OS BATISTAS SÃO REFORMADOS?
Escrito por Laurence A.
Justice
OS BATISTAS SÃO REFORMADOS?
ENFATIZANDO A VERDADE QUE OS
BATISTAS NÃO SÃO REFORMADORES, E OS REFORMADORES NÃO SÃO BATISTAS.
Laurence A. Justice
Atualmente muitos e muitos
Batistas, e muitas e muitas igrejas Batistas se chamam Reformadas. Em parte, a
razão na qual alguns Batistas escolheram em se autodenominar Reformados, foi
devido eles estarem muito ansiosos em libertarem-se das destrutivas influências
do Arminianismo, que então eles tomaram o título de Reformados, no sentido de
distinguirem-se de um Fundamentalismo intelectualmente falido.
O WEBSTER’S NEW COLLEGIATE
DICTIONARY define Reformado como “pertencendo ou designado a uma corporação de
igrejas Protestantes, originarias da Reforma.” O RANDOM HOUSE DICTIONARY OF THE
ENGLISH LANGUAGE, define a Reforma como “o movimento religioso do século XVI, o
qual teve como objeto a reforma da Igreja Católica Romana, a qual levou ao
estabelecimento das igrejas Protestantes.”
Em português, no DICIONÁRIO AURÉLIO ELETRÔNICO, a palavra Reformado tem,
em parte, o significado: “4. Rel. Em rigor, membro de algumas igrejas
protestantes da Suíça, Alemanha e Holanda ligadas ao espírito do reformador
suíço Zwinglio [V. zwinglianismo.] 5. P. ext. Calvinistas, ou protestantes em
geral”.
Uma pessoa tratada como Reformada,
é, com esta denominação, direta ou indiretamente ligada a Reforma Protestante.
Ainda, o nome Reformado implica na corrupção da Igreja Católica, e na revolta
dos Reformadores contra tal corrupção. Muitos Batistas têm lido e têm sido
abençoados pelo que João Calvino e outros líderes Reformados escreveram sobre a
graça soberana de Deus na salvação. Nossa maior confissão Batista de Fé, a
Confissão de Londres de 1689, e a sua versão Americana, a Confissão da
Filadélfia de 1743, ensinam quase o mesmo sobre a salvação que ensina a
Confissão Reformada de Fé de Westminster.
Mas, o fato dos Batistas crêem o mesmo sobre a soberania da graça de
Deus na salvação, assim como acreditam João Calvino e outros Protestantes, os colocam
na categoria dos Reformados? E o fato das grandes Confissões Batistas
virtualmente dizerem o mesmo que diz a Confissão Reformada de Westminster faz
dos Batistas, portanto, Reformados? Eu solicito que as respostas a estas
interrogações, bem como, ao título desta mensagem seja, Não! Os Batistas não
são Reformados! Nesta mensagem, eu vou oferecer cinco razões básicas porque os
Batistas não podem ser corretamente chamados de Reformados.
Primeiro, não é apropriado se
referir aos Batistas como Reformados
POR CAUSA DO QUE OS BATISTAS
CREÊM SOBRE A PALAVRA DE DEUS
O lema da Reforma Protestante
incluiu as palavras do Latim Sola Scriptura, que significam Somente as
Escrituras. Durante a busca da Reforma da Igreja Católica Romana, os
Reformadores primeiramente insistiram que a única autoridade de fé e prática,
fosse as Escrituras, mas os Reformadores nunca seguiram este lema de maneira
consistente. E quando eles não conseguiram suportar alguma doutrina ou pratica
da Palavra de Deus, eles logo começaram a se apegar aos pais das igrejas e a
tradição e a expediência, e em credos. Os Batistas são os únicos que tomam as
palavras Sola Scriptura seriamente. Apenas os Batistas aplicam, de modo
consistente, este grande princípio em matéria de fé e prática. Os Batistas
simplesmente acreditam que, toda a doutrina e prática na igreja, deve ter o
Novo Testamento como alicerce. O Princípio da Sola Scriptura é seguido, de modo
consistente, quando alguém pode, a partir do Novo Testamento, confidencialmente
dizer, “Assim diz o Senhor.” Uma das maiores diferenças entre as pessoas
Batistas e Reformadas, é que os Batistas insistem na Sola Scriptura para todas
as outras áreas bem como para a salvação. Os Batistas crêem que os ensinamentos
e as práticas das igrejas do Novo Testamento estejam firmes de uma vez para
sempre. Nossas confissões de fé são meramente o que nós cremos a Bíblia
ensinar, mas não são autoritárias ou uma imposição sobre as igrejas. Quando nós
Batistas falamos no princípio da Sola Scriptura, usualmente usamos o termo, a
suficiência das Escrituras. O Apóstolo Paulo reconheceu a suficiência das
Escrituras, em todas as matérias de fé e prática, quando ele escreveu ao jovem
pregador Timóteo, em II Timóteo 3:16-17. II Timóteo foi a sua última epístola
do Novo Testamento na qual ele disse a Timóteo que, em vista da chegada dos
tempos de apostasia e perigo, e em vista do seu trabalho central que era a
pregação, as Escrituras seriam suficientes. E isto se aplica ao evangelismo, as
instruções doutrinárias e ao trabalho pastoral em geral. Assim diz Paulo, “Toda
a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir,
para corrigir, para instruir justiça: Para que o homem de Deus seja perfeito, e
perfeitamente instruído para toda a boa obra.”
Os Batistas não fazem nenhum apelo à tradição, ou aos pais da igreja
para darem autoridade em assuntos de fé e prática. Nós indagamos, “O que
ensinam as Escrituras?” Os Reformadores mantiveram muitas doutrinas e práticas
do Catolicismo, tais como, o batismo infantil, a regeneração batismal, a
aspersão para o batismo, e os sacramentos. Os Batistas procuram evitar tais
tradições humanas seguindo em contrapartida o padrão do Novo Testamento. A
Confissão de Fé de Westminster é a mais proeminente das confissões dos
Reformadores. A Confissão de Londres de 1689 é uma das mais proeminentes das
confissões dos Batistas. A evidente
diferença entre as duas, é vista bem no início. A confissão Batista diz, “A
Sagrada Escritura é a única regra suficiente, certa e infalível de conhecimento
para a salvação, de fé, e de obediência.” Este frase não aparece na Confissão
Reformada de Westminster.
Segundo, os Batistas não podem
ser propriamente chamados de Reformados
POR CAUSA DO QUE OS BATISTAS
CRÊEM SOBRE A IGREJA
Os Batistas sempre acreditaram
que não possa haver um padrão apropriado, para o que constitui a igreja, a não
ser aquele contido no Novo Testamento, e o Novo Testamento não é vago ou
indefinido, no que diz respeito à igreja, tampouco ao definir o que ela é ou de
onde veio, ou como deve ser governada. Os Batistas concordam com o Novo
Testamento em que a igreja é uma congregação de crentes, os quais foram
chamados para fora do mundo e se ajuntaram a Jesus Cristo e à Sua Palavra. Para
os Batistas, a igreja é uma congregação visível, de indivíduos regenerados e
batizados. Para os Reformadores do século XVI, a igreja Católica era ainda “a
igreja” e ela apenas precisava uma reforma. Eles procuraram reformar uma igreja
na qual acreditavam ser o verdadeiro corpo de Cristo. Eles assumiram que tanto
o batismo quanto a ordenação da Igreja Romana ainda fossem válidos. Nem João
Calvino, tampouco outros Reformadores, denunciaram seus batismos Católicos. Os
Reformadores não planejavam restaurar a igreja verdadeira, seguindo a cópia das
instruções reveladas em Atos. Em vez disso, eles trabalharam para reformar a
“igreja”, que já existia. As pessoas da Reforma vêem a igreja de duas maneiras.
Eles a vêem como o inteiro corpo dos eleitos. Este corpo é, obviamente,
invisível. Eles também a vêem como uma assembléia local como um agregado de
assembléias numa nação ou num continente. Assim sendo, tal igreja é visível.
Então, os Reformadores acreditavam em uma igreja universal e invisível, e
também acreditavam numa igreja local e visível.
A Confissão de Fé de
Westminster, capítulo 25, Artigo 11, página 133 é intitulado “Da igreja” e,
parcialmente, diz “A Igreja Visível, ... consta de todos aqueles que pelo mundo
inteiro professam a verdadeira religião, juntamente com seus filhos;” Tal
igreja necessariamente possuiria tanto pessoas não eleitas quanto não
regeneradas. A idéia de uma igreja visível e invisível não se encontra no Novo
Testamento. Os Batistas são fiéis as Escrituras que a igreja do Novo Testamento
consiste de pessoas regeneradas, enquanto a Reformada a vê como também
incluindo crianças não regenerados, ou os filhos dos crentes. Os Batistas
acreditam que cada igreja seja totalmente independente de todas as outras, no
que diz respeito ao seu governo. A igreja de Jerusalém não mandou a igreja de
Coríntios como esta deveria conduzir-se, e não ameaçou excomungá-la, quando
soubesse que existiam membros pecadores na igreja de Coríntios. Cada igreja Batista escolha seus próprios
pastores e diáconos, recebe e disciplina seus membros, e faz suas próprias
regras e leis. Os Batistas crêem com o Novo Testamento que nenhuma organização
como uma sínodo ou sessão possa dizer à igreja local o que ela deve fazer. A
criação de uma autoridade centralizada, que reivindica mandar nas igrejas, e
ditar as leis à igreja local, não tem absolutamente nenhuma autoridade neo-testamentária.
Todas as igrejas Reformadas procuram fazer isto, mas, de acordo como o Novo
Testamento, não há em nenhuma circunstância, maior corte suprema de apelação,
do que uma igreja local. Uma discrepância básica entre Batistas e Reformados é
a resposta à questão, “Quando começou a igreja?” As pessoas Reformadas crêem
que Israel foi a igreja no Velho Testamento, e a igreja do Novo Testamento é
uma continuação do mesmo corpo. Eles pregam que a igreja no Velho e Novo
Testamento é fundada na aliança da graça feita com Abraão. Os Batistas, por
outro lado, enxergam uma diferença radical entre os Testamentos, ao invés de
uma continuidade do Velho para o Novo. Eles acreditam que Israel e a igreja do
Novo Testamento sejam dois corpos distintamente diferentes, e a ordem de Israel
do Velho Testamento seja radicalmente diferente da ordem da igreja do Novo
Testamento. Os Batistas pregam, segundo as Escrituras, que a igreja é
estritamente uma instituição do Novo Testamento, um mistério desconhecido antes
dos tempos do Novo Testamento, mas revelado nos tempos do Novo Testamento. Um
mistério no Novo Testamento refere-se a algo que até aquele momento era
desconhecido e foi naquele momento revelado. Em Efésios 5:32 e 3:4-6, Paulo diz
que a igreja é um mistério ou algo desconhecido, até aquele presente momento,
mas que foi naquele tempo revelado. Os Batistas têm historicamente crido na
perpetuidade das igrejas verdadeiras, como a do Senhor Jesus, prometida em
Mateus 16:18, quando Ele disse, “... edificarei a minha igreja e as portões do
inferno não prevalecerão contra ela.” Por esta razão os Batistas nunca
reivindicaram ser Protestantes. Eles sempre, e em unanimidade, negaram qualquer
ligação com a Igreja Católica Romana, até a presente geração, e sempre
reivindicaram ser oriundas de Jesus Cristo e os Apóstolos. Eles não surgiram
nos anos 1.500 com a Reforma Protestante. Os Batistas voltam na história ao
período do Novo Testamento. Eles nunca foram parte de nenhuma outra
denominação, portanto, eles não tem nada a protestar! Nós não nos baseamos
apenas na promessa do Senhor, em Mateus 16:18, onde diz que haverão igrejas
verdadeiras sempre neste mundo, nós também o sabemos a partir do próprio
testemunho da história. Johann Mosheim, o grande historiador Luterano,
reconheceu que os Batistas existiram antes da Reforma Protestante, quando ele
disse, “Antes do surgimento de Luter e Calvino, eram oclusas, na maioria dos
países da Europa, pessoas que tenazmente aderiram aos princípios dos Batistas
Holandeses.” Zwingli, um dos Reformadores, disse durante a Reforma, “Eles
(Batistas) tem causado um grande distúrbio por 1.300 anos.” O Cardeal Católico
Romano Housis, o qual esteve envolvido no Conselho Católico Romano de Trento de
1.544, e que odiava os Batistas, mas mesmo assim disse bem francamente, “Se a
verdade da religião fosse julgada pela prontidão e coragem pela qual um homem
de alguma seita demonstra em sofrimento, então a opinião e persuasão de nenhuma
seita poderia ser mais verdadeira e certa, do que a dos Anabatistas, desde que não
houveram nenhuma destes 1.200 anos passados que
tivessem sido mais largamente punidas, ou que permaneceram mais
tranqüilas e firmes, e até oferecendo a si mesmas aos mais variados tipos de
punições cruéis, do que estas pessoas.”
Por terceiro, os Batistas não
podem ser, apropriadamente, chamados de Reformadores
POR CAUSA DO QUE OS BATISTAS
CRÊEM SOBRE A RELAÇÃO ENTRE IGREJA E O ESTADO.
As igrejas verdadeiras de
Jesus Cristo, dos tempos dos apóstolos, foram cruelmente perseguidas pelo
governo Romano, mas não importava o quanto e quão cruelmente fossem
perseguidas, o número e a influência do Cristianismo permanecia crescendo
rapidamente. Acerca de 314 d.C., a influência da Cristandade no império Romano,
crescia tanto que o Imperador Constantino decidiu parar de perseguir os
Cristãos, e aderir ao Cristianismo, e então usá-lo para solidificar e aumentar
seu poder de imperador. Constantino afirmou ter visto uma visão de uma cruz
vermelha flamejante no céu, e sobre esta cruz estava escrito “Por Este Sinal
Conquiste.” Ele interpretou isto significar que ele deveria tornar-se um
Cristão, e então ordenou que toda a perseguição contra os Cristãos cessassem, e
declarou o Cristianismo como religião do estado de Roma. Constantino chamou
todos os Bispos ou pastores do império, juntos, no Conselho de Nicea em 325
d.C., para que formassem uma unidade doutrinal. Assim, o estado e a igreja
estavam casados, com o imperador exercendo poder sobre as igrejas e pastores.
Ironicamente, quando a igreja e o estado foram unidos sob o governo de
Constantino, Constantino nem era um Cristão. Ele concordou em tornar-se um
Cristão, mas ele ainda não tinha afirmado ser Cristão. Ele finalmente confessou
ter tornado-se um Cristão, mas recusou-se a ser batizado até prestes a sua
morte, alguns anos depois. Alguns anos depois disto, em 407 d.C. o batismo
infantil foi obrigatório para todos, e uma pessoa tornava-se uma cidadã do
estado através do batismo. Obviamente, quando a igreja e o estado foram unidos
neste casamento, e o batismo infantil foi requerido para a cidadania no estado,
um grande número de pessoas não regeneradas ingressou às igrejas. Quando,
alguns Cristãos recusaram-se a concordar deste casamento de Constantino da
igreja e do estado, ele começou a usar o poder do estado para forçá-los a
concordarem. Algumas destas pessoas foram chamadas de Donatistas. Os Donatistas
não aceitaram o batismo da igreja estadual e batizaram novamente as pessoas que
se juntassem a eles vindas das igrejas estaduais. Em 413 d.C. o imperador
Theodosius publicou um edital declarando que pessoas que fossem batizadas
novamente e aquelas que os tivessem batizado novamente, deveriam ser punidos
com a morte, e um rio de sangue resultou do casamento da igreja e do estado,
sob o governo de Constantino. 1.200 anos após, durante a Reforma, Calvino e
outros Reformadores deixaram o estado e a igreja unidos, e o batismo ainda era
obrigatório para se tornar um cidadão do estado.
A Confissão Reformada de Fé de
Westminster, disse no seu artigo intitulado “O Magistrado Civil,” “...ele tinha
autoridade e é o seu dever para fazer ordens, que a unidade e a paz fosse
preservada na igreja, que a verdade de Deus fosse mantida pura e inteira, que
todas as blasfêmias e heresias fossem suprimidas, e todas as corrupções e
abusos na adoração e disciplina fossem prevenidos ou reformados, e todas as
ordenanças de Deus devidamente estabelecidas, administradas e observadas e para
o seu melhor efeito, ele tem poder para organizar sínodos, para estar presente
neles, e para determinar que qualquer negocio tratado neles estivessem de
acordo com o pensamento de Deus...” Na nova nação Americana, ao final dos anos
1.700, este conceito Reformado de igreja e estado, o qual fora mantido pelos
Puritanos, fora enfaticamente rejeitado. O artigo na Confissão de Westminster
teve que ser revisado para os Americanos, após o estabelecimento nacional da
primeira emenda da Constituição dos Estados Unidos.
Os Donatistas não vêem os
arranjos de Constantino como uma vitória para o Cristianismo, mas como uma
perversão dos ensinamentos das Escrituras, e verdadeiramente como a “a queda da
igreja.” Nos tempos da Reforma 1.200 anos depois, os Anabatistas não teriam
nada a fazer com uma igreja estadual. Esta é uma das principais razões da sua
separação de Calvino, Lutero e outros Reformadores. Os Reformadores, as vezes,
se referem aos Anabatistas como sendo Donatistas ou Neo-Donatistas, por causa
que os Donatistas se opuseram a este casamento da igreja e o estado, 1.200 anos
antes da Reforma.
Os Batistas crêem com o Novo
Testamento que o magistrado civil não tenha nenhum direito a requerer a nossa
forma de religião e punir-nos por não seguir a religião que ele estipule. Os
Batistas crêem que o Senhor Jesus Cristo é o Senhor da igreja e o Senhor do
Estado, mas Ele não faz com que o estado reja a igreja, tampouco a igreja reja
o estado. Nós cremos que o estado não pode nunca forçar os homens a acreditarem
na verdade. Apenas o trabalho regenerador do Espírito Santo pode induzir os
homens a fazer isto. Os Batistas crêem que os Cristãos são cidadãos de dois
reinados: um reino terrestre que é regido pelos homens, para ambos salvos e não
salvos, e um reino celeste regido pelo Senhor Jesus Cristo. Nós baseamos isto, em parte, nas palavras do
nosso Senhor em Mateus 22:17 e 21. Para
os Batistas, a igreja e o mundo são basicamente separados e antagonistas uns
aos outros. Os Batistas não pensam e nem desejam em unir os dois, e os Batistas
nunca tiveram uma religião estadual em lugar nenhum. A atitude na qual uma
pessoa toma diante os arranjos de Constantino revela se esta é Reformada ou
Batista, e em que crê sobre a igreja. As pessoas Reformadas vêem na mudança de
Constantino uma vitória para o Cristianismo. Os Batistas vêem-na como a queda
da igreja. É evidente que os Reformadores não creram no seu lema Sola Scriptura
quando necessitava a renúncia dos arranjos de Constantino nos tempos da
reforma.
Quarto: não é apropriado
chamar os Batistas de Reformados
POR CAUSA DO QUE OS BATISTAS
ACREDITAM SOBRE O BATISMO
Os Reformadores praticam o
batismo pela aspersão do mesmo modo que faz a Igreja Católica. Eles trouxeram
consigo esta prática, alheia às Escrituras, do próprio Catolicismo. Nos tempos
da Reforma, e, até os dias de hoje, os Reformadores admitem que a imersão foi a
prática das igrejas do Novo Testamento, mas, de qualquer maneira, eles praticam
o batismo pela aspersão. As pessoas Reformadas nos dizem que o batismo pela
aspersão é tão bom quanto o pelo imersão, mas os Batistas perguntam: “Por
favor, pode mostrar isto nas Escrituras?” Os Reformadores praticam o batismo
infantil. Eles trouxeram isto da Igreja Católica. As pessoas Reformadas dizem
que todos os pais Cristãos devem ter seus filhos batizados pela aspersão. Os
Batistas perguntam: “Por favor, pode mostrar isto nas Escrituras?” Não
encontram-se vestígios nenhum de batismo infantil no Novo Testamento. Segundo
às Escrituras, o batismo do Novo Testamento é um batismo adulto. Nada mais
claramente se divirja do Novo Testamento do que o batismo infantil. Os Batistas
rejeitaram estes erros, e insistiram somente no batismo dos crentes e o batismo
por imersão, e nós não iremos aceitar o batismo pela aspersão ou o batismo de
criancinhas como batismos bíblicos. Os Batistas mandam que aqueles que chegam,
desejando unir-se a nós, vindos de denominações Reformadas que praticam estes
erros, sejam batizados novamente, ou batizados segundo às Escrituras. Foi
através disto que nós levamos o nome de Anabatistas. O nome significa
Re-batizadores. Mais tarde, o nome foi simplesmente abreviado para Batistas.
Finalmente, não é apropriado
chamar os Batistas de Reformados
POR CAUSA DO MODO NÃO CRISTÃO
QUE OS REFORMADOS TÊM SE REFERIDO AOS BATISTAS, ATRAVÉS DOS SÉCULOS.
A história dos Batistas é uma
história escrita em sangue. Eles sofreram terrivelmente, não só sob a tirania
Católica Romana antes da Reforma, eles foram igualmente perseguidos e abatidos
pelos Protestantes Reformadores. Os Reformadores verdadeiramente odiaram os
Batistas por causa que os Batistas insistiram que a única regra de fé e prática
para as igrejas fosse a Palavra de Deus. Os Reformadores não puderam rebater
isto, e o que eles não puderam combater com argumentos, eles procuraram
destruir com a força. Os Reformadores desencadearam uma perseguição amarga e
sangrenta aos Batistas por causa da insistência dos Batistas numa aplicação
consistente da Sola Scriptura à igreja e ao batismo. A história mostra que os
líderes Reformadores verteram o sangue Batista tão livremente quanto fizeram os
Católicos Romanos, uma vez que eles conseguiram o poder para forçar seus
editais. Calvino, por si só, tinha muitas coisas amargas a dizer dos
Anabatistas, os chamando de homens loucos e furiosos, espíritos frenéticos, homens
dementes e bárbaros, idiotas e ignorantes. Ele chamou os ensinamentos Batista
de sonhos delirantes, estúpidos, doidos varridos e de vômitos de bêbado. Em seu
trabalho intitulado “Contra os Anabatistas”, Calvino disse, “Por último, como
um bêbado, após ter esvaziado de seu estômago com um arroto o odor desagradável
que fomentou o seu estômago, assim mesmo estes homens maus, após terem
menosprezado este santo religião, a qual o Senhor tem honrado tanto,
finalmente, com uma garganta aberta vomita suas blasfêmias grandemente
deformadas.” Tomas Armitage, o historiador Batista, refere-se a estas
definições de Calvino e os outros Reformadores como “Artimanhas Anti-Batistas.”
Os Batistas não fizeram parte da Reforma. Eles eram vítimas dela. Os Batistas
crêem que, segundo às Escrituras, toda perseguição para apoiar a religião é
radicalmente errada, e é fato que os Batistas nunca perseguiram outras pessoas,
mas que sempre foram perseguidos por elas.
Então, os Batistas são
Reformados? A resposta, tanto da Palavra de Deus quanto da história é, Não, os
Batistas não são Reformados, e quando, um Batista identifica-se como Reformado,
ele está dizendo algo que ele não quer realmente dizer. As conotações do termo
Reformado sugerem posições teológicas que são contrárias à posição Batista.
Esperançosamente, a maioria dos Batistas que se chamam de Reformados, queiram
dizer somente que eles têm a mesma opinião sobre a salvação quanto os
Reformadores. Eles crêem nas doutrinas da Graça Soberana de Deus. Alguns dos
Batistas hoje em dia chegaram a ver as doutrinas bíblicas da graça através da
leitura dos Reformadores e Puritanos. Ao fazer isto, eles também aspiraram os
ensinamentos Reformadores relacionados à igreja. Os Batistas devem aceitar as
doutrinas da Graça de Deus, mas, ao mesmo tempo, devem rejeitar os ensinamentos
Reformados sobre a igreja, os quais não são baseados na Palavra de Deus. Pense
a respeito! Uma vez que uma pessoa si chama ‘Reformada’, ela esta
verdadeiramente reconhecendo uma conexão no passado com a Igreja Católica,
porque os Reformadores vieram desta falsa igreja. Por que os Batistas deveriam
procurar identificar-se com a aspersão de crianças, enquanto ensinam a imersão
como o correto modo de batismo? É difícil de entender como os Batistas que
foram odiados e perseguidos por Calvino, Lutero e outros Reformadores, possam
agora querer ser chamados de Reformados. Por que deveriam os Batistas
identificarem-se com os Reformadores, os quais juntos aos Católicos são os
responsáveis pelo sangue de milhares de mártires Batistas? Chamar uma igreja
Batista de Reformada é uma confusão para aqueles que conhecem a Palavra de Deus
e um pouco de nossa história. O termo “Batista Reformado” é um oxímoro, um
termo auto contraditório. Uma pessoa não pode, ao mesmo tempo, ser Reformada e
Batista, após a definição das crenças dos Reformados e dos Batistas nesta
mensagem. Para encerrar, Eu quero dizer que as Escrituras, em nenhum lugar,
chamou a falsa igreja para uma Reforma. Pelo contrário, as Escrituras dizem no
Apocalipse 18:4, “Sai dela, povo meu, para que não sejas participante do seus
pecados, e para que não incorras nas suas pragas.”
Tradução: Gustavo Stapait
02/02
Revisão: Calvin G. Gardner
03/02
Fonte : A Palavra da Cruz
Nenhum comentário:
Postar um comentário