INTRODUÇÃO
Segundo grandes cientistas a religião é um invento do
ser humano, pois os homens vivem aprisionados e a religião é um meio pelo qual
ilusoriamente cada ser consegue se libertar.
Segundo Karl Marx a concepção de céu se deve ao fato
do homem ser oprimido pela sociedade, buscando a assim algo que ele se sinta
livre.
Para Freud a religião é um mecanismo de defesa, pois
o ser humano se sente inseguro e busca proteção em grupos religiosos. Segundo Freud o homem precisa enfrentar a
realidade sem apego a religião.
A Teoria da Evolução busca provas cientificas, a razão do acontecimento, de onde originou-se, vindo na contramão da religião que vê explicação no ato de se crer no acontecido sem que precise uma prova científica.
A Teoria da Evolução busca provas cientificas, a razão do acontecimento, de onde originou-se, vindo na contramão da religião que vê explicação no ato de se crer no acontecido sem que precise uma prova científica.
1 KARL MARX: «A RELIGIÃO É O ÓPIO DO POVO»
"O fundamento da crítica irreligiosa é: o homem
cria a religião; não é a religião que cria o homem. E a religião é, bem
entendido, a autoconsciência e o autosentimento do homem que ainda não é senhor
de si mesmo ou que já voltou a perderse.
A religião é o soluço (o suspiro) da criatura oprimida, o coração de um
mundo sem coração, o espírito de um estado de coisas carente de espírito. A
religião é o ópio do povo. A abolição da religião enquanto felicidade ilusória
do povo é uma exigência que a felicidade real formula. Exigir que renuncie às
ilusões acerca da sua situação é exigir que renuncie a uma situação que precisa
de ilusões. A crítica da religião é pois, em germe, a crítica deste vale de
lágrimas de que a religião é a auréola.»
Marx considera que a religião é uma forma de
alienação. Nela verifica-se a fractura entre o mundo concreto e um mundo ideal,
entre o mundo em que o homem vive e o mundo em que ele desejaria viver. Por que
razão surge esse mundo ideal? Marx diz que o mundo celeste é o resultado de um
protesto da criatura oprimida contra o mundo em que vive e sofre. Ou seja,
procura-se um refúgio no mundo divino porque o mundo em que o homem vive é
desumano. Num mundo em que "o homem é o lobo do homem", não há
"família humana", o homem não se sente neste mundo como em sua casa.
A procura de uma família celeste deve-se à perda da
família terrestre, à separação do homem do seu semelhante. São essencialmente
as degradantes condições materiais de vida, a exploração do homem pelo homem,
com o consequente desprezo pela vida humana, que levam o homem a sentir-se
órfão na terra e a procurar um pai no céu.
O mundo religioso, o "Reino de Deus", não
tem consistência própria, não é verdadeiramente real. É um "reflexo"
de degradantes condições materiais de vida, da opressão da grande maioria dos
homens por outros. É a "flor imaginária" que decora os grilhões que
oprimem os explorados; é o "suspiro" de quem se vê degradado na sua
humanidade, transformado em objecto e máquina produtiva que quanto mais
enriquece os exploradores mais se empobrece a si mesmo. Segundo Marx, da
religião o homem não pode esperar a sua libertação e emancipação. Ela é um
"sintoma" da desumanidade do mundo dos homens e não o remédio para
esse mal. Mais do que isso, ela é um "ópio", um produto tóxico, que
entorpece, aliena e enfraquece porque a
esperança de consolação e de prometida justiça no "outro mundo"
transforma o explorado e oprimido num ser resignado, tende a afastá-lo da luta
contra as causas reais do seu sofrimento.
Marx sempre considerou a religião como uma super -
estrutura, i. e., uma dimensão que reflecte e é condicionada pela
infra-estrutura de uma determinada sociedade, ou seja, pelo modo como se
verificam as relações entre os homens no processo econômico ou produtivo.
Nesse processo produtivo há uma classe dominante:
aquela que detém a propriedade privada dos meios de produção (instrumentos,
máquinas, fábricas, etc.) e que por isso submete ao seu poder aqueles que não
podendo produzir por si mesmos a sua subsistência têm de vender a sua força de
trabalho. A exploração do homem pelo homem tem a sua raiz no facto de a
propriedade dos meios que permitem produzir e assegurar a subsistência ser
privada e não social, i. e., de alguns e não de todos. Ora, segundo Marx, as
ideias dominantes (religiosas, filosóficas, morais, etc.) são o reflexo ou,
pelo menos, são condicionadas pelos interesses económicos da classe
materialmente dominante. Assim, a religião é um instrumento que, apesar de
apelar à benevolência dos poderosos, ao apresentar o Céu como lugar da justiça
e da compensação, justifica o estado de coisas existentes, o domínio de uma
classe sobre outra. A ilusão de um mundo transcendente e justo serve para que
as injustiças se perpetuem na sociedade humana. Por isso, segundo Marx, não
basta criticar a religião: é preciso não só criticar a raiz material (a
alienação do trabalho, a exploração econômica) da alienação religiosa, como
também eliminar revolucionariamente as condições de miséria terrestre das quais
deriva a necessidade do "mundo celeste".
Atacar diretamente a miséria terrestre (a alienação
económica) é destruir indiretamente a necessidade do mundo celeste.
2 FREUD: A RELIGIÃO É UMA ILUSÃO DISPENSÁVEL
2 FREUD: A RELIGIÃO É UMA ILUSÃO DISPENSÁVEL
Para Freud, a religião é uma ilusão que tem as suas
raízes profundas no psiquismo humano. Uma das experiências fundamentais do ser
humano é a sensação de insegurança e a necessidade de protecção e de amparo. A
religião surge como mecanismo de defesa perante as ameaças da natureza e a
dureza das relações sociais. Deus será assim concebido como o Protector
supremo, o ser todo-poderoso que alivia a angústia e o medo do homem perante a
realidade, que consola e ampara. Tal como o pai está para o filho, assim Deus
está para o homem.
Para a criança o pai é um ser poderoso (logo,
protector) e exigente (que o pode castigar e punir). A sensação de impotência,
de fragilidade e debilidade que leva a criança a sentir a necessidade de
protecção e amparo (satisfeita pela figura paterna) persiste ao longo da vida e
conduz o homem "a forjar" a existência de um pai imortal muito mais
poderoso (Deus). A religião corresponde, assim, a um estádio infantil da
humanidade, à constante necessidade de ter um Pai na relação com o qual se vive
um sentimento ambivalente: amor e medo. Nasce dos desejos mais intensos do ser
humano, mas não passa de uma ilusão, de uma projecção ilusória da situação do
filho perante o pai. Recorre-se a ela para acalmar a angústia, o medo perante a
imensidade desconcertante do universo e a imprevisibilidade da vida. A religião
é um remédio ilusório para as dores e a frustração do ser humano.
Qual o futuro desta ilusão? Poderá prescindir-se da
ilusão religiosa? Freud afirma que é dever do homem aceitar a sua dura condição
e enfrentar a realidade sem recorrer a consolações celestes. Mas como suportar
o peso da vida e a crueldade da realidade? Através de uma educação "em
vista da realidade", que não fabrique doentes que depois precisem do
narcótico religioso para entorpecer e anestesiar a angústia e a ansiedade. Só
uma educação fundada na verdade pode encaminhar o homem para a maturidade e
superar a necessidade da religião. Esta, enquanto ilusória realização do desejo
de ser amado e protegido perante um meio hostil, não nos ensina a enfrentar a
realidade, é uma fuga para um além imaginário, uma constante e sempre frustrada
necessidade de paz e tranquilidade. Por isso ela é a neurose obsessiva da
humanidade.
3 EVOLUÇÃO X RELIGIÃO
O conceito de evolução biológica consiste na
derivação das espécies de organismos vivos, de outras já existentes através de
um processo de mudança mais ou menos gradual e continua.
Nesta teoria, a vida comporta-se de forma muito
semelhante em escala micro e macro, por que é a própria vida que se manifesta.
Um elemento chave do que é a evolução biológica é a sua caracterização como
dinâmica interna ou como percepção externa, assim, referindo-se à mudança
global das coisas e não só a mudança de sua aparência.
Primeiramente, pura combinação de um conjunto de
elementos gera sempre um subconjunto do mesmo, ou seja, nunca aparecerá na
combinação nenhum elemento diferente dos iniciais, impossibilitado a evolução.
A genética encontra-se numa escala diferente da nossa
e nas teorias sobre a evolução humana necessita-se a análise em longo prazo.
Segundo a teoria Darwinista os indivíduos apresentam
variações aleatórias e a evolução está determinada pela seleção natural. Estas
variações denominam-se também mutações aleatórias, para sublinhar o seu caráter
não dirigido. Esta teoria impôs-se sobre a teoria propostas por Lamarck,
segundo a qual, os caracteres adquiridos durante a vida dos indivíduos passavam
a descendência, onde a frase “a função cria o órgão” considera-se válida, mas
não geral.
Juntamente com as teorias acima, encontram-se as leis
de Mendel, sobre a herança genética, cujos elementos fundamentais são a
combinação dos genes e o seu caráter dominante ou recessivo.
Já o Neo Darwinismo é a teoria ou corrente cientifica
que engloba as teorias da evolução que de alguma maneira mantêm a essência da
teoria Darwinista. Baseiase no desenvolvimento da ciência, como as leis de
Mendel e a genética, e limita-se a constatar que as variações do seres vivos se
produzem no seu estado germinal quando o verdadeiro problema é quando e por que
se produzem as variações na informação genética e suas condições associadas
para conseguir o desenvolvimento efetivo, incluindo depois de várias gerações.
Como se pode observar, o Neodarwinismo mantém-se
porque se adapta a quase tudo seguindo o seu próprio principio de adaptação
tautológica. Quando não se pode adaptar recorre aos paradoxos biológicos, ainda
que se lhes chame casos isolados para evitar que se pareça com certas teorias
físicas modernas.
Por tudo isso, pode-se considerar tanto a Teoria
Neodarwinista com a moderna Teoria Sintética da Evolução, como atualizações
naturais ou evoluções condicionadas da Teoria de Darwin pelos avanços
científicas posteriores á mesma.
Na atualidade, temos uma grande referência no mundo
cientifico: o cientista Richard Dawkins nos mostra de forma clara com base nas
teorias evolucionistas, a incompatibilidade metódica e conceitual entre Fé e
Ciência. Seu estudos geraram o livro “Deus, um delírio” e, uma de suas
entrevistas ele comenta:
"As pessoas gostam de dizer que fé e ciência
podem conviver, mas eu não concordo. São coisas totalmente opostas. A Ciência é
uma disciplina de investigação e dúvida construtiva, usando lógica, evidência e
racionalidade para tirar conclusões. A fé, ao contrário, exige uma suspensão da
capacidade de crítica”.
A Ciência trabalha criando hipóteses, idéias e
modelos, e então tenta contestá-los. Assim, um cientista está sendo
questionando, sendo cético. Já a Religião transforma crenças não testadas em
verdades inabaláveis pelo poder das instituições e pela passagem do tempo. Por
exemplo: a história da Assunção de Maria. Os católicos acreditam que Maria, mãe
de Jesus,foi tão importante que não morreu fisicamente. Em vez disso, seu porpo
ascendeu ao céu. Claro, não há nenhuma evidência disso. Nem mesmo a Bíblia
conta como Maria morreu. A crença de que seu corpo se elevou ao céu surgiu
cerca de cinco séculos depois do tempo de Jesus.Uma história inventada e
espalhada boca a boca, mas que estabeleceu-se como tradição.
Essa história foi repassada ao longo dos séculos. E o
engraçado das tradições é que quanto mais tempo passa, mais as pessoas as levam
a sério, como se a pura passagem do tempo transformasse algo que começou como
uma inveção em algo que as pessoas aceitam como fato. Por volta de 1950, a
tradição estava tão fortemente estabelecida que se tornou verdade oficial,
impositiva. O Vaticano decretou que os católicos romanos agora deveriam
acreditar na Doutrina da Assunção da Virgem. Mas se você perguntasse ao papa
Pio XII como ele sabia que isso era verdade, ele diria que vocẽ deve aceitar a
palavra dele, porque isso foi revelado a ele por Deus. Ele se isolou e ficou
pensando sobre isso, pensamentos privados, apenas na cabeça dele, e convenceu a
si mesmo, em base teológica, que tinha que ser assim.
Nada disso é muito perigoso se limitado à ida de
Maria ao céu. Mas o que dizer da convicção pessoal do papa quando se trata, por
exemplo, de desencorajar o uso de camisinha na África afetada pela AIDS? Aí, o
poder da igreja pela tradição, autoridade e revelação vem com um alto custo em
vidas humanas. Seria injusto falar apenas dos católicos. Todas as religiões
usam esses mesmos truques. Poderiam ser imãs muçulmanos decretando fatwas, o princípio
é o mesmo. São coisas decretadas por uma autoridade, repassadas ao longo da
hierarquia até a base, ao pais, às crianças. Tudo sem um mínimo traço de
evidência.
Ao contrário da Ciência, que os vê como um desafio, a
religião se baseia em mistérios não resolvidos. Para os primeiros humanos, o
número de coisas misteriosas e sem explicação era tão vasto que apenas um ser
superior igualmente vasto, um 'macho alfa' no céu, poderia preencher essa
lacuna.
Como nossos ancestrais teriam reagido ao nascer do
sol? Devia ser o condutor de uma carruagem de fogo, um deus-Sol que aceitaria
nossos sacrifícios. Um ser supremo, que no primeiro dia da criação anunciou:
"Faça-se a luz!"
Mas a investigação científica desvendou aquele
mistério. Hoje sabemos que o Sol é um gigantesco reator nuclear, apenas um
entre bilhões de estrelas emitindo radiação eletromagnética; calor e luz.
Como os cientistas sabem todas essas coisas sobre o
mundo e o universo? Como sabemos, por exemplo, que a Terra tem 4,5 bilhões de
anos de idade, e que orbita o Sol que a nutre? Como sabemos que os dinossauros
têm centenas de milhões de anos de idade? A resposta é: evidência. Muitas
toneladas de evidências que apóiam umas às outras. A Ciência trata de testar,
comparar e confirmar todas essas evidências, ou usá-las para atualizar teorias
sobre o funcionamento das coisas.
Eu me lembro de uma influência que tive na minha
época de aluno universitário. Havia um velho professor no meu departamento que
era apaixonado por uma determinada teoria havia anos. Certa vez, um pesquisador
americano visitou a universidade, e ele derrubou completamente aquela hipótese
do professor. Então ele deu um passo à frente, apertou a mão do pesquisador e
disse: "Meu caro colega, quero lhe agradecer. Eu estive enganado por
quinze anos!". E todos nós aplaudimos. Aquele era o ideal científico de
alguém que investiu muito, quase uma vida, em uma teoria. E ele estava contente
por mostrarem que ele estava errado, e que a verdade científica havia avançado.
"
Em todo o caso, autores como Dom Antonio Affonso de Miranda,
membro da
Academia Taubateana de Letras, em seu
livro “Gêneses- O Romance das Origens”, afirma, citando o Pontífice Pio XII, em
sua encíclica Humani generis: “O Magistério da Igreja não proíbe que a doutrina
do evolucionismo seja objeto de pesquisas e debates [...] desde que ela busque
em matéria já existente e viva a origem do corpo humano, pois as almas são
criadas imediatamente por Deus, conforme a fé católica nos leva a sustentar”.
Em outra ocasião, a revista eclesiástica francesa
L’Ami du Clergé, falando sobre o “Gêneses”, esclarece: “Não é necessário, nem
rigorosamente imposto pela fé que se recorra à interpretação estritamente literal
do texto sagrado para explicar, por exemplo, a maneira como o corpo de Eva de
originou do corpo de Adão”.
Assim, Dom Antonio, em seu livro citado a cima, junto
de questões levantadas pela revista francesa, concluiu que se podem manter a
teoria criacionista e as restantes posturas religiosas e, ao mesmo tempo,
aceitar qualquer outra teoria da evolução, com uma interpretação metafórica de
determinadas explicações de caráter religioso para a origem da vida.
Já Dawkins afirma incompatível o âmbito da ciência
com o âmbito da fé, e assim por todo mundo encontram-se pessoas que acreditam
numa tese e em outra.
A fé é indiscutível, acredita-se ou não. Já a ciência
se alimenta da discussão, onde nenhuma Teoria é indestrutível, pois está
passível de mudança com o passar do tempo e novas descobertas, como o próprio
Dawkins deixa transparecer ao citar um professor da faculdade que viu anos de
estudo serem derrubados em segundos por um jovem cientista. E nessa citação, o
autor de “Deus, um delírio” já se adianta, para que, se um dia derrubarem sua
teoria ele, como muitos, não seja criticado, nem condenado, mas compreendido em
suas limitações e nesse âmbito de que na ciência tudo é mutável.
CONCLUSÃO
Segundo a opinião desses grandes pensadores, o ser
humano deve se desapegar do mundo ilusório, que no modo de pensar deles é a religião, na qual o homem vive
aprisionado.
O homem se apega a religião pelo fato de se sentir
aprisionado, oprimido, buscando assim um meio pelo qual alcance “ilusóriamente”
a sua libertação.
A religião é um mecanismo de defesa contra todos os
males, sem precisar algo que comprove a
veracidade do que se acredita, enquanto a ciência se preocupa em mostrar a
realidade dos fatos e sua orígem.
A ciência é mutável, de tempos em tempos há novas
descobertas, confirmando ou não algum fato, enquanto a fé imutável.
Penso eu, que é possível fé e ciência andar juntas,
desde que as comprovações científicas não contradiga a Palavra de Deus, pois o
seu autor (Deus) criou todas as coisas.
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