quinta-feira, 30 de maio de 2019

MUDANÇA DE VIDA EM JESUS


Quando por motivos de fraquezas, incredulidades ou até mesmo por rebeldias, o ser humano se afasta do seu Criador, a tendência é se viver uma vida de derrotas e fracassos.  Precisamos ter em mente que o viver de aparências é hipocrisia, e isso não agrada ao Criador do Céu e da Terra.
A aparente felicidade que as vezes o dinheiro, a fama e o ser reconhecido pelos homens traz para aquele(a) que se afasta da presença de Deus não dura para sempre.  Acabando o dinheiro, a fama, certamente há de desaparecer também os falsos amigos que, enquanto a vida boa de quem tem dinheiro para gastar proporcionava as vezes, alegrias passageiras.
Deus é o único que não nos trata segundo o que aparentamos ser, pois Ele conhece o que está no mais íntimo do coração do ser humano.  Ele sabe muito bem quem é sincero(a) e quem não é.
Por Deus ser onisciente, aos olhos dele nada escapa.  Ele tudo vê.
O ser humano por sí só, não consegue agradar a Deus, ainda que muitas das vezes praticam obras de caridades, parecendo se preocupar com o próximo, mas na realidade, até mesmo sem perceberem,estão agindo como verdadeiros hipócritas.
Com todas essas imperfeições, ainda existe uma saída para o homem e para a mulher.  Jesus Cristo é a saída para todo ser humano, até mesmo aqueles(as) que são marginalizados pela sociedade.  
Em Jesus, o homem e a mulher, se quiserem, se se arrependerem dos seus pecados, e aceitarem a Jesus Cristo como Salvador, esse quadro certamente mudará. 
A humanidade passará da morte(espiritual) para a vida, pois Jesus é a vida, e quem crê nEle tem vida abundante.
A resposta para todos os males da humanidade está em entregarem a vida para Jesus, O aceitando como Salvador e Senhor,  homens e a  mulheres cheios de malícias e enganos, tornar-se-ão novas criaturas em Cristo Jesus.
Há solução para os problemas da humanidade, e todas as pessoas que voluntariamente servem ao Deus Eterno serão recompensados não só nessa terra, como também serão recompensados no porvir.
Despertemos enquanto é dia, pois a noite vem, e ninguém poderá fazer mais nada.  Enquanto é dia, esforcemo-nos para agradar ao Pai Eterno para receber dEle não só as bençãos que precisamos aqui como também a vida eterna, aonde estaremos para todo o sempre com Ele.

Fonte:  Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia - baseado na Palavra de Deus

sábado, 25 de maio de 2019

O VÉU DO TABERNÁCULO


O VÉU DO TABERNÁCULO

ÊXODO 26.31-37

Entendendo que Deus já está agradado completamente pelo sacrifício de Cristo, que é bem constado pelo Novo Testamento, por quê voltar ao passado e estudar as figuras que apontam a este sacrifício de Cristo no Velho Testamento?
É útil estudar sobre o tabernáculo para aprender mais de nossa Salvação por Cristo. A lei (o Pentateuco) tem “a sombra dos bens futuros” (a Pessoa e Obra de Cristo) e conhecendo essas sombras perceberemos melhor o Real (Hebreus 10.1). Por isso convém estudar o que diz a Bíblia sobre o tabernáculo.
Introdução
O titulo dessa mensagem sobre o véu do Tabernáculo poderia ser: De Separação À Entrada Ousada. O véu era posicionado entre o santuário, onde o sacerdote ministrava pelos outros, e o lugar santíssimo, onde Deus habitava entre os querubins sobre o propiciatório da arca do testemunho ou da aliança. Fez separação entre o que não era santo e Aquele que é santíssimo.
O Tabernáculo, com todas as cerimônias ritualísticas, não passou a ser nada mais além de “a sombra dos bens futuros” (Hb 1.1; 10.1). Por mais bela a sombra esteja, ela não é o Verdadeiro.
O véu do Tabernáculo representava uma triste verdade: o homem é pecador e é vedado O caminho para ele ir sozinho a Deus (Ex 26.33; Lv 16.2, “que não entre no santuário em todo o tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque Eu aparecerei na nuvem sobre o propiciatório”; Is 59.1-3, “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”; Rm 3.23, “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”).
Enquanto o véu ficava no seu lugar a consciência pesada do homem existia. Enquanto o véu separava o homem pecador do Deus santo, o pecador teve medo do julgamento do seu pecado por este Deus que é um fogo consumidor (Hb 10.2,3).
A entrada ousada na presença deste Deus é uma realidade hoje através de umas condições, condições estas que foram preenchidas completamente e somente por Jesus Cristo.
O Material Usado na Construção do Véu do Tabernáculo – Ex 26.31
O véu do Tabernáculo era feito de linho fino torcido com azul, púrpura, carmesim, com a imagem de querubins de obra prima bordada nele. Desde que tudo no Tabernáculo eram sombras ou tipos simbólicos de Cristo, esse material apontava ao Cristo.
O azul representava: Natureza Celestial de Cristo, Cristo O Espiritual, ou homem celestial, I Coríntios 15.47,48; João 1.18; Hebreus 7.26; a origem celestial de Cristo.
A púrpura representava: Realeza, Soberania de Cristo, o “Rei dos reis, e Senhor dos senhores”, Apocalipse 19.16; Marcos 15.17-18.
O carmesim representava: Sacrifício, Apocalipse 5.9-10; Números 19.6; Levítico 14.4; Heb 9.11-14, 19, 23, 28.
O linho fino representava: Justiça, Cristo é o Justo, e os que são dEle tem a Sua justiça, II Coríntios 5.21; Apocalipse 19.8; I Coríntios 1.30. Sendo torcido, era dobrado o fio seis vezes fazendo o véu grosso e pesado (Gill).
O branco, do linho fino torcido representava: perfeição, pureza e santidade de Deus em Cristo, e aos que são lavados no sangue de Cristo (Ap 7.9-17; Sl 132.9).
Os querubins representavam: somando tudo que fala dos querubins pela Bíblia podemos resumir que eles representam a autoridade e poder judicial de Deus (Gn 3.24). Não há como chegar a Deus sem responder pelo julgamento dos pecados. Pelos querubins terem presença no véu do Tabernáculo entende-se que a entrada à presença de Deus é somente através do julgamento dos pecados. Assim aponta ao Cristo: O Espiritual com natureza celestial (azul), O Soberano (púrpura), O Sacrifício idôneo (carmesim), O Justo (linho fino) e O Perfeito (branco do linho fino). Cristo, nessas qualidades, deu-Se a Si mesmo na cruz, recebendo assim o julgamento do pecado de todo pecador arrependido (II Co 5.21; Tt 3.5; I Pd 1.18-21) e repassando à estes as Suas justiças (II Co 5.21; I Pe 3.18).
A Posição do Véu no Tabernáculo – Ex 26.32-35
O véu do Tabernáculo fazia separação entre o santuário e o lugar santíssimo. Dentro do véu era a Arca do Testemunho. Fora do véu eram a mesa e o candelabro.
O véu do Tabernáculo foi pendurado debaixo dos colchetes sobre quatro colunas de madeira de Acácia, representando a humanidade incontaminável de Cristo. Essas colunas eram cobertas de ouro, representando a divindade pura de Deus. Cristo é tanto homem quanto Deus, fatos declarados pela simbologia destas colunas que existem para que o véu do tabernáculo fosse pendurado.
As bases que fixava as colunas no lugar eram de prata. Prata representa a redenção por ser ela a moeda da expiação (Levítico 5.15; 27.3; 6,16; Êxodo 30.12-16; Números 18.16).
O fundamento destas bases era a redenção. A redenção, representada pela prata, é a base da encarnação de Cristo, representado pelas colunas. A entrada à presença terrível de Deus é somente pelo julgamento dAquele que é Celestial, Soberano, o Puro Sacrifício Eterno e Justo, o Único que pode agradar a Deus, o Seu Filho Unigênito, O Jesus Cristo.
A Representação do Véu do Tabernáculo – Hb 10.1-23; Is 53.10-12
O véu a todos mostrava a separação do homem do Santo Deus. Por Deus ser santo, e o homem ser destituído da glória de Deus, ou seja, da glória da santidade, há separação (Is 59.1-3).
O véu mostrava a maneira de aproximação do homem pecador para o Santo e Glorioso Deus. Essa aproximação era somente por um sacerdote idôneo e somente com sangue (Lv 16.14; Jo 9.7, 14).
Cristo é Quem foi representado pelo véu do Tabernáculo (Hb 10.19, 20, “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,”; Ef 2.12-16; Cl 2.13-15; 3.7-11). Cristo é a Entrada – Isa 53.10, 11. Por Ele, o pecador arrependido e crente pela fé em Cristo Jesus, não apenas tem entrada à presença de Deus, mas, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus (Hb 10.19).
Cristo, em Hb 10.10-23, é o grande Sacerdote que se ofereceu a Si mesmo como o verdadeiro sacrifício aceitável que purifica os nossos corações da má consciência (v. 12-14, 21, 22). Ele é o sangue que abriu o caminho pelo véu (v. 19), sendo Ele mesmo o próprio véu e o Caminho novo e vivo a Deus (v. 20; Jo 1.29; 14.6). Tudo o que Ele é foi aceito pelo Pai e percebemos isso na Sua morte (Mc 15.38, “E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo”), na Sua ressurreição (At 17.30,31, v. 31, “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos), e na Sua ascensão (Jo 7.39; At 2.31-36, v. 33, “De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis”).
Por Cristo ser tudo na aproximação do pecador remido a Deus, somos incentivados a reter firme a confissão da nossa esperança, a estimular uns aos outros às boas obras e congregar sempre que temos oportunidade; porque fiel é Ele que prometeu tais bênçãos (v. 23-25).
Conclusão
Cristo é a gloriosa e única entrada à presença de Deus. Ele é somente a entrada para os que se arrependeram dos seus pecados e creram nEle pela fé. Como é contigo e Deus? É ainda separado, ou tem ousadia para entrar? O diferencial é Cristo, o próprio véu e o caminho para Deus.

Autor: Pr Calvin Gardner
Ortografia e correção grammatical: Brenda Lia de Miranda 04/2007
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

sábado, 18 de maio de 2019

O CRISTIANSMO ANTIGO



1 O CRISTIANISMO ANTIGO:
1.1 A ORIGEM, PERSEGUIÇÕES E ENSINAMENTOS (PRIMEIRAS REFERÊNCIAS AOS EVANGELHOS) E O SURGIMENTO DAS HERESIAS

PROBLEMATIZAÇÃO
Desde os primeiros séculos, houve algumas divergências entre alguns grupos do cristianismo causando divisão nas igrejas surgindo vários grupos, e cada grupo dava uma interpretação para os ensinamentos da religião, assim para resolver esse problema foi criado em 434 o cânon vicentino.

JUSTIFICATIVA.

Demonstrar a relevância  do cristianismo sendo uma religião fundamentada em um homem, que com suas ideias mudou o rumo da história tendo uma grande influência no mundo contemporâneo.
Sabendo que, é uma religião que milhões de pessoas afirmam terem suas vidas transformadas quando passaram a acreditar nos ensinos expostos na principal literatura cristã que é a Bíblia Sagrada, principalmente o Novo testamento que traz todo o ensinamento a respeito de Jesus e suas obras.

OBJETIVO GERAL

Apresentar que apesar da perseguição á religião, os ensinamentos do cristianismo antigo, é muito eficaz nos primeiros séculos.

OBJETIVO ESPECÍFICO

Esse trabalho não tem o foco de desmerecer outras religiões, somente mostrar aos leitores que o cristianismo que outrora foi considerado lenda pelo Império Romano, resistiu todas as perseguições contra ela levantada na antiguidade, foi e ainda continua tendo uma grande influência no modo de viver das pessoas. Esse trabalho está limitado somente ao mundo antigo devido a influência que o cristianismo teve na antiguidade, mas ainda hoje é grandemente influente.
Não há como negar a realidade histórica a respeito do homem chamado Jesus, e como no mundo antigo as pessoas que Nele acreditaram, defenderam as suas crenças baseadas nos ensinos de Jesus e enfrentaram a fúria dos opositores.

ORÍGEM DO CRISTIANISMO
O cristianismo, religião fundamentada na pessoa de Jesus, nascido em Belém por volta do século IV a.C, atualmente é a religião com o maior número de seguidores em todo o mundo, e os seguidores da religião são chamados cristãos.  Segundo a Bíblia Sagrada, assim está escrito em Atos dos Apóstolos 11:26 :“E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente.  Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” (Almeida, 2009, pág. 1445)
Embora haja discordâncias de pensamentos por parte de todos os ramos do cristianismo, todos acreditam que Jesus é o Messias prometido, o Filho de Deus, o Salvador do mundo.
No entanto a verdade é que, pouco se sabe historicamente sobre Jesus, porém é certo que foi um personagem histórico, real e que mudou o rumo da história da humanidade.
Os maiores relatos sobre Ele está contido na Bíblia, o livro sagrado do cristianismo. Sabe-se que Ele nasceu de uma virgem chamada Maria, casada com José, seu pai adotivo.  Maria deu a luz ao menino milagrosamente como afirmam os escritos bíblicos, pouco é relatado sobre a sua infância, o último relato bíblico da sua infância foi a respeito de uma festa em Jerusalém quando Ele estava com 12 anos.
A Bíblia relata que com quase 30 anos, Jesus passou a ensinar sobre o reino de Deus, período esse que efetuou muitos milagres, curas e maravilhas. No início escolheu 12 homens que foram seus discípulos, que o acompanharam durante 3 anos e meio.
No entanto Jesus foi perseguido pelos religiosos da época, e que tentavam desacreditá-lo diante do povo que muito o estimava. Ele foi traído por um dos seus discípulos por nome Judas Iscariotes, e injustamente, mediante falsas acusações foi entregue as autoridades da época, onde foi morto em uma cruz.
Porém, como Ele mesmo avisava seus discípulos que iria ressuscitar ao terceiro dia e que tudo o que aconteceu já estava predito pelos profetas do Velho Testamento, Ele ressuscitou segundo as escrituras e isso é a crença de todo cristianismo.
Afirma as escrituras que após a sua ressurreição, andou entre os seus seguidores por 40 dias, e logo após subiu ao céu na presença de seus seguidores. Ele deixou aos seus discípulos a ordem de levar a mensagem de salvação a toda a humanidade, ordem essa que foi cumprida pelos discípulos que passaram a ser chamados de apóstolos.
Antes de subir ao céu, Jesus disse aos seus seguidores para que ficassem em Jerusalém, porque eles seriam revestidos de poder, e essa promessa se cumpriu no dia de Pentecostes ou festa das colheitas, uma festa realizada pelos judeus anualmente para agradecer a Deus pela colheita realizada.
No dia de Pentecostes estavam em um cenáculo, quase 120 pessoas, as quais receberam a promessa da vinda do Espírito Santo, dentre as quais os discípulos, a mãe de Jesus e seus irmãos.
Nesse dia um dos seus discípulos por nome Pedro se levantou e falou ao povo sobre o que estava acontecendo.  Haviam pessoas de várias nações na festa de Pentecostes, e todas as pessoas ouviam na sua própria língua o que estava sendo falado pelas pessoas que estavam no cenáculo
Os ouvintes pensavam que essas pessoas estavam embriagadas, porém Pedro explicou ao povo que o que estava acontecendo já tinha sido predito pelo profeta Joel no Velho Testamento e que naquele dia estava se cumprindo.
Nesse dia quase 3.000 pessoas se converteram ao cristianismo com a pregação de Pedro.  No Atos dos Apóstolos, um dos livros Inseridos na Bíblia, há o relato de como foi o início da igreja, o registro dos milagres, das curas, das perseguições que os apóstolos sofriam por anunciar a mensagem do evangelho (boas novas).
No princípio da igreja cristã Pedro e Paulo foram os mais que mais influenciaram nas suas mensagens. Pedro foi discípulo de Jesus, andou com seu Mestre durante o ministério de Jesus, porém Paulo só veio a se converter anos mais tarde.  Paulo por ser um fariseu, uma das seitas do judaísmo, perseguiu a igreja, consentindo na morte de Estevão, um dos seguidores de Jesus, que foi o primeiro mártir, ou seja, morreu por defender os ideais do cristianismo.  Porém Paulo no caminho de Damasco quando ia prender os cristãos teve um encontro com Jesus, e a partir daí passou a ser um fiel seguidor e passou a ser um dos principais anunciadores da mensagem de Jesus.
Conta-nos a tradição da igreja que todos os discípulos foram martirizados, exceto João, que morreu de morte natural, porém a igreja continuou crescendo, e mesmo mediante as perseguições que vieram sobre os cristãos, o cristianismo nunca foi contido.
PERSEGUIÇÕES CONTRA O CRISTIANISMO

A perseguição de Nero (64)
Nero para se livrar de suspeitas de ter ordenado o incêndio de Roma, culpou e castigou cruelmente os cristãos, que eram vistos como detestáveis abomináveis, eram considerados o opróbrio do gênero humano.
De início todos foram presos todos os que confessavam ser cristãos.  Por serem acusados de serem o opróbrio do gênero humano uma multidão foi condenada à morte, uma vez condenados à morte se tornaram objetos de diversão. Alguns, costurados em peles de animais, expiravam despedaçados por cachorros.  Outros morriam crucificados.  Outros ainda eram transformados em tochas vivas para iluminar a noite.
Durante o reinado de Nero os apóstolos Pedro e Paulo foram martirizados.

A política de Trajano contra os cristãos
Para Trajano os cristãos não deveriam ser perseguidos, porém, se houvesse denúncias procedentes contra eles, era autorizado que se aplicasse castigo, com a ressalva de que, se alguém negasse ser cristão, e adorassem os deuses, seriam perdoados.
Em 155, Policarpo o Bispo de Esmirna foi martirizado.  Foi queimado vivo, embora segundo testemunhas foi preciso um verdugo para matá-lo com a espada no meio do fogo.  Assim disse Policarpo diante da insistência do procônsul para que ele insultasse a Cristo, segundo o Livro Documentos da Igreja Cristã: “Jura e te soltarei.  Insulta a Cristo”. “Oitenta e seis anos há que sirvo a Cristo.  Cristo nunca me fez mal.  Como blasfemaria contra meu Rei e Salvador ? (Bettenson, 2001, pág. 41)
Várias perseguições contra os cristãos surgiram:
          A perseguição em Lyon e Viena (177)
          A perseguição no tempo de Décio (249-251)
          A perseguição no reinado de Valeriano (253-260)
          A perseguição diocleciana (303-305)
          Alguns dos imperadores perseguidores de início eram favoráveis aos cristãos como Valeriano e Diocleciano que sua esposa e filha eram catecúmenas.
Como vemos nesse trabalho os cristãos foram duramente penalizados por sua crença em um único Deus no meio de um Império que adoravam vários deuses.  Cumpriu-se assim o que foi predito por Jesus, conforme a Bíblia Sagrada em João 16:2: “Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus.”(Almeida, 2009, pág. 1415)
E segundo o livro Documentos da Igreja Cristã, assim está escrito: “Desse modo sofreram os santos mártires tais tormentos que não podem ser expressos em nenhum discurso.” (Bettenson, 2001, pág. 44)
As perseguições, os martírios não abalou a fé de muitos cristãos até que no ano 311 aconteceu o Edito de Tolerância, pelo qual os cristãos obtiveram autorização para retornarem ao correto uso de sua religião.

O EDITO DE MILÃO (Março de 313)

Depois de tantas perseguições e proibições aos cristãos de prestarem seu culto ao Deus único, Constantino e Lecínio, Imperadores, encontraram-se em Milão para conferenciar a respeito do bem e da segurança pública do Império, decidiram que, entre tantas coisas benéficas à comunidade, o culto divino deveria ser a primeira e principal preocupação do Império. 
No entanto, pareceu justo aos Imperadores que todos, inclusive os cristãos gozassem da liberdade de seguir o culto e a religião de sua preferência.
Os cristão receberam autorização para abraçar sua religião sem estorvo ou empecilho e que ninguém os impedissem ou os molestassem e todos os que compraram os locais de cultos dos cristãos restituíssem os locais sem qualquer pretensão ou pagamento.
Percebemos que, a liberdade de culto garantida aos cristãos e a outras religiões da época, porém o foco desse trabalho é o cristianismo.
Pode-se dizer que aqui se iniciou uma nova era para os crentes em Jesus, homens e mulheres que mesmo outrora tendo sua liberdade tirada, continuaram perseverando na fé e certamente essa atitude desses Imperadores foi resposta de oração dos cristãos da época. O cristianismo resistiu a fúria de muitos Imperadores e pode-se dizer que como recompensa divina obtiveram sua liberdade de cultuar a Deus da maneira que eles criam.
AS PRIMEIRAS REFERÊNCIAS AOS EVANGELHOS
Papias, bispo de Hierápolis (c. 130) e Irineu, bispo de Lyon (final do 2° século), e o cânon de Muratori, que o original grego possivelmente seja do final do 2° século norteiam como chegaram até nós os evangelhos e as demais cartas neotestamentárias.
Papias não afirmou ter sido discípulo ocular e auricular dos santos apóstolos, mas declarou apenas ter recebido a norma da fé de familiares dos apóstolos. Ele não hesitou em comunicar tudo quanto outrora aprendeu diligentemente dos mais antigos e memorizou com cuidado, tendo plena certeza de sua fidelidade. Gostava de seguir homens que ensinavam a verdade, homens que recordavam os mandamentos que o Senhor confiou a fé cristã.
Todas as vezes que se encontrava com alguém que conversou com os antigos, perguntava diligentemente acerca dos ditos destes, do que André, Pedro, Filipe, Tomé, Tiago, João, Mateus ou qualquer outro discípulo do Senhor costumava narrar. Sempre pensou que tiraria menos proveito de livros e muitos mais da palavra viva dos sobreviventes.
Papias transmitiu-nos outras narrativas do citado Aristião relativas aos discursos do Senhor e às tradições derivadas de João, o ancião.  Prazeroso em indica-las aos estudiosos que as consultarão.  Papias anotou com respeito a Marcos, o evangelista.  Eis sua palavra: “O ancião João contava que Marcos se tornou o intérprete de Pedro e diligentemente, embora sem ordem, escreveu todas as coisas que, sobre ditos e fatos do Senhor, confiara à sua memória; pois, pessoalmente, nunca viu nem seguiu ao Senhor, mas, como acabo de dizer, viveu com Pedro.  Pedro pregava o Evangelho para benefício dos ouvintes e não para formular alguma história sistemática das palavras do Senhor. 
Portanto, Marcos não errou escrevendo as coisas conforme as tirava da memória.  Preocupava-o uma só coisa: nada omitir de tudo quanto tinha ouvido e não lhe acrescentar falsidade alguma”.  Isto é o que conta Papias sobre Marcos. Quanto a Mateus, informa o que segue; “Mateus, de início, escreveu os ‘logia’ ou oráculos do Senhor na língua hebraica e cada qual os interpretou da melhor forma possível”. Papias utilizou ainda testemunhos tirados da primeira carta de João e da primeira de Pedro.

OS EVANGELISTAS E SUAS FONTES

Irineu, bispo de Lyon (fim do segundo século)
Mateus publicou entre os hebreus um Evangelho escrito na própria língua deles, enquanto Pedro e Paulo anunciavam Cristo em Roma e lançavam os alicerces da Igreja.  Depois da morte destes, Marcos, discípulo e intérprete de Pedro, nos entregou escrito o essencial da pregação de Pedro.  Lucas discípulo de Paulo, registrou em um livro o Evangelho pregado por seu mestre.  João, o discípulo do Senhor, que se reclinou em seu seio, produziu, por último, seu próprio Evangelho, quando habitava em Éfeso, na Ásia.

HERESIAS

Entende-se por heresia toda doutrina oposta aos ensinamentos divinos e que tendem a promover facções.
Percebe-se a preocupação de se alertar aos cristãos a respeito desse assunto desde a Era Apostólica aonde o Apóstolo Pedro em sua segunda carta escreveu:
E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre sí mesmo repentina perdição.(João Ferreira de Almeida, 2001, pág. 1604)
Será exposto nesse trabalho somente três das várias heresias surgidas nos primeiros séculos.
Após a Era Apostólica alguns grupos se levantaram e foram considerados hereges como por exemplo os montanistas, por volta do ano 155, na Frígia, cujo o membro mais celebre foi Tertuliano, considerado um dos pais da igreja. 
Montano não tinha cargo eclesiástico e percorria os lugares acompanhado de duas mulheres, Priscila e Maximila, promovendo o que chamou de "Nova Profecia", conclamando pessoas para a volta de Cristo. Isso era feito através da voz do "Parácleto", uma manifestação profética que falava através das duas mulheres na primeira pessoa. Montano colocou a si mesmo como parácleto através de quem o Espírito Santo falava à Igreja, do mesmo modo que falara aos apóstolos. Ele tinha uma escatologia extravagante. Acreditava que o reino celestial de Cristo seria instaurado brevemente em Pepuza, na Frígia, e que ele teria um papel de proeminência nesse reino. Para que estivessem preparados para aquele acontecimento, ele e seus seguidores praticavam um rigoroso ascetismo. Não se permitia novo casamento se um dos cônjuges morresse.
A Igreja reagiu as essas extravagâncias condenando o movimento. O Concílio de Constantinopla, em 381, declarou que os montanistas deviam ser considerados pagãos.

2 - O GNOSTICISMO (do grego “gnosis”, sabedoria)

Filosofia como instrução reveladora das coisas de Deus, que leva ao entendimento do mistério da salvação. Nas Escrituras pode ser identificado o gnosticismo baseado na filosofia helenistíca e nos sábios judeus, em quem se originaram os "cultos de mistérios" dos místicos. Os gnósticos não priorizavam apenas o "conhecimento", mas a mortificação da carne, o que os dificultava crer que Deus veio em carne por meio de Jesus Cristo.
Foi uma das heresias mais perigosas dos dois primeiros séculos da Igreja. Não eram fáceis de definir, por serem demasiadas variadas suas doutrinas, que diferiam de lugar para lugar, nos diversos períodos. Surgiram na Ásia Menor, e eram como que um enxerto do Cristianismo no paganismo. Criam que do Deus supremo emanava um grande número de divindades inferiores, algumas benéficas e outras malignas. Criam que por meio dessas divindades o mundo foi criado com a mistura do bem e do mal. Interpretavam as Escrituras de forma alegórica, de modo que cada declaração das Escrituras significava aquilo que ao intérprete parecesse mais acertado. Eles diziam possuir capacidades e conhecimentos espirituais superiores que os cristãos não possuíam. Os gnósticos seguem líderes divulgadores de conhecimento espiritual que transcendem o entendimento normal, geralmente considerado secreto.

DOCETISMO

O docetismo tem grande ligação com o gnosticismo, para quem o mundo material era mau e corrompido. O nome vem do grego dokeo e significa “parecer”. Os docetistas defendiam que o corpo de Jesus Cristo era uma ilusão e sua crucificação teria sido apenas aparente.
Para os adeptos dessa heresia, a matéria é ruim e que o espírito não se envolveria com a matéria, que é o princípio do pecado, por isso Cristo parecia estar numa matéria carnal, mas na verdade não estava, era ilusório.
Na concepção desse movimento herético, sendo Cristo bom e a matéria essencialmente má, não haveria possibilidade de união entre Ele e um corpo terreno. Portanto os docetistas negavam a humanidade de Cristo, dizendo que Ele parecia ser humano, mas era divino. Afirmavam que o corpo de Jesus não passava de um fantasma, que sofrimento e morte eram apenas meras aparências. Se sofria, então não podia ser Deus; ou era verdadeiramente Deus e então não podia sofrer.
Não houve uma condenação oficial a esse pensamento, mas Irineu e Hipólito foram os opositores dessa ideia filosófica grega e pagã da época.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a realização deste trabalho, foi através de pesquisa bibliográfica em livros e sites.  Foram utilizados nesse trabalho a Bíblia traduzida por João Ferreira de Almeida, Jessé Hulburt Lyman e outros.  É uma pesquisa qualitativa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Almeida Vieira João, Bíblia Sagrada, 4ª edição, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, 2009
Bettenson H. Documentos da Igreja Cristã, 4ª edição, editora Aste, São Paulo 2001
Hulburt Lyman Jesse, História da Igreja Cristã, 9ª impressão, editora Vida, 1966
Bruno Alexander – Tradutor, O livro das religiões – 1ª edição, Globo Livros, 2014
www.ecclesia.com

Pesquisa feita por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia







sábado, 11 de maio de 2019

O LUGAR SANTÍSSIMO OU O SANTO DOS SANTOS


O Santo dos Santos  Ex.26.33
Era o ultimo compartimento do tabernáculo e o mais importante, era o lugar onde ficava a arca da aliança. A única coisa que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo (Santo dos Santos) era um véu grosso (Ex.26.33). O único que podia entrar nesse lugar era o sumo sacerdote apenas uma vez por ano depois de um extenso ritual de preparação com um sacrifício pelos pecados do povo. O sinal de Deus na aceitação da presença do Sumo Sacerdote no Santo dos Santos era que ele continuava vivo!
A Arca da Aliança (Ex.25.10):


Era uma espécie de caixa coberta com ouro com 2 querubins de ouro puro em cima na tampa. Representava a aliança de Deus com seu povo e também a sua própria presença que ia no meio deles.
Depois desse pequeno resumo sobre o tabernáculo, quero falar um pouco sobre adoração. Assim como o tabernáculo está dividido em três partes cada um com seus objetos que vai do Pátio, o lado de fora, até o santo dos santos que é o lugar mais oculto, mais reservado bem no interior do tabernáculo creio que a adoração também ocorre assim, do lugar onde estamos para o oculto, o lugar secreto, bem no interior do coração de Deus. É bem verdade que a maioria das pessoas passarão a vida inteira apenas no átrio, outras até arriscarão entrar no Lugar Santo, mas algumas não se satisfarão com isso e irão mais adiante, só os sedentos irão até depois do véu no Santo dos Santos,

A glória de Deus
O véu: A única coisa que separa o lugar Santo dos Santos era um véu muito grosso. Depois de passarmos pelo sacrifício e morte e temos nos conformado com ele na sua cruz (Fp 3:10) e experimentado sua preciosa presença e comunhão somos levados para um outro nível o Santo dos Santos, lugar onde repousa a glória de Deus, alí, apenas o Sumo Sacerdote podia entrar uma vez no ano para oferecer sacrifício pelo povo, mas agora o Sumo Sacerdote JESUS (Hb 7:20-28), entrou no Santo dos Santos e tendo oferecido a si mesmo como sacrifício, inaugurou um novo e vivo caminho (Hb 10:19-20).  Quando Jesus morreu na cruz algo aconteceu no templo: "...o véu do templo se rasgou em duas partes de alto a baixo..."
A única coisa que separa o lugar Santo dos Santos era um véu muito grosso ou seja, Cristo removeu o véu nos dando livre acesso ao Pai (Hb 10:19).
Ao entrar nos Santos dos Santos o Sumo Saderdote precisa fazer com que o incenso ficasse ainda mais forte a ponto de produzir uma fumaça densa e um cheiro bem mais forte, de maneira que não daria para ver o Sumo Sacerdote, muito menos sentir seu cheiro. Tem uma música que diz:  No Santo dos Santos a fumaça me esconde só teus olhos me vêem..."Creio que seja essa a simbologia, quando contemplamos a glória do Senhor, ali ficamos prostrados diante dele, as palavras perdem o valor, os olhos como chamas de fogo dele se fixam no nosso coração e o que podemos falar diante da sua glória !? "Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus".  E diante da sua glória estamos completamente rendidos diante dEle, nada mais importa, não existe fama, o dinheiro e os bens materiais se tornam como lixo, perdem todo o valor, ali conhecemos a profundiddade do Seu coração, tudo o que importa é a glória de Deus, já não queremos saber das nossas necessidades e interesses, já não importa os nosso sonhos, ficamos completamente capturados, tudo o que importa é Sua glória.  "Não a nós, não a nós, mas ao teu nome da glória..."Sl 115:1, reconhecemos que só Ele é digno de glória, reconhecimento e que toda a nossa sabedoria e capacitaação humana, todos os nossos títulos não valem nada diante dEle.  Ele é o Senhor da Glória (Salmos 24).
 Mais uma vez, um período de silêncio se seguiu. Então, no final do ministério de Jesus, no instante exato de sua morte, a cortina do templo foi rasgada em duas partes, de alto a baixo. Este testemunho está incluído em todos os três Evangelhos Sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas). Algo estranho, admirável e maravilhoso aconteceu. O caminho para a presença de Deus foi mais uma vez aberto. Os Evangelhos Sinóticos apresentam o fato, enquanto o autor de Hebreus explica o que aconteceu.Primeiro, lemos que o próprio Jesus penetra além do véu, a cortina (Hb 6.19), A qual temos como âncora da alma segura e firme e que penetra até ao interior do véu, como nosso Sumo Sacerdote. Como o Sumo Sacerdote no tabernáculo e no templo, Jesus entrou no Santo dos Santos. No entanto, Jesus não adentrou apenas a “representação” terrestre do lugar mais santo do templo, ele entrou no verdadeiro Santo dos Santos no céu, onde ancorou nossa esperança. Além disso, Jesus não entrou no Santíssimo Lugar temporariamente, como faziam os sumos sacerdotes do período do Antigo Testamento. Em vez disso, ele entrou de uma vez por todas (9.11-12). Isto é, ele entrou de uma vez por todas em favor de seu povo, e entrou permanentemente, para nunca mais sair. Finalmente, o autor de Hebreus nos diz que nós também temos o privilégio de entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus (10.19-20). Ele nos mostra ainda que a cortina representava o corpo de Cristo, com o derramamento de seu sangue, essa cortina foi rasgada e o caminho para a presença de Deus foi restaurado. Os querubins guardiões com a espada flamejante foram removidos. O que foi perdido em Adão foi recuperado em Cristo.
Fonte:https;//projetomaranata.wordpress.com/2010/02/02/adoracao-em-3-níveis-a-imagem-do-tabernaculo-parte-1/

Almeida de, João Ferreira, Bíblia de Estudo Pentecostal

www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/1416/Cristo_e_o_Tabernaculo_A_Cortina

Pesquisa feita por Maria de Fátima - Bacharel em Teologia




quarta-feira, 8 de maio de 2019

MARIA DE NAZARÉ


Maria de Nazaré, quem é esta mulher?

Por Jesus Espeja

Maria de Nazaré é alguém de nossa raça. Como os demais seres humanos, nasceu e viveu num contexto histórico, social, econômico, político e cultural.
Como as outras mulheres, sua natureza humana se desgastou; viu-se atingida pelas inclemências dos anos e envelheceu. Não viveu segregada e protegida. Não é fácil conhecer a história de Maria com objetividade, uma vez que as fontes são os Evangelhos, nos quais os fatos históricos já se apresentam interpretados a partir da fé. Não se deve, porém esquecer essa história que há de ser ponto de partida insubstituível em toda reflexão mariológica.
No Novo Testamento há diversas tradições. Maria é referência indireta nos escritos paulinos. Marcos a apresenta como mulher do povo e participante de sua mentalidade. Os Evangelhos da infância apresentam uma teologia bem elaborada sobre a fisionomia espiritual da Virgem, enquanto o quarto evangelista destaca sua fidelidade e seu significado na comunidade cristã.

De todas essas interpretações podemos concluir:
– Maria foi uma mulher simples do povo e sensível às necessidades dos pobres.
Embora os Evangelhos nada digam sobre os pais de Miryam, nome original de Maria, segundo a tradição eles se chamavam Joaquim e Ana. Vivia em Nazaré, um povoado sem renome e de má fama, na região norte chamada Galiléia. Sua existência deve ter sido como a de qualquer outra jovem daquela cultura: arrumar a casa, ajudar os irmãos menores, e participar nas festas religiosas. Ainda se conserva em Nazaré a “fonte da Virgem”. Ali ela comentaria com as outras mulheres os acontecimentos e rumores de cada dia.
Contam os Evangelhos que Miryam estava prometida para ser esposa de um carpinteiro justo e honrado que se chamava José, e talvez tivesse emigrado da Judéia. Maria e José pertencem ao povo humilde, de modo que quando seus conterrâneos vêem que Jesus fala tão bem, se admiram: “Mas não é este o filho do carpinteiro e de Maria?” (Mc 6,2).
Aquela mulher é sensível às necessidades dos outros. Sabendo que sua parenta Isabel já está no sexto mês de gravidez, desloca-se para lhe dar assistência. Quando participava de uma festa de casamento, percebe que falta vinho, e procura falar com Jesus para resolver o problema, e impedir que os noivos fiquem envergonhados. – Miryam recebeu de Deus um favor singular na concepção e no nascimento de Jesus. Movida pelo Espírito, entregou-se totalmente ao projeto de salvação, vivendo sua maternidade até as últimas consequências.
Nos primeiros meses de gestação, a criança se configura física e psicologicamente por obra de sua mãe, que não só a alimenta com a própria vida como também a torna centro de seus pensamentos, afetos e cuidados. A mãe amolda misteriosamente a personalidade de seu filho.
A frase do evangelho é bem eloquente: “Maria deu à luz o filho primogênito. Envolveu-o em panos e o deitou numa manjedoura, por não haver lugar na hospedaria” (Lc 2,7).
Nesse gesto está implícito o amor materno e a ternura que viveu aquela jovem mãe ao encontrar-se diante de seu filho. A experiência singular que Maria teve de Deus não diminuiu seu afeto materno; tornou-o mais profundo, delicado e total.
– A Virgem fez sua caminhada na surpresa e na obscuridade da fé.
Os evangelhos da infância sugerem que os inícios não foram fáceis: conflito com José pela gravidez inexplicável, perseguição do rei Herodes, e fuga do país durante a noite, para defender o filho.
Parece que os familiares de Jesus não entenderam sua decisão de abandonar suas seguranças sociais e dedicar-se ao anúncio do Reino, interessando-se pelos marginalizados. Pensavam que ele havia perdido o juízo e queriam traze-lo de volta à casa. Quando viram que ia tendo êxito, lhe diziam que fosse para Jerusalém, a capital da Palestina: “Ninguém faz tais coisas em segredo, se deseja ser conhecido do público” (Jo 7,4).
Os evangelistas querem deixar bem claro que Maria disse “sim” ao projeto de Deus, sendo “a pobre” inteiramente disponível à vontade divina. Isto, porém não impede, até exige, que vivesse sua entrega num processo histórico marcado pela surpresa, o conflito e o sofrimento. Diante de comportamentos estranhos de Jesus, “ficava perplexa”, “vacilava em seu íntimo”. Deve ter sido uma mulher contemplativa da passagem de Deus pela história.
Lc 2,49-50 acusa certo desgosto de Maria quando o menino Jesus permanece no templo de Jerusalém sem avisar a seus pais. Maria, sem dúvida, teve de sofrer uma desorientação quando Jesus deixou sua profissão e sua casa; mas, acima de tudo, como toda boa mãe, teve que defender o filho contra as críticas dos familiares. E o transtorno deve ter sido terrível quando a Mãe veio a saber que haviam prendido seu filho, e o tinham condenado por blasfemo. Conforme a tradição evangélica, Maria permaneceu junto à cruz, junto a Jesus abandonado por todos. A fé verdadeira se prova e amadurece na escuridão.
-A última noticia que temos de Maria, com certa garantia histórica, é o que encontramos em At 1,14: permanecia em oração com a primeira comunidade cristã, suplicando a vinda do Espírito. Nada dizem os escritos apostólicos sobre os últimos dias e a morte da Virgem. Segundo Jo 19,27, o “discípulo amado” acolhe em sua casa a mãe de Jesus. Embora a intenção principal do evangelista seja mais teológica que histórica, talvez tenha vindo daí a tradição popular: Maria ficou com o “discípulo amado” (que se veio identificando com João) em Patmos, e ali terminou seus dias.


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terça-feira, 7 de maio de 2019

O TABERNÁCULO - O LUGAR SANTO



Era o primeiro compartimento do templo do templo e era rigorosamente restrito aos sacerdotes, qualquer outro que tentasse entrar seria morto pelo próprio Senhor.  Existiam 3 objetos dentro do Santo Lugar:  a mesa com os 12 pães da proposição (comunhão), o candelabro de 7 braços e o altar do incenso.



A mesa: Todo sábado se colocava 12 pães frescos ali. Ex. 25.23-30, Lv. 24.5-9.  Os sacerdotes comiam esses pães no Lugar Santo.

O Candelabro:  Tinha 7 braços com 7 lâmpadas que ficavam acesas 24 horas e não podia se apagar, ele iluminava o Lugar Santo que ficava completamente escuro sem o candelabro. Lv. 24.2

O Altar do Incenso:  Ficava de frente para o véu onde eram queimados incensos (perfumes) produzidos a mando de Deus, também 24 horas.  Ex. 30.8

O LUGAR SANTO - INTIMIDADE E REVELAÇÃO

É um lugar um pouco mais íntimo onde depois de todo o processo doloroso do sacrifício somos levados a presença de Deus e começamos a desfrutar de uma doce comunhão com Ele.

Existiam 3 objetos no Lugar Santo:

A Mesa dos Pães:  Tinha 12 pães que representavam as 12 tribos de Israel, fala da comunhão de Deus com o seu povo (Você é um !!!) comiam desse pão bem ali, era uma espécie de pic-nic, sabe quando o filho se assenta a mesa com o Pai para tomar café e estarem juntos, exatamente isso.  Na presença de Deus somos alimentados por sua própria presença com um pão fresco, espiritual, da sua doce comunhão.  Jesus é o pão vivo que desceu do céu (Mt. 6.33-35).

O Candelabro:  Fala da cruz de Cristo e sua revelação, a adoração não é apenas meras canções que cantamos para nos confraternizarmos ou meramente para iniciarmos o culto ou nos alegrarmos, a adoração em 2º nível nos leva a Ele, Jesus a uma revelação maior de quem Ele é e ao contemplarmos sua luz, aos olharmos para Ele somos iluminados transformados e desejamos apenas fazer sua vontade e nos tornar semelhantes a Jesus, somos levados a um desejo maior de andar na sua luz, pois Ele nos atrai e nos ilumina. É gerada uma intimidade maior, pois quanto mais o conhecemos e temos uma experiência com Ele, mais ainda temos intimidade.

O Altar do Incenso:  "Suba a minha oração perante a tua face como incenso..." Salmos 141.2.  Fala de oração e intercessão.  Nós como sacerdotes e adoradores temos uma função dupla:  Adorar e Interceder.  Se a adoração nos leva a uma intimidade maior com Jesus, então é certo que conheceremos também o seu coração, e conheceremos toda a alegria ou tristeza que existe no coração dele em relação a nós, a nossas igrejas e as cidades.  E como é difícil achar intercessores.  "E viu (o Senhor) que não havia ninguém e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor..." Isaías 59.16.
"E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei.  Por isso, eu derramei sobre eles a minha indignação, com o fogo do meu furor os consumi, fiz que o seu caminho recaísse sobre a sua cabeça, diz o Senhor JEOVÁ.  Ez. 22.30.31
Na oração falamos com o Pai, conversamos com Ele, mas na intercessão, nos colocamos numa posição entre Deus e a pessoa, ou a igreja, ou ainda a cidade pela qual estamos orando.  Entramos na brecha entre os dois: "E busquei entre eles um homem que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse..." Ez. 22.30.  Quando o povo de Israel após sair do Egito fez um bezerro de ouro, Deus decidiu destruir completamente a Israel e fazer de Moisés uma grande nação, mas Moisés se colocou no meio do povo e disse:  "Senhor, não faça isso! Tenha misericórdia do seu povo e perdoa o seu pecado", e se colocou no meio do povode maneira que se o Senhor destruísse Israel, teria que destruir a Moisés também, que ousadia, e por causa disso Deus poupou Israel.
Mas afinal, a intercessão é tão importante assim ?  Sim, é, "os céus são do Senhor, mas a terra Ele a deu aos homens" Salmos 115.16, ou seja, Deus não vai interferir na nossa vida, na nossa igreja ou na nossa sociedade, sem antes darmos a Ele essa liberdade, essa legalidade através da oração e intercessão.  Deus deseja estabelecer o seu reino através de nós, mas para isso precisamos clamar:  "VENHA O TEU REINO SENHOR !!! Mateus 6.10.

Fonte:https;//projetomaranata.wordpress.com/2010/02/02/adoracao-em-3-níveis-a-imagem-do-tabernaculo-parte-1/

Almeida de, João Ferreira, Bíblia de Estudo Pentecostal

Pesquisa feita por Maria de Fátima - Bacharel em Teologia



domingo, 5 de maio de 2019

O FIEL AMIGO


Na vida de todas as pessoas é muito importante um relacionamento saudável de amizades, entre família, na sociedade.  Todas as pessoas necessitam de alguém para conversar, compartilhar experiências, as vezes até mesmo quando se tem uma amizade bem chegada, desabafarmos com pessoas que confiamos, tudo isso faz parte da vida do ser humano.
Essas coisas certamente são necessárias, mas quando tudo isso nos falta, temos um amigo que é mais chegado que um irmão.  E esse amigo, não só ouve os nossos lamentos, como também nos ajuda a vencer todas as causas do nosso lamento.
Quando passamos a confiar mais nesse amigo, e procuramos ter uma íntima comunhão com Ele, jamais nos sentiremos desamparados(as), pois Ele é o único que nos entende completamente e sabe aonde está a nossa dor, e muito mais ainda, Ele pode sanar todas as nossas dores.
Jesus, o fiel amigo, o Deus Onipotente, Onisciente, Onipresente, está conosco todos os dias, e pronto para interceder ao Pai em nosso favor.
Certamente Ele nos ajuda a carregar as nossas cargas, fazendo com que consigamos caminhar sem voltar para traz, pois Ele nos sustenta com a destra da sua justiça.
Temos amigos e amigas que mesmo nos amando e nos considerando, muitas das vezes não terão condições de nos ajudar, pois são limitados, e também carentes de um ombro amigo, mas quando entregamos a nossa vida nas mãos do Deus Eterno, com certeza teremos resposta e vitória.
Para Deus não há coisas impossíveis, e tudo o que pedimos a Ele em nome de Jesus, O Filho Amado, somos atendidos, pois Ele tem prazer em nos abençoar.
O Pai, O Filho, O Espírito Santo, O único Deus Santo e Verdadeiro, o nosso fiel amigo.  Com Ele podemos e somos vitoriosos, pois Ele jamais perdeu uma batalha, e certamente jamais perderá.
Sejamos gratos a Deus pela nossa família, pelos amigos, mas principalmente por Ele próprio ser o nosso grande amigo, nas horas de dificuldades, mas também nas horas de bonança.
Ele sabe como lidar com os nossos problemas e no tempo certo sempre nos dá a vitória.
Que sejamos pessoas que em primeiro lugar busquemos ter comunhão com o Eterno Deus, para que nas horas em que nos faltar um ombro amigo, tenhamos dele o conforto e o abraço que precisamos, e que nas horas de bonança nunca deixemos de adorar e louvar a Ele, pois somente Ele, somente Dele vêm a nossa vitória.

Fonte:  Texto redigido por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia - Baseado no Palavra de Deus

O TABERNÁCULO E AS CORTINAS DE PÊLOS DE CABRAS

O TABERNÁCULO E AS CORTINAS DE PÊLOS DE CABRAS

EX 26.7-14; 36.14-18

Para descrever a obra da criação, Deus nos deu dois capítulos de Gênesis. Para descrever o modelo exato como Deus desejava o tabernáculo, usou dez capítulos de Êxodo! No Novo Testamento há capítulos inteiros também que tratam do tabernáculo (Hebreus 9 e 10). Pelo grande volume de instruções dadas sobre o tabernáculo e pelo uso repetitivo da linguagem do tabernáculo pela Bíblia faz com que o estudante sério da Palavra de Deus seja atencioso a tudo que as Escrituras ensinam do tabernáculo.
Estudando sobre as cortinas saberemos melhor da linguagem bíblica. Quando Davi desejava edificar um templo ao Senhor, ele argumenta que ele morava em uma casa de cedro “e a arca de Deus mora dentro de cortinas” (II Sm 7.2; II Cr 17.1). A profecia da destruição de Israel dada por Jeremias menciona “as minhas cortinas” (Jr 4.20; 10.20). A cor da primeira cortina, de linho fino, era branca. É comentado que na Palestina não abunda as cabras brancas, mas abunda as negras. Por isso a cor da segunda cortina, de pêlos de cabra é dada como negra (Ct 1.5). Sem estudar sobre as cortinas do tabernáculo essas referências seriam um mistério.
Deus começou a construção do tabernáculo com as cortinas. Entendendo que elas fazem tanto uma cobertura quanto uma cobertura dos lados vejamos que Ele começou a Sua construção de cima para baixo. As cortinas foram mencionadas antes das tábuas que elas cobririam. Podemos aprender disso, além da verdade que o Senhor Deus é soberano e faz o que Ele quer, aprendemos também que aquela habitação do Senhor com os pecadores, necessita principiar com Deus. Desde que não haja nada bom no homem, uma habitação de um Deus que é um Fogo Consumidor entre os pecadores precisa ser de Deus com a Sua graça.
As Cortinas são Duas: As de Linho Fino Torcido e As de Pêlos de Cabras. Essa lição cuidará das de:
Pêlos de Cabras - Ex 26.7-14; 36.14-18
A cortina de linho fino fez o tabernáculo (26.1,6), as cortinas de pêlos de cabras serviram de tenda sobre o tabernáculo (26.7). Compare com Nm 3.25. A palavra ‘tabernáculo’ significa: lugar de habitação. A palavra ‘tenda’ significa: tenda, como barraca de campanha. O ‘tabernáculo’ foi a habitação de Jeová; a ‘tenda’ é o lugar de encontro do Seu povo. Essa estrutura foi o lugar que o povo de Deus congregava, mas foi a Sua habitação. Eles visitaram-na enquanto Ele ficou lá.
É o seu coração, sua mente, sua vida um tabernáculo para o Senhor, ou somente uma tenda? É consagrado a Ele ou somente quando é conveniente?
O Seu Número
Os que gostam de estudar numerologia acharão um rico campo de estudo no tabernáculo. As cortinas de linho fino eram dez, e as de pêlos de cabras eram onze, ajuntadas em duas partes, de cinco e de seis (26.9). O número cinco significa ‘a graça’ e o número seis representa ‘o homem’. Não é a nossa intenção trazer essa ciência à Bíblia, mas é interessante notar essas curiosidades.
O Seu Significado
As ofertas para os israelitas eram muitas. Cada uma tinha o seu propósito e a sua maneira particular de oferecê-la. Cada animal diferente e cada ingrediente apontavam a uma verdade sobre Cristo. Mas, nas festas quando o povo era representado coletivamente, os bodes eram os únicos animais usados como expiação pelos pecados. Além desses holocaustos, os bodes eram sacrificados para outras ofertas não coletivas, mas sempre foram usados para expiação de pecado.
A Festa da Páscoa – Nm 28.16-31. Notam os versículos 22, “E um bode para expiação do pecado, para fazer expiação por vós”, e 30, “Um bode para fazer expiação por vós”.
A Festa das Semanas ou do Pentecoste - Lv 23.15-19. Nota o versículo 19, “Também oferecereis um bode para expiação do pecado, e dois cordeiros de um ano por sacrifício pacífico”.
A Festa das Trombetas – Nm 29.1-11. Nota os versículos 5, “E um bode para expiação do pecado, para fazer expiação por vós” e 11, “Um bode para expiação do pecado, além da expiação do pecado pelas propiciações, e do holocausto contínuo, e da sua oferta de alimentos com as suas libações”.
O Dia da Expiação – Lv 16. Essa festa anual das expiações era a festa mais solene de todas. Essa festa pediu dois bodes, um para ser sacrificado pelo pecado do povo, e o outro para ser levado vivo ao deserto para simbolicamente o pecado do povo (vs. 5-10, 15-17, 21-22), v. 33, “Assim fará expiação pelo santo santuário; também fará expiação pela tenda da congregação e pelo altar; semelhantemente fará expiação pelos sacerdotes e por todo o povo da congregação”.
A Festa dos Tabernáculos – Nm 29.12-40. Essa festa era alegre e para agradecer a Deus pelas bênçãos recebidas pelo ano. Cada um dos oito dias de festa tinha ofertas de novilhos, carneiros, e carneirinhos. Todavia, para expiação do pecado, cada dia ofertava um bode (16, 19, 22, 25, 28, 31, 34, 38).
Existiam outros holocaustos, além dessas convocações nacionais, quando uma expiação para o pecado era necessária. Cada um desses outros holocaustos, um bode era ofertado.
Holocausto pelos pecados de um príncipe – Lv 4.22-26 (v. 24, “E porá a sua mão sobre a cabeça do bode, e o degolará no lugar onde se degola o holocausto, perante a face do SENHOR; expiação do pecado é”).
Holocausto pelos pecados por ignorância de qualquer pessoa – Lv 4.27-35 (vs. 28, 29, “Levítico 4.28 Ou se o pecado que cometeu lhe for notificado, então trará pela sua oferta uma cabra sem defeito, pelo seu pecado que cometeu”).
Holocausto no dia que o SENHOR aparece – Lv 9 (vs.3, 15).
Ofertas dos príncipes de cada tribo na dedicação do tabernáculo, na consagração do altar – Doze dias de holocaustos – Nm 7.16, 22, 28, 34, 40, 46, 52, 58, 64, 70, 76, 82, “Um bode para expiação do pecado”.
Repetição: Oferta pelos pecados por ignorância – Nm 15.24.
Holocaustos no princípio dos meses – Nm 28.11, 15.
Então, o significado do uso de pêlos de cabras para a cortina da tenda representava Cristo como o holocausto pelos pecados de Seu povo.
O bode que foi usado para fazer expiação do povo de Israel não tinha pecado, mas foi posto sobre ele os pecados dos outros simbolicamente (Lv 16.22, “22 Assim aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles à terra solitária; e deixará o bode no deserto”). Assim o bode representa Cristo! Ele não conheceu pecado, mas foi feito pecado pelo Seu povo, para que nEle fossem feitas a justiça de Deus (II Co 5.21).
O profeta Israel profetizou (Is 53.10), “Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão”. Assim também foi profetizado que Cristo cumprirá essa profecia, (Is 53.12), “Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores”.
É interessante notar que somente o sangue do holocausto para a expiação do pecado foi derramado enquanto o sangue da oferta queimada para outros propósitos foi espargido (Lv 1.5, “Depois degolará o bezerro perante o SENHOR; e os filhos de Arão, os sacerdotes, oferecerão o sangue, e espargirão o sangue em redor sobre o altar que está diante da porta da tenda da congregação”; Lv 4.25, “Depois o sacerdote com o seu dedo tomará do sangue da expiação, e o porá sobre as pontas do altar do holocausto; então o restante do seu sangue derramará à base do altar do holocausto”). Sem dúvida nenhuma, isso foi uma representação de Cristo pois Ele, como a oferta de Deus para a expiação dos pecados do Seu povo, derramou Seu sangue (Lucas 22:20, “Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós”). O novo testamento, a revelação do Evangelho (I Co 15.1-4), de Jesus Cristo, é no sangue derramado por Cristo.
Nunca terá outro sacrifício idôneo como Cristo! Todas as representações de cada holocausto de um bode inocente no lugar do culpado apontavam ao Cristo! Todas as profecias de um Salvador que seria o substituto aceitável por Deus no lugar dos pecadores, apontavam ao Cristo! Cristo é “o espírito da profecia” (Ap 19.10). Não pode ter nenhum outro! Deus não dividirá essa representação com ninguém. Não há outro fundamento que pode ser dado (I Co 3.11). Não há outro nome debaixo do céu como o de Cristo (At 4.12, “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”)! A mensagem da eternidade é: Arrependei-vos e creia em Cristo pela fé! Nisso vimos nessas referências: Mt 3.2; 9.13; Mc 1.15; Lu 13.1-5; At 2.38; 3.19; 17.30; 20.21; 26.20; Ap 16.9.
As cortinas de pêlos de cabras cobriam o tabernáculo por completo, e vedava a visão de alguém fora a contemplar a glória de Cristo e a da presença de Jeová. Também é verdade que ninguém pode ver a glória da salvação, da pessoa de Cristo e a de Deus do lado de fora. É necessário entrar pessoalmente pela fé em Cristo para poder entender e contemplar essas glórias magníficas. Como vai contigo? Apenas participa nas glórias com o conhecimento do que os outro dizem, ou, conhece por conta própria? Tem se arrependido e confiado em Cristo como o sacrifício idôneo para a expiação dos seus pecados?
Aqueles que já conhecem Cristo como o Sacrifício Idôneo para expiar seus pecados, quando entram no lugar santo para servir e adorar Deus, convém lembrarem do grande preço dado para que eles possam servir e adorar o Santo e Justo Deus. Foram comprados de grande e bom preço. Portanto, “glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (I Co 6.20).

Autor: Pr Calvin Gardner
Ortografia e correção grammatical: Brenda Lia de Miranda 04/2007
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br 

A BÍBLIA E JESUS

A Bíblia e Jesus !                                      1. Em Gênesis Jesus é: O nosso Criador (Gn 1) e A Semente da mulher. (3:15)...