).  Seguindo o padrão do Dia da Expiação dos judeus (Lv 16), Cristo é o nosso sacrifício expiatório (Hb 9.11-14) e também nossa oferta pelo pecado (1 Pe 1.18,19).  Assim como Moisés selou o pacto entre Deus e a antiga nação de Israel, no Sinai, com a aspersão do sangue (Êx 24.8), também o novo pacto de Jeremias (31. 31-34) foi selado pelo sangue de Cristo (Hb 9.14).  Ao instituir a Ceia do Senhor, Jesus falou do cálice como 'o Novo Testamento [ou aliança]" no seu próprio sangue (1Co 11.25)  (Dicionário bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro:  CPAD, p. 1758).

Fonte :  Lições Bíblicas  -  4° Trimestre de 2017  -  Adultos  -  Claiton Ivan Pommerening

SALVAÇÃO

"A salvação é uma milagrosa transformação espiritual, operada na alma e na vida - no caráter - de toda pessoa que, pela fé recebe Jesus Cristo como seu único Salvador.
A salvação abarca todos os atos e processos redentores, bem como transformadores da parte de Deus para com o ser humano e o mundo através de Jesus Cristo nesta vida e na outra."
A salvação baseia-se na morte de Cristo para a remissão dos pecados de acordo com os justos requisitos de um Deus santo e abençoador (Rm. 3.21-26).  As bençãos da salvação incluem, basicamente, a redenção, a reconciliação, e a propiciação. 
 A redenção significa a completa libertação através do pagamento de um resgate (2 Pe 2.1; Gl 3.13).
A reconciliação significa que, por causa da morte de Cristo, o relacionamento humano com Deus foi modificação de um estado de inimizade passando a um estado de comunhão (Rm. 5.10).
A propiciação significa que a ira de Deus foi retirada através da oferta de Cristo (Rm 3.25).
Quando uma pessoa crê no Senhor Jesus Cristo, ela é salva (At. 16.31), e assim já está justificada, redimida, reconciliada e limpa (Jo 3.10; 1 Cor. 6.11).
Além disso, a salvação é também progressiva (1 Cor. 1.18) e o homem precisa da obra santificadora do Espírito Santo no aperfeiçoamento de sua salvação (Rm 8.13).  Além disso, a salvação em sua plenitude, deverá ser realizada no futuro, quando Cristo voltar (Hb 9.28)."

Fonte : Lições bíblicas - 4° Trimestre de 2017  -  Adultos  -  Claiton Ivan Pommerening

domingo, 5 de novembro de 2017

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

BENDITO SEJA DEUS

Bendito seja Deus, que criou todas as coisas.
Bendito seja O Pai das luzes, que enviou seu Filho Jesus Cristo, para salvar toda a humanidade.
Bendito seja o Deus Eterno, que, com a intercessão de seu Filho, enviou o Espírito Santo.
Bendito seja Deus, que através de Jesus Cristo, seu Filho amado, reconciliou todas as coisas, e deu a oportunidade a toda a humanidade para se achegar a Ele.
Bendito seja Deus, que por intermédio de seu Filho, concede perdão a todos(as), que se arrependem de seus pecados.
Bendito seja Deus, que salva aos que creem no sacrifício feio por Jesus.
Bendito seja Deus, que liberta o oprimido, solta o encarcerado, cura os enfermos, e faz o homem e a mulher se tornarem novas criaturas.
Bendito seja Deus, que por amor, nos deu a possibilidade de vencer o pecado , e o mundo, através da fé em Jesus.
Bendito seja Deus, que batiza no Espírito Santo, todos os que creem.
Bendito seja Deus, que abriu-nos o caminho para o céu, por meio do sacrifício que Jesus Cristo fez por toda a humanidade.
Bendito seja Deus, que orienta-nos através da sua Palavra e, do seu Espírito Santo.
Bendito seja Deus, que invade a nossa alma de paz, e alegria.
Bendito seja Deus, que pela obediência de seu Filho, nos deu a certeza de vida eterna.
Bendito seja Deus, porque o sangue de Jesus, derramado na cruz, nos purifica de todo pecado.
Bendito seja Deus, que pela sua longanimidade, perdoa, salva, e nos dá a cada dia a oportunidade de nos levantar na sua presença.
Bendito seja Deus, que continua operando maravilhas.
Bendito seja Deus, que nos fez povo seu, e ovelhas do seu pasto.
Bendto seja Deus, que por bondade e misericórdia nos sustenta e nos guarda a cada dia.
Bendito seja Deus, porque a sua fidelidade dura para sempre.
Bendito seja Deus, que é imutável.
Bendito seja Deus, que amou o mundo de tal maneira enviando o seu Filho único, para trazer toda a humanidade para a sua presença.
Bendito seja Deus, que breve nos chamará para a sua presença, onde iremos desfrutar eternamente da sua glória.

Texto redigido por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia - baseado na Palavra de Deus

A BÍBLIA E JESUS

A Bíblia e Jesus !                                      1. Em Gênesis Jesus é: O nosso Criador (Gn 1) e A Semente da mulher. (3:15)...