- LIVRO DE OSÉIAS
Autor: Oséias 1:1 identifica o autor do livro como sendo o
profeta Oséias. Essa obra é uma narrativa pessoal de Oséias sobre suas
mensagens proféticas para os filhos de Deus e para o mundo. Oséias é o único
profeta de Israel que deixou um conjunto de profecias registradas durante os
últimos anos de sua vida.
Quando foi escrito: Oséias, filho de Beeri, profetizou por
um bom tempo, de 785 a 725 AC. O Livro de Oséias foi provavelmente escrito
entre 755 e 725 AC.
Propósito: Oséias escreveu este livro para lembrar
aos israelitas - e a nós – de que o nosso é um Deus amoroso, cuja lealdade ao
povo de Sua aliança é constante. Embora Israel tenha continuado a recorrer a
falsos deuses, o amor inabalável de Deus é retratado no marido sofredor da
esposa infiel. A mensagem de Oséias é também
uma de advertência àqueles que dariam as
costas ao amor de Deus. Através da representação simbólica do casamento de
Oséias e Gomer, o amor de Deus pela nação idólatra de Israel é exibido em uma
rica metáfora com temas de pecado, juízo e amor perdoador.
Versículos-chave: Oséias 1:2: "Quando, pela primeira
vez, falou o SENHOR por intermédio de Oséias, então, o SENHOR lhe disse: Vai,
toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição, porque a terra
se prostituiu, desviando-se do SENHOR."
Oséias 2:23: “Semearei Israel para mim na terra
e compadecer-me-ei da Desfavorecida; e a Não-Meu-Povo direi: Tu és o meu povo!
Ele dirá: Tu és o meu Deus!”
Oséias 6:6: “Pois misericórdia quero, e não
sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.”
Oséias 14:2-4: “Tende convosco palavras de
arrependimento e convertei-vos ao SENHOR; dizei-lhe: Perdoa toda iniquidade,
aceita o que é bom e, em vez de novilhos, os sacrifícios dos nossos lábios. A
Assíria já não nos salvará, não iremos montados em cavalos e não mais diremos à
obra das nossas mãos: tu és o nosso Deus; por ti o órfão alcançará
misericórdia. Curarei a sua infidelidade, eu de mim mesmo os amarei, porque a
minha ira se apartou deles.
Resumo: O Livro de Oséias pode ser dividido em
duas partes: (1) Oséias 1:1 - 3:5 é uma descrição de uma mulher adúltera e um
marido fiel, simbólico da infidelidade de Israel a Deus através da idolatria, e
(2) Oséias 3:6-14:9 contém a condenação de Israel, especialmente Samaria pela
adoração de ídolos, e sua eventual restauração.
A primeira seção do livro contém três poemas
distintos que ilustram como os filhos de Deus continuavam se apegando à
idolatria. Deus manda Oséias se casar com Gomer, mas depois de dar-lhe três
filhos, ela o abandona pelos seus amantes. A ênfase simbólica pode ser vista
claramente no primeiro capítulo quando Oséias compara as ações de Israel com o
abandono de um casamento em busca de uma vida como prostituta. A segunda seção
contém a repreensão dos israelitas por parte de Oséias, seguida pelas promessas
e misericórdias de Deus.
O Livro de Oséias é uma narração profética do
amor incansável de Deus pelos Seus filhos. Desde o início dos tempos, a criação
ingrata e indigna de Deus tem aceito o Seu amor, graça e misericórdia, enquanto
ainda não podendo abster-se de sua maldade.
A última parte de Oséias mostra como o amor
de Deus mais uma vez restaura os Seus filhos à medida que Ele se esquece de
seus erros quando se aproximam de Deus com um coração arrependido. A mensagem
profética de Oséias prediz a vinda do Messias de Israel 700 anos no futuro.
Oséias é citado frequentemente no Novo Testamento.
Prenúncios: Oséias 2:23 é a maravilhosa mensagem
profética de Deus para incluir os gentios [não-judeus] como Seus filhos, assim
como registrado também em Romanos 9:25 e 1 Pedro 2:10. Os gentios não são
originalmente "o povo de Deus", mas através da Sua misericórdia e
graça, Ele providenciou Jesus Cristo, e pela fé nEle somos enxertados na árvore
do Seu povo (Romanos 11:11-18). Esta é uma verdade surpreendente sobre a
Igreja, uma que é chamada de "mistério" porque, antes de Cristo,
apenas os judeus eram considerados o povo de Deus. Quando Cristo veio, os
judeus foram temporariamente deixados de lado "até que haja entrado a
plenitude dos gentios" (Romanos 11:25).
Aplicação Prática: O livro de Oséias nos assegura do amor
incondicional de Deus por Seu povo. No entanto, ele também é um retrato de como
Deus é desonrado e irritado pelas ações de Seus filhos. Como pode uma criança
que recebe uma abundância de amor, misericórdia e graça tratar um Pai com tanto
desrespeito? No entanto, temos feito isso há séculos. Ao considerarmos como os
israelitas voltaram as costas para Deus, não precisamos olhar mais longe do que
o espelho à nossa frente para ver um reflexo desses mesmos israelitas.
Apenas ao lembrar-nos de quanto Deus tem
feito por cada um nós é que seremos capazes de evitar a rejeição do Único que
pode nos dar a vida eterna na Glória, em vez do inferno que merecemos. É
essencial que aprendamos a respeitar o nosso Criador. Oséias tem nos mostrado
que quando cometemos um erro, se temos um coração triste e uma promessa de
arrependimento, Deus vai – novamente - demostrar o seu amor eterno por nós (1
João 1:9).
- LIVRO DE JOEL
Autor: O Livro de Joel afirma que o seu autor foi o profeta
Joel (Joel 1:1).
Quando foi escrito: O livro de Joel foi provavelmente
escrito entre 835 e 800 AC.
Propósito: A nação de Judá, o cenário para o
livro, é devastada por uma vasta horda de gafanhotos. Essa invasão de
gafanhotos destrói tudo -- os campos de trigo, as vinhas, os jardins e as
árvores. Joel descreve simbolicamente os gafanhotos como um exército humano
marchando e enxerga tudo isso como julgamento divino sobre a nação por seus
pecados. O livro é destacado por dois grandes eventos. Um deles é a invasão de
gafanhotos e o outro é a efusão do Espírito. A realização inicial deste evento
é citado por Pedro em Atos 2 como tendo acontecido no dia de Pentecostes.
Versículos-chave: Joel 1:4: "O que deixou o
gafanhoto cortador, comeu-o o gafanhoto migrador; o que deixou o migrador,
comeu-o o gafanhoto devorador; o que deixou o devorador, comeu-o o gafanhoto
destruidor."
Joel 2:25: "Restituir-vos-ei os anos que
foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o
meu grande exército que enviei contra vós outros."
Joel 2:28: "E acontecerá, depois, que
derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas
profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões."
Resumo: Uma terrível praga de gafanhotos é
seguida por uma grande fome em toda a terra. Joel usa esses acontecimentos como
o catalisador para enviar palavras de aviso a Judá. A menos que o povo se
arrependa rapidamente e completamente, os exércitos inimigos devorarão a terra
assim como fizeram os elementos naturais. Joel apela a todo o povo e os
sacerdotes da terra para que jejuem e se humilhem enquanto buscam o perdão de
Deus. Se eles responderem, haverá novas bênçãos materiais e espirituais para a
nação. No entanto, o Dia do Senhor está chegando. Neste momento, os gafanhotos
temidos vão parecer como mosquitos, em comparação, pois todas as nações
receberão Seu julgamento.
O tema principal do livro de Joel é o Dia do
Senhor, um dia da ira e do juízo de Deus. Este é o dia em que Deus revela os
Seus atributos de poder, ira e santidade, e é um dia terrível para Seus
inimigos. No primeiro capítulo, o Dia do Senhor é vivido historicamente pela
praga de gafanhotos sobre a terra. Capítulo 2:1-17 é um capítulo de transição
em que Joel usa a metáfora da praga de gafanhotos e da seca para renovar um
apelo ao arrependimento. Capítulos 2:18-3:21 descreve o Dia do Senhor em termos
escatológicos e atende à chamada ao arrependimento com as profecias de
restauração física (2:21-27), restauração espiritual (2:28-32) e restauração
nacional (3:1-21).
Prenúncios: Sempre que o Antigo Testamento fala de
julgamento sobre o pecado, seja este o pecado individual ou nacional, o advento
de Jesus Cristo é prenunciado. Os profetas do Antigo Testamento continuamente
advertiram Israel a arrepender-se, mas mesmo quando o fizeram, o seu
arrependimento era limitado à obediência da lei e obras. Os seus sacrifícios no
templo eram apenas um vestígio do grande sacrifício por vir, o qual seria
oferecido de uma vez por todas na cruz (Hebreus 10:10). Joel nos diz que o
juízo final de Deus, que cai no Dia do Senhor, será "mui terrível! Quem o
poderá suportar?" (Joel 2:11). A resposta é que nós, por nossa própria
conta, nunca poderemos aguentar esse momento. Mas se tivermos colocado nossa fé
em Cristo pela expiação dos nossos pecados, não temos nada a temer do Dia do
Juízo.
Aplicação Prática: Sem arrependimento, o julgamento será
severo, rigoroso e certo. Nossa confiança não deve estar em nossas posses, mas
no Senhor nosso Deus. Deus às vezes pode usar a natureza, o sofrimento ou
outras ocorrências comuns para nos aproximar dEle. Entretanto, em Sua
misericórdia e graça, Ele tem providenciado o plano definitivo para a nossa
salvação, Jesus Cristo. Ele foi crucificado por nossos pecados e trocou o nosso
pecado pela Sua perfeita justiça (2 Coríntios 5:21). Não há tempo a perder. O
julgamento de Deus virá rapidamente, como um ladrão na noite (1 Tessalonicenses
5:2), e devemos estar prontos. Hoje é o dia da salvação (2 Coríntios 6:2).
"Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao
SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em
perdoar" (Isaías 55:6-7). Somente ao apropriar-nos da salvação de Deus é
que podemos escapar de Sua ira no Dia do Senhor.
- LIVRO DE
AMÓS
Autor: Amós 1:1 identifica o autor desse livro como sendo o
profeta Amós.
Quando foi escrito: O livro de Amós foi provavelmente
escrito entre 760 e 753 AC.
Propósito: Amós é um pastor e apanhador de frutas
da aldeia judaica de Tecoa quando Deus o chama, embora não tenha uma educação
ou conhecimento sacerdotal. A missão de Amós foi direcionada para o seu vizinho
do norte, Israel. Suas mensagens de iminente ruína e cativeiro para a nação por
causa de seus pecados foram amplamente impopulares e ignoradas, no entanto,
porque estavam vivendo os melhores tempos desde os dias de Salomão. O
ministério de Amós ocorre enquanto Jeroboão II reina sobre Israel e Uzias reina
sobre Judá.
Versículos-chave: Amós 2:4: "Assim diz o SENHOR: Por
três transgressões de Judá e por quatro, não sustarei o castigo, porque
rejeitaram a lei do SENHOR e não guardaram os seus estatutos; antes, as suas
próprias mentiras os enganaram, e após elas andaram seus pais."
Amós 3:7: "Certamente, o SENHOR Deus não
fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os
profetas."
Amós 9:14: "Mudarei a sorte do meu povo
de Israel; reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão, plantarão
vinhas e beberão o seu vinho, farão pomares e lhes comerão o fruto."
Resumo: Amós pode ver que por trás do poder e
prosperidade externa de Israel, a nação é completamente corrupta internamente.
Os pecados pelos quais Amós castiga as pessoas são extensos: negligência da
Palavra de Deus, idolatria, culto pagão, ganância, liderança corrupta e
opressão dos pobres. Amós começa pronunciando um julgamento sobre todas as
nações vizinhas, em seguida, sobre sua própria nação de Judá e, finalmente, a
mais dura sentença é dada a Israel. Suas visões de Deus revelam a mesma
mensagem enfática: o julgamento está próximo. O livro termina com a promessa de
Deus a Amós de futura restauração do remanescente.
Prenúncios: O livro de Amós termina com uma
gloriosa promessa para o futuro. "Plantá-los-ei na sua terra, e, dessa
terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o SENHOR, teu Deus"
(9:15). O cumprimento final da promessa de terra por parte de Deus para Abraão
(Gn 12:7; 15:7; 17:8) ocorrerá durante o reino milenar de Cristo na terra (ver
Joel 2:26,27). Apocalipse 20 descreve o reinado de mil anos de Cristo sobre a
terra, um tempo de paz e alegria sob o governo perfeito do próprio Salvador.
Naquela época, crédula Israel e os Cristãos gentios serão combinados na Igreja
e viverão e reinarão com Cristo.
Aplicação Prática: Às vezes pensamos que somos um
"apenas"! Somos apenas um vendedor, apenas um agricultor, apenas uma
dona de casa. Amós seria considerado um "apenas". Ele não era um
profeta, um sacerdote ou um filho de um dos dois. Ele era apenas um pastor, um
pequeno empresário em Judá. Quem iria escutá-lo? No entanto, ao invés de
inventar desculpas, Amós obedeceu e tornou-se a voz poderosa de Deus para
mudança.
Deus tem usado vários "apenas" como
pastores, carpinteiros e pescadores em toda a Bíblia. Independente do que você
seja nesta vida, Deus pode usar você. Amós não era muito. Ele era um
"apenas". "Apenas" um servo de Deus. É bom ser um
"apenas" de Deus.
- LIVRO DE OBADIAS
Autor: O primeiro versículo de Obadias identifica o seu
autor como sendo o profeta Obadias.
Quando foi escrito: O Livro de Obadias foi provavelmente
escrito entre 848 e 840 AC.
Propósito: Obadias, o menor livro do Antigo
Testamento, tem apenas 21 versículos. Obadias é um profeta de Deus que usa esta
oportunidade para condenar Edom pelos pecados contra Deus e Israel. Os edomitas
são descendentes de Esaú e os israelitas são descendentes de seu irmão gêmeo,
Jacó. A briga entre os irmãos tem afetado seus descendentes por mais de 1.000
anos. Esta divisão causou os edomitas a proibir que Israel atravessasse as suas
terras durante o êxodo dos israelitas do Egito. Os pecados de orgulho por parte
de Edom exigem agora uma forte palavra de julgamento do Senhor.
Versículos-chave: Obadias versículo 4: "Se te
remontares como águia e puseres o teu ninho entre as estrelas, de lá te derribarei,
diz o SENHOR."
Obadias versículo 12: "Mas tu não devias
ter olhado com prazer para o dia de teu irmão, o dia da sua calamidade; nem
ter-te alegrado sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem ter falado de
boca cheia, no dia da angústia."
Obadias versículo 15: "Porque o Dia do
SENHOR está prestes a vir sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará
contigo; o teu malfeito tornará sobre a tua cabeça."
Resumo: A mensagem de Obadias é definitiva e
certa: o reino de Edom será destruído completamente. Edom tem sido arrogante,
alegrando-se pelos infortúnios de Israel e quando os exércitos inimigos atacam
Israel e os israelitas pedem por ajuda, os edomitas se recusam e escolhem lutar
contra eles, não por eles. Esses pecados de orgulho não podem mais ser
ignorados. O livro termina com a promessa de realização e libertação de Sião
nos últimos dias, quando a terra será restaurada ao povo de Deus durante o Seu
governo sobre eles.
Prenúncios: O versículo 21 do Livro de Obadias
contém uma prefiguração de Cristo e Sua Igreja: "Salvadores hão de subir
ao monte Sião, para julgarem o monte de Esaú; e o reino será do SENHOR."
Estes "salvadores" são os apóstolos de Cristo, ministros da Palavra,
e especialmente os pregadores do Evangelho nestes últimos dias. Eles são
chamados de "salvadores" não por obterem a nossa salvação, mas por
pregarem a salvação através do Evangelho de Cristo e por nos mostrarem o
caminho para obter essa salvação. Eles, e a Palavra pregada por eles, são os
meios pelos quais a boa notícia da salvação é entregue a todos os homens.
Enquanto Cristo é o único Salvador que veio pagar pela salvação, e é dela o seu
autor, os salvadores e libertadores do Evangelho vão estar cada vez mais
evidentes na medida em que o final dos tempos se aproxima.
Aplicação Prática: Deus vai agir em nosso favor se
permanecermos fiéis a Ele. Ao contrário de Edom, devemos estar dispostos a
ajudar outras pessoas em momentos de necessidade. Orgulho é pecado. Devemos nos
orgulhar apenas em Jesus Cristo e no que Ele fez por nós... e em nada mais.
- LIVRO DE
JONAS
Autor: Jonas 1:1 especificamente identifica o profeta Jonas
como o autor do Livro de Jonas.
Quando foi escrito: O Livro de Jonas foi provavelmente
escrito entre 793 e 758 AC.
Propósito: Desobediência e revitalização são os
principais temas deste livro. A experiência de Jonas no ventre da baleia lhe
proporciona uma oportunidade única para buscar uma libertação ao se arrepender
durante este retiro bastante diferente. Sua desobediência inicial o leva não apenas
à sua revitalização pessoal, mas à dos ninivitas também. Muitos classificam a
restauração que ele trouxe a Nínive como um
dos maiores esforços evangelísticos de todos
os tempos.
Versículos-chave: Jonas 1:3: "Jonas se dispôs, mas
para fugir da presença do SENHOR, para Társis...."
Jonas 1:17: "Deparou o SENHOR um grande
peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites no
ventre do peixe."
Jonas 2:2: "Na minha angústia, clamei ao
SENHOR, e ele me respondeu; do ventre do abismo, gritei, e tu me ouviste a
voz."
Jonas 3:10: "Viu Deus o que fizeram,
como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha
dito lhes faria e não o fez."
Resumo: O medo e orgulho de Jonas levam-no a
fugir de Deus. Ele não quer ir a Nínive pregar o arrependimento ao povo, como
Deus ordenou, porque ele sente que os ninivitas são seus inimigos e está
convencido de que Deus não vai seguir adiante com sua ameaça de destruir a
cidade. Ao invés, ele embarca num navio para Társis, uma cidade na direção
oposta. Uma grande tempestade logo faz com que a tripulação lance lotes para
determinar que Jonas é o problema. Eles atiram-no ao mar, e ele é engolido por
um peixe grande. Em seu ventre por 3 dias e 3 noites, Jonas se arrepende do seu
pecado a Deus, e o peixe o vomita em terra seca (perguntamo-nos por que levou
tanto tempo para se arrepender). Jonas, em seguida, faz a viagem de cerca de
800 km a Nínive e lidera a cidade a um grande reavivamento. Entretanto, o
profeta fica insatisfeito (na verdade, reclama), ao invés de agradecido, quando
Nínive se arrepende. Jonas aprende a lição, porém, quando Deus usa um vento,
uma planta e um verme para lhe ensinar que Ele é misericordioso.
Prenúncios: As palavras do próprio Jesus deixam
claro que Jonas é um tipo de Cristo. Em Mateus 12:40-41, Jesus declara que Ele
vai estar no túmulo a mesma quantidade de tempo que Jonas estava no ventre da
baleia. Ele segue a dizer que, enquanto os ninivitas se arrependeram diante da
pregação de Jonas, os fariseus e doutores da Lei que rejeitaram a Jesus estavam
rejeitando Aquele que é muito maior do que Jonas. Assim como Jonas trouxe a
verdade de Deus sobre o arrependimento e salvação para os ninivitas, assim
também Jesus traz a mesma mensagem (Jonas 2:9; João 14:6) de salvação alcançada
apenas através de Deus (Romanos 11:36).
Aplicação Prática: Não podemos nos esconder de Deus. O que
Ele deseja realizar através de nós virá a acontecer, apesar de todas as nossas
oposições e reclamações. Efésios 2:10 nos lembra que Ele tem planos para nós e
vai assegurar que vamos nos conformar com esses planos. Quanto mais fácil seria
se nós, ao contrário de Jonas, nos submetêssemos a Ele sem demora.
O amor de Deus se manifesta em Sua
acessibilidade a todos, independentemente da nossa reputação, nacionalidade ou
raça. A livre oferta do Evangelho é para todos os povos em todos os tempos.
Nossa tarefa como Cristãos é ser o meio pelo qual Deus fala ao mundo dessa
oferta e alegrar-nos com a salvação de outras pessoas. Esta é uma experiência
que Deus quer que compartilhemos com Ele, e não que sejamos ciumentos ou
ressentidos com os que vêm a Cristo em "conversões de última hora" ou
que passam por situações diferentes das nossas.
- LIVRO DE
MIQUÉIAS
Autor: O autor do Livro de Miquéias foi o profeta Miquéias
(Miquéias 1:1).
Quando foi escrito: O Livro de Miquéias foi provavelmente
escrito entre 735 e 700 AC.
Propósito: A mensagem do Livro de Miquéias é uma
mistura complexa de julgamento e esperança. Por um lado, as profecias anunciam
o juízo sobre Israel pelos males sociais, liderança corrupta e idolatria.
Esperava-se que este julgamento culminaria com a destruição de Samaria e
Jerusalém. Por outro lado, o livro proclama não apenas a restauração da nação,
mas a transformação e exaltação de Israel e Jerusalém. As mensagens de
esperança e castigo não são necessariamente contraditórias, no entanto, já que
a restauração e transformação ocorrem somente após o julgamento.
Versículos-chave: Miquéias 1:2: "Ouvi, todos os
povos, prestai atenção, ó terra e tudo o que ela contém, e seja o SENHOR Deus
testemunha contra vós outros, o Senhor desde o seu santo templo."
Miquéias 5:2: "E tu, Belém-Efrata,
pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o
que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde
os dias da eternidade."
Miquéias 6:8: "Ele te declarou, ó homem,
o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames
a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus."
Miquéias 7:18-19: "Quem, ó Deus, é
semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do
restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem
prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as
nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do
mar."
Resumo: O profeta condena os governantes,
sacerdotes e profetas de Israel que exploram e enganam o povo. É por causa de
suas obras que Jerusalém será destruída. O profeta Miquéias proclama a
libertação das pessoas que vão de Jerusalém para Babilônia, e conclui com uma
exortação para Jerusalém destruir as nações que se juntaram contra ela. O
governante ideal viria de Belém para defender a nação e o profeta proclama o
triunfo do reminiscente de Jacó, prevendo também um dia quando o Senhor iria
limpar o país da idolatria e confiança no poder militar. O profeta apresenta um
resumo conciso e poderoso da exigência de justiça e lealdade por parte do
Senhor e anuncia julgamento sobre aqueles que têm seguido os caminhos de Onri e
Acabe. O livro termina com uma liturgia profética e elementos de um lamento.
Israel confessa seu pecado e recebe garantia de libertação por meio de atos
poderosos do Senhor.
Prenúncios: Miquéias 5:2 é uma profecia messiânica
citada pelos magos que foram procurar o rei nascido em Belém (Mateus 2:6).
Porque estes magos do Oriente conheciam bem as Escrituras hebraicas, eles
sabiam que, a partir da pequena aldeia de Belém, sairia o Príncipe da Paz, a
Luz do mundo. A mensagem de pecado, arrependimento e restauração por parte de
Miquéias encontra o seu cumprimento final em Jesus Cristo, pois Ele é a propiciação
pelos nossos pecados (Romanos 3:24-25) e o único caminho para Deus (João 14:6).
Aplicação Prática: Deus dá avisos para que não tenhamos
que sofrer Sua ira. O julgamento é certo se as advertências de Deus não forem
ouvidas e Sua provisão ao pecado através do sacrifício de Seu Filho for
rejeitado. Para o seguidor de Cristo, Deus nos disciplinará – não por ódio –
mas porque Ele nos ama. Ele sabe que o pecado
destrói e Ele quer que sejamos completos.
Essa totalidade da promessa de restauração aguarda aqueles que permanecerem
obedientes a Ele.
- LIVRO DE
NAUM
Autor: O autor do livro de Naum se identifica como Naum (em
hebraico "Consolador" ou "Confortador"), o elcosita (1:1).
Há muitas teorias a respeito de onde essa cidade era localizada, embora não
haja evidências conclusivas. Uma teoria é que ela se refere à cidade mais tarde
conhecida como Cafarnaum (que literalmente significa "aldeia de
Naum") no mar da Galileia.
Quando foi escrito: Dada a limitada quantidade de
informações que sabemos sobre Naum, o melhor que podemos fazer é reduzir o
prazo em que o Livro de Naum foi escrito a entre 663 e 612 aC. Dois eventos são
mencionados que nos ajudam a determinar essas datas. Primeiro, Naum menciona
Tebas (no Amon) no Egito caindo aos assírios (663 aC) no tempo passado, então
isso já tinha acontecido. Em segundo lugar, o restante das profecias de Naum se
tornaram realidade em 612 aC.
Propósito: Naum não escreveu este livro como uma
advertência ou uma "chamada ao arrependimento" para o povo de Nínive.
Deus já tinha enviado o profeta Jonas 150 anos antes com Sua promessa do que
aconteceria se continuassem em seus maus caminhos. As pessoas daquela época
haviam se arrependido, mas agora viviam tão mal (se não pior) do que antes. Os
assírios tinham se tornado absolutamente brutais em suas conquistas (entre
outras atrocidades, eles penduravam os corpos de suas vítimas em postes e
colocavam a sua pele nas paredes das suas tendas). Agora Naum estava dizendo ao
povo de Judá para não se desesperarem porque Deus havia pronunciado julgamento
e os assírios em breve estariam recebendo o que mereciam.
Versículos-chave: Naum 1:7: “O SENHOR é bom, é fortaleza
no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam.”
Naum 1:14a: “Porém contra ti, Assíria, o
SENHOR deu ordem que não haja posteridade que leve o teu nome.”
Naum 1:15a: “Eis sobre os montes os pés do
que anuncia boas-novas, do que anuncia a paz!” Veja também Isaías 52:7 e
Romanos 10:15.
Naum 2:13a: “Eis que eu estou contra ti, diz
o SENHOR dos Exércitos.”
Naum 3:19: “Não há remédio para a tua ferida;
a tua chaga é incurável; todos os que ouvirem a tua fama baterão palmas sobre
ti; porque sobre quem não passou continuamente a tua maldade?”
Resumo: Nínive já tinha uma vez respondido à
pregação de Jonas e abandonado seus maus caminhos para servir ao Senhor Deus
Jeová. Entretanto, 150 anos depois, Nínive retornou à idolatria, violência e
arrogância (Naum 3:1-4). Mais uma vez Deus envia um de Seus profetas para
Nínive para pregar julgamento na destruição da cidade e exortá-los ao
arrependimento. Infelizmente, os ninivitas não prestaram atenção à advertência
de Naum e a cidade ficou sob o domínio da Babilônia.
Prenúncios: Paulo repete Naum 1:15 em Romanos 10:15
em relação ao Messias e Seu ministério, bem como aos apóstolos de Cristo no Seu
tempo. Também pode ser aplicado a qualquer ministro do Evangelho cuja atividade
é "pregar o Evangelho da paz". Deus se reconciliou com pecadores através
do sangue de Cristo, e tem dado ao Seu povo a paz que "excede todo o
entendimento" (Filipenses 4:7). O dever do pregador é também
"anunciar boas-novas", tais como a reconciliação, a justiça, o
perdão, a vida e a salvação eterna por um Cristo crucificado. A pregação desse
Evangelho e a transmissão dessas notícias tornam seus pés realmente lindos. A
imagem aqui é de alguém que corre para os outros, feliz e ansioso para anunciar
a Boa Nova.
Aplicação Prática: Deus é paciente e tardio para se irar.
Ele dá a cada país o tempo para anunciá-lo como seu Senhor. Entretanto, Ele não
se deixa escarnecer. Toda vez que um país se afasta dEle para servir aos seus
próprios motivos, Ele avança com julgamento. Quase 220 anos atrás os Estados
Unidos foram formados como uma nação guiada por princípios encontrados na
Bíblia. Nos últimos 50 anos isso mudou e agora se dirigem diariamente na
direção oposta. Como cristãos, é nosso dever defender os princípios bíblicos e
a verdade bíblica pois a Verdade é a única esperança para o nosso e qualquer
outro país.
- LIVRO DE
HABACUQUE
Autor: Habacuque 1:1 identifica o livro de Habacuque como
sendo um oráculo do profeta Habacuque.
Quando foi escrito: O livro de Habacuque foi provavelmente escrito
entre 610 e 605 aC.
Propósito: Habacuque estava se perguntando por que
Deus estava permitindo que seu povo escolhido sofresse nas mãos de seus
inimigos. Deus responde e a fé de Habacuque é restaurada.
Versículos-chave: Habacuque 1:2: “Até quando, SENHOR,
clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás?.”
Habacuque 1:5: “Vede entre as nações, olhai,
maravilhai-vos e desvanecei, porque realizo, em vossos dias, obra tal, que vós
não crereis, quando vos for contada.”
Habacuque 1:12: “Não és tu desde a
eternidade, ó SENHOR, meu Deus, ó meu Santo? Não morreremos.”
Habacuque 2:2-4: “O SENHOR me respondeu e
disse: Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem
passa correndo. Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado,
mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque,
certamente, virá, não tardará. Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o
justo viverá pela sua fé.”
Habacuque 2:20: “O SENHOR, porém, está no seu
santo templo; cale-se diante dele toda a terra.”
Habacuque 3:2: “Tenho ouvido, ó SENHOR, as
tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó SENHOR, no decorrer
dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da
misericórdia.“
Habacuque 3:19: “O SENHOR Deus é a minha
fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente.”
Resumo: O livro de Habacuque começa com
Habacuque clamando a Deus por uma resposta a por que o Seu povo escolhido tem
sofrido em cativeiro (Habacuque 1:1-4). O Senhor dá a sua resposta a Habacuque,
essencialmente afirmando: "você não acreditaria se eu lhe dissesse"
(Habacuque 1: 5-11). Habacuque diz em seguida: "Ok, tu és Deus, mas ainda
me conte mais sobre por que isso está acontecendo" (Habacuque 1:17-2:1).
Deus então responde-lhe novamente e dá-lhe mais informações, dizendo então que
a Terra é para estar silenciosa diante dEle
(Habacuque 2:2-20). Então Habacuque escreve
uma oração expressando sua forte fé em Deus, mesmo passando por estas
tribulações (Habacuque 3:1-19).
Prenúncios: O apóstolo Paulo cita Habacuque 2:4 em
duas ocasiões diferentes (Romanos 1:17, Gálatas 3:11) para reiterar a doutrina
da justificação pela fé. A fé que é dom de Deus e disponível através de Cristo
é ao mesmo tempo uma fé que salva (Efésios 2:8-9) e sustenta por toda a vida.
Alcançamos a vida eterna pela fé e vivemos a vida cristã por essa mesma fé. Ao
contrário dos "orgulhosos" no início do verso, a sua alma não está reta
dentro dele e seus desejos não estão corretos. Entretanto, nós, os que somos
feitos justos pela fé em Cristo, somos assim declarados porque Ele trocou a Sua
justiça perfeita pelo nosso pecado (2 Coríntios 5:21) e tem nos capacitado a
viver pela fé.
Aplicação Prática: A lição para o leitor de Habacuque é
que é admissível questionar o que Deus está fazendo, embora isso deva ser feito
com respeito e reverência. Às vezes não é evidente para nós o que está
acontecendo, especialmente quando somos lançados em sofrimento por um período
de tempo ou se parece que nossos inimigos estão prosperando enquanto estamos
apenas sobrevivendo. O livro de Habacuque, entretanto, afirma que Deus é um
Deus soberano e onipotente, que tem todas as coisas sob controle. Precisamos
apenas nos aquietar e confiar que Ele está trabalhando. Ele é quem afirma ser e
sempre cumpre Suas promessas. Ele punirá os perversos. Mesmo quando não podemos
ver, Ele ainda está no trono do universo. Precisamos manter a seguinte
realidade em foco: "O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés
como os da corça, e me faz andar altaneiramente" (Habacuque 3:19).
Permitir-nos andar altaneiramente é levar-nos aos mais altos lugares com Ele,
onde nos distanciamos do mundo. Às vezes o caminho que temos que percorrer para
chegar lá é através do sofrimento e da tristeza, mas se descansarmos e
confiarmos Nele, alcançaremos o Seu objetivo para nós.
- LIVRO DE SOFONIAS
Autor: Sofonias 1:1 identifica o seu autor como sendo o
profeta Sofonias. O nome de Sofonias significa "defendido por Deus".
Quando
foi escrito: O Livro
de Sofonias foi provavelmente escrito entre 735 e 725 AC.
Propósito: A mensagem de Sofonias de julgamento e
incentivo contém três doutrinas principais: 1) Deus é soberano sobre todas as
nações. 2) Os ímpios serão punidos e os justos serão recompensados no dia do
julgamento. 3) Deus abençoa aqueles que se arrependem e confiam nEle.
Versículos-chave: Sofonias 1:18: "Nem a sua prata
nem o seu ouro os poderão livrar no dia da indignação do SENHOR, mas, pelo fogo
do seu zelo, a terra será consumida, porque, certamente, fará destruição total
e repentina de todos os moradores da terra."
Sofonias
2:3: "Buscai o SENHOR, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu
juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos
no dia da ira do SENHOR."
Sofonias
3:17: "O SENHOR, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te;
ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em
ti com júbilo."
Resumo: Sofonias pronuncia o juízo do Senhor
sobre toda a terra, sobre Judá, sobre as nações vizinhas, sobre Jerusalém e
sobre todas as nações. Isso é seguido por proclamações de bênçãos do Senhor
sobre todas as nações e especialmente sobre o remanescente fiel do Seu povo em
Judá.
Sofonias
teve a coragem de falar abertamente porque sabia que estava proclamando a
Palavra do Senhor. Seu livro começa com "A palavra do Senhor" e
termina com "diz o Senhor". Ele sabia que nem os muitos deuses que o
povo adorava nem o poder do exército assírio poderiam salvá-los. Deus é
misericordioso e compassivo, mas quando todos os seus avisos são ignorados, o
julgamento é de se esperar. O Dia do Julgamento de Deus é frequentemente
mencionado nas Escrituras. Os profetas o chamaram de "Dia do Senhor".
Eles se referiam a vários eventos (como a queda de Jerusalém) como
manifestações do Dia de Deus, cada um dos quais apontava para o último Dia do
Senhor.
Prenúncios: Grande parte das bênçãos finais sobre
Sião (pronunciadas nos versículos 14-20) ainda está para ser cumprida, o que
nos leva a concluir que são profecias messiânicas que aguardam a segunda vinda
de Cristo para serem finalmente concretizadas. O Senhor removeu o nosso castigo
somente através de Cristo, o qual veio para morrer pelos pecados de Seu povo
(Sofonias 3:15, João 3:16). Entretanto, Israel ainda não reconheceu o seu
verdadeiro Salvador. Isso ainda está para acontecer (Romanos 11:25-27).
A
promessa de paz e segurança para Israel, numa altura em que o seu Rei está no
seu meio, será cumprida quando Cristo voltar para julgar o mundo e resgatá-lo
para Si próprio. Assim como Ele subiu ao céu depois da Sua ressurreição, assim
Ele regressará e criará uma nova Jerusalém na terra (Apocalipse 21). Naquela
época, todas as promessas de Deus para Israel serão cumpridas.
Aplicação
Prática: Com
alguns ajustes em nomes e situações, esse profeta do século 7 aC poderia ficar
atrás dos nossos púlpitos hoje e entregar a mesma mensagem de julgamento dos
ímpios e de esperança para os fiéis. Sofonias nos recorda que Deus fica
ofendido com os pecados morais e religiosos de Seu povo. O povo de Deus não
escapará de punição quando peca deliberadamente. A punição pode ser dolorosa,
mas o seu propósito é redentor e não punitivo. A inevitabilidade da punição
sobre a impiedade dá conforto em um momento em que parece que o mal está
desenfreado e vitorioso. Temos a liberdade de desobedecer a Deus, mas não a
liberdade para escapar das consequências dessa desobediência. Aqueles que são
fiéis a Deus podem ser relativamente poucos, mas Deus não os esquece.
- LIVRO DE AGEU
Autor: Ageu 1:1 identifica o autor do Livro de
Ageu como sendo o profeta Ageu.
Quando foi escrito: O livro de Ageu foi escrito em aproximadamente 520 aC.
Propósito: Ageu buscou desafiar o povo de Deus com respeito às suas prioridades. Ele os chamou a reverenciar e glorificar a Deus através da construção do Templo, apesar da oposição local e oficial. Ageu os exortou a não se desanimar porque este templo não seria tão ricamente decorado como o de Salomão. Ele os exortou também a abandonar a impureza de seus caminhos e a confiar no poder soberano de Deus. O Livro de Ageu é um lembrete dos problemas que o povo de Deus enfrentou naquele momento, de como as pessoas corajosamente confiaram em Deus e como Deus providenciou para as suas necessidades.
Quando foi escrito: O livro de Ageu foi escrito em aproximadamente 520 aC.
Propósito: Ageu buscou desafiar o povo de Deus com respeito às suas prioridades. Ele os chamou a reverenciar e glorificar a Deus através da construção do Templo, apesar da oposição local e oficial. Ageu os exortou a não se desanimar porque este templo não seria tão ricamente decorado como o de Salomão. Ele os exortou também a abandonar a impureza de seus caminhos e a confiar no poder soberano de Deus. O Livro de Ageu é um lembrete dos problemas que o povo de Deus enfrentou naquele momento, de como as pessoas corajosamente confiaram em Deus e como Deus providenciou para as suas necessidades.
Versículos-chave: Ageu 1:4: "Acaso, é tempo de
habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em
ruínas?"
Ageu
1:5-6: "Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso
passado. Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para
fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se
aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado."
Ageu
2:9: "A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o
SENHOR dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR dos
Exércitos."
Resumo: Será que o povo de Deus vai reavaliar
suas prioridades, tomar coragem e agir com base nas promessas de Deus? Deus
buscou advertir as pessoas a ouvir as Suas palavras. Deus não apenas os
advertiu, mas Ele também ofereceu promessas por meio de Seu servo Ageu a fim de
motivá-los a segui-Lo. Porque o povo de Deus inverteu suas prioridades e não
colocou Deus em primeiro lugar em suas vidas, Judá foi enviado para o exílio
babilônico. Em resposta à oração de Daniel e como cumprimento das promessas de
Deus, o Senhor dirigiu o rei persa daquela época, Ciro, a permitir que os
judeus no exílio voltassem a Jerusalém. Um grupo de judeus retornaram à sua
terra com grande alegria, colocaram Deus em primeiro lugar em suas vidas,
adoraram-no e começaram a reconstruir o Templo de Jerusalém sem a ajuda do povo
local que vivia na Palestina. Sua fé corajosa se encontrou com a oposição da
população local, bem como do governo persa, por cerca de 15 anos.
Prenúncios: Tal como acontece com a maioria dos
livros dos profetas menores, Ageu termina com promessas de restauração e
bênção. No último versículo, Ageu 2:23, Deus usa um título claramente
messiânico em referência a Zorobabel: "Servo Meu" (Compare 2 Samuel
3:18; 1 Reis 11:34, Isaías 42:1-9; Ezequiel 37:24 , 25). Através de Ageu, Deus
promete fazê-lo como um anel, o qual era um símbolo de honra, autoridade e
poder, algo como o cetro do rei usado para selar cartas e decretos. Zorobabel,
como o anel de sinete de Deus, representa a casa de Davi e a retomada da linha
messiânica interrompida pelo exílio. Zorobabel restabeleceu a linha davídica de
reis que culminaria no reinado milenar de Cristo. Zorobabel aparece na linha de
Cristo tanto no lado de José (Mateus 1:12) quanto no de Maria (Lucas 3:27).
Aplicação Prática: O Livro de Ageu chama a atenção para os problemas mais comuns que as pessoas enfrentam ainda hoje. Ageu nos pede para: 1) examinar nossas prioridades a fim de vermos se estamos mais interessados em nossos próprios prazeres do que em fazer a obra de Deus, 2) rejeitar uma atitude derrotista quando nos deparamos com oposição ou situação desanimadora, 3) confessar nossos fracassos e buscar viver uma vida pura diante de Deus; 4) agir corajosamente por Deus porque temos a certeza de que Ele está sempre conosco e está em pleno controle de nossas circunstâncias, e 5) descansar seguro nas mãos de Deus sabendo que Ele vai nos abençoar abundantemente quando o servimos fielmente
Aplicação Prática: O Livro de Ageu chama a atenção para os problemas mais comuns que as pessoas enfrentam ainda hoje. Ageu nos pede para: 1) examinar nossas prioridades a fim de vermos se estamos mais interessados em nossos próprios prazeres do que em fazer a obra de Deus, 2) rejeitar uma atitude derrotista quando nos deparamos com oposição ou situação desanimadora, 3) confessar nossos fracassos e buscar viver uma vida pura diante de Deus; 4) agir corajosamente por Deus porque temos a certeza de que Ele está sempre conosco e está em pleno controle de nossas circunstâncias, e 5) descansar seguro nas mãos de Deus sabendo que Ele vai nos abençoar abundantemente quando o servimos fielmente
- LIVRO DE ZACARIAS
Autor: Zacarias 1:1 identifica o seu autor
como sendo o profeta Zacarias.
Quando
foi escrito: O Livro
de Zacarias foi provavelmente escrito em dois segmentos principais entre 520 e
470 aC.
Propósito: Zacarias enfatizou que Deus tem usado
Seus profetas para ensinar, advertir e corrigir o seu povo. Infelizmente, eles
se recusaram a ouvir. Seu pecado trouxe a punição de Deus. O livro também traz
evidências de que até mesmo a profecia pode ser corrompida. A história mostra
que nesse período a profecia caiu em descrédito entre os judeus, dando entrada
ao período entre os Testamentos quando nenhuma voz profética duradoura falava
ao povo de Deus.
Versículos-chave: Zacarias 1:3: "Portanto,
dize-lhes: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Tornai-vos para mim, diz o SENHOR
dos Exércitos, e eu me tornarei para vós outros, diz o SENHOR dos
Exércitos."
Zacarias
7:13: "Visto que eu clamei, e eles não me ouviram, eles também clamaram, e
eu não os ouvi, diz o SENHOR dos Exércitos."
Zacarias
9:9: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis
aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num
jumentinho, cria de jumenta."
Zacarias
13:9: "Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei como se
purifica a prata, e a provarei como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e
eu a ouvirei; direi: é meu povo, e ela dirá: O SENHOR é meu Deus."
Resumo: O livro de Zacarias ensina que a
salvação pode ser obtida por todos. O último capítulo descreve os povos de todo
o mundo vindo adorar a Deus, o qual deseja que todas as pessoas o sigam. Esta
não é a doutrina do universalismo, ou seja, que todas as pessoas serão salvas
porque salvar faz parte da natureza de Deus. Em vez disso, o livro ensina que
Deus deseja que todas as pessoas o adorem e aceitem aqueles que o fazem,
independentemente de suas expressões nacionais ou políticas, como na liberação
de Judá e de Jerusalém de seus inimigos políticos. Finalmente, Zacarias pregou
que Deus é soberano sobre este mundo, apesar de qualquer aparência do
contrário. Suas visões do futuro indicam que Deus vê tudo o que vai acontecer.
As representações da intervenção de Deus no mundo ensinam que Ele, no fim das
contas, trará os eventos humanos ao fim que Ele escolher. Ele não elimina a
liberdade do indivíduo de seguir a Deus ou se rebelar, mas mantém as pessoas
responsáveis pelas escolhas que fazem. No último capítulo, até mesmo as forças
da natureza respondem ao controle de Deus.
Prenúncios: Profecias sobre Jesus Cristo e a era
messiânica são abundantes em Zacarias. Desde a promessa de que o Messias viria
habitar em nosso meio (Zacarias 2:10-12, Mateus 1:23), ao simbolismo do Renovo
e da Pedra (Zacarias 3:8-9, 6:12-13, Isaías 11:1; Lucas 20,17-18), à promessa
de Sua Segunda Vinda, onde aqueles que o traspassaram iriam olhar para Ele e
lamentar (Zacarias 12:10, João 19:33-37), Cristo é o tema do livro de Zacarias
do início ao fim. Jesus é o Salvador de Israel, uma fonte cujo sangue cobre os
pecados de todos os que vêm a Ele para a salvação (Zacarias
Aplicação
Prática: Deus
deseja adoração sincera e vida moral de nós hoje. O exemplo de Zacarias de
romper com preconceitos nacionais nos lembra que devemos alcançar todas as
áreas da nossa sociedade. Devemos estender o convite de Deus de salvação às
pessoas de todas as origens nacionais, línguas, raças e culturas. Elas precisam
saber que a salvação está disponível apenas através do sangue derramado de
Jesus Cristo na cruz, o qual morreu em nosso lugar para expiar o pecado.
Entretanto, se rejeitarmos esse sacrifício, não há um outro sacrifício pelo
qual possamos ser reconciliados com Deus. Não há outro nome debaixo do céu pelo
qual importa que sejamos salvos (Atos 4:12). Não há tempo a perder, hoje é o
dia da salvação (2 Coríntios 6:2).
- LIVRO DE MALAQUIAS
Autor: Malaquias 1:1 identifica o autor do
Livro de Malaquias como sendo o profeta Malaquias.
Quando foi escrito: O livro de Malaquias foi escrito entre 440 e 400 aC.
Propósito: O livro de Malaquias é um oráculo: “Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel, por intermédio de Malaquias” (1:1). Esta foi a advertência de Deus através de Malaquias para dizer ao povo a voltar-se para Deus. Enquanto o último livro do Antigo Testamento se encerra, o pronunciamento da justiça de Deus e a promessa de Sua restauração através da vinda do Messias estão soando nos ouvidos dos israelitas. Quatrocentos anos de silêncio passam, mas esse período termina quando o próximo profeta de Deus, João Batista, transmite uma mensagem semelhante e proclama: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus"
(Mateus 3:2).
Quando foi escrito: O livro de Malaquias foi escrito entre 440 e 400 aC.
Propósito: O livro de Malaquias é um oráculo: “Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel, por intermédio de Malaquias” (1:1). Esta foi a advertência de Deus através de Malaquias para dizer ao povo a voltar-se para Deus. Enquanto o último livro do Antigo Testamento se encerra, o pronunciamento da justiça de Deus e a promessa de Sua restauração através da vinda do Messias estão soando nos ouvidos dos israelitas. Quatrocentos anos de silêncio passam, mas esse período termina quando o próximo profeta de Deus, João Batista, transmite uma mensagem semelhante e proclama: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus"
(Mateus 3:2).
Versículos-chave: Malaquias 1:6: "O filho honra o
pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu
sou senhor, onde está o respeito para comigo? -diz o SENHOR dos Exércitos a vós
outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos
nós o teu nome?"
Malaquias 3:6-7: "Porque eu, o SENHOR,
não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Desde os dias
de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes;
tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o SENHOR dos
Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?"
Resumo: Malaquias escreveu as palavras do Senhor ao povo escolhido de Deus que tinha se desviado, especialmente aos sacerdotes que tinham abandonado ao Senhor. Os sacerdotes não estavam levando a sério os sacrifícios que deviam fazer a Deus. Animais com defeitos estavam sendo sacrificados, embora a lei exigisse animais sem defeito (Deuteronômio 15:21). Os homens de Judá estavam sendo desleais às esposas de sua juventude e se perguntando por que Deus não aceitava os seus sacrifícios. Além disso, as pessoas não estavam oferecendo o dízimo da forma em que deviam (Levítico 27:30, 32). Entretanto, apesar do pecado do povo e de se afastarem de Deus, Malaquias reitera o amor de Deus por Seu povo (Malaquias 1:1-5) e Suas promessas de um mensageiro que estava por vir (Malaquias 2:17 - 3:5).
Prenúncios: Malaquias 3:1-6 é uma profecia a respeito de João Batista. Ele era o mensageiro do Senhor, enviado para preparar o caminho (Mateus 11:10) para o Messias, Jesus Cristo. João pregava arrependimento e batizava no nome do Senhor, preparando assim o caminho para o primeiro advento de Jesus. Porém, o mensageiro que vem "de repente para o Templo" é o próprio Cristo na Sua segunda vinda, quando Ele vier em poder e glória (Mateus 24). Naquele tempo, Ele vai "purificar os filhos de Levi" (v. 3), o que significa que aqueles que exemplificaram a lei mosaica também precisariam de purificação do pecado através do sangue do Salvador. Só então eles serão capazes de oferecer "uma oferta em justiça", pois será a justiça de Cristo imputada a eles através da fé (2 Coríntios 5:21).
Resumo: Malaquias escreveu as palavras do Senhor ao povo escolhido de Deus que tinha se desviado, especialmente aos sacerdotes que tinham abandonado ao Senhor. Os sacerdotes não estavam levando a sério os sacrifícios que deviam fazer a Deus. Animais com defeitos estavam sendo sacrificados, embora a lei exigisse animais sem defeito (Deuteronômio 15:21). Os homens de Judá estavam sendo desleais às esposas de sua juventude e se perguntando por que Deus não aceitava os seus sacrifícios. Além disso, as pessoas não estavam oferecendo o dízimo da forma em que deviam (Levítico 27:30, 32). Entretanto, apesar do pecado do povo e de se afastarem de Deus, Malaquias reitera o amor de Deus por Seu povo (Malaquias 1:1-5) e Suas promessas de um mensageiro que estava por vir (Malaquias 2:17 - 3:5).
Prenúncios: Malaquias 3:1-6 é uma profecia a respeito de João Batista. Ele era o mensageiro do Senhor, enviado para preparar o caminho (Mateus 11:10) para o Messias, Jesus Cristo. João pregava arrependimento e batizava no nome do Senhor, preparando assim o caminho para o primeiro advento de Jesus. Porém, o mensageiro que vem "de repente para o Templo" é o próprio Cristo na Sua segunda vinda, quando Ele vier em poder e glória (Mateus 24). Naquele tempo, Ele vai "purificar os filhos de Levi" (v. 3), o que significa que aqueles que exemplificaram a lei mosaica também precisariam de purificação do pecado através do sangue do Salvador. Só então eles serão capazes de oferecer "uma oferta em justiça", pois será a justiça de Cristo imputada a eles através da fé (2 Coríntios 5:21).
Aplicação Prática: Deus não se agrada quando não
obedecemos aos Seus comandos. Ele retribuirá devidamente aqueles que o ignoram.
Quanto a Deus odiando o divórcio (2:16), Deus leva a aliança do casamento a
sério e não quer que seja quebrada. Devemos permanecer fiéis ao cônjuge da
nossa juventude durante toda a vida. Deus vê nossos corações, então sabe quais
são as nossas intenções, pois nada pode ser escondido dEle. Ele retornará e
será o juiz. No entanto, se nos voltarmos a Ele, Ele se voltará a nós
(Malaquias 3:6).
Pesquisa bibliográfica feita por Maria de Fátima - Bacharel em Teologia
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