quinta-feira, 30 de maio de 2024

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2º TRIMESTRE 2024 - LIÇÃO 7 - ADULTOS

O PERIGO DA MURMURAÇÃO

TEXTO ÁUREO 

"E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor." (1 Co 10.10)

VERDADE PRÁTICA

A prática da murmuração enfraquece a vida espiritual, acaba com a comunhão da igreja local e nos impede de desfrutar das promessas de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 16.1-7; 1 Coríntios 10.10,11


INTRODUÇÃO

É verdade que há ações maléficas que vêm direto do Inimigo, mas também é verdade que há as que são produzidas dentro de nós como obras da carne.  Uma delas é o pecado da murmuração.

A murmuração não pode fazer parte do contexto da vida cristã, pois apresenta atitudes de incredulidade e  negatividade, visto que se trata de um murmúrio apresentando reclamações marcadas por insatisfação e descontentamento.  É prejudicial em tudo para o povo de Deus, uma vez que além de ser pecado, suas consequências são desastrosas, gerando mágoas, ressentimentos, confusões, atraso na caminhada para o Céu.

Esse pecado é tão perigoso em nossa jornada que pode nos levar a queda.  Ele não acontece instantaneamente, pois geralmente sucede a incredulidade.  Sim, incredulidade e murmuração andam juntas.  Por isso, nesta lição, estudaremos os perigos da murmuração à luz da recomendação apóstolo: "Fazei todas as coisas sem murmurações" (Fp 2.14).

I - A MURMURAÇÃO NA BÍBLIA

A Bíblia descreve a murmuração em sua essência como algo totalmente negativo, pecaminoso.  Ela adverte severamente contra esse mal, e afirma que quem a pratica mostra que não tem confiança em Deus e em sua Palavra.  Há quatro passagens bíblicas especiais por meio das quais somos todos advertidos a fugir do pecado da murmuração.  Duas passagens no Antigo Testamento que são: Êxodo 16.2-8 e Números 14.26-29, e duas no Novo Testamento que são: 1 Coríntios 10.10 e Filipenses 2.14,15.

1 - O que é murmurar ?

As principais palavras para murmuração na Bíblia são as seguintes:  do hebraico, o verbo liyn, "resmungar", "reclamar" e "murmurar" (Nm 14.36); e o substantivo higgayown, "meditação", "música solene", "pensamento", "conspiração" (Lm 3.62); do grego, o verbo goggúzõ, "murmurar", "resmungar", "queixar-se", "dizer algo contra em um tom baixo", "dos que confabulam secretamente" (Jo 7.32).  De acordo com essas palavras, o murmurador tem o espírito dominado pelo descontentamento, desacordo, ira, queixas e oposição.  Nem Deus escapa dele, pois basta lembrar o que foi feito contra Moisés e Arão (Êx 15.24; 17.3; Nm 14.27; 16.41).

Não há como avançar na vida espiritual quando o coração está cheio do pecado da murmuração, pois esse mal prejudica primeiramente nossa comunhão com Deus e também com o nosso irmão.  Nosso relacionamento com Deus e com nosso próximo jamais será perfeito enquanto estivermos dominados por esse pecado, por isso o escritor aos Hebreus diz que devemos seguir a paz com Deus e com todos (Hb 12.14).

2 - O comportamento dos murmuradores

De acordo com os dois testamentos da Bíblia, o mal da murmuração estava no meio do povo de Deus, entre os israelitas dos dias de Moisés (Êx 16.11); nos dias de Jesus Cristo com os escribas e fariseus (Lc 15.2); na igreja em Jerusalém, no início (At 6.1).  Esse mal revela um comportamento inconveniente, um temperamento inquieto, indiretas sarcásticas.  O comportamento dos murmuradores é tão sério que chegou a ameaçar a unidade da igreja em (At 6.1-7).  Por isso, precisamos ter toda cautela com esse comportamento, pois o pecado da murmuração, além de enfraquecer a nossa vida espiritual, também altera negativamente a nossa saúde emocional e física.

3 - O crente murmurador

Quem se diz salvo em Cristo e tem o Espírito Santo em sua vida não pode naturalizar a prática da murmuração.  Não é normal um crente cheio do Espírito Santo se entregar a esse pecado.  Nesse sentido, estão presentes a indisciplina e o descuido com as virtudes do Espírito (Gl 5.16).

Há um grande perigo quando o crente se torna murmurador.  Ele pode tornar-se cheio de contendas, e seu testemunho não terá eficácia perante o mundo, pois todos verão que está insatisfeito com a vida e com as pessoas, reclama de tudo e de todos.

Quando o crente se torna um murmurador, ele passa a ser um instrumento do Maligno contra a obra de Cristo no mundo, permitindo ao Diabo dominá-lo e usá-lo de todas as maneiras.  Assim, não é possível o crente murmurador ser alegre, bondoso e agradável por meio de sua atitude, visto que sua alma está doente, pois o corpo só será luminoso se os olhos forem bons (Mt 6.22,23).

Cultivemos boas atitudes mentais, priorizemos a vontade de Deus e o seu poder para as nossas vidas, visto que Ele sabe o que faz, inclusive como conduzir os seus planos em relação a nós.  Como Paulo ensinou: "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8.28, NAA).

II - MURMURAÇÃO:  IMPEDIMENTO DA PRIMEIRA GEERAÇÃO À TERRA PROMETIDA

O principal pecado que impediu a primeira geração israelita de entrar na Terra Prometida foi a murmuração.  Desde o momento em que saíram do Egito pelo poder de Deus, por meio de um grande ato libertador denominado êxodo, esse povo nunca parou de murmurar, mesmo diante de tantas benção divinas.  Com essa atitude, declaravam que Deus havia feito tudo errado.  Os textos bíblicos que tratam desse assunto podem ser vistos em Êxodo 16.2-3, Números 14.2-4 e 20.2-5.

Por esse motivo foram disciplinados pelo Senhor, e tiveram que caminhar pelo deserto durante quarenta anos e toda a primeira geração foi extinta, com exceção de Josué e Calebe (Nm 14.28-35).  Sob o comando de Josué , a nova geração atravessou o deserto e chegou a Terra Prometida.

1 - A murmuração contra os líderes escolhidos por Deus

Deus escolheu Moisés e seu irmão, como seu auxiliador, para libertar o povo de Israel da escravidão de Faraó e conduzí-lo à Terra Prometida (Êx 7 7.1,2).  Após experimentar grande livramento, esse povo passou a murmurar contra a liderança de Moisés e Arão de maneira sistemática, alegando que o Legislador o conduzia para morrer em pleno deserto (Êx 16.3).  Nesses relatos, percebemos que a murmuração sucede à incredulidade.  Há uma ausência de fé e se passa escolher o que é mau: a pratica da murmuração. Logo, não se pode esperar mais atitudes de bondade, sinceridade e verdade de quem submerge na murmuração, mas, sim de impaciência, ingratidão e desrespeito à liderança bíblica (1 Ts 5.12,13; Hb 13.17).

O respeito aos líderes colocados por  Deus à frente de sua obra é recomendação bíblica no Antigo e Novo Testamento, esse princípio está claro.

Tornou-se uma prática comum da geração de murmuradores se levantar contra a liderança do Senhor.  Em Números 20.2-13, logo que faltou água esse povo se levanta e passa a murmurar contra Moisés.  Os dois líderes estavam já machucados pela reação desse povo, de modo que a ordem divina a Moisés era que ele falasse à rocha, mas na condição que se encontrava, magoado, feriu a rocha duas vezes, ato que trouxe consequências para sua vida.

No meio de povo de Deus, pode acontecer que murmuradores se levantem contra a liderança estabelecida por Ele.  Mesmo que sejam homens sinceros e que estejam em plena comunhão com o Senhor, aqueles que agem assim, em atos de rebeldia e descontentamento levante, revelam que não são crentes de verdade e que não confiam em Deus.

Oremos pela nossa liderança.  Peçamos a Deus que lhes conceda sabedoria e graça para lidar com as ovelhas.  Que nunca tenhamos atitudes de murmuração, levante e rebeldia contra eles, pois o preço por agir assim é muito alto.  Podemos nos dirigir a eles fazendo nossos questionamentos ou alguma outra coisa, mas com humildade, sinceridade e reverência, desejando de verdade os propósitos divinos.

2 - A murmuração contra Deus

O Senhor Deus respondeu às murmurações do povo, dizendo que faria cair "pão dos céus" (Êx 16.4).  Entretanto, o Senhor deixou claro que contemplou as suas "murmurações" mas tratou o povo com piedade e compaixão (Êx 16.12).  Ora, o Senhor Deus contempla todas as nossas ações, sabe do que precisamos e necessitamos.  Por isso, diante de uma circunstância difícil, é muito melhor nos dirigirmos a Ele de maneira humilde, graciosa e amorosa do que nos achegarmos a Ele com ingratidão, queixas e murmuração (Hb 4.16).

A Bíblia deixa claro que não fica impunes aqueles que vivem murmurando contra Deus, pos se trata de um grande pecado, negando os bons planos do Senhor, não confiando em suas promessas e atacando a liderança por Ele designada.

O cristão precisa em tudo reconhecer os favores de  Deus e ser grato, deve agir como o salmista, que convidou sua alma para bendizer ao Senhor por todos os benefícios recebidos e não se esquecer de nenhum deles (Sl 103.1-5).

3 - Por que é perigoso murmurar ?

A Palavra de Deus diz:  "quem se endureceu contra ele (Deus) e teve paz ?" (Jó 9.4).  A luz desse texto, podemos dizer que a murmuração configura um ato de impiedade extrema contra Deus.  Ela se torna perigosa porque, além de revelar uma ausência de fé, limita a nossa capacidade de enxergar as ações de Deus em nossas vidas e no contexto em que estamos.  Por conseguinte, a murmuração cega-nos diante de Deus.  Não lembramos mais das grandes obras do Senhor em nossa vida.  Não por acaso o apóstolo Paulo reúne os episódios de murmuração dos israelitas para que os crentes da atualidade tenham cuidado e não pratiquem esse pecado a fim de não serem destruídos (1 Co 10.10,11; Rm 15.4).

Sigamos em frente na nossa jornada de fé, priorizando a Palavra de  Deus em nossa meditação, confiando em seu poder e graça, procurando reconhecer que Ele está presente em todos os nossos caminhos.  Dessa forma, chegaremos às mansões celestiais:  "Reconhece-o em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas" (Pv 3.6).

III - MURMURAÇÃO:  UM PECADO QUE NOS IMPEDE DE ENTRAR NA CANAÃ CELESTIAL

Israel não pôde entrar na Canaã prometida por Deus não porque houvesse alguma falha nEle ou naquilo que prometeu, mas, sim, porque se lançaram ao pecado da murmuração (1 Co10.5).  

1 - O fim dos israelitas murmuradores

Examinando os textos de Números 14.29 e 16.41-49, percebemos que, por causa da murmuração, os israelitas daquela geração não entraram na terra da promessa, foram mortos e sepultados no deserto (Nm 14.29).  A peregrinação de Israel pelo deserto nos serve de exemplo e advertência em nossa jornada para que não adotemos seu comportamento murmurador.  Devido a esse pecado, os israelitas perderam de vista os propósitos divinos e não alcançaram o cumprimento da promessa.

Está plenamente provado nos acontecimentos envolvendo Israel que Deus não aceita ou tolera o pecado da murmuração.  Esse ato é por demais perigoso, contagiante, gera um espírito negativista, sem fé, sem amor, sem consideração, sem obediência, sem reconhecimento, sem gratidão.

Se formos desobedientes como foram os israelitas corremos o risco de sermos cortados da raiz como está  escrito na carta de Paulo aos Romanos 11.18-21.

2 - O destino dos murmuradores

Á luz dos relatos do livro de Números, o apóstolo Paulo faz uma séria advertência ao povo da Nova Aliança:  "E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor" (1 Co 10,10).  Isso significa que um crente que vive praticando a murmuração já se encontra espiritualmente morto, perdeu a comunhão com o Senhor e não tem mais prazer nas coisas espirituais.  Logo o seu destino é a morte, que, à luz do Antigo Testamento, infelizmente, tem caráter físico e espiritual.  A murmuração é um perigo ao longo da nossa trajetória cristã.

3 - Os males da murmuração

A murmuração pode provocar muitos males.  Por exemplo, na vida da igreja local a murmuração pode trazer desânimo espiritual, contendas comunitárias, rebeldias espirituais e divisões ministeriais.  Esse processo acaba com a vida de comunhão da igreja local.  Além disso, o nosso Senhor disse que o reino dividido contra sí mesmo é "devastado" e não subsistirá" (Mt 12.25; cf Lc 1.17-22).  Há também o mal de caráter espiritual.  Por exemplo, a murmuração também resulta em mentiras e calúnias, portanto o Espírito Santo não habita uma vida que é dominada por esse tipo de obras carnais (Ef 4.30; Gl 5.19-21).  Por isso, afirmamos que quem se entrega a tal prática acaba atraindo outros pecados para a sua vida, tais como: idolatria, rebelião, adultério, blasfêmias contra Deus.  Como consequência acaba prestando serviço ao Inimigo e estacionando no meio do trajeto celestial.

A murmução, além de trazer atraso para toda comunidade de salvo, isto é, a Igreja, compromete também aquele que tem o chamado ministerial, mas que se deixa seduzir por esse pecado.  Uma pessoa vocacionada retrocederá quando passar a murmurar contra os seus líderes, não querendo mais servir com prazer, alegria e voluntariedade, achando que poderia merecer alguma coisa melhor, um reconhecimento mais adequado, se esquecendo de tantas bençãos que já recebeu.

CONCLUSÃO

Evitemos o pecado da murmuração, o qual vem marcado pela incredulidade para com Deus. A prática desse mal poderá atrair para as nossas vidas consequências desastrosas, como a ira do Senhor.

Nesta lição, vimos o quanto a prática da murmuração é perigosa e destruidora tanto para a vida espiritual quanto para a vida comunitária na igreja local ao longo da nossa jornada cristã.  Não podemos, pois ignorar a advertência da Palavra de Deus quanto ao pecado da murmuração (Rm 15.4).  Ora, a vontade de Deus é a de que participemos de suas promessas.  Portanto, evitemos o mal da murmuração em nossas casas, igrejas e em qualquer lugar que nos relacionemos com o próximo.


Fonte : Bíblia Sagrada

Lições Bíblicas - Adultos - 2º Trimestre 2024 - CPAD

Osiel Gomes - A Carreira que nos está proposta - 1ª  edição - CPAD - 2024 - Rio de Janeiro

sábado, 25 de maio de 2024

CREDO


NISTO CREIO :

Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra.
Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo:  nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu ao Hades; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna.
No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade.
Creio na atualização dos dons espirituais e que a Palavra de Deus é a nossa regra de fé e conduta. 
Creio na volta de Cristo, para arrebatar a sua igreja e no juízo final.  Amém




sábado, 18 de maio de 2024

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2° TRIMESTRE 2024 - LIÇÃO 8 - ADULTOS



 CONFESSANDO E ABANDONANDO O PECADO

TEXTO ÁUREO

"O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia." (Pv 28.13)

VERDADE PRÁTICA

Para desfrutar um caminho de restauração e reconciliação com Deus, precisamos confessar o pecado e abandoná-lo de uma vez por todas.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Salmos 51.1-12; 1 João 1.8-10

INTRODUÇÃO

Atualmente muitos acreditam que não é preciso confessar o pecado por denominá-lo mera fraqueza ligada ao ambiente e aos aspectos hereditários.  Nesta lição, veremos que a Bíblia não ensina assim.  Em sua epístola, o apóstolo João escreve que o pecado é real e, por isso, é um perigo para a vida do crente, pois suas consequências são trágicas.  a orientação bíblica é a de que, caso ocorra um pecado, ele deve ser confessado, abandonado como evidência do arrependimento para que o crente arrependido possa receber o perdão de Deus (1 Jo 2.9; cf Sl 32.5).

I - A CONFISSÃO DE PECADO
Confessar os pecados é uma ação que acontece na vida daquele que pecou ou falhou diante de Deus, reconhecendo que de fato cometeu a quebra dos mandamentos divinos, violou sua Lei e, desde então, está afastado de sua santa vontade.  
A confissão de pecados e a necessidade de seu abandono não é algo criado por líderes, um conselho de teólogos ou pastores, mas trata-se de uma recomendação bíblica, ou seja, há base bíblica para tal exigência.  Há diversas passagens na Bíblia que tratam dessa temática, como, por exemplo, Provérbios 28.13, Salmos 32.5, Tiago 5.16 e 1 Jo 1.9.
Quando a confissão é é sincera e verdadeira, o grandioso Deus estará sempre pronto para manifestar sua graça, amor e misericórdia, que, por meio de Jesus Cristo seu Filho, nos purifica de todo pecado.

1 - Definição
O verbo "confessar", da palavra hebraica yadah, aparece como "jogar", "atirar", "lançar" (1 Rs 8.33), uma palavra que vem da raiz verbal de hadah que significa "estender a mão".  Esta palavra está presente 900 vezes no Antigo Testamento, aparecendo com o sentido de "tomar conhecimento", "saber", "reconhecer".  A palavra aparece no Antigo Testamento no contexto de confissão de pecado (Sl 32.5).  No Novo Testamento, o verbo grego para "confessar" é homologéo, que significa "concordar com", "consentir", "conceder".  Essa palavra é composta da raíz homou, junto de pessoas reunidas; e de lógos, do ato de falar.  A palavra homologéo ocorre 25 vezes no Novo Testamento (Mt 7.23, Rm 10.9,10; Tg 5.16).  Há um verbo grego importante para "confessar", eksomologéo (Mt 3.16), que significa professar", "reconhecer aberta e alegremente para a honra de alguém"; "prometer publicamente que fará algo", "comprometer-se com".  Logo podemos dizer que confessar é uma maneira de declarar o que se crê ou sabe.

2 - A confissão bíblica de pecado
O ensino bíblico geral da confissão de pecado traz a ideia de reconhecê-lo e fazer a sua confissão, pois o perdão depende desse ato (Sl 32.5;1 Jo 1.9).  Essa confissão pode ser no momento da conversão; ou depois dela, quando pecados cometidos podem ser contra Deus ou contra um irmão (Mt 5.21,22).  Importante ressaltar, porém, que, segundo o ensino bíblico, era tão somente depois da confissão de pecados que se poderia viver verdadeiramente uma vida de oração e comunhão com Deus (Ne 1.6; Sl 66.18; Lc 18.9-14).
A ideia da necessidade de confissão de pecado é algo que vem desde o Antigo Testamento, mostrando que aquele que pecou e confessa alcança misericórdia e perdão da parte de Deus.
Percorre nas página do Antigo Testamento a ideia de confissão de pecados, marcado pelo arrependimento, que acontecia por meio da humildade, quebrantamento e sinceridade na busca pelo perdão de Deus.
No Novo Testamento, vai se visibilizar melhor a ideia do perdão por intermédio da confissão de pecados.
Em todas as páginas neotestamentárias, o pecado é mostrado como uma violação contra Deus e sua Palavra.  Paulo mostra que por causa da desobediência humana o pecado tornou-se universal, não há um ser justo sequer (Rm 3.10-12,23).  Esse pecado ocasionou duas coisas: separação de Deus e morte eterna (Rm 6.23).
Frente ao quadro estarrecedor que o pecado trouxe ao mundo, inclusive ao homem, revela-se também o amor de Deus ofertando por meio de Cristo Jesus o perdão (Ef 1.7; Cl 1.14), mas, para que isso acontecesse, era necessário um verdadeiro arrependimento, ou seja, mudança de mente, de direção, afastamento total do pecado (Lc 13.3; At 3.19).
Quando reconhecemos os nossos pecados e os confessamos, podemos viver um novo relacionamento com Deus, pois, quando nos arrependemos de verdade, confessando os nossos pecados a Jesus, a graça e a misericórdia divina entrarão em ação em nosso favor (1 Jo 1,7).

3 - O símbolo da confissão de pecado
No ato da confissão da confissão de pecados, a pessoa reconhece de maneira autônoma os pecados cometidos e que, por isso, se encontra indigna de estar na presença de Deus.  Ela reconhece a sua natureza pecaminosa diante do Altíssimo (Rm 3.10-12).  Então, em arrependimento sincero e confissão, busca o que lhe é garantido por meio da Palavra de Deus: o perdão.  Assim, quem experimenta o ato sincero e humilde da confissão de pecado alcança a misericórdia de Deus (Pv 28.13).  Então, a alma é consolada e a vida espiritual é restaurada.

II - O PERIGO DO PECADO NÃO CONFESSADO

1 - Os males dos pecados não confessados
Quando não há confissão de pecado, a primeira consequência é que a pessoa fica separada de Deus, Ele esconde seu rosto de nós (Is 39.2). Culpa e vergonha são sentimentos que vão se alastrando cada vez mais na vida de quem não confessa seus pecados, gerando também a falta de paz interior e inquietação.  Tudo isso atingiu Davi por esconder seus pecados (Sl 32.3-5).
Quando lemos e analisamos Provérbios 28.13, percebemos que a confissão não se trata apenas de um ensino judaico, mas também cristão.  A Epístola de João corrobora com a necessidade de se confessar o pecado, deixá-lo e alcançar o perdão (1 Jo 1.9).  Em contrapartida, quem ignora a confissão de pecado, ocultando-o, vive uma vida de aparência e de morte espiritual; semelhantemente ao que nossos primeiros pais, Adão e Eva, viveram ao tentar ocultar os seus pecados diante de Deus (Gn 3.8).

2 - As consequências do pecado de Adão e Eva
A realidade bíblica do pecado pode ser vista no primeiro casal, Adão e Eva, quando pecou e, por isso, recebeu sentenças devidas (Gn 3.14-19).  Além disso, nossos primeiros pais perderam o direito de viver no ambiente mais perfeito e belo que Deus criou (Gn 3.24).  Por isso na vida de Adão e Eva há consequências trágicas do pecado, tais como: alteração da condição física de ambos; a transição da natureza imortal para mortal; diversas tensões no gênero humano e na natureza.  Assim, sabemos que as consequências do pecado de nossos primeiros pais não se limitaram a eles, mas perpassaram a todo o gênero humano e natural (Rm 5.12-14).
3 - As consequências do pecado de Davi
O rei Davi pagou um alto preço com o seu pecado.  A Bíblia mostra que por isso, a espada não sairia da sua casa (2 Sm 12.10-12).  Os capítulos 11 e 12 de 2 Samuel revelam o conflito e o senso de culpa que marcavam a vida de um homem que, por certo tempo ocultou o seu pecado, trazendo-lhe enfermidades morais e aflição que o levavam a gemidos.  O Salmo 32 mostra que, por se manter em silêncio, não confessando o seu pecado, Davi enfraqueceu cada vez mais, perdendo o vigor espiritual (Sl 32.2-4).  Já o Salmo 51 mostra a confissão de pecado do rei, reconhecendo todos os seus erros a fim de que eles fossem perdoados e o salmista purificado (Sl 51.2-6).

III - CONFISSÃO DE PECADO: UM CAMINHO DE CURA E RESTAURAÇÃO

1 - Confessando o pecado a Deus
Segundo o ensino bíblico, a confissão de pecados deve primeiramente ser dirigida a Deus, por intermédio de seu Filho, pois só Ele pode perdoar nossos pecados (Sl 51.3,4; Mt 9.2,6).  Ao longo do seu ministério, o Senhor Jesus disse à mulher pecadora:  "Os teus pecados te são perdoados" (Lc 7.48).  Na oração do Pai-Nosso, o Senhor Jesus ensinou: "[Pai] Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores" (Mt 6.12).  Em 1 Jo 1, lemos que os nossos pecados devem ser confessados a Cristo (1 Jo 1.7-9).  Dessa forma, perdoar pecado é uma prerrogativa de Deus Pai por intermédio do Senhor Jesus, mediante a sua obra no Calvário.

2 - Alcançando cura e restauração
O texto áureo da presente lição nos lembra que ocultar o pecado é decidir por trilhar uma jornada de sofrimento espiritual e emocional.  Mas quem deixa de lado o orgulho e a soberba para trilhar o caminho humilde da confissão de pecado vive uma vida mais leve.  Não há nada mais restaurador que desfrutar das misericórdias do Senhor (Pv 28.13).  Não há nada mais consolador do que confessar o pecado e deixá-lo definitivamente, pois assim encontraremos descanso para a alma.
Todo esse processo de confissão e abandono de pecado revela a eficácia do ministério da reconciliação de Deus por meio de Jesus Cristo (2 Co 5.18).  Quem faz assim encontra o caminho de cura e restauração, conforme lemos nas palavras do salmista:  "Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. [...] Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu:  Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado" (Sl 51.3,5).

CONCLUSÃO
Na jornada para o Céu, pode acontecer de o cristão falhar, cometer pecados que fere a santidade de Deus, bem como os seus irmãos.  Entretanto poderá contar com a presença de homens escolhidos por Deus para orientá-los sobre a importância de seguir os processos envolvidos na busca pela restauração espiritual, isto é, o arrependimento e a confissão.  Lembrando que os pecados não confessados geram a morte, assim, o melhor é confessar e abandonar para alcançar a misericórdia do Senhor (Pv 28.13), pois somente Deus é quem tem o poder para perdoar pecados, nenhum humano tem tal prerrogativa.
Em nossa caminhada cristã estamos sujeitos ao pecado.  Encobri-lo e viver uma vida espiritual de aparência não é uma opção bíblica para o caminho da cura e restauração.  Logo, uma jornada de perdão só é possível com a confissão do pecado praticado e a resolução de abandoná-lo de uma vez por todas.  Quem procede assim desfrutará das infindáveis misericórdias divinas.

Fonte : Bíblia Sagrada
Lições Bíblicas - Adultos - 2º Trimestre 2024 - CPAD
Osiel Gomes - A Carreira que nos está proposta - 1ª edição - CPAD - 2024 - Rio de Janeiro



sábado, 11 de maio de 2024

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2º TRIMESTRE 2024 - LIÇÃO 6 - ADULTOS

 AS NOSSAS ARMAS ESPIRITUAIS

Texto Áureo 

"Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas." (2 Co 10.4)

Verdade Prática

Diante da batalha espiritual, temos poderosas armas espirituais a nossa disposição: a Palavra de Deus, a Oração e o jejum.

Leitura Bíblica em Classe 

Lucas 4.1-4, 16-20

INTRODUÇÃO

Deus é maravilhoso.  Ele sabe das adversidades, lutas e desafios que iremos encontrar na nossa trajetória para o Céu enquanto seguimos na jornada, por isso coloca ao nosso dispor as armas que nos auxiliarão durante a caminhada de fé para a Sião celestial. Com essas armas da fé, o cristão poderá seguir a diante, enfrentando sem temor as tentações e resistindo às artimanhas do nosso Inimigo.

Na lição anterior, estudamos a respeito de três opositores que se mostram como obstáculos de nossa jornada:  o Diabo, a Carne e o Mundo.  Nesta lição, enfatizaremos três armas, isto é, recursos espirituais em que todo crente precisa lançar mão diante dos obstáculos da jornada: a Palavra de Deus, a Oração e o Jejum.  Desde o início de nosso andar com Cristo, estamos diante de uma batalha espiritual que só terá fim com o Arrebatamento da Igreja para o Céu.

I - AS ARMAS DO CRENTE

1 - As armas

De modo geral, podemos classificar as armas como instrumentos de ataque e de defesa.  Nas escrituras, os principais instrumentos de ataques são:  espada (1 Sm 17.45); vara (Sl 33.4); funda (1 Sm 17.40); arco e flecha (2 Rs 13.15); lança (Js 8.18); e  dardo (2 Sm 18.14).  Os de defesa são:  escudo (Ef 6.16), capacete (1 Sm 17.5); couraça (1 Sm 17.5) e caneleiras (1 Sm 17.6).  Essas armas eram usadas pelos exércitos antigos, bem como pelo exército de Israel, com a diferença que este era instado a colocar a sua confiança no Senhor (Sl 20.7).  Entretanto, para os cristãos, "armas" aqui tem um sentido metamofórico, pois nosso combate não é de corpo a corpo com outra pessoa, mas contra o mal encabeçado pelo Diabo e seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.

Está claro que o inimigo a ser vencido é Satanás e seus demônios (Ef 6.12).

Deus disponibilizou para os cristãos várias armas, cuja primeira arma a se mencionar é a Palavra de Deus, conhecida como a Espada do Espírito (Ef 6.17).  Com ela se vencem as mentiras, os enganos, se conhece a vontade de Deus e promove santidade (Jo 17.17).  Outra arma poderosa é a oração, visto que por meio dela se mantém contato com Deus, firma-se a comunhão (Ef 6.18).

Pela leitura que se faz em Efésios 6.13-17, tem-se um conjunto completo da armadura que o cristão precisa ter para enfrentar a batalha e ficar firme.  Nesta lista consta o cinto da verdade, a couraça da justiça, as sandálias da preparação do evangelho da paz, o escudo da fé e o capacete da salvação.

2 - As estratégias do Inimigo

O nosso Inimigo Satanás, é perigoso, sagaz.  Por isso Paulo falou que não é bom ignorar seus designios, isto é, o seu propósito vil (2 Cor 2.11), que pelo entendimento do apóstolo havia um propósito maligno para contaminar a fé dos irmãos e desfazer a boa ordem na Igreja.

Não podemos desprezar o conhecimento a respeito da força do Inimigo de nossas almas.  O Novo Testamento revela o que o Diabo é capaz de fazer para ludibriar as pessoas:  arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19); buscar altas posições como mentiras (At 5.3); usar pessoas para trair (Lc 22.3,4); escravizar (2 Tm 2.26). enfraquecer a fé do crente (Lc 23.32); enganar com doutrinas demoníacas (1 Tm 4.1).  Não por acaso o apóstolo Pedro nos alertou a respeito da sagacidade do Inimigo:  "Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adveresário, ainda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (1 Pe 5.8).

3 - O chefe de toda força do mal

O apóstolo Paulo escreve claramente que o Diabo é o chefe de todos os poderes das trevas que batalham contra nós (Ef 6.11; Rm 13.12).  Até mesmo o apóstolo dos gentios foi por vezes impedido pelo Inimigo por meio de instrumentos humanos (1 Ts 2.18).  Essa é uma das razões que o apóstolo cunha Satanás como o "príncipe da potestade do ar" (Ef 2.2).  Destacando ainda sua força e autoridade na hierarquia do mal, o Diabo é denominado de "o deus deste século" (2 Co 4.4).  Portanto, não podemos ignorar que o Inimigo tem um reino organizado com seus servos, emissários, principados e potestades (Lc 11.17-22).

Há muitas pessoas que pensam que os crentes servem a Deus ou Cristo Jesus com medo do Diabo....nada disso.  Nós servimos ao Pai poderoso e a Jesus Cristo, seu Filho, por compreender a imensidão do seu amor para conosco e o plano de salvação (Jo 3.16;  Rm 5.8; 1 Tm 2.4).  Todavia, somos conscientes pela Palavra que esse Inimigo quer desfazer todo esse plano para nos afastar de Deus.  Mesmo assim, temos o que é necessário da parte divina para o enfrentarmos e resistirmos sem temer.

II - AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

1 - A Palavra de Deus

O Senhor Jesus disse que não vivemos apenas de pão, mas de toda a Palavra de Deus (Mt 4.4).  Dessa maneira, o apóstolo Pedro aconselha que "desejemos afetuosamente" o "leite racional" para o desenvolvimento da nossa salvação, isto é, o estudo perseverante da Palavra de Deus para o nosso crescimento espiritual (1 Pe 2.2).  Uma vez nutrido e solidificado com a Palavra, estamos firmados em Deus para resistir às armadilhas de Satanás e demais estratégias (Mt 7.24.25).  Logo, quem se rende à Palavra de Deus experimenta a influência frutífera da verdade divina (Jo 17.17).

A Palavra  concede instrução aos cristãos, por isso que os apóstolos de imediato compreenderam essa verdade, de modo que queriam gastar o tempo com a Palavra e a oração (At 6.3).  Paulo reconhecia o poder da Palavra, e foi incisivo em esclarecer seu poder pedagógico para a vida espiritual, visto que ela é útil para ensinar, redarguir, corrigir em justiça (2 Tm 3.16).

Os que meditam na Palavra terão duas grandes qualidades destacáveis: a primeira é que será frutescente; a segunda é que tem qualidade de vida, pois tudo que fazer prosperará (Sl 1.2,3).

2 - A oração

Aliada ao estudo da Palavra, a oração é uma das mais importantes armas espirituais que o crente tem ao longo de sua jornada para o Céu (Sl 55.17).  Prestemos atenção para a seguinte declaração:  "orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito" (Ef 6.18).  Note que o apóstolo Paulo não insere a oração como uma peça de armadura, pois na verdade,é como se ela trouxesse um ajuste ou alinhamento para a armadura toda.  Nesse aspecto, essa imagem traz uma ideia de que a oração fortalece todas as esferas da nossa vida.

Biblicamente, a oração é uma aproximação da pessoa a Deus por meio de palavras ou do pensamento, em particular ou em público.  Inclui confissão (Sl 51), adoração (Sl 95.6-9; Ap 11.17), comunhão (Sl 103.1-8), gratidão (1 Tm 2.1), petição pessoal (2 Co 12.8) e intercessão pelos outros  (Rm 10.1).  Para ser atendida, a oração requer purificação (Sl 66.18), fé (Hb 11.6), vida em união com Cristo (Jo 15.7), submissão à vontade de Deus (1 Jo 5.14-15; Mc 14.32-36), direção do Espírito Santo (Jd 1.20), espírito de perdão (Mt 6.12) e relacionamento correto com as pessoas (1 Pe 3.7).

Por meio da oração, o cristão tem a resposta de Deus. Por vezes essa resposta não vem como queremos, mas, sim, como o Senhor quer, pois Ele sabe o que é melhor para as nossas vidas.

Amados, oremos sempre, dado que por meio dessa prática não apenas temos comunhão com Deus e sua orientação, mas somos transformados e passamos a ter experiências de que o Senhor ouve e responde às orações.

3 - O jejum

Na Bíblia, o jejum é apresentado como prática de não se alimentar por certo tempo (1 Rs 21.9).

Aliado à Palavra de Deus e à oração, a prática do jejum é uma terceira arma espiritual do crente durante a jornada para o Céu.  Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o jejum é uma prática presente.  Esse ato é usado no contexto de busca de uma orientação divina (Êx 34.28; Dt 9.9; 2 Sm 12.16-23).  No Novo Testamento, o Senhor Jesus jejuou (Mt 4.1-4) e disse que seus discípulos também o fariam (Mt 9.14-17; Lc 5.33-39).  a Igreja Primitiva observava a prática do jejum, buscando orientação divina para o envio de obreiros (At 13.2,3; 14.23).  O apóstolo Paulo também jejuava por ocasião de seu ministério (2 Co 6.5; 11.27).  Logo, o jejum tem um valor glorioso para a vida do crente, pois é um ato que nos auxilia a ter mais intimidade com Deus.

Quando desenvolvido da maneira certa, seguindo as orientações precisas da Palavra de Deus, objetivando em tudo a busca do Senhor para o fortalecimento da fé e comunhão com Ele, bem como a orientação divina, estar em um período de consagração, desprezando a religiosidade e exibição de um espírito faraisaico, então essa arma se torna poderosa e indispensável.

Devemos ser conscientes que o jejum não pode ser feito na forma que faziam os fariseus, como ato de exibição para serem vistos pelos outros.  Um cristão sincero jejua em segredo, como foi ensinado por Cristo (Mt 6.6-18), faz isso com um coração quebrantado, puro e verdadeiro, sem qualquer ato de hipocrisia, mas aliado à oração e à meditação na Palavra, evidenciando um ardente desejo de ser impactado por Deus.

O cristão que prioriza a Palavra, a oração e o jejum em seu viver diário na busca de sua comunhão com Deus, está bem preparado, capaz e apto para crescer cada vez mais na fé e resistir às artimanhas de seu opositor, Satanás, não cedendo jamais às tentações, mas permanecendo inabalável e priorizando a vontade de Deus.

III - JESUS CRISTO:  O NOSSO MAIOR MODELO

1 - Vencendo o Diabo com a Palavra

Jesus é o nosso modelo maior, o nosso exemplo de vida,  O que Ele fez em sua vida humana para estreitar cada vez mais sua comunhão com Deus também devemos fazer.  Sua vitória contra Satanás foi por desenvolver uma vida que priorizava a prática de fazer uso da Palavra, oração e jejum.

Há dois episódios importantes que relatam o destaque especial que o Senhor Jesus deu à Palavra em Lucas 4.  O primeiro enfatiza que o Senhor Jesus venceu o Tentador com a Palavra de Deus (Lc 4.4; cf. Dt 8.3).  No segundo, Ele leu uma passagem do profeta Isaías na sinagoga em Nazaré e tomou para sí o cumprimento do texto lido (Lc 4.16-20; cf. Is 61.1,2).  Nosso Senhor deixou claro nesses episódios que os princípios da Palavra de Deus devem estar presentes em nossa vida na batalha contra o Malígno.  Por isso, nessa contenda, o apóstolo Paulo aconselha-nos a tomar a espada do Espírito, ou seja, a Palavra de Deus, a única arma de ataque na armadura do crente (Ef 6.17), uma arma poderosa e eficaz que provém do Espírito Santo de Deus (2 Tm 3.16).

Quando Jesus foi tentado pelo Inimigo, Ele não fez uso de outro argumento, a não ser a Palavra.  Isso é importante para todos nós, pois frente às mentiras e sugestões desse ser maléfico, bem como de suas seduções, a Palavra era a base, o fundamento, o alicerce que fez Jesus não ceder, mas combater e seguir em frente com toda fidelidade à missão para a qual fora enviado, priorizando a vontade de Deus.  Todo cristão que vive uma vida de fé pautada na Palavra terá condições plenas para vencer as tentações do Maligno, estando preparado para seguir avante sem qualquer temor.

2 - Vivendo em oração

O evangelista Lucas mostra que Jesus se retirava para os lugares desertos para orar (Lc 5.16; 6.12; 9.28).  Ele orava pelos apóstolos e pela igreja (Jo 17.9,20-22), pelos seus algozes (Lc 23.24), por Simão (Lc 22.31,32), pelos que se encontravam junto ao túmulo de Lázaro (Jo 11.41,42).  Ele sabia bem o valor da oração e, por isso, gastava muito tempo falando com Deus.  Nesse sentido, nosso Senhor conta conosco para que nos dediquemos à prática da oração, selecionando um local reservado, horário e prioridade para buscar a Deus em súplicas (Mt 6.6).

Devemos lembrar que não basta que somente vivamos uma vida de oração, mas, também é necessário que vivamos uma vida de obediência à Palavra de Deus.  Jesus foi obediente até a morte, e morte de cruz (Fp 2.8).

3 - Vivendo em jejum

Além de meditar na Palavra e perseverar em oração, o Senhor Jesus jejuava (Lc4.2).  Ora, Ele também espera que o imitemos, jejuando.  Infelizmente há quem ensine que não precisamos jejuar.  Exceto os que têm problemas de saúde, por isso é muito importante estarmos sob orientação médica, todo seguidor de Cristo é estimulado pela Bíblia a jejuar.  Ademais, quando aliamos o estudo da Palavra e a oração ao jejum, aprofundamos a nossa intimidade com Deus e nos tornamos mais sensíveis à sua voz, conforme o que acontecia com a liderança e os membros da igreja antiga que jejuavam como o Senhor Jesus (At 9.9; 13.2,3).

Todo crente que tem uma vida marcada pela meditação na Palavra, oração e jejum, terá crescimento saudável , verdadeiro e profundo na intimidade com Deus, estando mais desapegados das coisas deste  mundo, mas voltado para as coisa do Céu (Cl 3.1,2), estando preparado para toda boa obra e pronto para enfrentar lutas, provações e tentações do Diabo, resistindo firmemente na fé até chegar aos Céus.

CONCLUSÃO

Amados, nós temos à nossa disposição as três armas que nos auxiliam na nossa jornada para o Céu:  Palavra, oração e jejum.  Foi por meio delas que os santos do Antigo Testamento foram vitoriosos, bem como os cristãos da Nova Aliança.  Nesse particular, Jesus é o nosso exemplo, pois vivendo neste mundo sempre recorreu à Palavra, à oração e ao jejum.  Se assim procedermos, jamais cederemos diante das tentações do Maligno, contudo manteremos nossa fidelidade para com Deus priorizando sua vontade.

O nosso Inimigo é ardiloso e perverso.  Por isso, não podemos ignorar suas estratégias.  Contra ele, lutaremos com armas espirituais que são a Palavra, oração e jejum.  Essas armas promovem crescimento e fortalecimento para nossa vida ao longo da nossa jornada espiritual.  Assim, segundo o modelo de vida do nosso Senhor Jesus, que fez uso dessas armas, podemos vencer as estratégias do Maligno.


Fonte :  Bíblia Sagrada

Lições Bíblicas - Adultos - 2° Trimestre 2024 - CPAD

Osiel Gomes - A Carreira que nos está proposta - 1ª edição - CPAD - 2024 - Rio de Janeiro

sexta-feira, 10 de maio de 2024

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2º TRIMESTRE 2024 - LIÇÃO 5 - ADULTOS

 OS INIMIGOS DO CRISTÃO

TEXTO ÁUREO 

"Se vivermos no Espírito, andemos também no Espírito.  Não sejamos cobiçosos de vanglória, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros." (Gl 5.25,26)

VERDADE PRÁTICA 

Na jornada da fé há inimigos que tentam nos atrapalhar:  o Diabo, a Carne e o Mundo; mas em Cristo somos mais que vencedores


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 6.11-14; 1 Jo 2.5-17


INTRODUÇÃO

A Palavra de Deus identifica três grandes inimigos que se colocam diante de nós ao longo de nossa carreira cristã: o Diabo, a Carne e o Mundo.  Diante de nossa jornada para o Céu, nos deparamos com esses três inimigos.  Dessa forma, devemos estar biblicamente instruídos e, espiritualmente preparados, para enfrentá-los ao longo da caminhada com Cristo. 

O salvo que deseja seguir sua caminhada de modo firme, sólido, precisa cada vez mais achegar-se a Deus com fé, oração e meditação na Palavra, pois caso falte a fé, que é o firme fundamento (Hb 11.1), ele se tornará apático, sem vida e esperança, ficando desanimado.  Por isso, nos acheguemos a Ele com toda confiança (Hb 11.6; 12.1-3), não baixando a guarda, mas estando vigilante, pois esse arqui-inimigo é um adversário sagaz, astuto, que trabalha constantemente para destruir a nossa fé (1 Pe 5.8).

I - O PRIMEIRO INIMIGO DO CRISTÃO:  O DIABO

Trata-se do inimigo de Deus e dos seres humanos, que a Bíblia chama de Satanás, Opositor, Diabo, Inimigo, Belzebu, principe dos demônios, Tentador, Grande Dragão, a Antiga Serpente, Pai da mentira, entre outros.  Ele foi criado perfeito e era o "selo da simetria e a perfeição da sabedoria e da formosura"  (Ez 28.12 - TB), mas o seu orgulho levou-o a considerar-se igual a Deus:  "Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo" (Is 14.14).  E assim, ele foi expulso do céu:  "Como caíste  do céu, ó estrela da manhã, filha da alva!" (Is 14.12).  A Vulgata Latina emprega "Lúcifer", termo latino que significa "portador de luz", para "filho da alva".  Ele foi expulso do céu com a legião de anjos que se rebelou junto com ele.

Jesus disse que Satanás já está julgado: "e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado" (Jo 16.11), aguardando o dia do tormento eterno no lago de fogo, tão temido pelos demônios.

1 - O Diabo é real

A existência do Diabo como pessoa é descrita desde o primeiro livro da Bíblia.  No Antigo Testamento, as ações de Satanás são descritas em Gênesis, 1 Crônicas, Jó, Salmos, Isaías, Ezequiel e Zacarias.  O Novo Testamento mostra a atuação do Diabo por cerca de 25 vezes das 29 passagens dos Evangelhos em que Jesus o menciona.  Em seu ministério, nosso Senhor atesta a realidade de Satanás (Mt 13.39; Lc 11.18).

Nós, cristãos que cremos na Palavra de Deus, acreditamos piamente no que ela diz sobre Satanás como um ser real.  As passagens bíblicas que tratam sobre ele, o que é seguido tanto no judaísmo como no cristianismo, evidenciam isso.

Portanto, a questão envolvendo a realidade da existência de Satanás como um ser real e maléfico está descrita na Bíblia.

A Bíblia descreve Satanás como um ser poderoso, mas, ao mesmo tempo, mostra que Deus é soberano sobre tudo e todos, inclusive sobre o Diabo, e os que vivem em Cristo não devem temer o seu poder, pois nEle temos força para vencer o poder do mal ( 1 Jo 4.4; Cl 2.15), de modo que podemos resistir aos intentos do Inimigo e estar firmes na fé (Tg 4.7; Ef 6.10-18).

2 - A descrição de Satanás

As Escrituras Sagradas descrevem Satanás como um ser espiritual que pertencia a uma ordem angelical dos querubins, sendo o mais exaltado deles (Ez 28.12,14).  Em Judas 9, por ele pertencer a uma ordem elevada, está registrado que o Arcanjo Miguel contendeu com Satanás a respeito do corpo de Moisés, mas não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele.  De fato, Satanás é o chefe dos anjos caídos.  Ele possuí poder, porém suas ações são limitadas, mas é visto como o deus deste século, o príncipe da potestade do ar ( 2 Co 4.4; Ef 2.2).  Também podemos afirmar que Satanás é um ser que possui personalidade, ou seja, ele tem inteligência ( 2 Cor 11.3), raiva ( Ap 12.17), desejos ( Lc 22.31) e vontade própria ( Is 14.13,14; 2 Tm 2.26).  Nosso Senhor considerava Satanás como uma pessoa e, por isso, usou pronomes pessoais para se referir a ele ( Mt 4.1-12; cf Jó 1.6-12; 2.1-4).

Esse inimigo é contrário ao bem.  Tudo que é bom, perfeito, justo e verdadeiro, Satanás se opõe.  Seu grande trabalho é estragar a obra perfeita de Cristo em nossas vidas, razão pela qual não podemos descansar, mas estar sempre  vigilantes ( 1 Pe 5.8).

A Bíblia diz quem é realmente o nosso inimigo, o Diabo ou Satanás, que no princípio era bom, mas rebelou-se contra Deus, e atualmente busca destruir o ser humano, contudo, Cristo se manifestou para desfazer as obras do Diabo ( 1 Jo 3.8).

3 - A identidade do Inimigo

Podemos conhecer o Inimigo por meio dos nomes que a Bíblia usa para descrevê-lo:  Serpente, refere-se a sua sagacidade e astúcia (Gn 3.1; Ap 12.9); Satanás, mencionado 52 vezes, adversário ou opositor ( Zc 3.1; Mt 4.10; Ap 20.2); Diabo, aparece 35 vezes, acusador (Mt 4.1; Ef 4.27); Maligno, revela o seu caráter ( 1 Jo 5.18,19); Dragão Vermelho, revela sua ferocidade ( Ap 12.3,7,9,10); Tentador, ação tentadora no campo da mentira e da imoralidade ( At 5.3; 1 Co 7.5); Enganador ( Ap 12.9; 20.2,3); Belzebu, chefe dos demônios (Lc 11.15); Belial, pessoa má, sem valor ( Jz 19.22; 1 Sm 30.22;  2 Co 6.15).  Esses nomes revelm uma naturza cruel, perversa e destruidora do nosso inimigo.

O segredo para vencermos o Maligno é confiarmos na graça que vem de Deus, nos sujeitando a Ele e obedecendo-lhe em tudo.  Assim, em humildade, confiando no seu poder, podemos resistir a qualquer poder do mal, pois essa postura fortalece nossa resistência frente ao nosso grande e real adversário, Satanás ( 1 Pe 5.8,9).

II - O SEGUNDO INIMIGO DO CRISTÃO:  A CARNE 

1 - Conceito bíblico de carne

Há quatro definições para a palavra "carne" na Bíblia: 1) o tecido muscular do corpo humano e dos animais (Gn 2.21); 2) o corpo humano inteiro (Êx 4.7); 3) o ser humano segundo a sua fragilidade e mortalidade (Sl 78.39); 4) a natureza humana pecaminosa (Gl 5.19; 6.8).  Dentre muitas perspectivas da palavra carne na Bíblia, a expressão "concupiscência da carne" tem grande relevância (1 Jo 2.16).  Quando o apóstolo João usa esse termo, ele se refere à satisfação carnal em todas as suas dimensões: glutonarias, sensualidade, bebedeira, relações sexuais ilícitas.  A expressão revela que não há critério ou norma moral num contexto em que a busca pelo prazer individual dita a tendência.  É o egoísmo em grau elevado.

Em Gálatas 5.19-21, Paulo faz questão de mostrar as obras da carne e o quanto elas são perversas.  Para não cumprir suas concupiscências, é preciso andar no Espírito.  O mais terrível é que os que praticam as obras da carne, além de não agradar a Deus, jamais entrarão no Céu.  A ênfase para andar em Espírito fala tanto de ser guiado, orientado por Ele, mas implica necessariamente um viver de plena santidade, visto que a missão do Espírito Santo é de nos conduzir para Deus da forma que Ele deseja.

2 - A carne no Novo Testamento

Na perspectiva do Novo Testamento. o termo grego sárx, isto é, "carne", é uma referência direta à totalidade da natureza humana pecaminosa, à parte de Deus, degradada, sem a presença do Espírito Santo.  Em suas cartas, o apóstolo Paulo evidencia o que uma natureza dominada pela carne pode produzir (Gl 5.19-21; Cl 3.5,9).  A carne opõe-se a Deus e aos seus propósitos, pois ela tenciona caminhar de modo independente do Altíssimo; seu desejo e vontade estão fora dos planos divinos, ela faz com que o ser humano aja como se fosse o próprio Deus.

Há abordagens diferenciadas da expressão carne no contexto teológico, isso relacionado à forma que tal palavra aparece no Novo Testamento.  Ela pode ser apresentada como natureza humana caída, revelando em essência a situação do homem desde a Queda (Gn 3), e é a partir desse momento que se passa a falar sobre inclinação pecaminosa da humanidade.  Nessa situação, o homem se torna um ser incapaz de poder salvar a si mesmo por seus méritos, pois em sí não habita bem algum (Rm 7.18).

A palavra carne também é compreendida na dimensão que envolve a encarnação de Jesus, o que é conhecido como natureza encarnada de Cristo.  Ao vir a este mundo, Jesus humanizou-se para identificar-se com humanidade pecadora, passando a ter uma real experiência com as lutas e dores de todo mortal (Jo 1.14; Fp 2.7).  Ainda na ótica da teologia, a palavra carne pode ser usada para descrever o homem mortal, dando um destaque para sua própria fragilidade humana, a qual é resultado do pecado (Rm 5.12).  O aspecto efêmero da natureza humana é descrito como erva (Is 40.6), grama (1 Pe 1.24). Não há do que o homem se orgulhar, pois é frágil demais, a qualquer momento pode morrer.

Outro sentido da palavra carne no contexto teológico fala de oposição ao Espírito Santo, conforme já tratamos, que fala da natureza pecaminosa.  Todavia, quem já tem um viver transformado pelo poder de Cristo e passa a andar no Espírito sairá vencedor (Rm 8.2).

3 - A perspectiva doutrinária da palavra carne

Doutrinariamente, a "carne" é a natureza humana depois da queda de Adão.  Como vimos, a expressão "carne" pode ser usada para se referir ao corpo humano (1 Co 15.39), mas também à natureza pecaminosa (Rm 8.6).  Nesse sentido, embora uma mesma palavra possa trazer sentidos diferentes, não há razão de confundir-se entre "carne" como corpo e "carne" como natureza pecaminosa, pois o que é produzido pela natureza pecaminosa, logo, é reconhecido; como por exemplo:  a idolatria é uma obra da carne, ou seja, da natureza humana pecaminosa (Gl 5.20).

III - O TERCEIRO INIMIGO DO CRISTÃO:  O MUNDO

1 - Perspectivas bíblicas da palavra "mundo"

Na Bíblia, a expressão mundo tem também seus variados significados, o que vai depender do seu aspecto dentro do contexto ao que está relacionado.

Há cinco conotações bíblicas para a palavra mundo: 1) a terra (Sl 24.1); 2) o conjunto das nações conhecidas (1 Rs 10.23); 3) a raça humana (Sl 9.8; Jo 3.16); 4) o universo (Rm 1.20); 5) os que se opõem a Deus.  Esses têm o Diabo como chefe e vivem na impiedade (Jo 12.31; 15.18).  

O mundo ao qual nos referimos como inimigo do crente trata-se de um sistema  atual que se manifesta contra Deus, seus planos e sua Palavra.

O mundo que é o adversário da nossa vida de fé e comunhão com Deus aparece em 1 Jo 2.15-17.  O apóstolo nos adverte para que não o amemos; este não se trata do mundo físico, mas do mundo pecaminoso.

O mundo com seus valores e práticas pecaminosas, mentalidade diabólicas, sempre será nosso inimigo, foi isso que o próprio Senhor Jesus Cristo falou (Jo 15. 18,19).  Esse mundo é descrito por seus pecados, misérias, ambições, materialismo, ateísmo, imoralidade, orgulho, entre outras coisas.  Paulo alerta a todos os salvos em Cristo para jamais seguirem seus valores e padrões (Rm 12.2), mas alinhar seu viver e práticas, seguindo à risca os ensinos de Cristo Jesus.

2 - Três níveis de vícios infames

As concupiscências da carne, dos olhos e a soberba da vida são níveis de vícios infames que todo cristão encontrará diante de sua jornada:

a) A concupiscência da carne. Tem a ver com a natureza humana completamente dominada pelo pecado, corrompida, decaída, todo ato do corpo para fins maléficos e imorais.

b)  A concupiscência dos olhos. Tem a ver com tudo o que envolve a mente e a imaginação.  Ela cria o desejo pelas coisas pecaminosas oferecidas pela mídia, música, filmes, literatura, a arte para ceder aos desejos carnais.

c) A soberba da vida.  Esse nível de vício expressa a autoglorificação do homem no pecado, denotando seu egoísmo, vanglória e ateísmo.  É o homem da atualidade desprezando o Criador em oposição deliberada.

3 - Vencendo o mundo

Há um sistema carnal que age sob o controle do Maligno, que busca nos remover do caminho que leva ao céu por meio de ideologias anticristãs, estilos de vidas que não glorificam a Deus e formas contrárias aos valores do Evangelho.  Para vencer essas investidas é preciso ter uma vida cheia do Espírito (Ef 5.18).  É preciso também viver plenamente em Cristo Jesus, fazendo a vontade de Deus (Mt 7.21).  Sendo assim, precisamos nos sujeitar a Ele, resistir ao Diabo, pois temos a sublime promessa: "ele fugirá de vós" (Tg 5.7).

Andando pela fé e firmado na Palavra, tendo a vida cheia do Espírito Santo, o cristão não vai precisar sair do mundo ou se isolar dele, ainda que esteja na mais terrível podridão do pecado.  No entanto, é bom lembrar que quem é sal nesta terra é a Igreja de Cristo, ela deve dar sabor e brilhar como um farol, indicando aos pecadores qual é o caminho a seguir (Mt 5.14-16; Fp 2.15).

CONCLUSÃO 

O apóstolo Pedro nos adverte a respeito do plano do Inimigo em nos tragar (1 Pe 5.8 ) com o objetivo de destruir a obra realizada por Cristo em nossas vidas.  Ele quer enfraquecer a nossa caminhada rumo aos Céus.  A ação diabólica é feita mediante aos ataques do Inimigo.  Então para não ceder aos seus ardís, precisamos viver constantemente sob a presença do Espírito Santo, preparados e fortalecidos em Deus (Gl5.16; Ef 6.10).


Fonte :  Bíblia Sagrada

Declaração de Fé das Assembleias de Deus -  19ª impressão  - CPAD - Rio de Janeiro - 2023


Lições Bíblicas - Adultos - 2° Trimestre 2024 - CPAD

Osiel Gomes - A Carreira que nos está proposta - 1ª edição - CPAD - 2024 - Rio de Janeiro


quarta-feira, 1 de maio de 2024

O CONSOLADOR PROMETIDO


 O Espírito Santo de Deus intercede por nós com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26,27).

Ele intercede pelos santos ou seja, por homens e mulheres que buscam fazer a vontade de Deus e não a da carne.

O Espírito Santo é o Consolador que Jesus prometeu que rogaria ao Pai, e que o Pai enviaria, quando disse que não nos deixaria órfão, e que o Espírito ficaria conosco para sempre (Jo 14.16-18,26).

Sabemos que para que recebamos o Espírito Santo, precisamos nos arrepender de nossos pecados, crer em Jesus Cristo e aceitá-lo como único e suficiente Salvador.  Fazendo assim, o Espírito Santo vem habitar em nosso ser e nos tornamos uma nova criatura.

O Pai, O Filho, O Espírito Santo é um Só, o Deus Triúno e Único.

Deus Pai planejou, Deus Filho executou, Deus Espírito Santo está nos preparando para que um dia possamos herdar a vida eterna para sempre, quando estaremos para sempre com o Senhor.

Feliz é o homem e a mulher que tem o privilégio de ser morada do Espírito Santo, pois é Ele que nos está orientando e nos consolando, e nos capacitando na nossa caminhada aqui na Terra.

Todas as pessoas que se arrependem de seus pecados e se convertem ao Senhor com sinceridade, recebem o Espírito Santo, e passam a desfrutar da paz e alegria que somente Deus tem para oferecer a nós, pois essa paz e alegria vem dEle, e não das coisas desse mundo.

Tomemos cuidado para não entristecermos o Espírito Santo com atitudes erradas, atitudes que são contra a vontade de Deus. Que cada dia peçamos a Deus, sabedoria para nos portar dignamente diante dEle, e sempre o alegrarmos.

O apóstolo Paulo nos recomendou para nos encher do Espírito (Ef 5.18c). e para sempre dar graças por tudo a nosso Deus e  Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo (Ef 5.20).

Cristãos e Cristãs em toda a face da Terra, os que realmente temem a Deus e fazem a sua vontade, estão  usufruindo dessa tão maravilhosa benção que Deus prometeu e cumpriu com a promessa, e hoje, está disponível a todas as pessoas que o buscarem, pessoas que se arrependem e creem no nome de Jesus para remissão dos pecados, que perseveram em buscar a Deus e O adorá-lo no beleza da sua Santidade.

Apressa-te a buscar em Deus esse dom precioso, essa dádiva que está disponível a todas as pessoas que se chegam a Ele, pois a graça de Deus se há manifestada, trazendo salvação a todos os homens (Tt 2.11). Todos sem exceção podem usufruir dessa benção, pois Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).

Fonte :  Texto redigido por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia - baseado na Palavra de Deus.

A BÍBLIA E JESUS

A Bíblia e Jesus !                                      1. Em Gênesis Jesus é: O nosso Criador (Gn 1) e A Semente da mulher. (3:15)...