terça-feira, 8 de maio de 2018

ANTIGO TESTAMENTO II (LIVROS POÉTICOS)


2 – LIVROS POÉTICOS

- LIVRO DE JÓ
Autor: O Livro de Jó não revela especificamente o nome do seu autor. Os candidatos    mas prováveis são Jó, Eliu, Moisés e Salomão.
Quando foi escrito: A data da autoria do Livro de Jó seria determinado por quem foi o seu autor. Se Moisés foi o autor, a data seria por volta de 1440 AC. Se Salomão foi o autor, a data seria em torno de 950 AC. Já que não sabemos de certeza quem foi o
autor não podemos saber exatamente quando foi escrito.
Propósito: O Livro de Jó nos ajuda a entender o seguinte: Satanás não pode nos afligir com destruição física e financeira sem a permissão de Deus. Deus tem poder sobre o que Satanás pode e não pode fazer. Isso vai além de nossa capacidade humana de entender o “porquê” por trás de todo o sofrimento no mundo. Os ímpios vão receber o pagamento por suas ações. Nem sempre podemos culpar o nosso sofrimento e pecado em nossos estilos de vida. Sofrimento às vezes pode ser permitido em nossas vidas para purificar, testar, ensinar ou fortalecer a alma. Deus continua a ser suficiente e a merecer e desejar o nosso amor e louvor em todas as       circunstâncias da vida.
Versículos-chave: Jó 1:1: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.”
Jó 1:21: “e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o
SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR”.
Jó 38:1-2: “Depois disto, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento?”
Jó 42:5-6: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.
Resumo: O livro inicia com uma cena no céu onde Satanás aparece diante de Deus para acusar Jó. Ele insiste que Jó apenas serve a Deus porque o Senhor o protege. Satanás pede então pela permissão de Deus para testar a fé e lealdade de Jó. Deus concede a Sua permissão, mas apenas dentro de certos limites. Por que os justos sofrem? Esta é a pergunta feita depois que Jó perde sua família, sua riqueza e sua saúde. Os três amigos de Jó (Elifaz, Bildade e Zofar) aparecem para “confortá-lo” e discutir a sua enorme série de tragédias. Eles insistem que seu sofrimento é em castigo pelo pecado em sua vida. Jó, no entanto, continua a ser dedicado a Deus por tudo isso e afirma que sua vida não tem sido uma de pecado. Um quarto homem, Eliú, diz a Jó que ele precisa se humilhar e submeter ao uso de dificuldades por parte de Deus para purificar a sua vida. Finalmente, Jó questiona o próprio Deus e aprende lições valiosas sobre a Sua soberania e a sua necessidade de confiar totalmente no Senhor. Deus então restabelece a saúde, felicidade e prosperidade para muito além do seu estado interior.
Prenúncios: À medida que Jó pondera a causa de sua miséria, três perguntas vieram à sua mente, todas as quais são respondidas apenas em nosso Senhor Jesus Cristo. Essas questões ocorrem no capítulo 14. Primeiro, no versículo 4, Jó pergunta: “Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? Ninguém!?” A pergunta de Jó vem de um coração que reconhece que não pode agradar a Deus ou se justificar diante dEle. Deus é santo, nós não. Portanto, existe um grande abismo entre Deus e o homem que foi causado pelo pecado. Mas a resposta à pergunta angustiada de Jó é encontrada em Jesus Cristo. Ele pagou pela penalidade dos nossos pecados e trocou-a por Sua justiça, tornando-nos assim aceitáveis aos olhos de Deus (Hebreus 10:14, Colossenses 1:21-23,  2 Coríntios 5:17).
A segunda pergunta de Jó: “O homem, porém, morre e fica prostrado; expira o homem e onde está?" (Versículo 10) é uma outra pergunta sobre a eternidade, vida e morte que é respondida apenas em Cristo. Com Cristo, a resposta a “expira o homem e onde está?” é vida eterna no céu. Sem Cristo, a resposta é uma eternidade nas “trevas onde  há choro e ranger de dentes” (Mateus 25:30).
A terceira pergunta de Jó, encontrada no versículo 14, é: “Se um homem morre, viverá outra vez?” Mais uma vez, a resposta é encontrada em Cristo. Nós realmente viveremos de novo se estamos nEle. “E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15:54-55).
Aplicação Prática: O Livro de Jó nos lembra que existe um “conflito cósmico” acontecendo por trás das cenas sobre o qual normalmente não sabemos nada. Muitas vezes nos perguntamos por que Deus permite algo, e acabamos questionando duvidando da bondade de Deus sem ver a imagem completa. O Livro de Jó nos ensina a confiar em Deus em todas as circunstâncias. Devemos confiar no Senhor não apenas QUANDO não entendemos, mas PORQUE não entendemos. O salmista nos diz: “O caminho de Deus é perfeito” (Salmo 18:30). Se os caminhos de Deus são “perfeitos”, então podemos confiar que tudo o que Ele faz e tudo o que Ele permite também é perfeito. Isso pode não nos parecer possível, mas nossas mentes não são a mente de Deus. É verdade que não devemos antecipar que entenderemos a sua mente perfeitamente, pois Ele nos lembra “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Isaías 55:8-9). No entanto, a nossa responsabilidade para com Deus é obedecer e confiar nEle, submetendo-nos à sua vontade, quer entendamos ou não.

- LIVRO DE SALMOS
Autor: As breves descrições que introduzem os salmos listam Davi como autor em 73 casos. A personalidade e identidade de Davi estão claramente estampadas em muitos desses salmos. Embora seja claro que Davi escreveu muitos dos salmos individuais, ele definitivamente não é o autor de toda a coleção. Dois dos Salmos (72 e 127) são atribuídos a Salomão, o filho e sucessor de Davi. Salmos 90 é uma oração atribuída a Moisés. Outro grupo de 12 Salmos (50 e 73-83) é atribuído à família de Asafe. Os filhos de Coré escreveram 11 Salmos (42, 44-49, 84-85,87-88). Salmo 88 é atribuído a Hemã, enquanto que Salmo 89 é atribuído a Etã, o ezraíta. Com a exceção de Salomão e Moisés, todos esses autores adicionais foram sacerdotes ou levitas responsáveis pelo fornecimento de música para a adoração no santuário durante o reinado de Davi. Cinquenta dos salmos não mencionam qualquer pessoa específica como seu autor      
Quando foi escrito: Um exame cuidadoso da questão da autoria, bem como dos assuntos abrangidos pelos salmos em si, revela que cobrem um período de muitos séculos. O salmo mais antigo da coleção é provavelmente a oração de Moisés (90), uma reflexão sobre a fragilidade do homem em comparação com a eternidade de Deus. O mais recente é provavelmente o salmo 137, uma canção de lamento claramente escrita durante os dias em que os hebreus estavam sendo mantidos  em  cativeiro  pelos babilônios cerca de 586-538 AC.   
É claro que os 150 salmos individuais foram escritos por diferentes pessoas durante um período de mil anos na história de Israel. Eles provavelmente foram compilados e agrupados em sua forma atual por algum editor desconhecido logo após o término do
cativeiro em cerca de 537 AC.
Propósito: O Livro dos Salmos é o mais longo livro da Bíblia, com 150 salmos individuais. É também um dos mais diversos, já que os salmos lidam com temas como Deus e Sua criação, guerra, adoração, sabedoria, o pecado e o mal, julgamento, justiça e a vinda do Messias.
Versículos-chave: Salmo 19:1: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos”.
Salmo 22:16-19: “Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim. Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes. Tu, porém, SENHOR, não te afastes de mim; força minha,
Apressa-te em socorrer-me”.
Salmo 23:1 “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”.
Salmo 29:1-2: “Tributai ao SENHOR, filhos de Deus, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade”.
Salmo 51:10: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.
”Salmos 119:1-2: “Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do SENHOR. Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições e o buscam de todo o coração”.
Resumo: O Livro dos Salmos é uma coleção de orações, poemas e hinos que transformam os pensamentos sobre Deus, por parte do adorador, em louvor e adoração. Partes deste livro foram usadas como um hinário nos cultos de adoração do antigo Israel. A herança musical dos salmos é demonstrada pelo seu título. Ele vem de uma palavra grega  que significa “uma música cantada com acompanhamento  de um instrumento musical”.
Prenúncios: A provisão de Deus de um Salvador para o Seu povo é um tema recorrente nos Salmos. Fotos proféticas do Messias são vistas em numerosos salmos. Salmo 2:1-12 retrata o triunfo do Messias e do reino. Salmo 16:8-11 prenuncia Sua morte e ressurreição. Salmo 22 nos mostra o sofrimento do Salvador na cruz e apresenta profecias detalhadas da crucificação, todas as quais foram cumpridas com perfeição. As glórias do Messias e Sua noiva estão em exposição no Salmo 45:6-7, enquanto que Salmos 72:6-17, 89:3-37, 110:1-7 e 132:12-18 apresentam a glória e a universalidade do seu reinado
Aplicação Prática: Cantar é um dos resultados de ser cheio do Espírito Santo ou da palavra de Cristo. Os salmos são o “livro de música” da igreja primitiva que refletia a nova verdade em Cristo.
Deus é o mesmo Senhor em todos os salmos. No entanto, respondemos a Ele de formas diferentes, de acordo com as circunstâncias específicas de nossas vidas. Que Deus maravilhoso nós adoramos, o salmista declara, um Deus que vai muito além das nossas experiências humanas, mas também Alguém quem está perto o suficiente para ser tocado e que caminha ao nosso lado ao longo do caminho da vida.
Nós podemos trazer todos os nossos sentimentos a Deus - não importa se é uma queixa ou apenas pensamentos negativos. Podemos ter certeza de que Ele vai ouvir e entender. O salmista nos ensina que a oração mais profunda de todas é um clamor de socorro quando nos encontramos oprimidos pelos problemas da vida.

 - LIVRO DE PROVÉRBIOS
Autor: O Rei Salomão é o principal escritor de Provérbios. Seu nome aparece em 1:1, 10:1 e 25:1. Podemos também presumir que Salomão coletou e editou provérbios de outros escritores, pois Eclesiastes 12:9 diz: “O Pregador, além de sábio, ainda ensinou ao povo o conhecimento; e, atentando e esquadrinhando, compôs muitos provérbios.” Na verdade, o título hebraico Mishle Shelomoh é traduzido como “Provérbios de Salomão”.
Quando foi escrito: Os provérbios de Salomão foram escritos em cerca de 900 AC. Durante o seu reinado como rei, a nação de Israel atingiu o seu auge espiritualmente, politicamente, culturalmente e economicamente. À medida que a reputação de Israel aumentou, a do rei Salomão também. Dignitários estrangeiros dos confins do mundo viajaram grandes distâncias para ouvir o sábio monarca falar (1Reis 4:34).
Propósito: O conhecimento é nada mais do que uma acumulação de fatos brutos, mas a sabedoria é a capacidade de ver as pessoas, eventos e situações como Deus os vê. No Livro de Provérbios, Salomão revela a mente de Deus em assuntos superiores e nobres, assim como em assuntos ordinários e situações cotidianas. Parece que nenhum assunto escapou à atenção do rei Salomão. Questões relativas à conduta pessoal, relações sexuais, negócios, prosperidade, amor, ambição, disciplina, dívidas, educação infantil, caráter, álcool, política, vingança e piedade estão entre os vários temas abordados nesta rica coleção de provérbios.
                                      
Versículos-chave: Provérbios 1:5: “Ouça o sábio e cresça em prudência; e o instruído
adquire a liberdade.
Provérbios 1:7: “O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino”.
Provérbios 4:5: “adquire a sabedoria, adquire o entendimento e não te esqueças das  
palavras da minha boca, nem delas te apartes.
Provérbios 8:13-14: “O temor do SENHOR consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu os aborreço. Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria, eu sou o Entendimento, minha é a fortaleza’.
Resumo: Resumir o livro de Provérbios é um pouco difícil, pois ao contrário de muitos outros livros da Bíblia, não há nenhuma conspiração ou enredo encontrado em suas páginas; da mesma forma, não existem personagens principais do livro. A sabedoria é o seu foco - uma sabedoria grande e divina que transcende toda a história, povos e culturas. Mesmo uma leitura superficial deste tesouro magnífico revela que os provérbios do sábio rei Salomão são tão relevantes hoje como eram há cerca de três   mil anos atrás.
Prenúncios: O tema da sabedoria e da sua necessidade em nossa vida encontra o seu cumprimento em Cristo. Somos continuamente exortados em Provérbios a buscar, adquirir e compreender sabedoria. Provérbios também nos diz - e repete - que o temor do Senhor é o princípio do saber (1:7, 9:10). Nosso temor da ira e justiça do Senhor é o que nos leva a Cristo, nEle encontramos a personificação da sabedoria de Deus expressa no Seu glorioso plano de resgate para a humanidade. Em Cristo “todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Colossenses 2:03). NEle encontramos a resposta à nossa busca por sabedoria, o remédio para o temor da justiça de Deus e a “justiça, e santificação e redenção” de que tanto precisamos (1 Coríntios 1:30). A sabedoria encontrada somente em Cristo está em contraste com a loucura do mundo que nos incentiva a sermos sábios aos nossos próprios olhos. Sendo assim, Provérbios também nos diz que o caminho do mundo não é o caminho           
de Deus (Provérbios 3:7) e só leva à morte (Provérbios 14:12  e 16:25).
Aplicação Prática: Há uma inegável praticidade encontrada neste livro, pois em seus trinta e um capítulos encontramos respostas sensatas a todos os tipos de dificuldades complexas. Provérbios certamente é o melhor “manual” já escrito e aqueles que têm o bom senso de seguir de coração as lições de Salomão vão descobrir rapidamente que piedade, prosperidade e contentamento estão disponíveis aos que pedem.

A promessa recorrente do Livro dos Provérbios é que aqueles que escolhem obter sabedoria e seguir a Deus serão abençoados de várias maneiras: com longa vida (9:11), prosperidade (2:20-22), alegria (3:13-18) e bondade de Deus (12:21). Aqueles que O rejeitam, por outro lado, sofrem vergonha e morte (3:35, 10:21). Rejeitar a Deus é escolher loucura à sabedoria e é separar-nos de Deus, Sua Palavra, Sua sabedoria e bênçãos.

- LIVRO DE ECLESIASTES

Autor: O Livro de Eclesiastes não identifica diretamente o seu autor. Há alguns versículos que dão a entender que Salomão escreveu este livro. Existem alguns indícios no contexto que podem sugerir que uma outra pessoa escreveu o livro após a morte de Salomão, possivelmente centenas de anos mais tarde. Ainda assim, a crença convencional é que o autor era na verdade Salomão.
Quando foi escrito: O reinado de Salomão como rei de Israel durou de cerca de 970 AC até cerca de 930 AC. O livro de Eclesiastes foi provavelmente escrito no final do seu reinado, em aproximadamente 935 AC.
Propósito: Eclesiastes é um livro de perspectiva. A narrativa do “Pregador”, ou “Sábio”, revela a depressão que inevitavelmente resulta da procura da felicidade em coisas mundanas. Este livro dá aos Cristãos a oportunidade de ver o mundo através dos olhos de uma pessoa que, apesar de muito sábio, está tentando encontrar sentido em coisas humanas e temporárias. Quase todas as formas de prazer mundano são exploradas pelo Pregador, e nenhuma delas lhe dá sentido algum.
No final, o pregador chega a aceitar que a fé em Deus é a única maneira de encontrar um significado pessoal. Ele decide aceitar o fato de que a vida é breve e, no fim das contas, inútil sem Deus. O pregador aconselha o leitor a concentrar-se em um Deus  eterno, em vez de prazer temporário.
Versículos-chave: Eclesiastes 1:2: “Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade  
de vaidades, tudo é vaidade”.
Eclesiastes 1:18: “Porque na muita sabedoria há muito enfado; e quem aumenta ciência aumenta tristeza”.
Eclesiastes 2:11: “Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol”.
Eclesiastes 12:1: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer.”
Eclesiastes 12:13: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.”
Resumo: Duas frases são repetidas muitas vezes em Eclesiastes. A palavra traduzida como “vaidade” aparece muitas vezes e é usada para enfatizar a natureza temporária das coisas mundanas. No fim das contas, mesmo as conquistas humanas mais impressionantes serão deixada para trás. A expressão “debaixo do sol” ocorre 28 vezes e refere-se ao mundo mortal. Quando o pregador se refere a “todas as coisas debaixo do sol”, ele está falando de coisas terrenas, temporárias e humanas.
Os sete primeiros capítulos do livro de Eclesiastes descrevem todas as coisas mundanas “debaixo do sol” nas quais o Pregador tenta encontrar satisfação. Ele tenta descobrimentos científicos (1:10-11), sabedoria e filosofia (1:13-18), alegria (2:1), álcool (2:3), arquitetura (2:4), bens (2:7-8) e luxúria (2:8). O Pregador concentrou-se em filosofias diferentes para encontrar um significado, tal como o materialismo (2:19-20) e até mesmo os códigos morais (incluindo os capítulos 8-9). Ele descobriu que tudo era vaidade, uma distração temporária que, sem Deus, não tinha nenhum propósito ou longevidade.
Os capítulos 8-12 de Eclesiastes descrevem as sugestões e comentários do Pregador sobre como a vida deve ser vivida. Ele chega à conclusão de que, sem Deus, não há nenhuma verdade ou sentido à vida. Ele já tinha visto muitos males e percebido que mesmo as melhores realizações do homem não valem nada a longo prazo. Assim, ele aconselha o leitor a conhecer a Deus desde a juventude (12:01) e seguir a Sua vontade (12:13-14).
Prenúncios: Para todas as vaidades descritas no livro de Eclesiastes, a resposta é Cristo. De acordo com Eclesiastes 3:17, Deus julga os justos e os ímpios, e os justos são apenas aqueles que estão em Cristo (2 Coríntios 5:21). Deus colocou o desejo pela eternidade em nossos corações (Eclesiastes 3:11) e tem providenciado o Caminho da vida eterna através de Cristo (João 3:16). Somos lembrados de que ir atrás da riqueza do mundo não só é vaidade, porque não satisfaz (Eclesiastes 5:10), mas mesmo se pudéssemos alcançá-la, sem Cristo perderíamos nossas almas e que proveito há nisso? (Marcos 8:36). No fim das contas, cada decepção e vaidade descrita em Eclesiastes encontra a sua solução em Cristo, na sabedoria de Deus no
único verdadeiro significado a ser encontrado na vida.
Aplicação Prática: Eclesiastes oferece ao Cristão a oportunidade de compreender o vazio e o desespero com os quais aqueles que não conhecem a Deus têm que lidar. Aqueles que não têm uma fé salvadora em Cristo se deparam com uma vida que no fim das contas vai acabar e tornar-se irrelevante. Se não há salvação, e não há Deus, nientão não existe nenhum sentido, propósito ou direção para a vida. O “mundo debaixo do sol”, longe de Deus, é frustrante, cruel, injusto, breve e total “vaidade”. No entanto, com Cristo a vida é apenas uma sombra das glórias por vir em um paraíso que só é acessível por meio dEle.
- LIVRO DE CANTARES DE SALOMÃO
Autor: De acordo com o primeiro versículo, Salomão escreveu o Livro de Cantares de Salomão. Este cântico é um dos 1.005 que Salomão escreveu (1 Reis 4:32). Um dos títulos deste livro, "Cântico dos Cânticos", é um superlativo, ou seja, serve para indicar que este é o melhor.
Quando foi escrito: Salomão provavelmente escreveu esse cântico durante a primeira parte de seu reinado. Isso colocaria a data de composição por volta de 965 AC.
Propósito: O Livro de Cantares de Salomão é um poema lírico escrito para exaltar as virtudes do amor entre um marido e sua esposa. O poema claramente apresenta o casamento como um plano de Deus. Um homem e uma mulher devem viver juntos   dentro do contexto do casamento, amando um ao outro espiritualmente, fisicamente.
e emocionalmente.
Este livro combate dois extremos: o ascetismo (a negação de todo o prazer) e hedonismo (busca do prazer somente). O casamento exemplificado em Cantares de Salomão é um modelo de atenção, empenho e prazer.
Versículos-chave: Cânticos de Salomão 2:7; 3:5; 8:4 - “...nem desperteis o amor, até que este o queira”.
Cânticos de Salomão 5:1 - “Comei e bebei, amigos; bebei fartamente, ó amados.”
Cânticos de Salomão 8:6-7 - “Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura, o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são veementes labaredas. As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado”.
Resumo: A poesia toma a forma de um diálogo entre um marido (o rei) e sua esposa (a  sulamita). Podemos dividir o livro em três seções: o namoro (1:1-3:5),  o casamento 
(3:6, 5:1) e a maturação do casamento (5:2, 8:14).
A canção começa antes do casamento, mostrando como a noiva anseia para estar com seu noivo e receber suas carícias íntimas. No entanto, ela aconselha a deixar que o amor se desenvolva naturalmente, em seu próprio tempo. O rei elogia a beleza da sulamita, superando os seus sentimentos de insegurança sobre sua aparência. A sulamita tem um sonho no qual ela perde Salomão e busca por ele em toda a cidade. Com a ajuda dos guardas da cidade, ela encontra o seu amado e fica com ele até levá-lo a um local seguro. Ao acordar, ela repete seu conselho para não forçar o amor.
Na noite de núpcias, o marido novamente elogia a beleza de sua esposa, e em linguagem altamente simbólica, a mulher convida o seu cônjuge para participar de tudo o que ela tem para oferecer. Eles fazem amor e Deus abençoa sua união.
Com a maturação do casamento, o marido e sua mulher passam por um momento difícil, simbolizado em um outro sonho. Neste segundo sonho, a sulamita repulsa seu marido e ele sai. Sentindo-se culpada, ela procura por ele por toda a cidade; desta vez, no entretanto, ao invés de ajudá-la, os guardas a espancaram -- simbólico de sua consciência pesarosa. As coisas têm um final feliz, com os amantes se encontrando  
e se reconciliando.
Quando o cântico termina, o marido e a esposa estão confiantes e seguros em seu amor, eles cantam sobre a natureza permanente do amor verdadeiro, e deixam claro
que muito querem estar na presença um do outro.
Prenúncios: Alguns intérpretes da Bíblia vêem em Cantares de Salomão uma exata representação simbólica de Cristo e Sua igreja. Cristo é visto como o rei, enquanto que a igreja é representada pela sulamita. Apesar de acreditarmos que o livro deve ser entendido literalmente como uma representação do casamento, existem alguns elementos que prenunciam a Igreja e seu relacionamento com o rei, o Senhor Jesus. Cantares 2:4 descreve a experiência de cada crente que é procurado e comprado pelo Senhor Jesus. Estamos em um local de grande riqueza espiritual e somos cobertos por Seu amor. O versículo 16 do capítulo 2 diz: "O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios." Aqui está uma imagem não só da segurança do crente em Cristo (João 10:28-29), mas do Bom Pastor que conhece as Suas ovelhas – Seus seguidores – e dá a Sua vida por nós (João 10:11). Graças a Ele, não somos mais manchados pelo pecado, tivemos nossas "manchas" removidas pelo Seu sangue (Cantares 4:7, Efésios 5:27).
Aplicação Prática: Nosso mundo está confuso sobre o casamento. A prevalência do divórcio e de tentativas modernas de redefinir o casamento estão em notório contraste com o Livro de Cantares de Salomão. Casamento, diz o poeta bíblico, deve ser comemorado, desfrutado e reverenciado. Este livro fornece algumas orientações práticas para fortalecer nosso casamento
1) Dê ao seu cônjuge a atenção de que ele ou ela necessita. Tire o tempo necessário para realmente conhecer seu cônjugue.
2) Encorajamentos e elogios, não críticas, são uma parte vital de um relacionamento bem sucedido
3) Desfrute um ao outro. Planeje viagens especiais. Seja criativo, até mesmo brincalhão, um com o outro. Deleite-se com o dom de Deus do amor conjugal.
4) Faça o que for necessário para reafirmar o seu compromisso com o seu cônjuge. Renove seus votos; resolva problemas e não considere o divórcio como uma solução. Deus quer que vocês dois vivam em um amor profundamente tranquilo e seguro.

Fontre:   



Pesquisa bibliográfica feita por Maria de Fátima - Bacharel em Teologia

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