terça-feira, 8 de maio de 2018

ANTIGO TESTAMENTO II (PROFETAS MENORES)


- LIVRO DE OSÉIAS
Autor: Oséias 1:1 identifica o autor do livro como sendo o profeta Oséias. Essa obra é uma narrativa pessoal de Oséias sobre suas mensagens proféticas para os filhos de Deus e para o mundo. Oséias é o único profeta de Israel que deixou um conjunto de profecias registradas durante os últimos anos de sua vida.
Quando foi escrito: Oséias, filho de Beeri, profetizou por um bom tempo, de 785 a 725 AC. O Livro de Oséias foi provavelmente escrito entre 755 e 725 AC.
Propósito: Oséias escreveu este livro para lembrar aos israelitas - e a nós – de que o nosso é um Deus amoroso, cuja lealdade ao povo de Sua aliança é constante. Embora Israel tenha continuado a recorrer a falsos deuses, o amor inabalável de Deus é retratado no marido sofredor da esposa infiel. A mensagem de Oséias é também
uma de advertência àqueles que dariam as costas ao amor de Deus. Através da representação simbólica do casamento de Oséias e Gomer, o amor de Deus pela nação idólatra de Israel é exibido em uma rica metáfora com temas de pecado, juízo e amor perdoador.
Versículos-chave: Oséias 1:2: "Quando, pela primeira vez, falou o SENHOR por intermédio de Oséias, então, o SENHOR lhe disse: Vai, toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição, porque a terra se prostituiu, desviando-se do SENHOR."
Oséias 2:23: “Semearei Israel para mim na terra e compadecer-me-ei da Desfavorecida; e a Não-Meu-Povo direi: Tu és o meu povo! Ele dirá: Tu és o meu Deus!”
Oséias 6:6: “Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.” 
Oséias 14:2-4: “Tende convosco palavras de arrependimento e convertei-vos ao SENHOR; dizei-lhe: Perdoa toda iniquidade, aceita o que é bom e, em vez de novilhos, os sacrifícios dos nossos lábios. A Assíria já não nos salvará, não iremos montados em cavalos e não mais diremos à obra das nossas mãos: tu és o nosso Deus; por ti o órfão alcançará misericórdia. Curarei a sua infidelidade, eu de mim mesmo os amarei, porque a minha ira se apartou deles.
Resumo: O Livro de Oséias pode ser dividido em duas partes: (1) Oséias 1:1 - 3:5 é uma descrição de uma mulher adúltera e um marido fiel, simbólico da infidelidade de Israel a Deus através da idolatria, e (2) Oséias 3:6-14:9 contém a condenação de Israel, especialmente Samaria pela adoração de ídolos, e sua eventual restauração.
A primeira seção do livro contém três poemas distintos que ilustram como os filhos de Deus continuavam se apegando à idolatria. Deus manda Oséias se casar com Gomer, mas depois de dar-lhe três filhos, ela o abandona pelos seus amantes. A ênfase simbólica pode ser vista claramente no primeiro capítulo quando Oséias compara as ações de Israel com o abandono de um casamento em busca de uma vida como prostituta. A segunda seção contém a repreensão dos israelitas por parte de Oséias, seguida pelas promessas e misericórdias de Deus.
O Livro de Oséias é uma narração profética do amor incansável de Deus pelos Seus filhos. Desde o início dos tempos, a criação ingrata e indigna de Deus tem aceito o Seu amor, graça e misericórdia, enquanto ainda não podendo abster-se de sua maldade.
A última parte de Oséias mostra como o amor de Deus mais uma vez restaura os Seus filhos à medida que Ele se esquece de seus erros quando se aproximam de Deus com um coração arrependido. A mensagem profética de Oséias prediz a vinda do Messias de Israel 700 anos no futuro. Oséias é citado frequentemente no Novo Testamento.
Prenúncios: Oséias 2:23 é a maravilhosa mensagem profética de Deus para incluir os gentios [não-judeus] como Seus filhos, assim como registrado também em Romanos 9:25 e 1 Pedro 2:10. Os gentios não são originalmente "o povo de Deus", mas através da Sua misericórdia e graça, Ele providenciou Jesus Cristo, e pela fé nEle somos enxertados na árvore do Seu povo (Romanos 11:11-18). Esta é uma verdade surpreendente sobre a Igreja, uma que é chamada de "mistério" porque, antes de Cristo, apenas os judeus eram considerados o povo de Deus. Quando Cristo veio, os judeus foram temporariamente deixados de lado "até que haja entrado a plenitude dos gentios" (Romanos 11:25).
Aplicação Prática: O livro de Oséias nos assegura do amor incondicional de Deus por Seu povo. No entanto, ele também é um retrato de como Deus é desonrado e irritado pelas ações de Seus filhos. Como pode uma criança que recebe uma abundância de amor, misericórdia e graça tratar um Pai com tanto desrespeito? No entanto, temos feito isso há séculos. Ao considerarmos como os israelitas voltaram as costas para Deus, não precisamos olhar mais longe do que o espelho à nossa frente para ver um reflexo desses mesmos israelitas.
Apenas ao lembrar-nos de quanto Deus tem feito por cada um nós é que seremos capazes de evitar a rejeição do Único que pode nos dar a vida eterna na Glória, em vez do inferno que merecemos. É essencial que aprendamos a respeitar o nosso Criador. Oséias tem nos mostrado que quando cometemos um erro, se temos um coração triste e uma promessa de arrependimento, Deus vai – novamente - demostrar o seu amor eterno por nós (1 João 1:9).
- LIVRO DE JOEL
Autor: O Livro de Joel afirma que o seu autor foi o profeta Joel (Joel 1:1).
Quando foi escrito: O livro de Joel foi provavelmente escrito entre 835 e 800 AC.
Propósito: A nação de Judá, o cenário para o livro, é devastada por uma vasta horda de gafanhotos. Essa invasão de gafanhotos destrói tudo -- os campos de trigo, as vinhas, os jardins e as árvores. Joel descreve simbolicamente os gafanhotos como um exército humano marchando e enxerga tudo isso como julgamento divino sobre a nação por seus pecados. O livro é destacado por dois grandes eventos. Um deles é a invasão de gafanhotos e o outro é a efusão do Espírito. A realização inicial deste evento é citado por Pedro em Atos 2 como tendo acontecido no dia de Pentecostes.
Versículos-chave: Joel 1:4: "O que deixou o gafanhoto cortador, comeu-o o gafanhoto migrador; o que deixou o migrador, comeu-o o gafanhoto devorador; o que deixou o devorador, comeu-o o gafanhoto destruidor."
Joel 2:25: "Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós outros."
Joel 2:28: "E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões."
Resumo: Uma terrível praga de gafanhotos é seguida por uma grande fome em toda a terra. Joel usa esses acontecimentos como o catalisador para enviar palavras de aviso a Judá. A menos que o povo se arrependa rapidamente e completamente, os exércitos inimigos devorarão a terra assim como fizeram os elementos naturais. Joel apela a todo o povo e os sacerdotes da terra para que jejuem e se humilhem enquanto buscam o perdão de Deus. Se eles responderem, haverá novas bênçãos materiais e espirituais para a nação. No entanto, o Dia do Senhor está chegando. Neste momento, os gafanhotos temidos vão parecer como mosquitos, em comparação, pois todas as nações receberão Seu julgamento.
O tema principal do livro de Joel é o Dia do Senhor, um dia da ira e do juízo de Deus. Este é o dia em que Deus revela os Seus atributos de poder, ira e santidade, e é um dia terrível para Seus inimigos. No primeiro capítulo, o Dia do Senhor é vivido historicamente pela praga de gafanhotos sobre a terra. Capítulo 2:1-17 é um capítulo de transição em que Joel usa a metáfora da praga de gafanhotos e da seca para renovar um apelo ao arrependimento. Capítulos 2:18-3:21 descreve o Dia do Senhor em termos escatológicos e atende à chamada ao arrependimento com as profecias de restauração física (2:21-27), restauração espiritual (2:28-32) e restauração nacional (3:1-21).
Prenúncios: Sempre que o Antigo Testamento fala de julgamento sobre o pecado, seja este o pecado individual ou nacional, o advento de Jesus Cristo é prenunciado. Os profetas do Antigo Testamento continuamente advertiram Israel a arrepender-se, mas mesmo quando o fizeram, o seu arrependimento era limitado à obediência da lei e obras. Os seus sacrifícios no templo eram apenas um vestígio do grande sacrifício por vir, o qual seria oferecido de uma vez por todas na cruz (Hebreus 10:10). Joel nos diz que o juízo final de Deus, que cai no Dia do Senhor, será "mui terrível! Quem o poderá suportar?" (Joel 2:11). A resposta é que nós, por nossa própria conta, nunca poderemos aguentar esse momento. Mas se tivermos colocado nossa fé em Cristo pela expiação dos nossos pecados, não temos nada a temer do Dia do Juízo.
Aplicação Prática: Sem arrependimento, o julgamento será severo, rigoroso e certo. Nossa confiança não deve estar em nossas posses, mas no Senhor nosso Deus. Deus às vezes pode usar a natureza, o sofrimento ou outras ocorrências comuns para nos aproximar dEle. Entretanto, em Sua misericórdia e graça, Ele tem providenciado o plano definitivo para a nossa salvação, Jesus Cristo. Ele foi crucificado por nossos pecados e trocou o nosso pecado pela Sua perfeita justiça (2 Coríntios 5:21). Não há tempo a perder. O julgamento de Deus virá rapidamente, como um ladrão na noite (1 Tessalonicenses 5:2), e devemos estar prontos. Hoje é o dia da salvação (2 Coríntios 6:2). "Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar" (Isaías 55:6-7). Somente ao apropriar-nos da salvação de Deus é que podemos escapar de Sua ira no Dia do Senhor.
 - LIVRO DE AMÓS
Autor: Amós 1:1 identifica o autor desse livro como sendo o profeta Amós.
Quando foi escrito: O livro de Amós foi provavelmente escrito entre 760 e 753 AC.
Propósito: Amós é um pastor e apanhador de frutas da aldeia judaica de Tecoa quando Deus o chama, embora não tenha uma educação ou conhecimento sacerdotal. A missão de Amós foi direcionada para o seu vizinho do norte, Israel. Suas mensagens de iminente ruína e cativeiro para a nação por causa de seus pecados foram amplamente impopulares e ignoradas, no entanto, porque estavam vivendo os melhores tempos desde os dias de Salomão. O ministério de Amós ocorre enquanto Jeroboão II reina sobre Israel e Uzias reina sobre Judá.
Versículos-chave: Amós 2:4: "Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Judá e por quatro, não sustarei o castigo, porque rejeitaram a lei do SENHOR e não guardaram os seus estatutos; antes, as suas próprias mentiras os enganaram, e após elas andaram seus pais."
Amós 3:7: "Certamente, o SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas."
Amós 9:14: "Mudarei a sorte do meu povo de Israel; reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão, plantarão vinhas e beberão o seu vinho, farão pomares e lhes comerão o fruto."
Resumo: Amós pode ver que por trás do poder e prosperidade externa de Israel, a nação é completamente corrupta internamente. Os pecados pelos quais Amós castiga as pessoas são extensos: negligência da Palavra de Deus, idolatria, culto pagão, ganância, liderança corrupta e opressão dos pobres. Amós começa pronunciando um julgamento sobre todas as nações vizinhas, em seguida, sobre sua própria nação de Judá e, finalmente, a mais dura sentença é dada a Israel. Suas visões de Deus revelam a mesma mensagem enfática: o julgamento está próximo. O livro termina com a promessa de Deus a Amós de futura restauração do remanescente.
Prenúncios: O livro de Amós termina com uma gloriosa promessa para o futuro. "Plantá-los-ei na sua terra, e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o SENHOR, teu Deus" (9:15). O cumprimento final da promessa de terra por parte de Deus para Abraão (Gn 12:7; 15:7; 17:8) ocorrerá durante o reino milenar de Cristo na terra (ver Joel 2:26,27). Apocalipse 20 descreve o reinado de mil anos de Cristo sobre a terra, um tempo de paz e alegria sob o governo perfeito do próprio Salvador. Naquela época, crédula Israel e os Cristãos gentios serão combinados na Igreja e viverão e reinarão com Cristo.
Aplicação Prática: Às vezes pensamos que somos um "apenas"! Somos apenas um vendedor, apenas um agricultor, apenas uma dona de casa. Amós seria considerado um "apenas". Ele não era um profeta, um sacerdote ou um filho de um dos dois. Ele era apenas um pastor, um pequeno empresário em Judá. Quem iria escutá-lo? No entanto, ao invés de inventar desculpas, Amós obedeceu e tornou-se a voz poderosa de Deus para mudança.
Deus tem usado vários "apenas" como pastores, carpinteiros e pescadores em toda a Bíblia. Independente do que você seja nesta vida, Deus pode usar você. Amós não era muito. Ele era um "apenas". "Apenas" um servo de Deus. É bom ser um "apenas" de Deus.
- LIVRO DE OBADIAS
Autor: O primeiro versículo de Obadias identifica o seu autor como sendo o profeta Obadias.
Quando foi escrito: O Livro de Obadias foi provavelmente escrito entre 848 e 840 AC.
Propósito: Obadias, o menor livro do Antigo Testamento, tem apenas 21 versículos. Obadias é um profeta de Deus que usa esta oportunidade para condenar Edom pelos pecados contra Deus e Israel. Os edomitas são descendentes de Esaú e os israelitas são descendentes de seu irmão gêmeo, Jacó. A briga entre os irmãos tem afetado seus descendentes por mais de 1.000 anos. Esta divisão causou os edomitas a proibir que Israel atravessasse as suas terras durante o êxodo dos israelitas do Egito. Os pecados de orgulho por parte de Edom exigem agora uma forte palavra de julgamento do Senhor.
Versículos-chave: Obadias versículo 4: "Se te remontares como águia e puseres o teu ninho entre as estrelas, de lá te derribarei, diz o SENHOR."
Obadias versículo 12: "Mas tu não devias ter olhado com prazer para o dia de teu irmão, o dia da sua calamidade; nem ter-te alegrado sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem ter falado de boca cheia, no dia da angústia."
Obadias versículo 15: "Porque o Dia do SENHOR está prestes a vir sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; o teu malfeito tornará sobre a tua cabeça."
Resumo: A mensagem de Obadias é definitiva e certa: o reino de Edom será destruído completamente. Edom tem sido arrogante, alegrando-se pelos infortúnios de Israel e quando os exércitos inimigos atacam Israel e os israelitas pedem por ajuda, os edomitas se recusam e escolhem lutar contra eles, não por eles. Esses pecados de orgulho não podem mais ser ignorados. O livro termina com a promessa de realização e libertação de Sião nos últimos dias, quando a terra será restaurada ao povo de Deus durante o Seu governo sobre eles.
Prenúncios: O versículo 21 do Livro de Obadias contém uma prefiguração de Cristo e Sua Igreja: "Salvadores hão de subir ao monte Sião, para julgarem o monte de Esaú; e o reino será do SENHOR." Estes "salvadores" são os apóstolos de Cristo, ministros da Palavra, e especialmente os pregadores do Evangelho nestes últimos dias. Eles são chamados de "salvadores" não por obterem a nossa salvação, mas por pregarem a salvação através do Evangelho de Cristo e por nos mostrarem o caminho para obter essa salvação. Eles, e a Palavra pregada por eles, são os meios pelos quais a boa notícia da salvação é entregue a todos os homens. Enquanto Cristo é o único Salvador que veio pagar pela salvação, e é dela o seu autor, os salvadores e libertadores do Evangelho vão estar cada vez mais evidentes na medida em que o final dos tempos se aproxima.
Aplicação Prática: Deus vai agir em nosso favor se permanecermos fiéis a Ele. Ao contrário de Edom, devemos estar dispostos a ajudar outras pessoas em momentos de necessidade. Orgulho é pecado. Devemos nos orgulhar apenas em Jesus Cristo e no que Ele fez por nós... e em nada mais.
 - LIVRO DE JONAS
Autor: Jonas 1:1 especificamente identifica o profeta Jonas como o autor do Livro de Jonas.
Quando foi escrito: O Livro de Jonas foi provavelmente escrito entre 793 e 758 AC.
Propósito: Desobediência e revitalização são os principais temas deste livro. A experiência de Jonas no ventre da baleia lhe proporciona uma oportunidade única para buscar uma libertação ao se arrepender durante este retiro bastante diferente. Sua desobediência inicial o leva não apenas à sua revitalização pessoal, mas à dos ninivitas também. Muitos classificam a restauração que ele trouxe a Nínive como um
dos maiores esforços evangelísticos de todos os tempos.
Versículos-chave: Jonas 1:3: "Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do SENHOR, para Társis...."
Jonas 1:17: "Deparou o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe."
Jonas 2:2: "Na minha angústia, clamei ao SENHOR, e ele me respondeu; do ventre do abismo, gritei, e tu me ouviste a voz."
Jonas 3:10: "Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez."
Resumo: O medo e orgulho de Jonas levam-no a fugir de Deus. Ele não quer ir a Nínive pregar o arrependimento ao povo, como Deus ordenou, porque ele sente que os ninivitas são seus inimigos e está convencido de que Deus não vai seguir adiante com sua ameaça de destruir a cidade. Ao invés, ele embarca num navio para Társis, uma cidade na direção oposta. Uma grande tempestade logo faz com que a tripulação lance lotes para determinar que Jonas é o problema. Eles atiram-no ao mar, e ele é engolido por um peixe grande. Em seu ventre por 3 dias e 3 noites, Jonas se arrepende do seu pecado a Deus, e o peixe o vomita em terra seca (perguntamo-nos por que levou tanto tempo para se arrepender). Jonas, em seguida, faz a viagem de cerca de 800 km a Nínive e lidera a cidade a um grande reavivamento. Entretanto, o profeta fica insatisfeito (na verdade, reclama), ao invés de agradecido, quando Nínive se arrepende. Jonas aprende a lição, porém, quando Deus usa um vento, uma planta e um verme para lhe ensinar que Ele é misericordioso.
Prenúncios: As palavras do próprio Jesus deixam claro que Jonas é um tipo de Cristo. Em Mateus 12:40-41, Jesus declara que Ele vai estar no túmulo a mesma quantidade de tempo que Jonas estava no ventre da baleia. Ele segue a dizer que, enquanto os ninivitas se arrependeram diante da pregação de Jonas, os fariseus e doutores da Lei que rejeitaram a Jesus estavam rejeitando Aquele que é muito maior do que Jonas. Assim como Jonas trouxe a verdade de Deus sobre o arrependimento e salvação para os ninivitas, assim também Jesus traz a mesma mensagem (Jonas 2:9; João 14:6) de salvação alcançada apenas através de Deus (Romanos 11:36).
Aplicação Prática: Não podemos nos esconder de Deus. O que Ele deseja realizar através de nós virá a acontecer, apesar de todas as nossas oposições e reclamações. Efésios 2:10 nos lembra que Ele tem planos para nós e vai assegurar que vamos nos conformar com esses planos. Quanto mais fácil seria se nós, ao contrário de Jonas, nos submetêssemos a Ele sem demora.
O amor de Deus se manifesta em Sua acessibilidade a todos, independentemente da nossa reputação, nacionalidade ou raça. A livre oferta do Evangelho é para todos os povos em todos os tempos. Nossa tarefa como Cristãos é ser o meio pelo qual Deus fala ao mundo dessa oferta e alegrar-nos com a salvação de outras pessoas. Esta é uma experiência que Deus quer que compartilhemos com Ele, e não que sejamos ciumentos ou ressentidos com os que vêm a Cristo em "conversões de última hora" ou que passam por situações diferentes das nossas.
 - LIVRO DE MIQUÉIAS
Autor: O autor do Livro de Miquéias foi o profeta Miquéias (Miquéias 1:1).
Quando foi escrito: O Livro de Miquéias foi provavelmente escrito entre 735 e 700 AC.
Propósito: A mensagem do Livro de Miquéias é uma mistura complexa de julgamento e esperança. Por um lado, as profecias anunciam o juízo sobre Israel pelos males sociais, liderança corrupta e idolatria. Esperava-se que este julgamento culminaria com a destruição de Samaria e Jerusalém. Por outro lado, o livro proclama não apenas a restauração da nação, mas a transformação e exaltação de Israel e Jerusalém. As mensagens de esperança e castigo não são necessariamente contraditórias, no entanto, já que a restauração e transformação ocorrem somente após o julgamento.
Versículos-chave: Miquéias 1:2: "Ouvi, todos os povos, prestai atenção, ó terra e tudo o que ela contém, e seja o SENHOR Deus testemunha contra vós outros, o Senhor desde o seu santo templo."
Miquéias 5:2: "E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade."
Miquéias 6:8: "Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus."
Miquéias 7:18-19: "Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar."
Resumo: O profeta condena os governantes, sacerdotes e profetas de Israel que exploram e enganam o povo. É por causa de suas obras que Jerusalém será destruída. O profeta Miquéias proclama a libertação das pessoas que vão de Jerusalém para Babilônia, e conclui com uma exortação para Jerusalém destruir as nações que se juntaram contra ela. O governante ideal viria de Belém para defender a nação e o profeta proclama o triunfo do reminiscente de Jacó, prevendo também um dia quando o Senhor iria limpar o país da idolatria e confiança no poder militar. O profeta apresenta um resumo conciso e poderoso da exigência de justiça e lealdade por parte do Senhor e anuncia julgamento sobre aqueles que têm seguido os caminhos de Onri e Acabe. O livro termina com uma liturgia profética e elementos de um lamento. Israel confessa seu pecado e recebe garantia de libertação por meio de atos poderosos do Senhor.
Prenúncios: Miquéias 5:2 é uma profecia messiânica citada pelos magos que foram procurar o rei nascido em Belém (Mateus 2:6). Porque estes magos do Oriente conheciam bem as Escrituras hebraicas, eles sabiam que, a partir da pequena aldeia de Belém, sairia o Príncipe da Paz, a Luz do mundo. A mensagem de pecado, arrependimento e restauração por parte de Miquéias encontra o seu cumprimento final em Jesus Cristo, pois Ele é a propiciação pelos nossos pecados (Romanos 3:24-25) e o único caminho para Deus (João 14:6).
Aplicação Prática: Deus dá avisos para que não tenhamos que sofrer Sua ira. O julgamento é certo se as advertências de Deus não forem ouvidas e Sua provisão ao pecado através do sacrifício de Seu Filho for rejeitado. Para o seguidor de Cristo, Deus nos disciplinará – não por ódio – mas porque Ele nos ama. Ele sabe que o pecado
destrói e Ele quer que sejamos completos. Essa totalidade da promessa de restauração aguarda aqueles que permanecerem obedientes a Ele.
 - LIVRO DE NAUM
Autor: O autor do livro de Naum se identifica como Naum (em hebraico "Consolador" ou "Confortador"), o elcosita (1:1). Há muitas teorias a respeito de onde essa cidade era localizada, embora não haja evidências conclusivas. Uma teoria é que ela se refere à cidade mais tarde conhecida como Cafarnaum (que literalmente significa "aldeia de Naum") no mar da Galileia.
Quando foi escrito: Dada a limitada quantidade de informações que sabemos sobre Naum, o melhor que podemos fazer é reduzir o prazo em que o Livro de Naum foi escrito a entre 663 e 612 aC. Dois eventos são mencionados que nos ajudam a determinar essas datas. Primeiro, Naum menciona Tebas (no Amon) no Egito caindo aos assírios (663 aC) no tempo passado, então isso já tinha acontecido. Em segundo lugar, o restante das profecias de Naum se tornaram realidade em 612 aC.
Propósito: Naum não escreveu este livro como uma advertência ou uma "chamada ao arrependimento" para o povo de Nínive. Deus já tinha enviado o profeta Jonas 150 anos antes com Sua promessa do que aconteceria se continuassem em seus maus caminhos. As pessoas daquela época haviam se arrependido, mas agora viviam tão mal (se não pior) do que antes. Os assírios tinham se tornado absolutamente brutais em suas conquistas (entre outras atrocidades, eles penduravam os corpos de suas vítimas em postes e colocavam a sua pele nas paredes das suas tendas). Agora Naum estava dizendo ao povo de Judá para não se desesperarem porque Deus havia pronunciado julgamento e os assírios em breve estariam recebendo o que mereciam.
Versículos-chave: Naum 1:7: “O SENHOR é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam.”
Naum 1:14a: “Porém contra ti, Assíria, o SENHOR deu ordem que não haja posteridade que leve o teu nome.”
Naum 1:15a: “Eis sobre os montes os pés do que anuncia boas-novas, do que anuncia a paz!” Veja também Isaías 52:7 e Romanos 10:15.
Naum 2:13a: “Eis que eu estou contra ti, diz o SENHOR dos Exércitos.”
Naum 3:19: “Não há remédio para a tua ferida; a tua chaga é incurável; todos os que ouvirem a tua fama baterão palmas sobre ti; porque sobre quem não passou continuamente a tua maldade?”
Resumo: Nínive já tinha uma vez respondido à pregação de Jonas e abandonado seus maus caminhos para servir ao Senhor Deus Jeová. Entretanto, 150 anos depois, Nínive retornou à idolatria, violência e arrogância (Naum 3:1-4). Mais uma vez Deus envia um de Seus profetas para Nínive para pregar julgamento na destruição da cidade e exortá-los ao arrependimento. Infelizmente, os ninivitas não prestaram atenção à advertência de Naum e a cidade ficou sob o domínio da Babilônia.
Prenúncios: Paulo repete Naum 1:15 em Romanos 10:15 em relação ao Messias e Seu ministério, bem como aos apóstolos de Cristo no Seu tempo. Também pode ser aplicado a qualquer ministro do Evangelho cuja atividade é "pregar o Evangelho da paz". Deus se reconciliou com pecadores através do sangue de Cristo, e tem dado ao Seu povo a paz que "excede todo o entendimento" (Filipenses 4:7). O dever do pregador é também "anunciar boas-novas", tais como a reconciliação, a justiça, o perdão, a vida e a salvação eterna por um Cristo crucificado. A pregação desse Evangelho e a transmissão dessas notícias tornam seus pés realmente lindos. A imagem aqui é de alguém que corre para os outros, feliz e ansioso para anunciar a Boa Nova.
Aplicação Prática: Deus é paciente e tardio para se irar. Ele dá a cada país o tempo para anunciá-lo como seu Senhor. Entretanto, Ele não se deixa escarnecer. Toda vez que um país se afasta dEle para servir aos seus próprios motivos, Ele avança com julgamento. Quase 220 anos atrás os Estados Unidos foram formados como uma nação guiada por princípios encontrados na Bíblia. Nos últimos 50 anos isso mudou e agora se dirigem diariamente na direção oposta. Como cristãos, é nosso dever defender os princípios bíblicos e a verdade bíblica pois a Verdade é a única esperança para o nosso e qualquer outro país.
 - LIVRO DE HABACUQUE
Autor: Habacuque 1:1 identifica o livro de Habacuque como sendo um oráculo do profeta Habacuque.
Quando foi escrito: O livro de Habacuque foi provavelmente escrito entre 610 e 605 aC.
Propósito: Habacuque estava se perguntando por que Deus estava permitindo que seu povo escolhido sofresse nas mãos de seus inimigos. Deus responde e a fé de Habacuque é restaurada.
Versículos-chave: Habacuque 1:2: “Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás?.”
Habacuque 1:5: “Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos e desvanecei, porque realizo, em vossos dias, obra tal, que vós não crereis, quando vos for contada.”
Habacuque 1:12: “Não és tu desde a eternidade, ó SENHOR, meu Deus, ó meu Santo? Não morreremos.”
Habacuque 2:2-4: “O SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo. Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará. Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé.”
Habacuque 2:20: “O SENHOR, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra.”
Habacuque 3:2: “Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia.“
Habacuque 3:19: “O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente.”
Resumo: O livro de Habacuque começa com Habacuque clamando a Deus por uma resposta a por que o Seu povo escolhido tem sofrido em cativeiro (Habacuque 1:1-4). O Senhor dá a sua resposta a Habacuque, essencialmente afirmando: "você não acreditaria se eu lhe dissesse" (Habacuque 1: 5-11). Habacuque diz em seguida: "Ok, tu és Deus, mas ainda me conte mais sobre por que isso está acontecendo" (Habacuque 1:17-2:1). Deus então responde-lhe novamente e dá-lhe mais informações, dizendo então que a Terra é para estar silenciosa diante dEle
(Habacuque 2:2-20). Então Habacuque escreve uma oração expressando sua forte fé em Deus, mesmo passando por estas tribulações (Habacuque 3:1-19).
Prenúncios: O apóstolo Paulo cita Habacuque 2:4 em duas ocasiões diferentes (Romanos 1:17, Gálatas 3:11) para reiterar a doutrina da justificação pela fé. A fé que é dom de Deus e disponível através de Cristo é ao mesmo tempo uma fé que salva (Efésios 2:8-9) e sustenta por toda a vida. Alcançamos a vida eterna pela fé e vivemos a vida cristã por essa mesma fé. Ao contrário dos "orgulhosos" no início do verso, a sua alma não está reta dentro dele e seus desejos não estão corretos. Entretanto, nós, os que somos feitos justos pela fé em Cristo, somos assim declarados porque Ele trocou a Sua justiça perfeita pelo nosso pecado (2 Coríntios 5:21) e tem nos capacitado a viver pela fé.
Aplicação Prática: A lição para o leitor de Habacuque é que é admissível questionar o que Deus está fazendo, embora isso deva ser feito com respeito e reverência. Às vezes não é evidente para nós o que está acontecendo, especialmente quando somos lançados em sofrimento por um período de tempo ou se parece que nossos inimigos estão prosperando enquanto estamos apenas sobrevivendo. O livro de Habacuque, entretanto, afirma que Deus é um Deus soberano e onipotente, que tem todas as coisas sob controle. Precisamos apenas nos aquietar e confiar que Ele está trabalhando. Ele é quem afirma ser e sempre cumpre Suas promessas. Ele punirá os perversos. Mesmo quando não podemos ver, Ele ainda está no trono do universo. Precisamos manter a seguinte realidade em foco: "O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente" (Habacuque 3:19). Permitir-nos andar altaneiramente é levar-nos aos mais altos lugares com Ele, onde nos distanciamos do mundo. Às vezes o caminho que temos que percorrer para chegar lá é através do sofrimento e da tristeza, mas se descansarmos e confiarmos Nele, alcançaremos o Seu objetivo para nós.
 - LIVRO DE SOFONIAS
Autor: Sofonias 1:1 identifica o seu autor como sendo o profeta Sofonias. O nome de Sofonias significa "defendido por Deus".
Quando foi escrito: O Livro de Sofonias foi provavelmente escrito entre 735 e 725 AC.
Propósito: A mensagem de Sofonias de julgamento e incentivo contém três doutrinas principais: 1) Deus é soberano sobre todas as nações. 2) Os ímpios serão punidos e os justos serão recompensados no dia do julgamento. 3) Deus abençoa aqueles que se arrependem e confiam nEle.
Versículos-chave: Sofonias 1:18: "Nem a sua prata nem o seu ouro os poderão livrar no dia da indignação do SENHOR, mas, pelo fogo do seu zelo, a terra será consumida, porque, certamente, fará destruição total e repentina de todos os moradores da terra."
Sofonias 2:3: "Buscai o SENHOR, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do SENHOR."
Sofonias 3:17: "O SENHOR, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo."
Resumo: Sofonias pronuncia o juízo do Senhor sobre toda a terra, sobre Judá, sobre as nações vizinhas, sobre Jerusalém e sobre todas as nações. Isso é seguido por proclamações de bênçãos do Senhor sobre todas as nações e especialmente sobre o remanescente fiel do Seu povo em Judá.
Sofonias teve a coragem de falar abertamente porque sabia que estava proclamando a Palavra do Senhor. Seu livro começa com "A palavra do Senhor" e termina com "diz o Senhor". Ele sabia que nem os muitos deuses que o povo adorava nem o poder do exército assírio poderiam salvá-los. Deus é misericordioso e compassivo, mas quando todos os seus avisos são ignorados, o julgamento é de se esperar. O Dia do Julgamento de Deus é frequentemente mencionado nas Escrituras. Os profetas o chamaram de "Dia do Senhor". Eles se referiam a vários eventos (como a queda de Jerusalém) como manifestações do Dia de Deus, cada um dos quais apontava para o último Dia do Senhor.
Prenúncios: Grande parte das bênçãos finais sobre Sião (pronunciadas nos versículos 14-20) ainda está para ser cumprida, o que nos leva a concluir que são profecias messiânicas que aguardam a segunda vinda de Cristo para serem finalmente concretizadas. O Senhor removeu o nosso castigo somente através de Cristo, o qual veio para morrer pelos pecados de Seu povo (Sofonias 3:15, João 3:16). Entretanto, Israel ainda não reconheceu o seu verdadeiro Salvador. Isso ainda está para acontecer (Romanos 11:25-27).
A promessa de paz e segurança para Israel, numa altura em que o seu Rei está no seu meio, será cumprida quando Cristo voltar para julgar o mundo e resgatá-lo para Si próprio. Assim como Ele subiu ao céu depois da Sua ressurreição, assim Ele regressará e criará uma nova Jerusalém na terra (Apocalipse 21). Naquela época, todas as promessas de Deus para Israel serão cumpridas.
Aplicação Prática: Com alguns ajustes em nomes e situações, esse profeta do século 7 aC poderia ficar atrás dos nossos púlpitos hoje e entregar a mesma mensagem de julgamento dos ímpios e de esperança para os fiéis. Sofonias nos recorda que Deus fica ofendido com os pecados morais e religiosos de Seu povo. O povo de Deus não escapará de punição quando peca deliberadamente. A punição pode ser dolorosa, mas o seu propósito é redentor e não punitivo. A inevitabilidade da punição sobre a impiedade dá conforto em um momento em que parece que o mal está desenfreado e vitorioso. Temos a liberdade de desobedecer a Deus, mas não a liberdade para escapar das consequências dessa desobediência. Aqueles que são fiéis a Deus podem ser relativamente poucos, mas Deus não os esquece.
 - LIVRO DE AGEU
Autor: Ageu 1:1 identifica o autor do Livro de Ageu como sendo o profeta Ageu.
Quando foi escrito: O livro de Ageu foi escrito em aproximadamente 520 aC.
Propósito: Ageu buscou desafiar o povo de Deus com respeito às suas prioridades. Ele os chamou a reverenciar e glorificar a Deus através da construção do Templo, apesar da oposição local e oficial. Ageu os exortou a não se desanimar porque este templo não seria tão ricamente decorado como o de Salomão. Ele os exortou também a abandonar a impureza de seus caminhos e a confiar no poder soberano de Deus. O Livro de Ageu é um lembrete dos problemas que o povo de Deus enfrentou naquele momento, de como as pessoas corajosamente confiaram em Deus e como Deus providenciou para as suas necessidades.
Versículos-chave: Ageu 1:4: "Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas?"
Ageu 1:5-6: "Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado."
Ageu 2:9: "A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos."
Resumo: Será que o povo de Deus vai reavaliar suas prioridades, tomar coragem e agir com base nas promessas de Deus? Deus buscou advertir as pessoas a ouvir as Suas palavras. Deus não apenas os advertiu, mas Ele também ofereceu promessas por meio de Seu servo Ageu a fim de motivá-los a segui-Lo. Porque o povo de Deus inverteu suas prioridades e não colocou Deus em primeiro lugar em suas vidas, Judá foi enviado para o exílio babilônico. Em resposta à oração de Daniel e como cumprimento das promessas de Deus, o Senhor dirigiu o rei persa daquela época, Ciro, a permitir que os judeus no exílio voltassem a Jerusalém. Um grupo de judeus retornaram à sua terra com grande alegria, colocaram Deus em primeiro lugar em suas vidas, adoraram-no e começaram a reconstruir o Templo de Jerusalém sem a ajuda do povo local que vivia na Palestina. Sua fé corajosa se encontrou com a oposição da população local, bem como do governo persa, por cerca de 15 anos.

Prenúncios: Tal como acontece com a maioria dos livros dos profetas menores, Ageu termina com promessas de restauração e bênção. No último versículo, Ageu 2:23, Deus usa um título claramente messiânico em referência a Zorobabel: "Servo Meu" (Compare 2 Samuel 3:18; 1 Reis 11:34, Isaías 42:1-9; Ezequiel 37:24 , 25). Através de Ageu, Deus promete fazê-lo como um anel, o qual era um símbolo de honra, autoridade e poder, algo como o cetro do rei usado para selar cartas e decretos. Zorobabel, como o anel de sinete de Deus, representa a casa de Davi e a retomada da linha messiânica interrompida pelo exílio. Zorobabel restabeleceu a linha davídica de reis que culminaria no reinado milenar de Cristo. Zorobabel aparece na linha de Cristo tanto no lado de José (Mateus 1:12) quanto no de Maria (Lucas 3:27).

Aplicação Prática: O Livro de Ageu chama a atenção para os problemas mais comuns que as pessoas enfrentam ainda hoje. Ageu nos pede para: 1) examinar nossas prioridades a fim de vermos se estamos mais interessados em nossos próprios prazeres do que em fazer a obra de Deus, 2) rejeitar uma atitude derrotista quando nos deparamos com oposição ou situação desanimadora, 3) confessar nossos fracassos e buscar viver uma vida pura diante de Deus; 4) agir corajosamente por Deus porque temos a certeza de que Ele está sempre conosco e está em pleno controle de nossas circunstâncias, e 5) descansar seguro nas mãos de Deus sabendo que Ele vai nos abençoar abundantemente quando o servimos fielmente
 - LIVRO DE ZACARIAS
Autor: Zacarias 1:1 identifica o seu autor como sendo o profeta Zacarias.
Quando foi escrito: O Livro de Zacarias foi provavelmente escrito em dois segmentos principais entre 520 e 470 aC.
Propósito: Zacarias enfatizou que Deus tem usado Seus profetas para ensinar, advertir e corrigir o seu povo. Infelizmente, eles se recusaram a ouvir. Seu pecado trouxe a punição de Deus. O livro também traz evidências de que até mesmo a profecia pode ser corrompida. A história mostra que nesse período a profecia caiu em descrédito entre os judeus, dando entrada ao período entre os Testamentos quando nenhuma voz profética duradoura falava ao povo de Deus.
Versículos-chave: Zacarias 1:3: "Portanto, dize-lhes: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Tornai-vos para mim, diz o SENHOR dos Exércitos, e eu me tornarei para vós outros, diz o SENHOR dos Exércitos."
Zacarias 7:13: "Visto que eu clamei, e eles não me ouviram, eles também clamaram, e eu não os ouvi, diz o SENHOR dos Exércitos."
Zacarias 9:9: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta."
Zacarias 13:9: "Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei como se purifica a prata, e a provarei como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: é meu povo, e ela dirá: O SENHOR é meu Deus."
Resumo: O livro de Zacarias ensina que a salvação pode ser obtida por todos. O último capítulo descreve os povos de todo o mundo vindo adorar a Deus, o qual deseja que todas as pessoas o sigam. Esta não é a doutrina do universalismo, ou seja, que todas as pessoas serão salvas porque salvar faz parte da natureza de Deus. Em vez disso, o livro ensina que Deus deseja que todas as pessoas o adorem e aceitem aqueles que o fazem, independentemente de suas expressões nacionais ou políticas, como na liberação de Judá e de Jerusalém de seus inimigos políticos. Finalmente, Zacarias pregou que Deus é soberano sobre este mundo, apesar de qualquer aparência do contrário. Suas visões do futuro indicam que Deus vê tudo o que vai acontecer. As representações da intervenção de Deus no mundo ensinam que Ele, no fim das contas, trará os eventos humanos ao fim que Ele escolher. Ele não elimina a liberdade do indivíduo de seguir a Deus ou se rebelar, mas mantém as pessoas responsáveis pelas escolhas que fazem. No último capítulo, até mesmo as forças da natureza respondem ao controle de Deus.

Prenúncios: Profecias sobre Jesus Cristo e a era messiânica são abundantes em Zacarias. Desde a promessa de que o Messias viria habitar em nosso meio (Zacarias 2:10-12, Mateus 1:23), ao simbolismo do Renovo e da Pedra (Zacarias 3:8-9, 6:12-13, Isaías 11:1; Lucas 20,17-18), à promessa de Sua Segunda Vinda, onde aqueles que o traspassaram iriam olhar para Ele e lamentar (Zacarias 12:10, João 19:33-37), Cristo é o tema do livro de Zacarias do início ao fim. Jesus é o Salvador de Israel, uma fonte cujo sangue cobre os pecados de todos os que vêm a Ele para a salvação (Zacarias

Aplicação Prática: Deus deseja adoração sincera e vida moral de nós hoje. O exemplo de Zacarias de romper com preconceitos nacionais nos lembra que devemos alcançar todas as áreas da nossa sociedade. Devemos estender o convite de Deus de salvação às pessoas de todas as origens nacionais, línguas, raças e culturas. Elas precisam saber que a salvação está disponível apenas através do sangue derramado de Jesus Cristo na cruz, o qual morreu em nosso lugar para expiar o pecado. Entretanto, se rejeitarmos esse sacrifício, não há um outro sacrifício pelo qual possamos ser reconciliados com Deus. Não há outro nome debaixo do céu pelo qual importa que sejamos salvos (Atos 4:12). Não há tempo a perder, hoje é o dia da salvação (2 Coríntios 6:2).
 - LIVRO DE MALAQUIAS
Autor: Malaquias 1:1 identifica o autor do Livro de Malaquias como sendo o profeta Malaquias.

Quando foi escrito: O livro de Malaquias foi escrito entre 440 e 400 aC.

Propósito: O livro de Malaquias é um oráculo: “Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel, por intermédio de Malaquias” (1:1). Esta foi a advertência de Deus através de Malaquias para dizer ao povo a voltar-se para Deus. Enquanto o último livro do Antigo Testamento se encerra, o pronunciamento da justiça de Deus e a promessa de Sua restauração através da vinda do Messias estão soando nos ouvidos dos israelitas. Quatrocentos anos de silêncio passam, mas esse período termina quando o próximo profeta de Deus, João Batista, transmite uma mensagem semelhante e proclama: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus"
(Mateus 3:2).

Versículos-chave: Malaquias 1:6: "O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? -diz o SENHOR dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome?"
Malaquias 3:6-7: "Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o SENHOR dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?"

Resumo: Malaquias escreveu as palavras do Senhor ao povo escolhido de Deus que tinha se desviado, especialmente aos sacerdotes que tinham abandonado ao Senhor. Os sacerdotes não estavam levando a sério os sacrifícios que deviam fazer a Deus. Animais com defeitos estavam sendo sacrificados, embora a lei exigisse animais sem defeito (Deuteronômio 15:21). Os homens de Judá estavam sendo desleais às esposas de sua juventude e se perguntando por que Deus não aceitava os seus sacrifícios. Além disso, as pessoas não estavam oferecendo o dízimo da forma em que deviam (Levítico 27:30, 32). Entretanto, apesar do pecado do povo e de se afastarem de Deus, Malaquias reitera o amor de Deus por Seu povo (Malaquias 1:1-5) e Suas promessas de um mensageiro que estava por vir (Malaquias 2:17 - 3:5).
Prenúncios: Malaquias 3:1-6 é uma profecia a respeito de João Batista. Ele era o mensageiro do Senhor, enviado para preparar o caminho (Mateus 11:10) para o Messias, Jesus Cristo. João pregava arrependimento e batizava no nome do Senhor, preparando assim o caminho para o primeiro advento de Jesus. Porém, o mensageiro que vem "de repente para o Templo" é o próprio Cristo na Sua segunda vinda, quando Ele vier em poder e glória (Mateus 24). Naquele tempo, Ele vai "purificar os filhos de Levi" (v. 3), o que significa que aqueles que exemplificaram a lei mosaica também precisariam de purificação do pecado através do sangue do Salvador. Só então eles serão capazes de oferecer "uma oferta em justiça", pois será a justiça de Cristo  imputada a eles através da fé (2 Coríntios 5:21).
Aplicação Prática: Deus não se agrada quando não obedecemos aos Seus comandos. Ele retribuirá devidamente aqueles que o ignoram. Quanto a Deus odiando o divórcio (2:16), Deus leva a aliança do casamento a sério e não quer que seja quebrada. Devemos permanecer fiéis ao cônjuge da nossa juventude durante toda a vida. Deus vê nossos corações, então sabe quais são as nossas intenções, pois nada pode ser escondido dEle. Ele retornará e será o juiz. No entanto, se nos voltarmos a Ele, Ele se voltará a nós (Malaquias 3:6).

Pesquisa bibliográfica feita por Maria de Fátima - Bacharel em Teologia

A BÍBLIA E JESUS

A Bíblia e Jesus !                                      1. Em Gênesis Jesus é: O nosso Criador (Gn 1) e A Semente da mulher. (3:15)...