- BIOGRAFIA DE MATEUS
Mateus foi um dos doze
apóstolos de Jesus e também autor do Evangelho de Mateus. O apóstolo Mateus aparece em todas as listas que relacionam os
discípulos de Jesus, sendo elas: Mateus 10:3, Marcos 5:18, Lucas 6:15 e Atos
1:13. Neste texto estudaremos sobre quem
foi Mateus na Bíblia.
A história do apóstolo Mateus na Bíblia
Apesar de Mateus ter
sido um dos doze apóstolos de Jesus e também ter escrito um dos Quatro
Evangelhos, não se pode encontrar tantas informações
biográficas sobre ele. Na verdade além das listas com o nome dos
discípulos, o apóstolo Mateus aparece apenas em outros dois episódios em todo o
Novo Testamento.
A escolha do apóstolo Mateus
Um dos dois relatos em que o apóstolo Mateus
aparece na narrativa bíblica além das listas de apóstolos descreve justamente
sua chamada para ser discípulo de Cristo. Uma curiosidade sobre isto é que a escolha do apóstolo Mateus é a única
chamada individual de um discípulo registrada nos Evangelhos Sinóticos.
O texto nos informa que o apóstolo Mateus era um publicano.
Os publicanos eram os cobradores de taxas e impostos a serviço do Império
Romano. Essa classe de trabalhadores era desprezada pelos demais judeus que os
reputavam praticamente como traidores de seu próprio povo. Saiba mais sobre os
grupos profissionais no Novo Testamento.
De acordo com o contexto histórico da passagem, é
possível que Mateus estivesse sob as ordens de Herodes Antipas, o tetrarca da Galiléia. Considerando o ofício
que desempenhava, o apóstolo Mateus
provavelmente era uma das pessoas mais cultas entre o grupo dos discípulos de
Jesus.
Jesus encontrou Mateus “sentado na coletoria”, ou seja, na alfândega, nas
proximidades de Cafarnaum, e lhe ordenou que O seguisse (Mt 9:9). Esse local em
que o apóstolo Mateus estava eram postos fiscais geralmente estabelecidos em
estradas, pontes, canais ou nas margens dos lagos para coletar taxas e
impostos.
O apóstolo Mateus
também é chamado de Levi.
Como o nome “Levi” não é mencionado
em nenhuma das listas de discípulos de Jesus é
amplamente aceito que Mateus e Levi tenham sido a mesma pessoa. Nos
Evangelhos de Marcos (cap. 2:14) e Lucas (cap. 5:27), lemos que Jesus ordenou que Levi o seguisse,
numa descrição muito semelhante ao registro do Evangelho de Mateus 9:9
onde o apóstolo foi convocado.
Entendendo então que Levi
e Mateus são as mesmas pessoas, logo somos informados de que ele
era filho de Alfeu (Mc 2:14). Sabemos também que Tiago, outro apóstolo de
Jesus, também era filho de Alfeu. No entanto, não há informações necessárias
para que possamos afirmar que se tratava do mesmo Alfeu e,
consequentemente, que Tiago e Mateus
foram irmãos.
Ainda sobre sua dupla designação (como Levi e
Mateus), existe a chance de que seu nome principal era Levi, mas que depois de
se tornar apóstolo de Jesus, ele preferiu ser chamado por outro nome, no caso
Mateus, tal como Simão Pedro também o fez.
O ministério do apóstolo Mateus
O outro relato em que o apóstolo Mateus é mencionado, além das listas
com o nome dos discípulos e a narrativa de sua chamada, está justamente
registrado na sequência do texto em que ele começa a seguir Jesus.
Na ocasião, o
apóstolo Mateus aparece dando uma festa, ou oferecendo “um grande banquete em sua casa” (Lc 5:29; cf. Mc
2:15; Mt 9:10). Essa festa contou com a presença de muitos publicanos e
pecadores, e o fato de Jesus ter sentado à mesa com eles foi censurado pelos
escribas e fariseus.
Após o Pentecostes descrito em Atos dos Apóstolos capítulo 2, a Bíblia
não nos fornece mais nenhuma informação sobre o apóstolo Mateus. Algumas
tradições, sem qualquer comprovação histórica, sugerem que em algum momento
após o Pentecostes Mateus partiu para Etiópia, Macedônia, Síria e outras
localidades. Uma dessas tradições defende que o apóstolo Mateus morreu de
causas naturais estando ou na Macedônia ou na Etiópia. Por outro lado,
tradições gregas e romanas afirmam que o apóstolo sofreu martírio.
A autoria do Evangelho Segundo Mateus
Apesar de alguns críticos defenderem
que o apóstolo não pode ter sido o autor do Evangelho que leva seu nome, a
tradição cristã, desde a Igreja Primitiva, atribui
ao apóstolo Mateus a autoria do primeiro Evangelho. Na verdade, o que
pode ser dito é que nenhum argumento contrário à autoria do apóstolo pode ser
sustentado à luz de uma análise profunda da questão.
- BIOGRAFIA DE MARCOS
Marcos foi um cristão do
primeiro século, primo de Barnabé, cooperador dos apóstolos e autor do segundo
Evangelho do Novo Testamento que leva seu nome. Apesar de não ser
citado nominalmente no Evangelho que escreveu, Marcos é mencionado no livro de
Atos dos Apóstolos e nas cartas apostólicas.
Seu nome hebraico era
João, Yohanan, que
significa “Javé mostrou graça”, mas, assim como muitos judeus de sua época, ele
assumiu o sobrenome latino Marcus,
“um grande martelo”, que em sua forma grega é Markos. Por isso, ele frequentemente é designado como
João Marcos (Atos 12:12,25; 15:37).
Embora fosse comum que
judeus adotassem nomes romanos ou gregos no primeiro século, especialmente em
situações em que foram libertados de uma condição de escravidão, o que não era
o seu caso, é difícil saber por que ele adotou esse nome, visto que Marcos não
é exatamente um sobrenome, mas um prenome.
A história de Marcos
João Marcos era um
judeu provavelmente nativo de Jerusalém (Colossenses 4:10,11). Sua mãe
se chamava Maria, e era parente de Barnabé, companheiro de viagem do apóstolo Paulo. Pelo fato de seu pai não ser citado nenhuma vez, é possível que Maria,
sua mãe, já fosse viúva na época em que ocorrem os relatos narrados no livro de
Atos dos Apóstolos.
Aparentemente João Marcos
pertencia a uma família abastada, visto que a casa de sua mãe
parecia ser grande o suficiente a ponto de servir de local de reunião da Igreja
Primitiva, e possuía pelo menos uma criada por nome de Rode (Atos 12:12).
A imaturidade de Marcos
Marcos foi levado por Barnabé e Paulo a Antioquia (Atos 12:25), e logo
depois os acompanhou na primeira viagem missionária, servindo como auxiliar
deles (Atos 13:5,13). Todavia, quando eles chegaram em Perge, na Ásia Menor,
João Marcos revolveu abandoná-los e retornar a Jerusalém.
Paulo e Barnabé continuaram a viagem sozinhos, porém o apóstolo Paulo
nitidamente reprovou a atitude de Marcos, e mais tarde, considerando-o um
desertor, Paulo se recusou a levá-lo em sua segunda viagem missionária (Atos
15:38).
Por outro lado, Barnabé não estava disposto a abrir
mão de sua companhia, e diante desse impasse, Paulo e Barnabé resolveram seguir
rumos diferentes. Barnabé continuou com Marcos e partiu para Chipre,
enquanto Paulo levou consigo Silas e deu procedimento a sua segunda viagem missionária.
O valor de Marcos
Apesar de não termos
nenhuma informação sobre o período em que Marcos acompanhou Barnabé, certamente
podemos afirmar que ele foi muito bem discipulado por ele, a ponto de mais
tarde o próprio Paulo reconhecer o seu valor.
Cerca de dez ou doze anos
depois do incidente com Marcos, quando o apóstolo escreveu a Epístola aos
Colossenses enquanto estava preso em Roma, Marcos é citado por ele, inclusive
sendo recomendado por à comunidade cristã de Colossos. Se Marcos não estava com
o apóstolo em Roma nessa ocasião, pelo menos estava muito próximo a ele
(Colossenes 4:10).
Na mesma ocasião, ao
escrever a Filemom, o apóstolo também o menciona ao lado Lucas,
Aristarco e Demas, os quais ele designa como sendo
seus cooperadores (Filemom 24). Por fim, na ocasião da segunda prisão de Paulo
em Roma em aproximadamente 66 e 67 d.C., o apóstolo pediu que Marcos fosse a
Roma, pois lhe era “muito
útil no ministério” (1 Timóteo 4:11), provando que a essa
altura Marcos já havia demonstrado grande utilidade, em contraste com seu
comportamento inconsequente enquanto mais novo.
O evangelista Marcos
Marcos aparece novamente sendo citado pelo apóstolo Pedro em sua primeira
epístola, onde o apóstolo o chamou de “filho”, indicando
que com o tempo Marcos exerceu um papel muito significativo ao lado dos
apóstolos (1 Pedro 5:13).
Nessa epístola, o apóstolo Pedro diz estar em “Babilônia”, o que
provavelmente seria uma referência à cidade de Roma de sua época. Isso
significa que Marcos estava nessa cidade com ele, uma informação que contribui
para confirmar a tradição de que Marcos escreveu o segundo Evangelho ali, tendo
como sua principal fonte histórica o próprio apóstolo Pedro.
Todavia, há uma grande dificuldade em se determinar uma data exata para
a composição do segundo Evangelho, o que pode indicar que Marcos talvez o tenha
escrito num período mais próximo do ano 40 d.C., antes mesmo de sua deserção na
viagem missionária.
De qualquer forma, diante do modo com que Pedro o
designa, “meu filho”, independentemente da data, parece claro
que sua ligação com o apóstolo era muito grande e duradoura, o que faz com que
mesmo numa data bastante recuada, é bem possível que Pedro teve uma contribuição
fundamental na composição dos registros de Marcos.
Especulações sobre quem foi Marcos
Existem muitas
especulações sobre quem foi Marcos nas antigas tradições cristãs. Algumas delas o colocam como tendo sido o fundador da igreja de
Alexandria, mas não há qualquer evidencia nesse sentido.
Muitos estudiosos também identificam Marcos como sendo o jovem que
aparece coberto apenas por um lençol na noite em que Jesus foi preso, e que ao
fugir da polícia do Templo, acabou deixando o lençol para trás (Marcos 14:51,52).
Essa sugestão tem sido reconhecida como bem provável, visto que esse episódio é
narrado especialmente no Evangelho que leva seu nome.
Aproveitando-se dessa interpretação apontada acima,
alguns também sugerem que Marcos era o homem que carregava um cântaro de água
na ocasião dos preparativos para a celebração da Páscoa. Outros propõem que talvez não tenha sido ele, mas seu
pai, que na ocasião ainda estava vivo. Se essa hipótese estiver correta, então
a casa em que Jesus celebrou a Ceia foi a mesma casa de Maria mencionada no livro de Atos dos
Apóstolos que mais tarde acolhia os crentes de Jerusalém.
Há também quem defenda que Marcos teria sido um dos setenta missionários
enviados pelo Senhor Jesus (Lucas 10:1), porém essa hipótese não possui muito
apoio. Também é verdade que algumas tradições apontam para um possível martírio
de Marcos, mas não há nada que comprove essa suposição.
Deixando as especulações de lado, William Hendriksen, em seu comentário
do Novo Testamento, nos fornece uma excelente resposta sobre quem foi Marcos,
ao dizer que ele não foi um grande líder ou um notável construtor, mas sim um
seguidor e um ajudador. Ele não era alguém sem defeitos, ao contrário, era uma
pessoa que lutou contra suas fraquezas e as venceu.
- BIOGRAFIA DE LUCAS
Lucas foi o evangelista que escreveu o terceiro Evangelho e o livro de
Atos dos Apóstolos. Apesar de a Bíblia não dizer muito sobre quem foi Lucas,
sabe-se que ele era um médico de profissão e colaborador do apóstolo Paulo.
Inclusive ele acompanhou o apóstolo em muitas ocasiões.
A história de Lucas, o médico amado
Muito provavelmente Lucas foi um gentio de fala grega de Antioquia da Síria, que talvez estabeleceu
residência por um tempo em Filipos (cf. Atos 16:12). Na Epístola aos
Colossenses, o apóstolo Paulo se refere a ele como o “médico amado”. Além
disso, o apóstolo o distingue dos homens da circuncisão, isto é, os judeus.
Isso parece reforçar a sugestão de que ele tenha sido gentio,
possivelmente grego. Apesar disso, alguns estudiosos se esforçam em supor que
ele tenha sido um judeu da dispersão convertido ao cristianismo.
Alguns intérpretes sugerem que Lucas possa ter
sido irmão de
Tito. Eles fazem essa sugestão com base em algumas passagens da
Epístola aos Coríntios (2 Coríntios 8:18; 12:18). No entanto, não é possível
provar essa posição de forma realmente convincente.
Existem muitas teorias em torno de quem foi Lucas,
inclusive algumas que parecem ser um tanto quanto fantasiosas. A mais conhecida
delas conta que Lucas foi um escravo de Teófilo, a quem ele citou em suas obras, e que esse homem
reconheceu a grande capacidade intelectual de Lucas e patrocinou seus estudos.
Assim, Teófilo teria o
matriculado na faculdade de medicina da universidade de Tarso. Supostamente lá ele teria
conhecido Paulo de Tarso. Segundo essa
teoria, a amizade dos dois iniciou-se ali, e a conversão posterior de Paulo
também conduziu Lucas à conversão.
Lucas foi muito útil na obra do
Senhor
Apesar de tudo isso, as informações realmente confiáveis sobre ele são
aquelas encontradas na Bíblia. É através de suas obras, que se torna possível
entender um pouco sobre sua biografia. Lucas era uma pessoa culta e educada, um
pesquisador e historiador extremamente disciplinado e detalhista como escritor.
Em várias ocasiões no livro de Atos, Lucas se coloca como uma testemunha
ocular dos acontecimentos ali narrados. Ele destaca sua participação
especialmente como um companheiro muito próximo do apóstolo Paulo (Atos
16:10-17; 20:5; 21; 27; 28).
Além da passagem em Colossenses, Paulo também faz
menção a Lucas quando ao escrever a Filemom. Mais uma vez o apóstolo ressalta que o médico era um de
seus grandes cooperadores (Filemom 24).
Quando Paulo escreveu essas duas cartas ele estava preso. Considerando
esse fato, e combinando com os relatos dos dois últimos capítulos do livro de
Atos, é possível concluir que Lucas era um de seus companheiros, tanto na
difícil viagem em que enfrentou um naufrágio quanto em sua prisão em Roma.
Não é exagero imaginar que Lucas, como médico e
fiel companheiro missionário de Paulo, também tenha o amparado não apenas como
amigo e irmão em Cristo, mas também como médico em suas aflições físicas. Lucas
também estava acompanhando o apóstolo na ocasião de sua segunda prisão em Roma.
Já próximo ao seu martírio, quando Paulo escreveu a Timóteo, o apóstolo destacou que somente Lucas estava com ele.
Portanto, como não se sabe se Timóteo conseguiu chegar a tempo antes de
Paulo ser martirizado, Lucas talvez tenha sido o único a acompanha-lo em seus
últimos dias de vida.
Após esse período nada se sabe sobre o que
aconteceu com Lucas. Tradições cristãs muito antigas afirmam que ele continuou
dedicando completamente sua vida na obra do Senhor. Ele permaneceu empenhado
na proclamação
do Evangelho, até que faleceu com
idade avançada na Grécia.
Alguns apontam a região da Beócia, na Grécia Central, como sendo o local
onde ele passou seus últimos dias. Também existe uma especulação que diz que
ele teria vivido até os 84 anos de idade, sem ter esposa ou filhos.
O escritor Lucas
Desde muito cedo, ainda na
Igreja Primitiva, a tradição cristã atribuiu a ele a autoria de dois dos livros
do Novo Testamento. Se realmente Lucas foi um gentio, então ele pode ter sido o
único não judeu a escrever um livro no Novo Testamento, apesar de também não se
saber quem escreveu a carta aos Hebreus.
Em seus escritos, é
possível perceber traços de sua formação e profissão. Ele aplica um grego culto
como linguagem e se mostra bastante específico ao descrever casos de
enfermidades. Pela qualidade e organização de seu trabalho, Lucas é considerado
um historiador primordial do primeiro século, cuja obra é impecável e digna de
confiança.
Além de Paulo, Lucas teve
contato muito próximo com os mais notáveis líderes cristãos da Igreja
Primitiva. Provavelmente ele conheceu Filipe, Silas, Barnabé, Timóteo, Tito, Marcos,
Tiago e Judas, irmãos de Jesus, além de apóstolos como Pedro e João.
Além disso, por ter estado
em lugares intimamente associados ao próprio ministério de Jesus e de seus
apóstolos, Lucas conseguiu ter acesso a conhecimentos valiosíssimos e seguros
acerca o próprio Senhor Jesus, conforme fica claro no terceiro Evangelho (Lucas
1:1-4). Ele também teve o privilégio de presenciar de perto a história dos
primeiros anos da Igreja Cristã.
Os dois livros escritos
por Lucas tinham não apenas o objetivo de servir a Teófilo, seu destinatário
imediato, mas alcançar todas as nações com a pregação do Evangelho. Suas obras
procuram instruir e fortalecer a fé de todos aqueles que foram conduzidos a
Cristo.
Apesar das muitas teorias
que se propagaram nas antigas tradições cristãs acerca de quem era Lucas, não é
necessário muito para se entender sua grande importância. Lucas foi uma pessoa
sábia, capacitada e muito habilidosa. Ele tinha seu coração fervorosamente
devotado a Cristo e a causa do Evangelho.
- BIOGRAFIA DE JOÃO
O apóstolo João foi um dos discípulos mais próximos de Jesus e escritor
de alguns dos livros do Novo Testamento. João é geralmente conhecido dentro da
tradição cristã como “o discípulo amado”. A seguir conheceremos a história e
biografia do apóstolo João.
A biografia do apóstolo João
João era filho de Zebedeu e provavelmente de Salomé
(Marcos 1:19; 16:1,2; Mateus 27:56). Seu irmão, Tiago, também pertenceu
ao grupo dos
doze discípulos de Jesus. Possivelmente Tiago
era mais velho do que João, visto que ele sempre é citado primeiro (Mateus
10:2-4). O apóstolo João era pescador de profissão. Seu pai foi um homem
próspero no ramo da pesca, pois tinha alguns empregados (Marcos 1:20).
A tradição cristã associa Salomé como sendo irmã
de Maria, mãe de Jesus (cf. Mateus 27:56; João 19:25). Se essa afirmação estiver
correta, então o apóstolo João era primo do Senhor Jesus.
Antes de se tornar um dos discípulos de Jesus, o
apóstolo João era um seguidor de João Batista (João 1:35-37). João teve um primeiro encontro com Jesus, e depois
de um pequeno intervalo de tempo, se tornou um de seus discípulos regular
(Marcos 1:16ss; Lucas 5:10).
A personalidade e caráter do apóstolo
João
Alguns acontecimentos registrados nos Evangelhos
nos ajudam a entender um pouco sobre como era a personalidade e caráter do
apóstolo João. Em certa ocasião Jesus chamou João e Tiago de “filhos do trovão” (Marcos 3:17).
Muito provavelmente essa designação apontava para a natureza explosiva
dos dois irmãos. Isso indica que normalmente eles eram homens de emoções
controladas, mas em determinadas situações a ira logo os ascendia.
Um exemplo disto pode ser visto quando os habitantes de uma vila
samaritana se recusaram a hospedar Jesus. Naquela ocasião os dois irmãos logo
disseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” (Lucas 9:54).
Ao mesmo tempo em que tal declaração aponta para um temperamento forte,
ela também indica o profundo amor e a grande fidelidade que o apóstolo João e
seu irmão nutriam pelo Senhor Jesus. Em dada ocasião, talvez devido à
influência de sua mãe, João e Tiago deixaram transparecer certo egoísmo ao
pedirem que Jesus lhes concedessem lugares privilegiados em seu reino (Marcos
10:37; cf. Mateus 20:20).
João, o discípulo a quem Jesus amava
No Evangelho de João existem referências acerca de um discípulo a quem
Jesus amava (João 13:23; 19:26; 20:2; 21:7,20). É amplamente aceito que tais
referências designam o próprio apóstolo João.
Isso significa que ninguém conhecia Jesus mais do
que João. Ele caminhou com Jesus diariamente, e na grande noite da instituição
Ceia do Senhor, na celebração da última Páscoa, foi ele quem se reclinou sobre o peito de Jesus e lhe
perguntou pessoalmente sobre a identidade do traidor (João 13:23).
O apóstolo João também esteve presente em três importantes ocasiões do
ministério de Jesus. Nessas ocasiões ele estava acompanhado de Simão Pedro e
Tiago:
·
Quando Jesus ressuscitou a filha de
Jairo (Marcos 5:37).
·
Na ocasião da transfiguração (Marcos
9:2).
·
Durante o período em que Jesus esteve
no Getsêmani (Marcos 14:33).
Além disso, o evangelista Lucas também nos informa que João e Pedro
foram as duas pessoas encarregadas por Jesus de cuidar dos preparativos para a
refeição da Páscoa (Lucas 22:8).
No momento da crucificação, o apóstolo João é o discípulo que aparece
mais próximo de Jesus no Calvário. Ele também recebeu de Jesus a incumbência de
cuidar de Maria (João 19:26,27). Depois, foi ele quem correu juntamente com
Pedro ao túmulo de Jesus na manhã da ressurreição (João 20:8).
O ministério apostólico de João
Depois da ascensão de Jesus ao céu, o apóstolo João
é mencionado com destaque na Igreja Primitiva. No livro de Atos, ele
frequentemente é citado na companhia de Pedro (Atos 3:1; 4:19; 8:14).
Conheça a história do apóstolo Pedro.
O apóstolo João foi um dos principais líderes da igreja em Jerusalém
(Atos 15:6; Gálatas 2:9). A tradição cristã atribui ao apóstolo João a autoria
de cinco livros do Novo Testamento. São eles: o Quarto Evangelho (Evangelho de
João), três Epístolas (1,2 e 3 João) e o livro do Apocalipse.
É verdade que existem algumas criticas que tentam contestar a autoria
por parte de João de algumas destas obras. O quarto Evangelho e o livro do
Apocalipse são os principais alvos dessas críticas. Todavia, as evidências
apontam de forma muito mais contundente para a verdade de que realmente foi o
apóstolo João quem escreveu todos os cinco livros.
A morte do apóstolo João
Não é possível afirmar com certeza por quanto tempo o apóstolo João
permaneceu em Jerusalém. Mas provavelmente o apóstolo deixou a Palestina no
início da Guerra Judaica, antes de 69 d.C.. Nesse tempo ele se mudou para a
Ásia Menor.
A tradição cristã desde muito cedo afirma que João viveu por muitos anos
na cidade de Éfeso. Foi em Éfeso que ele teria escrito suas obras literárias,
com exceção do livro do Apocalipse.
Em algum momento durante o reinado do imperador
romano Domiciano (81-96 d.C.), o apóstolo João foi banido para a Ilha de Patmos. Foi em Patmos que ele recebeu as divinas revelações
registradas no livro do Apocalipse. Saiba mais sobre quem
escreveu o Apocalipse.
Com a ascensão do imperador Marco Nerva em Roma (96-98 d.C.), o apóstolo João foi liberado para retornar a
Éfeso. Nessa época provavelmente ela já tinha cerca de 90 anos de idade. A
tradição afirma que o apóstolo João morreu durante o começo do governo de
Trajano, isto é, depois de 98 d.C., com idade bastante avançada.
Algumas antigas críticas também já tentaram afirmar que o apóstolo João
não é o mesmo João influente em Éfeso. Isso indicaria que então ele não foi o
autor dos livros do Novo Testamento. Tais críticas alegam que o apóstolo João
morreu à espada juntamente com seu irmão Tiago por ordem de Herodes Agripa I,
ainda nos primeiros anos da Igreja Primitiva, em aproximadamente 44 d.C.
No entanto, tais críticas não se sustentam quando contrapostas às
abundantes evidências apresentadas pelas antigas tradições cristãs registradas
nos escritos patrísticos. Na verdade a maioria dos estudiosos aceita que a
residência e influência do apóstolo João em Éfeso é uma das histórias mais
claras e sólidas documentadas nos primeiros anos da Igreja.
Portanto, existem provas suficientes para se acreditar que o apóstolo
João realmente morreu em Éfeso. Antes disso, mesmo com a idade avançada, ele
continuou exercendo ativamente seu ministério. Ele foi o bispo-chefe das
igrejas localizadas na região de Éfeso, e combateu as perigosas heresias
(especialmente o gnosticismo) que ameaçavam a pregação do Evangelho.
Alguns escritos afirmam que o apóstolo João morreu com idade tão
avançada, que em seus últimos dias ele tinha de ser carregado para as reuniões
cristãs. Curiosamente seu irmão Tiago foi o primeiro apóstolo a sofrer
martírio (Atos 12:2), enquanto que João foi o último dos apóstolos a deixar a
terra e chegar ao céu.
Fonte: BIBLIOGRAFIA
Fonte: BIBLIOGRAFIA
https://estiloadoracao.com › Personagens Bíblicos › Quem Foi o Apóstolo
Mateus
https://estiloadoracao.com › Personagens Bíblicos › Quem Foi Marcos na
Bíblia?
https://estiloadoracao.com › Personagens Bíblicos › Quem Foi Lucas na
Bíblia?
https://estiloadoracao.com › ... › Biografia e História do Apóstolo
João: Quem foi João?
Pesquisa bibliográfica feita por Maria de Fátima - Bacharel em Teologia
Nenhum comentário:
Postar um comentário