SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO
...............................................................................
04
2- VIRTUDES TEOLOGAIS
................................................................ 05
3 – VIRTUDES MORAIS (OU
CARDINAIS) ....................................... 06
3.1 – As virtudes morais
anexas à Prudência .................................... 06
3.2 - As virtudes morais
anexas à Justiça .......................................... 07
3.3 – As virtudes morais
anexas à Força ............................................ 07
4 - AS VIRTUDES HUMANAS
............................................................ 08
5 – CONCLUSÃO
............................................................................... 11
6 – BIBILIOGRAFIA ............................................................................ 12
1. INTRODUÇÃO
A
palavra "virtude" é usada como um sinônimo para "bondade"
ou "sobriedade" ou algo parecido com um traço de personalidade, mas a
Igreja emprega esse termo de uma forma muito mais precisa. As virtudes são
graças especiais dadas por Deus à alma para a realização de certos objetivos.
Elas são inerentes à alma e estão sujeitas ao fortalecimento ou
enfraquecimento. A Igreja distingue duas categorias gerais de virtudes:
teologais e morais.
Fé,
esperança e caridade são as chamadas "virtudes teologais" porque são
as mais importantes características na vida cristã, como Paulo explica em
Romanos 5.1-5 e 1Coríntios 13.13. Elas se referem (exclusivamente no caso da fé
e esperança, e primariamente no caso da caridade) à relação de alguém com Deus.
Veremos
nesse trabalho também as virtudes humanas, que são notadas no relacionamento
entre o seres humanos em seu meio.
2. VIRTUDES TEOLOGAIS
As virtudes
mais excelentes são as virtudes teologais (fé, esperança e caridade) que se
referem diretamente a Deus.
A fé
define-se como “a virtude pela qual cremos firmemente em todas as verdades que
Deus revelou, baseados na autoridade do próprio Deus, que não pode enganar-se
nem enganar-nos”.
"Fé"
é a graça de crer no amor de Deus por nós e em suas verdades reveladas (Lucas
1.45; João 11.25-26; Efésios 2.8).
A
esperança define-se como “a virtude sobrenatural pela qual confiamos que Deus,
que é todo-poderoso e fiel às suas promessas, nos concederá a vida eterna e os
meios necessários para alcançá-la”.
"Esperança"
é a graça de confiar que Deus cumprirá com a sua promessa de nos salvar da
morte eterna se nos voltarmos a Ele em arrependimento (Romanos 5.2; 8.25; Hebreus
6.17-20; 1Pedro 1.3-5).
A
caridade, virtude implantada na nossa alma no Batismo, juntamente com a fé e a
esperança, define-se como “a virtude pela qual amamos a Deus por Si mesmo,
sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, por amor a Deus”. É
chamada a rainha das virtudes, porque as outras, tantos as teologais como as
morais, nos conduzem a Deus, mas a caridade é a que nos une a Ele. Onde houver
caridade, estarão também as demais virtudes.
"Caridade"
é uma graça de duplo-efeito: o efeito primário é o de mover a vontade de amar a
Deus fervorosamente e acima de todas as coisas; o efeito secundário é o de
intensificar o nosso amor ao próximo (Deuteronômio 6.4-6; Mateus 22.36-40;
25.31-46; Marcos 12.28-31; Romanos 13.8-10; 1Coríntios 13.1-13).
3. VIRTUDES MORAIS (OU CARDINAIS)
Mas
também são importantes as virtudes morais, que aperfeiçoam o comportamento do
individuo nos meios que conduzem a Deus. Se pensar-se no modo de adquiri-las,
umas são virtudes naturais ou adquiridas, pois são conseguidas com as forças da
natureza, através de atos bons realizados pelo ser humano. Por exemplo: a
sinceridade, a laboriosidade, a discrição, a lealdade... outras são
sobrenaturais, pois são concedidas por Deus, de modo gratuito. As virtudes teologais
sempre são sobrenaturais ou infusas; mas virtudes morais podem ser adquiridas
ou infundidas por Deus. As principais virtudes morais são o fundamento das
demais virtudes.
"Virtudes
morais" são assim chamadas porque elas nos ajudam a viver dentro dos
parâmetros morais estabelecidos pelo Evangelho. As principais delas são: a
prudência, a justiça, a temperança e a fortaleza, também conhecidas como
"virtudes cardeais" (derivado do latim "cardo", que
significa "dobradiça", porque sobre elas dependem todas as outras
virtudes morais).
A
prudência é a virtude que dispõe a razão prática para discernir – em toda as
circunstâncias – nosso verdadeiro bem, escolhendo os meios justos para
realizá-lo.
A
"prudência" é a graça de formar julgamentos corretos (Mateus 10.16;
1Pedro 4.7).
A
justiça é a virtude que nos inclina a dar a Deus e ao próximo o que lhes é
devido, tanto individual como socialmente.
A "justiça" nos ajuda a lidar de
forma equitativa com os outros (Provérbios 21.21; 1Timóteo 6.11).
A
fortaleza é a virtude que no meio das dificuldades assegura a firmeza e a constância
para praticar o bem.
A
"fortaleza" nos ajuda a perseverar [na fé e no bem] apesar das
tentações do pecado e do desespero (Romanos 8.32-35; Tiago 5.10-11). Outras
virtudes morais são: humildade (Mateus 18.1-5), paciência (Hebreus 10.36-37),
obediência (Romanos 13.1-7), piedade
(Efésios 5.15-20) e veracidade (Efésios 4.15-25).
A
temperança é a virtude que refreia o apetite dos prazeres sensíveis e impõe a
moderação no uso dos bens criados. Além das virtudes cardeais, o ser humano
deve praticar as outras virtudes morais, especialmente a da religião, a
humildade, a obediência, a alegria, a paciência .
A
"temperança" nos ajuda a subjugar os nossos apetites sensuais e fazer
uso adequado das criaturas de Deus (1Coríntios 6.12; 10.23-24).
3.1. As
virtudes morais anexas à Prudência são:
· o bom conselho
· o bom senso (sensatez)
· o discernimento
O bom
conselho é a virtude que nos leva a nunca agir (nas coisas sérias) sem seguir o
conselho dos mais velhos, dos pais, dos mestres, Quando estamos bem aconselhados, aproveitamos
de toda a experiência que os mais velhos adquiriram ao longo da vida, e com
isso evitamos tomar muitos caminhos errados. Praticamente todos os pecados
poderiam ser evitados se tivéssemos ouvido um bom conselho.
O bom
senso e o discernimento são virtudes que nos ajudam a julgar as coisas do modo
certo. O bom senso é o juízo certo nas coisas comuns, do dia a dia. O
discernimento é o juízo certo nas coisas mais importantes, mais elevadas. Por
esse juízo vemos claramente toda a importância da coisa na sua realidade, como
de fato ela é, e isso nos leva a agir corretamente.
3.2. As
virtudes morais anexas à Justiça
Religio
=> religar
A virtude de Religião é o laço que religa o homem
a Deus, fonte de todo bem.
Existem
outros atos que são incluídos na virtude de Religião: a virtude de Religião tem
a capacidade de assumir os atos de todas as outras virtudes orientando-os para
Deus. Desse modo, o homem oferece a Deus sua coragem, sua humildade, sua
castidade e todas as virtudes. Toda a sua vida passa a ser um ato de louvor a
Deus. Isso se chama também santidade.
Esta
característica faz da virtude de Religião a mais elevada virtude depois das
virtudes teologais. Com efeito, ela é a única virtude moral cujos atos sejam
voltados para Deus, como acontece com as virtudes teologais.
3.3. Virtudes morais anexas à Força
A Magnanimidade ou grandeza
A
grandeza é a virtude que nos dá maior esperança de conseguir realizar as
grandes ações, principalmente as ações que trazem maior honra e glória. É a
virtude própria dos grandes realizadores, dos bravos soldados, dos mártires e
dos santos.
4. AS VIRTUDES HUMANAS
A
estrutura da personalidade compreende, entre outros elementos
psicológicos, um conjunto de virtudes
que tornam o indivíduo mais elevado,
íntegro, humanitário. Uma virtude representa retidão moral, probidade,
excelência moral. As pessoas podem ser avaliadas pela riqueza de suas virtudes.
Benevolência. É uma
qualidade que dispõe o indivíduo a praticar o bem, podendo acrescentar
generosidade, gentileza e simpatia. Para tanto, é preciso renunciar a
sentimentos de hostilidade e egoísmo.
Contentamento. É uma
virtude que promove alegria e bem-estar. Proporciona o poder de enfrentar
adversidades, sem aflição, com serenidade e jovialidade, porque capacita o ser
humano a adaptar-se a tais situações, e a mudar suas atitudes diante delas.
Coragem. Trata-se de uma
habilidade ímpar para enfrentar, com serenidade e domínio do medo, os perigos que se apresentam do decurso da
vida. Ela proporciona ao indivíduo a aptidão de avaliar uma gama de
possibilidades para vencer as adversidades. A coragem inspira o indivíduo a
agir com perseverança e determinação em
face de todas as situações e circunstâncias.
Desapego. É uma
virtude que capacita o indivíduo a ver os fatos e situações com imparcialidade,
com isenção de ânimo. A pessoa que consegue desapegar-se de suas próprias
idéias e opiniões, livre de preconceitos, é capaz de agir com justiça. O
desapego em relação a pessoas, bens materiais e imateriais, é outra faceta
desta valiosa virtude, que possibilita uma vida mais rica e feliz.
Despreocupação. Ser
despreocupado denota serenidade, confiança, paz. Significa viver a cada
momento, com intensidade e prazer, permitindo ao amanhã cuidar de seus próprios
interesses. No entanto, despreocupação não quer dizer descuido, imprudência,
imprevidência. Muito pelo contrário,
pois esta virtude inspira o indivíduo a tornar-se responsável e cuidadoso com a
administração de tudo que lhe compete.
Determinação.
Firmeza e perseverança são duas aliadas desta virtude. Ela permite ao indivíduo
progredir, a ter sucesso em todos os seus empreendimentos, pois não tolera
preguiça, desalento, falta de ânimo. Não importam as circunstâncias ou
obstáculos, a presença desta virtude capacita o ser humano a concluir sempre
todas as tarefas a que se programou. Determinação é uma virtude necessária para
assimilar as demais virtudes e para livrar-se de todas as negatividades.
Disciplina. É
ordem, organização, aceitação de preceitos e normas. O próprio Universo é
obediente a uma ordem implacável, caso contrário não poderia existir. Para
assimilar e manter esta virtude, o indivíduo precisa corrigir, moldar e
aperfeiçoar seu caráter. Para tanto, não poderá prescindir do concurso de
outras virtudes, como paciência,
tolerância e perseverança. Terá
também que abominar hábitos nocivos, como rebeldia e inconformidade. Na
ausência da disciplina, a vida torna-se
impossível.
Docilidade.
Consiste em uma força magnética que atrai a todos. A vida torna-se mais
encantadora quando as pessoas agem com docilidade, bom humor e gentileza.
Empatia. Significa colocar-se no lugar do outro, em
sua própria pele. Ver as coisas sob sua
perspectiva. Compreender seus motivos. E, então, poder aconselhar com acerto e
coerência.
Entusiasmo. É a chama que provoca ação. É vida em
movimento. É motivação. É o fogo interior que proporciona prazer e vitalidade
para executar até o fim os planos traçados.
Graças ao entusiasmo, o mundo inteiro está em constante progresso.
Estabilidade.
Significa coerência, responsabilidade, constância. Esta virtude não admite
rigidez, mas requer flexibilidade e adaptabilidade. Assim, a confiança é desenvolvida e a
convivência humana torna-se harmônica e duradoura.
Flexibilidade. Esta
virtude permite constante adaptação às
pessoas e circunstâncias. Ela promove a harmonia nos relacionamentos e
proporciona condições para a necessária moldagem às permanentes mutações da
vida. Tal como o salgueiro, podemos
nos curvar, pela força do vento, e, ao mesmo tempo, permanecer
firmemente enraizados.
Generosidade.
Significa desprendimento, liberalidade, altruísmo. A pessoa dotada desta
virtude aprecia verdadeiramente os outros, e presta a ajuda necessária sem
esperar nada em troca. Ela também promove o fortalecimento das relações, a paz
no contexto social.
Honestidade. Este
dom suscita a necessária confiança entre as pessoas. Em todos os atos da vida,
a citada qualidade deve estar sempre presente. Por outro lado, sua carência
provoca as mais nefastas conseqüências.
Humildade. Mesmo
sendo possuidor de múltiplas virtudes, o
indivíduo pode ainda abarcar mais uma, a humildade. Significa modéstia,
compostura, ausência de vaidade. Simplicidade na maneira de se apresentar.
Comedimento na forma de referir-se a si próprio. A pessoa pode conhecer sua
força e poder, e apesar disso, não precisa jactar-se perante os outros.
Introspecção. É a pedra fundamental de todas as virtudes.
Graças a ela, o ser humano torna-se capaz de avaliar e transformar sua
personalidade. Mergulhar no interior de si mesmo é uma condição necessária para
o auto-aperfeiçoamento. Esta virtude desperta os poderes pessoais e harmoniza
todo o ser.
Jovialidade. O dom
de ser alegre, bem-humorado, de rir e fazer rir, é uma qualidade indispensável
para a existência da harmonia nos relacionamentos. Proporciona bem-estar e leveza de espírito.
Irradia simpatia, conquista a amizade, desenvolve o ânimo.
Longanimidade. Significa
complacência, indulgência, benignidade, tolerância. Proporciona o
desenvolvimento de uma natural disposição de ânimo para suportar, com
serenidade e resignação, insultos, vexames, ofensas e contrariedades.
Maturidade. Esta
virtude confere a habilidade de agir com coerência e acerto em todas as
circunstâncias. Ela proporciona o desenvolvimento de outra fenomenal virtude, a
sabedoria.
Misericórdia. É uma
qualidade ímpar nos relacionamentos humanos. Esta virtude confere às pessoas o
dom de perdoar as faltas dos outros, de compreender suas fraquezas, pois
carrega em si a tolerância e a compaixão.
Paciência. Ser
paciente significa ser calmo,
sereno e equilibrado. Denota
controle sobre desejos e emoções. Afasta o desespero e a aflição. Possibilita pensamentos e julgamentos
imparciais e objetivos.
Precisão. Esta
qualidade proporciona clareza e perfeita definição. Na presença de exatidão, os
pensamentos, palavras e ações serão apropriados a cada circunstância. A virtude
em questão possibilita a habilidade de fazer as coisas de forma correta. Graças
ao autocontrole, paciência, serenidade, conhecimento de causa, este dom pode
prosperar, trazendo benefícios incalculáveis ao progresso e bem-estar.
Pureza. Significa ausência de vícios de toda ordem.
Presença de uma mente sã, plena de amor e justiça, isenta de máculas, livre de
preconceitos e superstições.
Sabedoria. A
conquista da maturidade proporciona o
surgimento da sabedoria. Esta virtude confere o
poder de controlar impulsos e reações, ter uma visão de águia, reconhecer a verdadeira intuição, ser
previdente. A pessoa que conquistou o
poder da sabedoria é capaz de agir de forma correta, em todas as
circunstâncias, com base em
conhecimentos vastos, em sua longa experiência, na
própria realidade. Pode-se observar o perfeito equilíbrio de todos os poderes e talentos quando
a sabedoria está presente.
5. CONCLUSÃO
Ocupai-vos
com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, tudo o que há de
louvável, honroso, virtuoso ou de qualquer modo mereça louvor" (Fl 4,8). A
virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite à pessoa
não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si. Com todas as suas forças
sensíveis e espirituais, a pessoa virtuosa tende ao bem, procura-o e escolhe-o
na prática. O objetivo da vida virtuosa é tornar-se semelhante a Deus.
Como
também diz as escrituras sagradas “mulher virtuosa quem a achará ?”, pode-se
estender a todos os seres humanos esse versículo bíblico, devido ao fato de
muitas pessoas estarem se esquecendo, ou até se envergonhando de serem exemplos
de honestidade e bondade.
O
homem e a mulher, quando têm um encontro real com Jesus Cristo, pela atuação do
Espírito Santo podem exercitar essas virtudes por estarem com suas vidas transformadas
por Cristo.
6. BIBLIOGRAFIA
asvirtudescardeais.blogspot.com
asvirtudesteologais.blogspot.com
Bíblia
de Estudo Pentecostal Almeida Revista
Atualizada
vilaclub.vilamulher.com.br/.../as-virtudes-humanas
Trabalho da disciplina Antigo Testamento II, feito por Maria de Fátima Santos Pereira.
Trabalho da disciplina Antigo Testamento II, feito por Maria de Fátima Santos Pereira.