terça-feira, 8 de maio de 2018

ANTIGO TESTAMENTO II (PROFETAS MAIORES)


- LIVRO DE ISAÍAS
Autor: Isaías 1:1 identifica o autor do Livro de Isaías como sendo o profeta Isaías.
Quando foi escrito: O Livro de Isaías foi escrito entre 701 e 681 AC.
Propósito: O profeta Isaías foi primeiramente chamado a profetizar ao Reino de Judá. Judá estava passando por tempos de reavivamento e tempos de rebeldia. Judá foi ameaçado de destruição pela Assíria e Egito, mas foi poupado por causa da misericórdia de Deus. Isaías proclamou uma mensagem de arrependimento do pecado e de expectativa esperançosa do livramento de Deus no futuro.
Versículos-chave: Isaías 6:8: “Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.”
Isaías 7:14: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá
e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel.”
Isaías 9:6: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da    
Eternidade e  Príncipe da paz”.    
Isaías 14:12-13: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação
me assentarei, nas extremidades do Norte.”
Isaías 53:5-6: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.”               
Isaías 65:25: “O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte diz o Senhor”.
Resumo: O Livro de Isaías revela o juízo e salvação de Deus. Deus é "santo, santo, santo" (Isaías 6:3) e, portanto, Ele não pode permitir a impunidade do pecado (Isaías 1:2; 2:11-20; 5:30; 34:1-2; 42:25). Isaías retrata o julgamento vindouro de Deus como um “fogo consumidor” (Isaías 1:31, 30:33)
Ao mesmo tempo, Isaías compreende que Deus é um Deus de misericórdia, graça e compaixão (Isaías 5:25; 11:16; 14:1-2, 32:2, 40:3, 41:14-16). A nação de Israel (Judá e Israel) é cega e surda aos mandamentos de Deus (Isaías 6:9-10, 42:7). Judá é comparado a uma vinha que deve ser, e será, pisoteada (Isaías 5:1-7). Só por causa de Sua misericórdia e promessas a Israel, Deus não permitirá que Israel e Judá sejam completamente destruídos. Ele vai trazer tanto a restauração e perdão quanto a cura (43:2, 43:16-19, 5210-12).
Mais do que qualquer outro livro no Antigo Testamento, Isaías concentra-se na salvação que virá através do Messias. O Messias um dia governará com justiça e retidão (Isaías 9:7; 32:1). O reino do Messias trará paz e segurança a Israel (Isaías 11:6-9). Através do Messias, Israel será uma luz para todas as nações (Isaías 42:6; 55:4-5). O reino do Messias sobre a terra (Isaías capítulo 65-66) é o objetivo para o qual aponta o Livro de Isaías. É durante o reinado do Messias que a justiça de Deus será plenamente revelada para o mundo.
Em um aparente paradoxo, o Livro de Isaías também apresenta o Messias como aquele que vai sofrer. Isaías capítulo 53 descreve vividamente o Messias sofrendo pelo pecado. É através de Suas feridas que a cura é alcançada. É através de Seu sofrimento que as nossas iniquidades são removidas. Esta aparente contradição é resolvida na Pessoa de Jesus Cristo. Em Sua primeira vinda, Jesus foi o servo sofredor de Isaías capítulo 53. Em Sua segunda vinda, Jesus será o Príncipe da Paz e ocupará o Seu cargo de Rei (Isaías 9:6).
Prenúncios: Tal como afirmado acima, o capítulo 53 de Isaías descreve a vinda do Messias e o sofrimento que Ele iria suportar para pagar por nossos pecados. Em Sua soberania, Deus orquestrou todos os detalhes da crucificação para cumprir todas as profecias deste capítulo, assim como todas as outras profecias messiânicas do Antigo Testamento. As imagens do capítulo 53 são tristes e proféticas e são, ao mesmo tempo, um retrato completo do Evangelho. Jesus foi desprezado e rejeitado (v. 3, Lucas 13:34, João 1:10-11), ferido por Deus (v.4, Mateus 27:46) e perfurado pelas nossas transgressões (v. 5, João 19: 34, 1 Pedro 2:24). Por Seu sofrimento, Ele pagou o castigo que nós merecíamos e se tornou por nós o sacrifício supremo e perfeito (v. 5; Hebreus 10:10). Embora Ele não tenha pecado nunca, Deus colocou sobre Ele os nossos pecados para que assim pudéssemos nos tornar a justiça de Deus nEle (2  Coríntios.5:21.                         
Aplicação Prática: O Livro de Isaías nos apresenta o nosso Salvador em detalhe inegável. Ele é o único caminho para o céu, o único meio de obter a graça de Deus, o único Caminho, a única Verdade e a única Vida (João 14:6, Atos 4:12). Sabendo o preço que Cristo pagou por nós, como podemos ignorar ou rejeitar "tão grande salvação"? (Hebreus 2:3). Temos apenas uns poucos, breves anos na terra para vir a Cristo e aceitar a salvação que só Ele oferece. Não há uma segunda chance após a morte e eternidade no inferno é muito tempo Você conhece pessoas que se dizem crentes em Cristo mas que são duas caras, ou seja, hipócritas? Esse talvez seja o melhor resumo de como Isaías enxergava a nação de Israel. Israel tinha uma aparência de justiça, mas era uma fachada. No Livro de Isaías, o profeta Isaías desafia Israel a obedecer a Deus com todo o seu coração, não apenas no exterior. O desejo de Isaías era de que aqueles que ouvissem ou lessem as suas palavras tivessem a convicção de abandonar a iniquidade e voltar-se para Deus a fim de receber perdão e cura.
- LIVRO DE JEREMIAS
Autor: Jeremias 1:1 identifica o profeta Jeremias como o autor do Livro de Jeremias.
Quando foi escrito: O Livro de Jeremias foi escrito entre 630 e 580 AC.
Propósito: O Livro de Jeremias registra as profecias finais sobre Judá, advertindo-lhe sobre a destruição que se aproxima se a nação não se arrepender. Jeremias clama à nação para que se volte a Deus. Ao mesmo tempo, Jeremias reconhece a inevitabilidade da destruição de Judá devido à sua idolatria e imoralidade impenitente.
Versículos-chave: Jeremias 1:5: “Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações.”
Jeremias 17:9: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e 
desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?.
Jeremias 29:10-11: “Assim diz o SENHOR: Logo que se cumprirem para a Babilônia setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar. Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais”.
Jeremias 52:12-13: “No décimo dia do quinto mês, do ano décimo nono de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, o chefe da guarda e servidor do rei da Babilônia, veio a Jerusalém. E queimou a Casa do SENHOR e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém; também entregou às chamas todos os edifícios importantes.”
Resumo: O Livro de Jeremias é essencialmente uma mensagem de julgamento sobre Judá por sua idolatria desenfreada (Jeremias 7:30-34, 16:10-13, 22:9; 32:29; 44:2-3). Após a morte do rei Josias, o último rei justo, a nação de Judá tinha quase completamente abandonado a Deus e Seus mandamentos. Jeremias compara Judá
a uma prostituta (Jeremias 2:20; 3:1-3). Deus havia prometido que julgaria idolatria mais severamente (Levítico 26:31-33, Deuteronômio 28:49-68) e Jeremias estava alertando Judá de que o julgamento de Deus estava próximo. Deus tinha libertado Judá da destruição em inúmeras ocasiões, mas a Sua misericórdia estava no fim. Jeremias registra o rei Nabucodonosor conquistando e dominando Judá (Jeremias 24:1). Depois de mais rebelião, Deus trouxe Nabucodonosor e os exércitos da Babilônia de volta para destruir e desolar Judá e Jerusalém (Jeremias capítulo 52). Mesmo no julgamento mais severo, Deus promete a restauração de Judá de volta a terra que Deus tinha lhe dado (Jeremias 29:10).
Prenúncios: Jeremias 23:5-6 apresenta uma profecia da vinda do Messias, Jesus Cristo. O profeta O descreve como um Ramo da casa de Davi (v. 5; Mateus 1), o Rei que iria reinar com sabedoria e justiça (v. 5, Apocalipse 11:15). É Cristo quem vai finalmente ser reconhecido por Israel como seu Messias verdadeiro à medida que Ele oferece salvação aos Seus escolhidos (v 6, Romanos 11:26).                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          
Aplicação Prática: O profeta Jeremias tinha uma mensagem muito difícil de entregar. Jeremias amava Judá, mas ele amava a Deus muito mais. Por mais doloroso que tenha sido para Jeremias transmitir uma mensagem consistente de julgamento ao seu próprio povo, Jeremias foi obediente ao que Deus lhe disse para fazer e dizer. Jeremias esperou e orou pela misericórdia de Deus sobre Judá, mas também confiou que Deus era bom, justo e íntegro. Nós também devemos obedecer a Deus, mesmo quando for difícil, reconhecer a vontade de Deus como mais importante do que nossos próprios desejos, e confiar que Deus, em Sua infinita sabedoria e plano perfeito, vai causar o melhor para Seus filhos (Romanos 8:28).
 - LIVRO DE LAMENTAÇÕES     
Autor: O Livro de Lamentações não identifica explicitamente o seu autor. A tradição é que o profeta Jeremias escreveu Lamentações. Esta alternativa é muito provável, considerando que o autor foi testemunha dos babilônios destruindo Jerusalém. Jeremias se encaixa nessa qualificação (2 Crônicas 35:25; 36:21-22).
Quando foi escrito: O Livro de Lamentações foi provavelmente escrito entre 586 e 575 AC, durante ou logo após a queda de Jerusalém
Propósito: Como resultado da idolatria contínua e sem arrependimento de Judá, Deus permitiu que os babilônios assediassem, saqueassem, queimassem e destruíssem a cidade de Jerusalém. O Templo de Salomão, que tinha existido por cerca de 400 anos, foi totalmente queimado. O profeta Jeremias, uma testemunha ocular desses acontecimentos, escreveu o Livro de Lamentações como um lamento pelo que tinha acontecido a Judá e Jerusalém.
Versículos-chave: Lamentações 2:17: “Fez o SENHOR o que intentou; cumpriu a ameaça que pronunciou desde os dias da antiguidade; derrubou e não se apiedou; fez que o inimigo se alegrasse por tua causa e exaltou o poder dos teus adversários.”

Lamentações 3:22-23: “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã.
Grande é a tua fidelidade.”

Lamentações 5:19-22: “Tu, SENHOR, reinas eternamente, o teu trono subsiste de geração em geração. Por que te esquecerias de nós para sempre? Por que nos desampararias por tanto tempo? Converte-nos a ti, SENHOR, e seremos convertidos; renova os nossos dias como dantes. Por que nos rejeitarias totalmente? Por que te enfurecerias sobremaneira contra nós outros?”
Resumo: O Livro de Lamentações é dividido em cinco capítulos. Cada capítulo representa um poema distinto. No hebraico original, os versos são acrósticos, com cada verso começando com uma letra sucessiva do alfabeto hebraico. No Livro de Lamentações, o profeta Jeremias entende que os babilônios foram o instrumento de Deus para trazer juízo sobre Jerusalém (Lamentações 1:12-15, 2:1-8, 4:11). Lamentações deixa claro que o pecado e rebelião foram as causas da ira de Deus sendo demonstrada (1:8-9, 4:13, 5:16). Lamentar é apropriado em um tempo de angústia, mas deve rapidamente dar entrada à contrição e arrependimento (Lamentações 3:40-42, 5:21-22).

Prenúncios: Jeremias era conhecido como o "profeta chorão" por sua paixão profunda e duradoura pelo seu povo e sua cidade (Lamentações 3:48-49). Esta mesma tristeza pelos pecados do povo e por sua rejeição de Deus foi expressada por Jesus quando Ele se aproximou de Jerusalém e olhou à destruição causada pelas mãos dos romanos (Lucas 19:41-44). Por causa da rejeição do Messias por parte dos judeus, Deus usou o cerco romano para punir Seu povo. No entanto, Deus não tem alegria em ter que punir os Seus filhos, e a Sua oferta de Jesus Cristo como uma provisão de perdão do pecado mostra a Sua grande compaixão por Seu povo. Um dia, por causa de Cristo, Deus enxugará todas as lágrimas (Apocalipse 7:17).

Aplicação Prática: Mesmo em julgamento terrível, Deus é um Deus de esperança (Lamentações 3:24-25). Não importa quão longe dEle estejamos, temos a esperança de que podemos voltar-nos a Ele e encontrar Sua compaixão e perdão (1 João 1:9). Nosso Deus é um Deus de amor (Lamentações 3:22) e por causa de Seu grande amor e compaixão, Ele enviou Seu Filho para que nós não tivéssemos que perecer em nossos pecados, mas que pudéssemos viver eternamente com Ele (João 3:16). A fidelidade (Lamentações 3:23) e libertação de Deus (Lamentações 3:26) são atributos que nos dão uma grande esperança e conforto. Ele não é um deus desinteressado e caprichoso, mas um Deus que libertará todos aqueles que se voltam para Ele, admitem que não podem fazer nada para ganhar Seu favor e clamam ao Senhor por Sua misericórdia para que não sejamos consumidos (Lamentações 3:22).

 - LIVRO DE EZEQUIEL
Autor: O profeta Ezequiel é o autor do Livro (Ezequiel 1:3). Ele era um contemporâneo de ambos Jeremias e Daniel.
Quando foi escrito: O Livro de Ezequiel foi provavelmente escrito entre 593 e 565 AC durante o cativeiro babilônico dos judeus.
Propósito: Ezequiel ministrou à geração de sua época, uma geração extremamente pecaminosa e completamente sem esperança. Por meio de seu ministério profético, ele tentou levá-los ao arrependimento imediato e à confiança no futuro distante. Ele ensinou que: (1) Deus trabalha através de mensageiros humanos; (2) Mesmo com a derrota e desespero, o povo de Deus precisa afirmar a soberania de Deus; (3) A Palavra de Deus nunca falha; (4) Deus está presente e pode ser adorado em qualquer lugar; (5) As pessoas têm que obedecer a Deus se quiserem receber bênçãos e (6) o Reino de Deus virá.
Versículos-chave: Ezequiel 2:3-6: "Ele me disse: Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se insurgiram contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mim, até precisamente ao dia de hoje. Os filhos são de duro semblante e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o SENHOR Deus. Eles, quer ouçam quer deixem de ouvir, porque são casa rebelde, hão de saber que esteve no meio deles um profeta. Tu, ó filho do homem, não os temas, nem temas as suas palavras, ainda que haja sarças e espinhos para contigo, e tu habites com escorpiões; não temas as suas palavras, nem te assustes com o rosto deles, porque são casa rebelde."
Ezequiel 18:4: "Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá."
Ezequiel 28:12-14: "Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas."
Ezequiel 33:11: "Dize-lhes: Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer, ó casa de Israel?
Ezequiel 48:35: "Dezoito mil côvados em redor; e o nome da cidade desde aquele dia será: O SENHOR Está Ali."
Resumo: Como você pode lidar com um mundo desviado? Ezequiel, destinado a iniciar o ministério de sua vida como um sacerdote aos trinta anos, foi tirado de sua terra natal e enviado para a Babilônia com a idade de 25. Por cinco anos ele viveu em desespero. Aos trinta anos, ele teve uma visão majestosa da glória do Senhor que cativou o seu ser na Babilônia. O sacerdote/ profeta descobriu que Deus não era limitado pelas restrições estreitas da terra nativa de Ezequiel. Em vez disso, Ele é um Deus universal que comanda e controla as pessoas e nações. Na Babilônia, Deus concedeu a Ezequiel Sua Palavra para o povo. A experiência de sua chamada
transformou Ezequiel. Ele se tornou avidamente dedicado à Palavra de Deus. Ele percebeu que pessoalmente não tinha nada para ajudar aos cativos em sua situação amarga, mas estava convencido de que a Palavra de Deus falava ao seu estado e poderia dar-lhes a vitória. Ezequiel usou vários métodos para transmitir a Palavra de Deus ao seu povo. Ele utilizou arte ao desenhar um retrato de Jerusalém, ações simbólicas e conduta incomum para assegurar a sua atenção. Ele cortou seu cabelo e a barba para demonstrar o que Deus faria a Jerusalém e seus habitantes.
O livro de Ezequiel pode ser dividido em quatro seções:
Capítulos 1-24: profecias sobre a ruína de Jerusalém
Capítulos 25-32: profecias do juízo de Deus sobre as nações vizinhas
Capítulo 33: uma última chamada para o arrependimento de Israel
Capítulos 34-48: profecias sobre a futura restauração de Israel
Prenúncios: Ezequiel 34 é o capítulo em que Deus denuncia os líderes de Israel como falsos pastores pelo seu mau atendimento de Seu povo. Ao invés de cuidar das ovelhas de Israel, eles cuidaram de si mesmos. Eles comeram bem, eram bem vestidos e bem cuidados pelas próprias pessoas que tinham sido colocadas sob sua autoridade (Ezequiel 34:1-3). Em contraste, Jesus é o Bom Pastor que dá a sua vida pelas ovelhas e as protege dos lobos que iriam destruir o rebanho (João 10:11-12). O versículo 4 do capítulo 34 descreve as pessoas às quais os pastores deixaram de ministrar como sendo fracas, doentes, feridas e perdidas. Jesus é o Grande Médico que cura as nossas feridas espirituais (Isaías 53:5) através da Sua morte na cruz. Ele é aquele que busca e salva o que está perdido (Lucas 19:10).
Aplicação Prática: O livro de Ezequiel nos convida a participar de um novo e vivo encontro com o Deus de Abraão, Moisés e profetas. Temos que ser vencedores ou seremos vencidos. Ezequiel nos desafiou a: experimentar de uma visão transformadora do poder, conhecimento, presença eterna e santidade de Deus; deixar Deus nos dirigir; compreender a profundidade e compromisso com o mal que se aloja em cada coração humano; reconhecer que Deus dá aos seus servos a responsabilidade de advertir os ímpios de seu julgamento e, por último, ter uma experiência genuína de uma relação viva com Jesus Cristo, o qual disse que a nova aliança pode ser encontrada em Seu sangue.
 - LIVRO DE DANIEL
Autor: O Livro de Daniel identifica o profeta Daniel como o seu autor (Daniel 9:2; 10:2). Jesus menciona Daniel como o autor também (Mateus 24:15).
Quando foi escrito: O Livro de Daniel foi provavelmente escrito entre 540 e 530 AC.
Propósito: Em 605 AC, Nabucodonosor, rei da Babilônia, havia conquistado Judá e deportado muitos dos seus habitantes para a Babilônia – incluindo Daniel. Daniel serviu no palácio real de Nabucodonosor e de vários outros líderes após Nabucodonosor. O Livro de Daniel registra as ações, profecias e visões do profeta Daniel.
Versículos-chave: Daniel 1:19-20: “Então, o rei falou com eles; e, entre todos, não foram achados outros como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso, passaram a assistir diante do rei. Em toda matéria de sabedoria e de inteligência sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino.”
Daniel 2:31: “Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta, que era imensa e de extraordinário esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.”
Daniel 3:17-18: “Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste.”
Daniel 4:34-35: “Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”
Daniel 9:25-27: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos. Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num
dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele.”
Resumo: Daniel pode ser dividido em três seções. O capítulo 1 descreve a conquista de Jerusalém pelos babilônios. Junto com muitos outros, Daniel e seus três amigos foram deportados para a Babilônia e por causa de sua coragem e das claras bênçãos de Deus em suas vidas, eles foram "promovidos" ao serviço do rei (Daniel 1:17-20).
Os capítulos 2-4 registram Nabucodonosor tendo um sonho que só Daniel poderia interpretar corretamente. O sonho de Nabucodonosor de uma grande estátua representava os reinos que surgiriam no futuro. Nabucodonosor fez uma grande estátua de si mesmo e obrigou todos a adorá-lo. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego se recusaram e foram milagrosamente poupados por Deus, apesar de terem sido jogados em uma fornalha ardente. Nabucodonosor é julgado por Deus por seu orgulho, mas mais tarde restaurado quando chegou ao ponto de reconhecer e admitir a soberania de Deus.
O quinto capítulo de Daniel registra Belsazar, filho de Nabucodonosor, usando de forma incorreta os bens retirados do Templo em Jerusalém e recebendo uma mensagem de Deus, escrita na parede, em resposta. Somente Daniel poderia interpretar a escrita, uma mensagem do juízo vindouro de Deus. Daniel é jogado na cova dos leões por se recusar a orar ao imperador, mas foi miraculosamente poupado. Deus deu a Daniel uma visão de quatro animais. Os quatro animais representavam os reinos da Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma.
Os capítulos 8-12 contêm uma visão que envolve um carneiro, um bode e vários chifres - também se referindo a reinos futuros e seus governantes. Daniel capítulo 9 registra a profecia das "70 semanas" de Daniel. Deus deu a Daniel o cronograma preciso de quando o Messias viria e seria eliminado. A profecia também menciona um governante futuro que fará um pacto de sete anos com Israel apenas para quebrá-lo depois de três anos e meio, sendo brevemente seguido por um grande julgamento e consumação de todas as coisas. Daniel é visitado e fortalecido por um anjo após esta grande visão e esse anjo explica a visão de Daniel em grande detalhe.
Prenúncios: Vemos nas histórias da fornalha e de Daniel na cova dos leões um prenúncio da salvação oferecida por Cristo. Os três homens declaram que Deus é um Deus salvador que pode fornecer uma maneira de escapar do fogo (Daniel 3:17). Da mesma forma, ao enviar Jesus para morrer pelos nossos pecados, Deus providenciou um escape do fogo do inferno (1 Pedro 3:18). No caso de Daniel, Deus providenciou um anjo para fechar a boca dos leões e salvar Daniel da morte. Jesus Cristo é a provisão para nos salvar dos perigos do pecado que ameaça consumir-nos.
A visão de Daniel do fim dos tempos descreve o Messias de Israel por quem muitos serão purificados e santificados (Daniel 12:10). Ele é a nossa justiça (1 Pedro 5:21), por quem os nossos pecados, apesar de vermelhos como sangue, serão lavados para que possamos então nos tornar brancos como a neve (Isaías 1:18).
Aplicação Prática: Assim como Sadraque, Mesaque e Abednego, devemos sempre defender o que sabemos ser certo. Deus é maior do que qualquer punição que possa vir sobre nós. Quer Deus escolha nos poupar ou não, Ele é sempre digno de nossa confiança. Deus sabe o que é melhor, e Ele honra aqueles que confiam e obedecem a Ele.
Deus tem um plano, e Seu plano inclui até o detalhe mais intricado. Deus conhece e está no controle do futuro. Tudo o que Deus previu tem se tornado realidade exatamente como Ele previu. Portanto, devemos acreditar e confiar que as coisas que Deus tem revelado sobre o futuro um dia ocorrerão exatamente como Ele declarou.


Pesquisa bibliográfica feita por Maria de Fátima  -  Bacharel em Teologia

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