sábado, 11 de maio de 2024

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2º TRIMESTRE 2024 - LIÇÃO 6 - ADULTOS

 AS NOSSAS ARMAS ESPIRITUAIS

Texto Áureo 

"Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas." (2 Co 10.4)

Verdade Prática

Diante da batalha espiritual, temos poderosas armas espirituais a nossa disposição: a Palavra de Deus, a Oração e o jejum.

Leitura Bíblica em Classe 

Lucas 4.1-4, 16-20

INTRODUÇÃO

Deus é maravilhoso.  Ele sabe das adversidades, lutas e desafios que iremos encontrar na nossa trajetória para o Céu enquanto seguimos na jornada, por isso coloca ao nosso dispor as armas que nos auxiliarão durante a caminhada de fé para a Sião celestial. Com essas armas da fé, o cristão poderá seguir a diante, enfrentando sem temor as tentações e resistindo às artimanhas do nosso Inimigo.

Na lição anterior, estudamos a respeito de três opositores que se mostram como obstáculos de nossa jornada:  o Diabo, a Carne e o Mundo.  Nesta lição, enfatizaremos três armas, isto é, recursos espirituais em que todo crente precisa lançar mão diante dos obstáculos da jornada: a Palavra de Deus, a Oração e o Jejum.  Desde o início de nosso andar com Cristo, estamos diante de uma batalha espiritual que só terá fim com o Arrebatamento da Igreja para o Céu.

I - AS ARMAS DO CRENTE

1 - As armas

De modo geral, podemos classificar as armas como instrumentos de ataque e de defesa.  Nas escrituras, os principais instrumentos de ataques são:  espada (1 Sm 17.45); vara (Sl 33.4); funda (1 Sm 17.40); arco e flecha (2 Rs 13.15); lança (Js 8.18); e  dardo (2 Sm 18.14).  Os de defesa são:  escudo (Ef 6.16), capacete (1 Sm 17.5); couraça (1 Sm 17.5) e caneleiras (1 Sm 17.6).  Essas armas eram usadas pelos exércitos antigos, bem como pelo exército de Israel, com a diferença que este era instado a colocar a sua confiança no Senhor (Sl 20.7).  Entretanto, para os cristãos, "armas" aqui tem um sentido metamofórico, pois nosso combate não é de corpo a corpo com outra pessoa, mas contra o mal encabeçado pelo Diabo e seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.

Está claro que o inimigo a ser vencido é Satanás e seus demônios (Ef 6.12).

Deus disponibilizou para os cristãos várias armas, cuja primeira arma a se mencionar é a Palavra de Deus, conhecida como a Espada do Espírito (Ef 6.17).  Com ela se vencem as mentiras, os enganos, se conhece a vontade de Deus e promove santidade (Jo 17.17).  Outra arma poderosa é a oração, visto que por meio dela se mantém contato com Deus, firma-se a comunhão (Ef 6.18).

Pela leitura que se faz em Efésios 6.13-17, tem-se um conjunto completo da armadura que o cristão precisa ter para enfrentar a batalha e ficar firme.  Nesta lista consta o cinto da verdade, a couraça da justiça, as sandálias da preparação do evangelho da paz, o escudo da fé e o capacete da salvação.

2 - As estratégias do Inimigo

O nosso Inimigo Satanás, é perigoso, sagaz.  Por isso Paulo falou que não é bom ignorar seus designios, isto é, o seu propósito vil (2 Cor 2.11), que pelo entendimento do apóstolo havia um propósito maligno para contaminar a fé dos irmãos e desfazer a boa ordem na Igreja.

Não podemos desprezar o conhecimento a respeito da força do Inimigo de nossas almas.  O Novo Testamento revela o que o Diabo é capaz de fazer para ludibriar as pessoas:  arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19); buscar altas posições como mentiras (At 5.3); usar pessoas para trair (Lc 22.3,4); escravizar (2 Tm 2.26). enfraquecer a fé do crente (Lc 23.32); enganar com doutrinas demoníacas (1 Tm 4.1).  Não por acaso o apóstolo Pedro nos alertou a respeito da sagacidade do Inimigo:  "Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adveresário, ainda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (1 Pe 5.8).

3 - O chefe de toda força do mal

O apóstolo Paulo escreve claramente que o Diabo é o chefe de todos os poderes das trevas que batalham contra nós (Ef 6.11; Rm 13.12).  Até mesmo o apóstolo dos gentios foi por vezes impedido pelo Inimigo por meio de instrumentos humanos (1 Ts 2.18).  Essa é uma das razões que o apóstolo cunha Satanás como o "príncipe da potestade do ar" (Ef 2.2).  Destacando ainda sua força e autoridade na hierarquia do mal, o Diabo é denominado de "o deus deste século" (2 Co 4.4).  Portanto, não podemos ignorar que o Inimigo tem um reino organizado com seus servos, emissários, principados e potestades (Lc 11.17-22).

Há muitas pessoas que pensam que os crentes servem a Deus ou Cristo Jesus com medo do Diabo....nada disso.  Nós servimos ao Pai poderoso e a Jesus Cristo, seu Filho, por compreender a imensidão do seu amor para conosco e o plano de salvação (Jo 3.16;  Rm 5.8; 1 Tm 2.4).  Todavia, somos conscientes pela Palavra que esse Inimigo quer desfazer todo esse plano para nos afastar de Deus.  Mesmo assim, temos o que é necessário da parte divina para o enfrentarmos e resistirmos sem temer.

II - AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

1 - A Palavra de Deus

O Senhor Jesus disse que não vivemos apenas de pão, mas de toda a Palavra de Deus (Mt 4.4).  Dessa maneira, o apóstolo Pedro aconselha que "desejemos afetuosamente" o "leite racional" para o desenvolvimento da nossa salvação, isto é, o estudo perseverante da Palavra de Deus para o nosso crescimento espiritual (1 Pe 2.2).  Uma vez nutrido e solidificado com a Palavra, estamos firmados em Deus para resistir às armadilhas de Satanás e demais estratégias (Mt 7.24.25).  Logo, quem se rende à Palavra de Deus experimenta a influência frutífera da verdade divina (Jo 17.17).

A Palavra  concede instrução aos cristãos, por isso que os apóstolos de imediato compreenderam essa verdade, de modo que queriam gastar o tempo com a Palavra e a oração (At 6.3).  Paulo reconhecia o poder da Palavra, e foi incisivo em esclarecer seu poder pedagógico para a vida espiritual, visto que ela é útil para ensinar, redarguir, corrigir em justiça (2 Tm 3.16).

Os que meditam na Palavra terão duas grandes qualidades destacáveis: a primeira é que será frutescente; a segunda é que tem qualidade de vida, pois tudo que fazer prosperará (Sl 1.2,3).

2 - A oração

Aliada ao estudo da Palavra, a oração é uma das mais importantes armas espirituais que o crente tem ao longo de sua jornada para o Céu (Sl 55.17).  Prestemos atenção para a seguinte declaração:  "orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito" (Ef 6.18).  Note que o apóstolo Paulo não insere a oração como uma peça de armadura, pois na verdade,é como se ela trouxesse um ajuste ou alinhamento para a armadura toda.  Nesse aspecto, essa imagem traz uma ideia de que a oração fortalece todas as esferas da nossa vida.

Biblicamente, a oração é uma aproximação da pessoa a Deus por meio de palavras ou do pensamento, em particular ou em público.  Inclui confissão (Sl 51), adoração (Sl 95.6-9; Ap 11.17), comunhão (Sl 103.1-8), gratidão (1 Tm 2.1), petição pessoal (2 Co 12.8) e intercessão pelos outros  (Rm 10.1).  Para ser atendida, a oração requer purificação (Sl 66.18), fé (Hb 11.6), vida em união com Cristo (Jo 15.7), submissão à vontade de Deus (1 Jo 5.14-15; Mc 14.32-36), direção do Espírito Santo (Jd 1.20), espírito de perdão (Mt 6.12) e relacionamento correto com as pessoas (1 Pe 3.7).

Por meio da oração, o cristão tem a resposta de Deus. Por vezes essa resposta não vem como queremos, mas, sim, como o Senhor quer, pois Ele sabe o que é melhor para as nossas vidas.

Amados, oremos sempre, dado que por meio dessa prática não apenas temos comunhão com Deus e sua orientação, mas somos transformados e passamos a ter experiências de que o Senhor ouve e responde às orações.

3 - O jejum

Na Bíblia, o jejum é apresentado como prática de não se alimentar por certo tempo (1 Rs 21.9).

Aliado à Palavra de Deus e à oração, a prática do jejum é uma terceira arma espiritual do crente durante a jornada para o Céu.  Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o jejum é uma prática presente.  Esse ato é usado no contexto de busca de uma orientação divina (Êx 34.28; Dt 9.9; 2 Sm 12.16-23).  No Novo Testamento, o Senhor Jesus jejuou (Mt 4.1-4) e disse que seus discípulos também o fariam (Mt 9.14-17; Lc 5.33-39).  a Igreja Primitiva observava a prática do jejum, buscando orientação divina para o envio de obreiros (At 13.2,3; 14.23).  O apóstolo Paulo também jejuava por ocasião de seu ministério (2 Co 6.5; 11.27).  Logo, o jejum tem um valor glorioso para a vida do crente, pois é um ato que nos auxilia a ter mais intimidade com Deus.

Quando desenvolvido da maneira certa, seguindo as orientações precisas da Palavra de Deus, objetivando em tudo a busca do Senhor para o fortalecimento da fé e comunhão com Ele, bem como a orientação divina, estar em um período de consagração, desprezando a religiosidade e exibição de um espírito faraisaico, então essa arma se torna poderosa e indispensável.

Devemos ser conscientes que o jejum não pode ser feito na forma que faziam os fariseus, como ato de exibição para serem vistos pelos outros.  Um cristão sincero jejua em segredo, como foi ensinado por Cristo (Mt 6.6-18), faz isso com um coração quebrantado, puro e verdadeiro, sem qualquer ato de hipocrisia, mas aliado à oração e à meditação na Palavra, evidenciando um ardente desejo de ser impactado por Deus.

O cristão que prioriza a Palavra, a oração e o jejum em seu viver diário na busca de sua comunhão com Deus, está bem preparado, capaz e apto para crescer cada vez mais na fé e resistir às artimanhas de seu opositor, Satanás, não cedendo jamais às tentações, mas permanecendo inabalável e priorizando a vontade de Deus.

III - JESUS CRISTO:  O NOSSO MAIOR MODELO

1 - Vencendo o Diabo com a Palavra

Jesus é o nosso modelo maior, o nosso exemplo de vida,  O que Ele fez em sua vida humana para estreitar cada vez mais sua comunhão com Deus também devemos fazer.  Sua vitória contra Satanás foi por desenvolver uma vida que priorizava a prática de fazer uso da Palavra, oração e jejum.

Há dois episódios importantes que relatam o destaque especial que o Senhor Jesus deu à Palavra em Lucas 4.  O primeiro enfatiza que o Senhor Jesus venceu o Tentador com a Palavra de Deus (Lc 4.4; cf. Dt 8.3).  No segundo, Ele leu uma passagem do profeta Isaías na sinagoga em Nazaré e tomou para sí o cumprimento do texto lido (Lc 4.16-20; cf. Is 61.1,2).  Nosso Senhor deixou claro nesses episódios que os princípios da Palavra de Deus devem estar presentes em nossa vida na batalha contra o Malígno.  Por isso, nessa contenda, o apóstolo Paulo aconselha-nos a tomar a espada do Espírito, ou seja, a Palavra de Deus, a única arma de ataque na armadura do crente (Ef 6.17), uma arma poderosa e eficaz que provém do Espírito Santo de Deus (2 Tm 3.16).

Quando Jesus foi tentado pelo Inimigo, Ele não fez uso de outro argumento, a não ser a Palavra.  Isso é importante para todos nós, pois frente às mentiras e sugestões desse ser maléfico, bem como de suas seduções, a Palavra era a base, o fundamento, o alicerce que fez Jesus não ceder, mas combater e seguir em frente com toda fidelidade à missão para a qual fora enviado, priorizando a vontade de Deus.  Todo cristão que vive uma vida de fé pautada na Palavra terá condições plenas para vencer as tentações do Maligno, estando preparado para seguir avante sem qualquer temor.

2 - Vivendo em oração

O evangelista Lucas mostra que Jesus se retirava para os lugares desertos para orar (Lc 5.16; 6.12; 9.28).  Ele orava pelos apóstolos e pela igreja (Jo 17.9,20-22), pelos seus algozes (Lc 23.24), por Simão (Lc 22.31,32), pelos que se encontravam junto ao túmulo de Lázaro (Jo 11.41,42).  Ele sabia bem o valor da oração e, por isso, gastava muito tempo falando com Deus.  Nesse sentido, nosso Senhor conta conosco para que nos dediquemos à prática da oração, selecionando um local reservado, horário e prioridade para buscar a Deus em súplicas (Mt 6.6).

Devemos lembrar que não basta que somente vivamos uma vida de oração, mas, também é necessário que vivamos uma vida de obediência à Palavra de Deus.  Jesus foi obediente até a morte, e morte de cruz (Fp 2.8).

3 - Vivendo em jejum

Além de meditar na Palavra e perseverar em oração, o Senhor Jesus jejuava (Lc4.2).  Ora, Ele também espera que o imitemos, jejuando.  Infelizmente há quem ensine que não precisamos jejuar.  Exceto os que têm problemas de saúde, por isso é muito importante estarmos sob orientação médica, todo seguidor de Cristo é estimulado pela Bíblia a jejuar.  Ademais, quando aliamos o estudo da Palavra e a oração ao jejum, aprofundamos a nossa intimidade com Deus e nos tornamos mais sensíveis à sua voz, conforme o que acontecia com a liderança e os membros da igreja antiga que jejuavam como o Senhor Jesus (At 9.9; 13.2,3).

Todo crente que tem uma vida marcada pela meditação na Palavra, oração e jejum, terá crescimento saudável , verdadeiro e profundo na intimidade com Deus, estando mais desapegados das coisas deste  mundo, mas voltado para as coisa do Céu (Cl 3.1,2), estando preparado para toda boa obra e pronto para enfrentar lutas, provações e tentações do Diabo, resistindo firmemente na fé até chegar aos Céus.

CONCLUSÃO

Amados, nós temos à nossa disposição as três armas que nos auxiliam na nossa jornada para o Céu:  Palavra, oração e jejum.  Foi por meio delas que os santos do Antigo Testamento foram vitoriosos, bem como os cristãos da Nova Aliança.  Nesse particular, Jesus é o nosso exemplo, pois vivendo neste mundo sempre recorreu à Palavra, à oração e ao jejum.  Se assim procedermos, jamais cederemos diante das tentações do Maligno, contudo manteremos nossa fidelidade para com Deus priorizando sua vontade.

O nosso Inimigo é ardiloso e perverso.  Por isso, não podemos ignorar suas estratégias.  Contra ele, lutaremos com armas espirituais que são a Palavra, oração e jejum.  Essas armas promovem crescimento e fortalecimento para nossa vida ao longo da nossa jornada espiritual.  Assim, segundo o modelo de vida do nosso Senhor Jesus, que fez uso dessas armas, podemos vencer as estratégias do Maligno.


Fonte :  Bíblia Sagrada

Lições Bíblicas - Adultos - 2° Trimestre 2024 - CPAD

Osiel Gomes - A Carreira que nos está proposta - 1ª edição - CPAD - 2024 - Rio de Janeiro

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