SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO.......................................................................................................
04
2-GNOTICISMO ........................................................................................................
05
3-EBIONISMO ..........................................................................................................
07
4-DOCETISMO .........................................................................................................
08
5-MANIQUEÍSMO
.....................................................................................................
09
6-MONTANISMO
......................................................................................................
10
7-ARIANISMO ..........................................................................................................
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8-CONCLUSÃO ........................................................................................................
12
9-BIBLIOGRAFIA
.....................................................................................................
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1 - INTRODUÇÃO
Este
trabalho tem objetivo mostrar que como as seitas e as heresias (ensinamentos
que não estão de acordo com a Bíblia Sagrada,) estão presentes na Igreja Cristã
desde o seu surgimentos até em nossos dias, hoje levando pessoas a se afastarem
da verdadeira e genuína palavra de Deus.
Tragicamente,
isso resultará em a igreja ser vencida pelos poderes das trevas e suas famílias
serem dominadas e manipuladas pelas forças do mal, que age no mundo, através
dos falsos profetas que com astucias malignas destorcem a palavra de Deus para
os seus próprios méritos.
Precisamos
estarmos em alertas e vigiando, sempre voltados para as verdades da palavra de
Deus, como nos adverta o Apóstolo Paulo na Segunda Epístola do Apóstolo S.
Paulo a Timóteo no capitulo 3 versiculos 14,15,16 e 17.que nos diz: (vers.14)
Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo
de quem o tens aprendido.(vers.15) E que, desde a tua meninice, sabes as
sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em
CRISTO Jesus.(ves.16)Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para
ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.(vers17) Para
que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa
obra.
Juntamente
com o desenvolvimento da doutrina cristã, desenvolviam-se também as seitas, ou
como eram chamadas, as heresias. Enquanto a Igreja era praticamente judaica em
virtude de seus membros, havia uma leve tendência para o pensamento abstrato e
especulativo. Entretanto, quando a Igreja se compunha em sua maioria de gregos,
especialmente de gregos místicos da Ásia Menor, apareceram opiniões e teorias
estranhas, de toda parte, as quais se desenvolveram rapidamente na Igreja. Os
cristãos dos três primeiros séculos lutaram não só contra as perseguições do mundo
pagão, mas também contra as heresias e doutrinas corrompidas, dentro do próprio
rebanho.
Vamos
tecer considerações sobre as mais importantes heresias desse período.
2 - O GNOSTICISMO (do grego “gnosis”,
sabedoria)
Filosofia
como instrução reveladora das coisas de Deus, que leva ao entendimento do
mistério da salvação. Nas Escrituras pode ser identificado o gnosticismo
baseado na filosofia helenistíca e nos sábios judeus, em quem se originaram os
"cultos de mistérios" dos místicos. Os gnósticos não priorizavam
apenas o "conhecimento", mas a mortificação da carne, o que os
dificultava crer que Deus veio em carne por meio de Jesus Cristo.
Foi
uma das heresias mais perigosas dos dois primeiros séculos da Igreja. Não eram
fáceis de definir, por serem demasiadas variadas suas doutrinas, que diferiam
de lugar para lugar, nos diversos períodos. Surgiram na Ásia Menor, e eram como
que um enxerto do Cristianismo no paganismo. Criam que do Deus supremo emanava
um grande número de divindades inferiores, algumas benéficas e outras malignas.
Criam que por meio dessas divindades o mundo foi criado com a mistura do bem e
do mal. Interpretavam as Escrituras de forma alegórica, de modo que cada
declaração das Escrituras significava aquilo que ao intérprete parecesse mais
acertado. Eles diziam possuir capacidades e conhecimentos espirituais
superiores que os cristãos não possuíam. Os gnósticos seguem líderes
divulgadores de conhecimento espiritual que transcendem o entendimento normal,
geralmente considerado secreto.
Seus
ensinamentos sobre a criação, o Cristo e a salvação eram tão radicalmente
contrários à pregação apostólica e ao ensino dos Pais da Igreja, que as igrejas
do Império Romano desenvolveram confissões de fé correta a serem professadas
por todos os convertidos, chamados de Credos.
A
doutrina central do gnosticismo, era que o espírito é inteiramente bom e a
matéria, inteiramente má. Desse dualismo antibíblico fluíram cinco erros
importantes:
1.
O corpo do homem, que é matéria, é mau por essa mesma razão. Deve ser
diferenciado de Deus, que é totalmente espírito e, por isso mesmo totalmente
bom.
2.
A salvação é escapar do corpo, sendo obtida mediante a fé em Cristo, mas por
meio de conhecimento especial.
3.
A verdadeira humanidade de Cristo era negada de duas maneiras: 1) alguns diziam
que Cristo somente parecia ter corpo, e essa teoria era chamada de docetismo,
do grego dokeo (parecer); 2. Outros diziam que o Cristo divino uniu-se ao homem
Jesus no batismo, abandonando-o antes da morte, teoria essa chamada cerintismo,
segundo o nome do seu porta-voz mais destacado, Cerinto. Essa forma de
gnosticismo é combatida por João em 1João 1.1 “O que era desde o princípio, o
que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas
mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida”; e em 1João 4.2-3 “Nisto conheceis
o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é
de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o
espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e
agora já está no mundo”.
4.
Como o corpo era considerado mau, devia ser tratado com rigor. Essa forma
ascética de gnosticismo é combatida por Paulo em parte da carta aos
(Colossenses 2.20-23). “Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos
rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se
vivêsseis no mundo. Tais como: não toques, não proves, não manuseies?. As quais
coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens. As
quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária,
humildade e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne”.
5.
Paradoxalmente, esse dualismo também levava ao desregramento moral. O raciocínio
era que, como a matéria era considerada má, a violação das leis de Deus não era
de consequência moral.
O
gnosticismo com o qual o Novo Testamento lidava era uma forma primitiva dessa
heresia, não o sistema desenvolvido e já complexo dos séculos II e III. Para
Paulo o gnosticismo era "engodo de humildade" (Cl 2.18). Em confronto
com o cristianismo dos apóstolos, os mestres gnósticos são falsos irmãos e
causam divisões na igreja (Jd 19), pois se desviaram da graça de Deus (Jd 4).
Além da forma encontrada em Colossenses e nas cartas de João, alguma
familiaridade com o gnosticismo primitivo se vê refletida em 1 e 2Timóteo, em
Tito, em 2Pedro e talvez em 1Coríntios.
Atualmente
o gnosticismo ressurge sob o disfarce de “cristianismo esotérico”, como, por
exemplo, a Ciência Cristã, que estabelece forte distinção entre Jesus e o
Cristo, negando qualquer encarnação real, ímpar e ontológica de Deus no homem
Jesus.
3 - EBIONISMO
Os
ebionistas surgiram no começo do segundo século. Seu nome, derivado do grego
“ebionaioi”, tem seu correspondente no idioma hebraico “ebionim”, que significa
“os pobres”. Os ebionitas eram judeus crentes que não deixaram os preceitos
judaicos e também aceitavam Jesus apenas como Homem.que chegou a ser
"Cristo" (o Messias ou o Ungido, o que era sinônimo do Rei do Israel)
por sua fidelidade à Lei. Essa seita
tinha um ensino exagerado sobre pobreza; rejeitava os escritos do apostolo
Paulo, porque nas epístolas ele reconhecia os gentios convertidos como cristãos.
Eles acreditavam que a lei mosaica era a maior expressão da vontade de Deus e
continuava válida para o homem. O maior ataque ao cristianismo primitivo estava
relacionado à interpretação que tinham a respeito da divindade de Jesus e de
seu nascimento virginal. Para eles, Jesus era o filho de José e Maria, que
observou a Lei de forma especial, sendo assim escolhido por Deus para ser o
Messias; assim logicamente Jesus não era eterno, logo não era Deus. Aprovavam
os ensinos do evangelho de Mateus. Eles insistiam que os cristãos, tanto gentios
como judeus, ainda continuavam sob o domínio da Lei de Moisés e que não havia
salvação fora da circuncisão e do cumprimento da Lei.
Os
ebionitas eram considerados apóstatas pelos judeus não-cristãos, e também não
contavam com a simpatia dos cristãos-gentios, os quais depois do ano 70
constituíam a maior parte da Igreja.
Nenhum
concílio condenou oficialmente o ebionismo, mas Tertuliano, Irineu, Eusébio e
Orígenes foram opositores de grande peso a essa heresia. Os ebionitas
diminuíram gradualmente, no segundo século.
4
- DOCETISMO
O
docetismo tem grande ligação com o gnosticismo, para quem o mundo material era
mau e corrompido. O nome vem do grego dokeo e significa “parecer”. Os
docetistas defendiam que o corpo de Jesus Cristo era uma ilusão e sua
crucificação teria sido apenas aparente.
Para
os adeptos dessa heresia, a matéria é ruim e que o espírito não se envolveria
com a matéria, que é o princípio do pecado, por isso Cristo parecia estar numa
matéria carnal, mas na verdade não estava, era ilusório.
Na
concepção desse movimento herético, sendo Cristo bom e a matéria essencialmente
má, não haveria possibilidade de união entre Ele e um corpo terreno. Portanto
os docetistas negavam a humanidade de Cristo, dizendo que Ele parecia ser
humano, mas era divino. Afirmavam que o corpo de Jesus não passava de um
fantasma, que sofrimento e morte eram apenas meras aparências. Se sofria, então
não podia ser Deus; ou era verdadeiramente Deus e então não podia sofrer.
Não
houve uma condenação oficial a esse pensamento, mas Irineu e Hipólito foram os
opositores dessa ideia filosófica grega e pagã da época.
5 - MANIQUEÍSMO
De
origem persa, foram chamados por esse nome, em razão de seu fundador ter o nome
de Mani, o qual foi morto em 276, por ordem do governo persa. O ensino dos
maniqueus dava ênfase a este fato: "O universo compôe-se do reino das
trevas e do reino da luz, e ambos lutam pelo domínio da natureza e do próprio
homem". Recusavam a Jesus, porém criam em um "Cristo Celestial".
Eram severos quanto a obediência ao ascetismo, e renunciavam ao casamento. O
maniqueísmo exaltava a tal ponto a vida ascética que consideravam o instinto
sexual pecado e enfatizavam a superioridade do estado civil do solteiro.
Segundo
sua doutrina, o homem primitivo surgiu por emanação de um ser que por sua vez
era uma emanação superior do chefe do reino da luz. Oposto ao reino da luz,
havia o reino das trevas, que enganara o homem primitivo fazendo com que ele se
tornasse um ser que misturava luz e trevas. A alma do homem ligava-o com o
reino da luz, mas seu corpo o levava a ser escravo do reino das trevas. A
salvação era uma questão de libertar a luz da alma que estava escravizada à
matéria do corpo. Essa liberação poderia ser conseguida através da exposição à
luz, Cristo. A elite, ou seja, os perfeitos, constituíam a casta sacerdotal.
O
maniqueísmo exerceu ainda muita influência por bom tempo após a morte de Mani.
Um pensador do porte de Agostinho, em sua busca pela verdade, foi discípulo do
maniqueísmo durante 12 anos. Depois de sua conversão, Agostinho se empenhou em
refutar energicamente essa filosofia no livro "Contra os
Maniqueístas". Os maniqueus foram perseguidos tanto por imperadores
pagãos, como também pelos cristãos.
6 - MONTANISMO
Surgido
na Frígia, após 155, os montanistas, assim chamados por causa de seu fundador
se chamar Montano, quase não podiam ser incluídos entre as seitas hereges,
apesar de seus ensinos terem sido condenados pela Igreja. Os montanistas eram
puritanos, e exigiam que tudo voltasse à simplicidade dos primitivos cristãos.
Eles criam no sacerdócio de todos os verdadeiros crentes, e não nos cargos do
ministério. Observavam rígida disciplina na igreja. Consideravam o dom de
profecia como um privilégio dos seus discípulos. Infelizmente, como geralmente
acontece em movimentos dessa natureza, ele caiu para o extremo e concebeu
fanáticas e equivocadas interpretações da Bíblia.
Montano
não tinha cargo eclesiástico e percorria os lugares acompanhado de duas
mulheres, Priscila e Maximila, promovendo o que chamou de "Nova
Profecia", conclamando pessoas para a volta de Cristo. Isso era feito
através da voz do "Parácleto", uma manifestação profética que falava
através das duas mulheres na primeira pessoa. Montano colocou a si mesmo como
parácleto através de quem o Espírito Santo falava à Igreja, do mesmo modo que
falara aos apóstolos. Ele tinha uma escatologia extravagante. Acreditava que o
reino celestial de Cristo seria instaurado brevemente em Pepuza, na Frígia, e
que ele teria um papel de proeminência nesse reino. Para que estivessem
preparados para aquele acontecimento, ele e seus seguidores praticavam um
rigoroso ascetismo. Não se permitia novo casamento se um dos cônjuges morresse.
A
Igreja reagiu as essas extravagâncias condenando o movimento. O Concílio de
Constantinopla, em 381, declarou que os montanistas deviam ser considerados
pagãos. No entanto Tertuliano, um dos maiores Pais da Igreja, achou as
doutrinas do novo grupo atraentes, e tornou-se montanista. O movimento foi
muito forte em Cartago no Oriente. O montanismo representou o protesto perene
suscitado dentro da Igreja quando se aumenta a força da instituição e se
diminui a dependência do Espírito de Deus.
7 - ARIANISMO
Os
arianos foram seguidores de um presbítero de nome Ário. Ele afirmava que o
Verbo (Jesus Cristo) não era igual ao Pai, mas uma grande criatura. Segundo
Ário, Cristo é o primeiro dos seres criados através de quem todas as outras
coisas foram feitas. Em antecipação à glória que haveria de ter no final, Ele é
chamado de Logos, o Filho unigênito de Deus. Dizia Ário que Jesus podia ser
chamado de Deus, apesar de não ser Deus na realidade plena subentendida pelo
termo.
Diante
desse fato, Alexandre, bispo de Alexandria, convocou um sínodo, que o depôs do
presbiterato e o excluiu da comunhão da Igreja. Logo depois, o imperador
Constantino ordenou que todos os bispos cristãos comparecessem para deliberar a
respeito de pessoa de Cristo e da Trindade em uma reunião que ele presidiria em
Nicéia, em 325 d.C. A grande assembléia realizou-se com a presença de 318
bispos católicos, e somente 22 eram declaradamente arianos desde o inicio. O
próprio Ário não obteve licença para participar de concílio por não ser bispo.
Foi representado por Eusébio de Nicomédia e Teogno de Nicéia. Alexandre dirigiu
o processo jurídico contra Ário e o arianismo, sendo auxiliado por seu jovem
assistente chamado Atanásio, que viria a sucedê-lo no bispado de Alexandria
poucos anos depois. Neste concílio foi formulado o documento chamado de Credo
de Nicéia, onde os ensinos de Ário foram condenados.
8 - CONCLUSÃO
Estudando
este assunto SEITAS e HERESIAS - (Um sinal dos tempos), esperamos com isso,
estar esclarecendo as pessoas, a necessidade de tais conhecimentos e, assim,
ter maior suporte bíblico para sermos edificados pelo ensino correto da Palavra
de Deus. Jesus ordenou à igreja não somente pregar o seu evangelho, mas fazer
discípulos ensinando todas as coisas que Ele havia ordenado, e assim Ele
estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mat 28:19,20). Se o
nosso objetivo é o de conhecer a verdade e o nosso maior desejo é de ter a
presença de Jesus diariamente conosco, então se faz necessário tomar todos os
conhecimentos revelados nas Escrituras Sagradas e ensinar às pessoas tudo
quanto temos aprendido do Senhor Jesus.
Que o Senhor nosso Deus nos ilumine na compreensão de sua bendita
Palavra. Amém.
9 - BIBLIOGRAFIA
Bíblia
de Estudo Pentecostal de Almeida Revista e Corrigida
História
da Igreja Cristã - Editora Vida
Bíblia
NVI de Estudos - Editora Vida
Dicionário
Bíblico - Editora Didática Paulista
O
Cristianismo Através dos Séculos - Editora Vida Nova
Questões
Teológicas de Ontem e Hoje - Editora Reflexão
Como
Conhecer Uma Seita - Marcio Falcão - Editora O Arado
Pesquisa feita por Maria de Fátima Santos Pereira, bacharelando em Teologia.
Pesquisa feita por Maria de Fátima Santos Pereira, bacharelando em Teologia.